segunda-feira, 19 de julho de 2010

Juscelino Kubitschek perdeu o trem e não tomou o Ita

deBarros
Com muita facilidade o povo tende a criar no seu imaginário um ídolo que venha preencher o seu ideal de líder político. Getúlio Vargas, com a sua morte, deixou vago esse espaço. Logo em seguida, surgiu a imagem do político mineiro, Juscelino Kubitschek, eleito presidente do país, trazendo novas idéias de governar e o firme propósito de construir Brasília e industrializar o país. A duras penas construiu Brasília a um preço até hoje não revelado.Com a vinda da indústria automobilística atraida pelas isenções fiscais prometidas, o automóvel produzido no país se tornou uma realidade. Mas o preço a pagar, nesse empreendimento foi mais alto do que se possa imaginar. Veio o automóvel e com ele a necessidade de estradas. O Brasil foi rasgado de norte ao sul por rodovias ligando as capitais de seus estados. Mas, o presidente esqueceu de manter, pelo menos, os outros meios de transporte que já existiam. Vieram o automóvel, o caminhão, veículos utilitários e foram indo embora para nunca mais voltarem o "trem de ferro" e os "Itas".
O transporte no Brasil ficou reduzido apenas ao automóvel. Esse foi o preço que o Brasil teve de pagar para ter a sua indústria automobilística.
O trem, que até hoje corta toda a Europa em todas as direções, foi nos EUA o grande conquistador das terras selvagens, ligando o país do Atlântico ao Oceano Pacífico pelo "cavalo de ferro"assim chamado pelos "peles vermelhas" os verdadeiros senhores da terra. Na verdade, o transformador de terras selvagens em um país como é hoje os EUA.
No Brasil, o trem desprezado e abandonado, hoje, voltam a falar nele como a solução para uma ligação mais rápido em forma de um sofisticado "trem bala".
O "Ita" era uma embarcação de pequeno porte que fazia o serviço de cabotagem, do Oiapoque ao Chui, fazendo o transporte de encomendas e pessoas através do país dando ao poeta o motivo para criar a canção que dizia "Peguei um Ita no Norte e vim pro Rio morar.. "
O trem e o Ita eram os meios de transportes mais baratos de então e ainda são mas os governos insistem em investir e usar o automóvel o mais caro meio de transporte que o homem já inventou e Juscelino Kubitschek implantou no Brasil.

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