sábado, 2 de outubro de 2010

Debate: nem sempre o último é o melhor

por Eli Halfoun
Parece que na próxima eleição presidencial a Globo terá de mudar a estratégia de deixar o debate na emissora para o último inútil bate-boca de candidatos, no caso os presidenciáveis. O recente e frio encontro deixou claro que nem sempre os últimos serão os primeiros: depois de terem discutido, se agredido e prometido de tudo nos debates realizados em todas as outras emissoras os candidatos chegam ao picadeiro da Globo cansados, desgastados, sem nada a dizer e adotando cuidados que não lhes tirem a última esperança de conseguir mais alguns votinhos. Agora então foi pior: como a eleição estaria, segundo as pesquisas, praticamente decidida e os eleitores perderam a paciência de ouvir nada, ou seja, sempre as mesmas coisas que não significam absolutamente nada, o debate perde totalmente o interesse e o sentido. Mostra que a Globo comete um erro estratégico ao deixar seu palco-estúdio como picadeiro. Como se assim a Globo quisesse ter (e quer) ser a dona da verdade e da última palavra. Dessa vez essa antiga estratégia não funcionou: o eleitor já estava em contagem regressiva e contando os segundos para livrar-se enfim da desgastante campanha eleitoral e também da eleição. Das duas uma: ou a Globo desiste de ser a dona da palavra final e realiza o debate na emissora logo no início da campanha ou simplesmente desiste de promover debates. Até porque esses debates políticos não levam a nada. Ainda mais quando desde o início da campanha o resultado está praticamente definido pelas pesquisas.

Um comentário:

ebert disse...

comcordo plenamente. Acho que os candidatos devem ter um horário na tv mas para responder a perguntas do público direramente via internet ou telefone, apenas sobre suas ideias e propostas, sem confrnto que não leva a nada.