sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A palavra é... vivandeiras


por Jussara Razzé
O termo era muito conhecido na época em que as decisões políticas, no Brasil, eram tomadas ou referendadas nos quartéis. "Vivandeiras" era como parte da imprensa chamava os líderes que visitavam generais nas madrugadas para se queixar de governantes, denunciar adversários, pedir conselhos, bater continência ou conspirar. A atual campanha política se radicaliza na mídia e nos bastidores e ressuscita a expressão de triste memória que as novas gerações de eleitores jamais ouviram falar. Coincidências ou não, fatos políticos se entrelaçam nessa reta final da corrida rumo às urnas. Jornalistas e dirigentes de associações de proprietários de emissoras de rádio e de televisão vão ao Clube Militar, no Rio, acusar o governo de tentar controlar notícias. Lula foi chamado de "autoritário" durante a palestra "A democracia ameaçada: restrições à liberdade de expressão". Até a Lei da Ficha Limpa foi bombardeada. Um dos palestrantes a definiu como "inconstitucional", coisa que nem o STF resolveu. Vídeos com ataques à Dilma circulam na internet. São tão radicais que os próprios tucanos estão divididos se levam ou não as peças de propaganda ao horário eleitoral. Os vídeos foram encomendados pelo PSDB mas o próprio Serra já declarou aos jornais que é contra a tática. Hoje um jornal popular do Rio estampa Lula na primeira página como um Rei "autoritário" (reprodução acima).
Parece cena de um filme que já esteve em cartaz por duas décadas e que não vale a pena ver de novo.
Que sejam apenas coincidências.
(A propósito das "vivandeiras", leia artigo do jornalista Elio Gaspari ( transcrito pela Rádio do Moreno em janeiro de 2010). Clique AQUI

7 comentários:

debarros disse...

Gente, campanha à parte vamos concordar que o homem é, SIM, autoritário, odiento – basta acompanhar as suas arengadas, nos palanques, cheias de ódio, com os olhos injetados de sangue, deixando escorrer a baba grossa e bovina, da boca donde saem palavras de raiva e 'ódio contra os adversários políticos e não políticos, que ousam, por uma razão qualquer se contra por à sua majestade imperial.
É autoritário SIM. Por diversas vezes já manifestou esse lado ditadorial em atuações em entrevistas em meio às suas viagens.
Até porque, ele pode ter esse lado da sua personalidade, cada pessoa tem o seu jeito de ser.
"Vivandeiras"não tem só esse significado. Eram chamadas de "vivandeiras" as mulheres que eram pagas, para nos velórios de alguns figuraços, chorar a morte deles. Era um costume e até folclorico que vinha do Brasil colonial, trazido pela colonização portuguesa.
Agora, dizer que o "omi"não é autoritário, por favor,, ninguem é burro ou ninguem é cego que anda não tenha percebido esse seu "pictórico" lado humano.

eli halfoun disse...

Brros,aprendi mais uma: sempre achei que as mulheres pagar para chorar em velórios eram chamadas de carpideiras. Agora fico sabendo que também são conhercidas como vivandeiras".Choram por qualquer defunto,mesmo que ele não valha uma vela.
Quanto ao Lula poode ficar tranquilo; ele está indo ermbora,mas volta

Wilson disse...

"Vivandeiras" era como Castelo Branco chamava os civis que rondavam os quarteis. Isso já aconteceu muito na história do Brasil e de novo parece que está acontecendo. Os ricos não aprendem e fazem de tudo para não perder o poder, ainda mais para um operário e seus aliados.

Cesar Mendes, de Campo Grande disse...

como é possível alguém de boa fé chamar de autoritário um homem que governou o país por quase 8 anos, não desrespeitou a constituição, não agrediu a lei, respeitou o Congresso, onde perdeu muitas e importantes votações, foi agredido diariamenre pela mídia partidária, sim, e foi em frente com o seu projeto vitorioso e hoje aprovado por quase 90% dos brasileiros. Só pode ser má fé ou coisa de quem de gente ressentida pelo exito de um presidente que veio das classes baixas e fez um governo que humilha presidentes pretensamente cultos para chegaram ao mesmo cargo.

debarros disse...

Se os mensalões eram uma forma de respeitar o Congresso, realmente, alguma coisa está errada no conceito de respeito.

debarros disse...

Na verdade, as "vivandeiras" surgiram nas guerras napoleônicas. Os exércitos de Napoleão atravesavam toda a Europa, nos seus movimentos militares, em guerra – quase permanente – com os paises visinhos destronando reis ao mesmo tempo criando novos reis.
Nesses deslocamentos de exércitos em guerra, geralmente as mulheres desses soldados acompanhavam os seus maridos, seus homens seus irmãos e para justificar a presença feminina nas batalhas, puseram-se a servir esses soldados, no meio dos embates, com água, comida e também munição para os fuzis que se calavam por falta de manutenção. Os fuzis precisavam continuar a espalhar a morte através de suas bocas. Lá estavam as " vivandiére" alimentando essas armas ao mesmo tempo que matavam a sede dos seus homens em combate.
Os portugueses, na sua luta contra Napoleão, que invadia suas terras, copiou o estilo das mulheres francesas, as vivandeiras, indo mais além, fazendo delas as viuvas que choravam a morte de seus soldados em campos de batallha.

ricardo fotógrafo disse...

isso é piada não é jornalismo. Obviamente é uma peça de campanha eleitoral.