por Gonça
Não tem volta. Mídia, autoridades, celebridades, entidades, clube, instituições ou pessoas, todos devem aprender a conviver com as mídias sociais. Até aqui, a mídia comercial de grande alcance - jornais, TV, rádio e revistas - escrevia e falava em mão única. Para interagir com um jornal, protestar contra uma opinião ou matéria, por exemplo, um leitor escreveria uma carta. Entre as milhares que os jornais e revistas recebiam, seria quase uma loteria se a missiva do cidadão fosse publicada. Sem falar na censura pura e simples: cartas que desagradam a linha da publicação costumam ir para o lixo, com apenas umas exceções que estão lá para dar à seção de leitores uma certa aparência, digamos, democrática. O jornalista escrevia seu artigo ou matéria e não corria o risco de ser publicamente contestado. O apresentador de telejornal falava uma bobagem no ar e ficava por isso mesmo. Estamos combinados, agora, que, em tempo de blogs, twitters, facebooks, interação em tempo real, pessoas e instituições devem aprender a conviver com a crítica. Direta, imediata, em mão dupla. O cidadão ganhou acesso irreversível ao altar sagrado dos "formadores de opinião". Vamos atropelá-los.
Começa um toma-lá-dá-cá que deve ser incentivado e ampliado como mais um instrumento da cidadania, este, importantíssimo, é o direito de opinar. Claro que será um aprendizado que envolve responsabilidade e educação, não veicular ofensas, mentiras, pensar bem no que se escreve, ser honesto nas críticas. Mas este é um item que, não apenas os usuários da mídia social, mas principalmente os agentes da mídia comercial também precisam aprender, e muito.
A Copa se foi, o campeonato da vez é o da eleição.
Opine, participe, critique, faça sua opinião circular.
O Brasil passará pela primeira campanha eleitoral na qual a internet terá um grande peso. Que os fichas-sujas, os picaretas, o passado dos canditados de quaisquer partidos, as posições políticas, os seus desempenhos no Congresso, se votaram com o lobby que financiou suas campanhas, as maracutaias enquanto estiveram no poder (e todos esses que aí estão já têm currículo de administradores públicos), caiam literalmente na rede de blogs e twitters.
Antes de usar a tecla da máquina de votar, use no seu computador ou celular a tecla de pensar e opinar.
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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Um comentário:
E eu no olho deste furacão. Acho que vou trabalhar na Contigo.
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