segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Para Jorge Jesus, Copa do Mundo no Catar não faz sentido



Jorge Jesus, técnico do Flamengo, já em Portugal após a conquista do vice em Doha, criticou a realização da Copa do Mundo no Catar. "Uma Copa do Mundo tem que ser disputada em um país que ama futebol", disse o treinador ao Mundo da Bola, em frase que The Sun repercutiu no Reino Unido..
Jesus está mais do que certo. Nem a torcida do Flamengo conseguiu animar as frias (não no sentido da temperatura, mas com relação à vibração), ruas de Doha.
Não apenas a cultura e os rigores do fundamentalismo religioso afastam torcedores e torcedoras locais: o próprio futebol é algo ainda exótico para a maioria da população. O Catar tem apenas 12 clubes que participam de um campeonato que realiza um jogo por semana com média de público de 500 pessoas. Jamais se classificou para uma Copa e entrará em campo em 2022 por ser o país anfitrião. Logicamente, durante o Mundial, o público será majoritariamente de ocidentais. Assim como acontece com muitos eventos esportivos patrocinados pelas ricas nações do Golfo. Funcionam mais como apelo turístico e de imagem. De Fórmula 1 a torneios de tênis, de futebol, de natação e de atletismo etc, a maior presença de europeus é visível nas arquibancadas.
Pode esquecer o clima de festa nas ruas durante a Copa, tal como acontece no Brasil, na França, na Rússia, na Espanha, Alemanha, Argentina ou Itália, que têm o futebol no DNA e não apenas como item promocional de uma monarquia absolutista. 

Sem vale-transporte para o Natal...

Na capa do Charlie Hebdo: greve de trens e metrô na França não poupa ninguém. 

Especial de Natal: VIRALATA NO FUTEBOL, CAMPEÃO MUNDIAL NO HOT DOG!

por Niko Bolontrin

A criatividade anda solta nos becos e botecos. Uma das palavras mais ouvidas em 2019 foi "empreendedorismo". Todo mundo só fala nisso: "empreender". "Reinventar', também. Com 12 milhões de desempregados ao redor, o brasilino tem mais é que buscar esses sinônimos bestas de "se virar". O Flamengo, por exemplo, tentou as duas coisas, se reinventar e empreender. Conseguiu realizar o primeiro verbo, mas não foi capaz de "empreender" o Mundial de Clubes.

Acontece.

Já Ruan de Freitas, um ex-motorista de Uber que abriu um boteco na Tijuca, acertou nesse palpite duplo. Posso garantir, pois fui ver o jogo no Pão de Alho do Gordo, o nome do lugar, e digo que o melhor da tarde não estava na distante Doha, mas logo ali na mesa. Trata-se de um sanduba que por si só é praticamente um startup de tanto sucesso que faz. Leva coração de galinha e queijo no pão de alho. Esses são os ingredientes. O modo de fazer é segredo da casa.  Comi três.

Só digo o seguinte: se Arrascaeta e Everton Ribeiro levassem para o Catar o sandubão do Gordo não precisariam ter saído de campo por cansaço.

Ou, ainda, se forrassem o estômago com outro sucesso gastronômico da temporada - este criado por Francisco Fonseca, nada menos que um cachorro-quente que vem com oito salsichas, vinagrete, maionese, mostarda, batata palha, milho, ervilha e queijo ralado - teriam enquadrado o fish and chips do Liverpool.

O Flamengo também poderia ter levado para Doha uma joia gastronômica criada por Roberto Muggiati. Gentilmente, o autor da iguaria oferece aqui a sua receita exclusiva para a mesa de Natal dos leitores do blog. Jesus, não o aniversariante da data, mas o técnico do Flamengo, não sabe o que perdeu.

