Desde o primeiro dia em que Dunga foi indicado para ser o técnico da Seleçào Brasileira, os jornalistas esportivos, nas suas colunas diárias, passaram a agredi-lo constantemente. Ora, foram tantas as agressões, que fizeram desse homem uma fera ferida, E como fera ferida – a seu modo – reagia a cada nota que saia contra ele. Ser técnico da seleção foi o seu salvário. Vocês o pregaram na cruz da intolerância; na cruz do rancor e do desprezo; na cruz da raiva e do desamor. A cada vitória da seleção, a raiva incontida de vocês. colunistas, fazia jorrar de suas colunas mais ódio e rancor. E vieram os campeonatos. Dunga, campeão da Copa das Américas. Imagina, Júlio Batista fazendo gol contra a Argentina? Isso era insuportável. Mais pancada nas colunas. Dunga não passará da Copa das Confederações, julgaram. A seleção sai vitoriosa e se sagra campeã.O 'insuportável' técnico não conseguirá classificar o Brasil para a Copa do Mundo, vaticinaram vocês, colunistas, por acaso, supostos técnicos de futebol que nunca chutaram uma bola de meia, pelo menos.
O Brasil se classifica com três rodadas de antecedência. Aí, foi a gota d'água a mais e o cálice transbordou. A guerra, por fim, estava oficialmente declarada e todas as baterias foram apontadas e descarregadas contra o técnico da seleção, que indefeso, não tinha uma tribuna para se defender. Acredito, que na história das seleções brasileiras de futebol, nunca, volto a repetir, nunca o seu técnico foi tão atacado, humilhado e escorraçado como foi o Dunga, que queria apenas fazer o seu trabalho. Pregado na cruz, crucificado pelos pregos da intolerância, da raiva, do ódio e do desamor, Dunga está 'morto'. Restará, a vocês colunistas, enterrá-lo.
Aos colunistas, a derrota! Ao povo brasileiro o pesar pela perda de um herói, que lutou até o fim, não nos campos da glória, que isso ele sabia pelejar, mas nos campos da intriga e das campanhas difamatórias que contra ele foram urdidas. Que a vocês, senhores colunistas de futebol, seja oferecida a Copa do ódio e do rancor. Amém!
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