segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Dos heróis e tiranos

deBarros
Cale-se a voz do tolo. Cale-se a voz do covarde, mas que não se cale a voz do guerreiro, do herói e do valente, que de peito aberto sem armas nas mãos, armado apenas pela coragem e intrepidez do combatente, enfrenta o machado do tirano e opresssor, que rasga a carne desse herói, que perde a vida mas não perde a sua liberdade, o direito de em público dizer o que pensa.
Cale-se a voz do herói, mas que se perpetue até o fim dos tempos o seu grito pela liberdade. o seu grito a favor dos oprimidos e excluidos dos benefícios do Estado.
Cale-se a voz do covarde que se esconde atrás do herói distilando o seu veneno espalhando o mal. a dissídia, a morte entre irmãos e desagregando famílias, que só querem viver sob a lei da ordem e dos bons costumes.
Que se cale para sempre a voz do tirano,, do algoz que de espada em punho desfere golpes a torto e a direita ferindo e matando inocente que um dia acreditaram no seu canto adocicado pelo fel.
Que o herói seja exaltado, que o tirano espezinhado.
Que o herói seja glorificado e o tirano arrastado na lama infecta da maledicência e da maldade.
O herói só tem uma forma com que se apresenta: a forma humana.
O tirano, sob várias formas se apresenta, mas nunca como o ser humano e sempre surge sob a forma abjecta, ardilosa, mentirosa e desprezivel levando homens que o escutam a caminhos tortuosos e perigosos.
Homens, não escutem a voz do tirano e se a escutarem não a sigam, deixem que ela se perca no espaço sem fim dos ecos perdidos.
Homens, sigam a voz do herói, que suave e tranquila lhes promete a paz dos justos, a tranquilidade dos serenos e a bem-aventurança dos escolhidos. Esse é o caminho do bem, que leva ao fim da jornada plena de amor e cheia das riquezas que a vida pode contemplar.
Esse é o Estado de Direito que como dádiva maior deve ser oferecido ao homem.
II Livro dos "Democraticus", Capítulo III.
Dos Heróis e Tiranos. Versículo B, parágrafo V

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