Pullum et coturnix super panis cum ovum

CHICKEN AND QUAIL SPECIAL 
PANIS BURGER

Um pão árabe recheado com ovo frito de galinha à la façon fechamento Manchete/Fatos&Fotos, meia dúzia de ovos de codorna fatiados, um hambúrguer de peru, uma pitada de batata palha extrafina e folhas de rúcula, azeite extravirgem, se é que está disponível na praça....
Ideologicamente corretíssimo, com abertura para o Islã e o vegano. Em ampla sintonia com a tendência gourmet-comportamental que nosso Alan Richard Way, do alto da sua sapiência, endossado por Enrique Renteria, indicaria ao Prêmio Nobel de Gastronomia (já é hora, acadêmicos de Estocolmo, de dar ouvidos ao ronco dos estômagos globais e – pasmem – isso vai acontecer logo logo, e este é mais um insight do nosso espertíssimo Panis cum ovum...

domingo, 22 de dezembro de 2019

Rua e prédios fantasmas: os "ativos financeiros" que prejudicam Rio

Rua da Carioca: quase sem vida após virar "ativo financeiro". Foto J.E.Gonçalves
A Rua da Carioca já foi uma das mais movimentadas do Rio. Suas lojas, várias com mais de um século de existência, eram a alma viva da cidade. Hoje, percorrer a via é como passar por um cenário de filme abandonado. A Carioca virou um cemitério de negócios. Em 2012, o Grupo Opportunity comprou 18 imóveis na rua. Desde então, aumentos dos aluguéis foram afastando inquilinos e cerrando portas. A crise econômica se encarregou de fechar outros pontos de venda e impor ao local um certo ar fantasmagórico.

Reproduzido do Globo - 22/12/2019
A Rua da Carioca chama atenção por reunir dezenas de prédios desativados. Mas há outros pontos icônicos do Rio que são vítimas da especulação financeira. O antigo Hotel Serrador, ali perto, e o ex-Hotel Glória, um pouco mais distante, também sucumbiram ao baixo jogo financeiro e se transformaram em meros "ativos" nas mãos de instituições do mercado ou de manipuladores individuais. Para estes, não é essencial transformar os imóveis em algo produtivo. Como "ativos" são o negócio em si que a aposta financeira movimenta. O Glória já virou moeda de troca de fundos financeiros. Foi do Mubadala e agora o Globo noticia que passará para o portfólio do Brookfield. De mão em mão, o prédio, do qual só restou a fachada, continua no modo ocioso. Houve várias promessas de reconstrução que não vingaram. Um grupo até plantou notinhas do tipo "balão de ensaio" acenando com a demolição do que restou e a construção de um prédio moderno para condomínio residencial. Surgiram protestos na mídia por descaracterizar o imóvel e o suposto projeto não decolou. O prédio que é uma referência carioca permanece como "ativo" financeiro fantasma.

Reproduzido do Globo - 22,12,2019. 
O Serrador também tem história. Era um hotel conceituado, referência da antiga Cinelândia. Ali funcionaram um teatro e a famosa boate Night and Day, palcos de peças e shows memoráveis.

Mais recentemente, o Serrador teve destinação pouco nobre ou ética. Virou o mega suspeito bunker de Eike Batista, empresário já condenado por manipulação do mercado, pagamento de propinas, corrupção e lavagem de dinheiro. O Globo informa hoje que o prédio acaba de ser adquirido por um "investidor argentino".

Há outros casos semelhantes no Centro do Rio. Em levantamento de 2017, a prefeitura calculou em apenas um trecho da região central cerca de 600 edificações estavam fechadas e algumas com sinais de abandono. Cerca de 85% das construções sem uso são privadas. Muitas certamente nem alugadas são por desinteresse dos "investidores". Permanecem na função de "ativo financeiro", isso apesar da Constituição Federal, de 1988, estabelecer que esse tipo de propriedade privada no Brasil precisa ter uso. Em países desenvolvidos há mecanismos, como impostos progressivos, para evitar o abandono de imóveis sejam históricos ou não. Aqui, tais prédios são apenas um item a mais no portfólio dos fundos. Dane-se o destino deles, desde que a especulação os valorize como "ativos" do jogo financeiro.


Diz aí, Flamengo! Podia dar certo???

Reprodução O Globo

Liverpool campeão mundial e o dia em que o Rio se transformou em uma imensa secadeira...

A comemoração. Foto Liverpool website.

Firmino e Alisson:a taça na mão. Foto; Liverpool website

Kloop vencedor. Foto Liverpool website

A vibração. Foto Livepool website


Firmino: O gol que derrotou o sonho rubronegro. Foto Mike Hewitt/Fifa

por Niko Bolontrin

A umidade do ar, ontem, no Rio esteve entre 40% e 55% dependendo do bairro. Isso na meteorologia. Para as torcidas de Vasco, Botafogo e Fluminense a cidade era, na verdade, uma imensa secadeira.

