terça-feira, 14 de setembro de 2010

A queda da última trincheira

deBarros
Dizia-se antigamente que todas as novidades na moda, nos avanços tecnológicos, no comportamento do homem na sociedade, enfim, que ocorriam na Europa e EUA, levavam 10 anos para chegar aqui no Brasil. E era uma verdade. Apesar dos meios de comunicação e dos transportes terem apresentado uma grande evolução, os grandes acontecimentos custavam a chegar. Hoje, os jornais em manchetes de primeira página noticiam a decisão do governo comunista cubano de demitir 1 milhão de servidores estatais, que serão direcionados para empresas privadas.
Essa guinada na política cubana representa o reconhecimento do fracasso do regime comunista implantado em Cuba pelas forças revolucionárias lideradas pelo seu chefe maior, Fidel Castro. Entende-se, com isso, que Cuba volta a fazer parte dos paises democráticos, com o abandono dos ideais comunistas Marxista-Leninista, que por mais de 50 anos governaram essa pobre Ilha.
Depois de mais de 5o anos, um regime comunista, provavelmente, será instalado neste país, com a eleição do seu novo presidente, que em uma de suas entrevistas, manifestou a sua preferência por um Estado Forte.
Essa novidade, não levou – por ironia – 10 anos para bater nos quintais deste país. Como ficarão – essa é a pergunta, que se repete nos bares e nos lares – as viúvas e viúvos do Fidel Castro?
Como ficarão aqueles que não se cansavam de citar Cuba como modelo de regime político?

4 comentários:

Gonça disse...

debarros, primeiro, o que está em curso em Cuba é uma reforma econômica. Algo que se aproxima do que fez a China, guardadas as devidas proporções, sem renunciar ao socialismo. Segundo, uma análise isenta do que aconteceu em Cuba tem que levar em consideração o brutal bloqueio econômico que a Ilha sofre dos Estados Unidos há seis décadas. Mesmo assim, alcançou reconhecidos índices de saúde, educação, habitação. Em terceiro lugar, tudo muda, até mesmo o Obama acabou de fazer uma reforma econômica capitalista. Dogmática só a elite brasileira.

debarros disse...

Gonça, pelo que sei você nào é um viúvo do Fidel Castro. Cuba, sob o regime russo, enquanto regime comunista sempre foi um blefe.
"A melhor medicina mundial estava em Cuba. Vacinas contra o Vitiligo, foram compradas às toneladas por muitos Municipios brasileiros. Niterói foi um deles. Os estoques apodreceram nos porões da Prefeitura. Cuba descobre a cura do câncer com cartilagens de tubarões. Mais estoques do remédio milagroso apodrecem nos porões municipais."
E por aí vão as mentiras sobre o regime castrista exercido em Cuba.
E os governos para fazerem a sua média com os progressistas vão à Cuba para faturarem prestígio político e conquistar votos dos viúvos castristas.
Não existe reforma ecônomica sem que haja ao mesmo tempo reforma política.
A base da ideologia Marxista é econômica, como reformar essa economia sem mexer na política?
A China, hoje, é muito mais um regime forte autoritário, próximo de uma ditadura de um colegiado, do que um regime comunista.
Esse ideário político econômico acabou, em que pese as tiradas patéticas do Plinio de Arruda Sampaio, no Brasil não vai passar de arreganhos caricatos de saudosistas stalinistas, que ainda se acham na primeira metade do século XX .
Vamos, pelo menos, modernizar os nossos sonhos ideológicos de que o mundo vai ser salvo pela plataforma política socialista em que todos serão iguais e pobres e miseráveis não exitirão mais.
Viva a Democracia. amém!

Gonça disse...

debarros, pra ficar no campo da ideologia, acho que a China ganhou a Guerra Fria. Vamos raciocinar: os Estados Unidos derrotaram a União Soviética com a ajuda do Mikhail, o Gorbachev. Ok. Enqwunto isso, em silêncio, a China abriu mercados, sem perder o controle, e dominou o comércio mundial. Agora, seguda etapa, as estatais chinesas pegam os lucros - 20 bilhões de dólares de excedente comercial - e passam a investir. Até empresas do Eike Batista as estatais chinesas estão comprando. A balança comercial com os Estados Unidos já favorece a China. O governo da China já é investidor importante do Ocidente. As estatais chinesas estão investindo pesado na África e financiando programas de desenvolvimento social no países pobres da África, o que vai ajudar a criar futuros mercados. Acho que se o comunismo acabou, o capitalismo está ficando vermelho e de olhos puxados. Pelo menos, eles são os credores do momento. Enquanto o contribuinte americano gasta bilhões em guerras como as do Iraque e do Afeganistão, sem falar na ajuda econômica a Israel, Colômbia e Estados Unidos e na guerra contra o terrorismo, a China não tem o preju desses encargos de campos de batalha. Sobra mais dinheiro para investir. Parece que a História vai rir por último.

debarros disse...

Isso é puro investimento de mercado. Não vamos nos esquecer que a china não nasceu ontem. Antes de Cristo a China já tinha os seus Confucios filosofando e criando uma mentalidade avançada e inteligente. Os chineses são os melhores mercadores do mundo.
Marco Polo foi à China aprender a comer macarrão e negociar o rico comércio da seda para o resto do mundo.
A revolução chinesa foi mais uma que ocorreu naquele universo de revoluções e mandarins fracassados. A China precisava ser unificada e coesa resistir aos canhões ingleses que subiam os seus rios para canhonearem as suas cidades e impor o vil comércio do ópio.
Para se fazer uma Nação precisou derramar o precioso sangue do seu sofrido povo. O tempo da espada passou. Agora é tempo de por em prática tudo que aprendeu sob os maiores sacrificios e dores e cescer como um país forte, poderoso e justo.
A China é uma escola. Quem quiser aprender que procure entender os seus ensinamentos.
O comunismo na China se fez necessário no momento certo. Hoje, a China não precisa mais dessa ideologia estranha a sua verdadeira filososfia de vida.