sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Eleição pega fogo até com um simples e nocivo cigarro

por Eli Halfoun
Até parece que o eleitor está muito preocupado com o destino do tabagismo, mas para não perder espaço e oportunidade os candidatos resolveram enfiar a mão e a boca no cinzeiro e andam discursando sobre a necessidade de proibir o fumo (no caso o cigarro). Essa é uma briga que nenhum governante terá coragem e condições de “peitar” porque envolve uma grande e necessária arrecadação de impostos de uma indústria que é muito forte em todo o mundo. Tudo bem que campanhas para diminuir o número de fumantes são oportunas e importantes como uma forma de preservação da saúde, mas isso não que se devas ou possa proibir a venda de cigarros, o que é muito diferente de limitar espaço para os fumantes, como se tem feito em todo o país. Afinal, fuma quem quer e quem é burro (meu caso): essa é uma escolha individual como é também a de tentar apagar o cigarro de nossas vidas. Dilma Roussef, que já foi fumante (e quem não foi?) concorda que o governo faça democraticamente campanhas para “acordar” os fumantes diante de um vício que como todo, é prejudicial. A candidata do PT diz: “Precisamos que o jovem tenha consciência de que o cigarro é um status de doença, não social”. José Serra, que tomou severas medidas contra o cigarro enquanto governou São Paulo também é contra uma proibição e favorável, como, aliás, todos nós, a que se alerte contra os males do tabagismo. Fumar ou não é uma escolha e como toda escolha deve ser absolutamente democrática. Em tempo: não é permitido fumar na cabine de votação. Mesmo que a eleição esteja pegando fogo.

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