Para cada torcedor do Flamengo uniformizado nos bares, três, em casa, diante da TV, eram Liverpool desde criancinha. A seca pimenteira massiva funcionou e aos oito minutos da prorrogação Roberto Firmino deu um fim ao sonho rubro-negro.

A mídia bem que tentou construir para a torcida uma versão meio autoajuda de "cabeça erguida", "superação" etc. De fato, o Flamengo lutou. Mas, à saída dos bares e botecos de onde esperavam bridar ao título de campeão, o clima era de frustração.

Diante de um ano excepcional onde não teve adversário, a torcida confiava que Doha 2019 repetiria Tóquio 1981. Não deu. O Liverpool de Klopp e Firmino encharcou de água o chope do Flamengo.

sábado, 21 de dezembro de 2019

Fotomemória: em 1981, Flamengo campeão mundial nas páginas da Manchete






por Niko Bolontrin 

13 de dezembro de 1981, Estádio Nacional, Tóquio. Diante de um público de mais de 70 mil pessoas, o Flamengo venceu o Liverpool por 3 X 0 e sagrou-se campeão da Toyota Cup, então uma disputa intercontinental entre os campeões da Libertadores e da Taça dos Clubes Campeões Europeus. em 2017, a Fifa reconheceu a Toyota Cup como um mundial interclubes. Nunes recebeu de Zico e abriu o placar aos 13 minutos; aos 34, Zico cobrou falta, o goleiro Grobbelaar rebateu, o zagueiro cortou chute de Lico e a bola sobrou para Adílio, que fez o segundo; e aos 41 do primeiro tempo, Zico fez um lançamento para Nunes que fez o terceiro.
A revista Manchete não mandou equipe para Tóquio como normalmente faria. Um sinal de que os investimentos em compra de equipamentos e construção de prédios para a Rede Manchete, que seria inaugurada em 1983, já consumiam recursos da editora. Mas publicou uma grande matéria com fotos exclusivas de um certo Mayger, frila contratado em Tóquio, que registrou toda a epopeia e a magistral atuação de Zico, eleito o melhor jogador em campo.


sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

O cabaré em chamas...


O país do toma-lá-dá-cá oficial

A chamada lei de São Francisco - é dando que se recebe - foi popularizada no Brasil como uma espécie de dogma número um do Congresso. Rigorosamente todos os governo molham a mão das suas excelências em troca de aprovação de projetos e outras benesses. Balcão de cargos, distribuição de concessões de rádios, liberação de emendas, vale tudo no mercado de votos. Deputados desonestos empregam assessores desde que estes lhes devolvam parte dos salários. É a "rachadinha"; igrejas aproveitadoras apoiam governos em troca de favorecimentos em verbas para "centros terapêuticos" e perdão de dívidas oriundas de sonegação de previdência, fgts etc; investigadores aliviam punição a instituição financeira e blindam irregularidades desde que a dita compareça com algum para o caixa público. 
Aparentemente, os mais diversos setores da vida nacional não mais se indignam com a prática. Aderiram ao método. Em muitos casos, o toma-lá-dá-cá até virou lei: certos tipos de funcionários público ganham bônus apenas para cumprir a obrigação que teoricamente o salário já paga. Em outros, nem precisam de leis e até vão contra a legislação. A prefeitura do Rio, por exemplo, em troca de uns caraminguás, acaba de aprovar uma ilegalidade ao permitir que os quiosques da orla privatizem a praia com "cercadinhos vips" que tomam espaço da multidão que vai assistir ao réveillon. Em troca de uma modesta taxa e do crédito do favor prestado a empresários poderosos. Afinal, ano que vem tem eleição.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Do Twitter: Michelle Obama rebate ataques a Greta Thunberg


Quando chefes de Estado medíocres atacam uma menina de 16 anos não é difícil saber quem são os vilões. Diante da ofensiva dos idiotas, Michelle Obama mandou uma mensagem a Greta Thunberg: "Não deixe ninguém diminuir sua luz. Como as garotas que conheci no Vietnã e em todo o mundo, você tem muito a nos oferecer. Ignore os que duvidam e saiba que milhões de pessoas estão torcendo por você".

Para não esquecer - Jornalismo e ditadura - Márcio de Souza Castilho lança livro "Sob o Império do Arbítrio".


