por Eli Halfoun
O poder a quisitivo melhorou pouca coisa, mas melhorou. Isso não fez com que boa parte dos cariocas trocasse o comércio popular do centro da cidade, mais especificamente as ruas que formam o Saara, por sofisticados shoppings ou os muitos camelôs que vendem de tudo e se espalham por toda a cidade, mesmo com a cruel perseguição da Guarda Municipal. É impressionante o movimento de populares em todas as ruas do Saara todos os dias e especialmente aos sábados. Ainda há quem defenda a tese de que “no Saara só se compram coisas baratinhas e vagabundas”. Não é bem assim: tem produtos de todos os tipos para todos os gostos e todos os bolsos: quem quiser, por exemplo, uma roupa sofisticada e de excelente qualidade encontrará, claro que mais cara do que uma camiseta popular, mas mesmo assim mais em conta (e bota mais nisso) do que nas em lojas supostamente sofisticadas. O Saara é mais do que apenas um grande shopping a céu aberto: é o retrato de uma cidade que reúne cidadãos de todas as classes sociais e de todos os cantos do Brasil. É também uma lição de democracia onde todos circulam livremente e sem medo porque a própria multidão se encarrega de botar a marginalidade para fora. O comércio popular do Saara, que ganhou fama em muitos países já mereceu reportagens e estudos. Merece mais porque nada lhe tira o público e a sabedoria de juntar em paz todos os povos e todas as raças.
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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