Em 2020, a falência da Bloch Editores completa 20 anos. Ex-funcionários pedem justiça


O ano que vem será especialmente marcante para os ex-funcionários da Manchete: 2020, mais precisamente em agosto, sinalizará os 20 anos da falência da Bloch Editores.

O drama que se instalou no dia 2 daquele mês é passado, permanece na memória de todos, mas o que importa agora é o presente.

A Massa Falida da Bloch Editores pagou os chamados valores principais da maioria das indenizações, mas há cerca de quatro anos parou de quitar parcelas da correção monetária devida aos ex-funcionários. Muitos haviam feito acordos e concordado em reduzir pretensões em troca de receber em prazo mais curto o total das suas indenizações. Apesar desse compromisso, tais pagamentos foram intempestivamente interrompidos por um antigo síndico da Massa Falida da Bloch, que já deixou o cargo.

Para os trabalhadores da extinta editora, 2020 será, na verdade, 2000+20. Vinte anos de luta.

Ao longo do ano, uma série de ações serão propostas pela Comissão dos Ex-Empregados da Bloch, liderada pelo seu presidente, José Carlos Jesus. Como parte de um esforço para sensibilizar as autoridades, a CEEBE pretende realizar uma manifestação pública, além de manter o diálogo, apresentar reivindicações junto aos administradores da Massa Falida da Bloch Editores e fazer um esforço para divulgar a longa luta dos ex-funcionários.

A arte da camiseta acima, enviada ao blog por José Carlos Jesus, será uma das peças da campanha que pedirá a retomada do pagamento da correção monetária em atraso, e já é divulgada em redes sociais.

A CEEBE pede a cada um dos ex-funcionários da Bloch e aos jornalistas em geral que apoiam a campanha que compartilhem a imagem da camiseta. E envia os votos de um Ano Novo mais justo para todos.

"E que, mais uma vez, estejamos juntos nessa luta de 20 anos. Unidos, conseguimos  algumas
vitórias e garantimos parte dos nossos direitos. E só unidos alcançaremos outras conquistas", conclui José Carlos.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Polêmica no altar: campanha publicitária é censurada e, em seguida, volta ao ar a pedido das redes sociais. Motivo do veto: os anúncios mostravam um casamento lésbico





por Clara S. Britto

O Hallmark Channel divulgou há pouco dias, nos Estados Unidos, uma série de anúncios com noivas e noivos se beijando. A campanha era do site de planejamento de casamentos Zola. Grupos conservadores homofóbicos tiveram chiliques diante das cenas de casamento de pessoas do mesmo sexo pediram a saída do ar dos comerciais. Sob a justificativa de que o canal rejeitava anúncios "controversos", um diretor censurou a campanha.
Durou pouco.
Na última quinta-feira, o Hallmark Channel recebeu uma petição assinada por mais de 25 mil pessoas que condenavam a censura e pediam a volta dos comerciais. Houve pressão também nas redes sociais, o canal pediu desculpas, desautorizou o veto e os anúncios voltaram ser divulgados.

Manchete e Rede Manchete: confraternização na Glória






No último sábado, a Taberna da Glória recebeu os ex-funcionários da Bloch Editores e da Rede Manchete de Televisão para confraternização de fim de ano. Os veículos se foram, mas não os laços de amizade, como se vê nas fotos enviadas ao blog por José Carlos Jesus, presidente da Comissão dos Ex-Empregados da Bloch Editores. A própria Taberna, não muito distante da Rua do Russell, onde ficavam redações, estúdios e setores administrativos das revistas, das rádios e da TV, evocava memórias do tempo em que foi um point muito frequentado pelas equipes do extinto grupo de comunicação. O cenário perfeito para os brindes de boas energias em 2020.

Nelson Hoineff (1948-2019): jornalismo com um toque de cinema

Nelson Hoineff. Reprodução Facebook
Nelson Hoineff era um apaixonado por cinema e por jornalismo. Não por acaso, foi ao unir a arte e a notícia que ele criou para a Rede Manchete o "Documento Especial", série que marcou sua trajetória e ganhou prêmios internacionais.

À vertiginosa dinâmica jornalística do programa, ele acrescentou uma linguagem visual cinematográfica que posteriormente levou a documentários consagrados. "Alô Alô Terezinha", sobre o comunicador Chacrinha, e 'Caro Francis", em torno da vida do polêmico jornalista, estão entre os mais conhecidos.

Como respeitado crítico de cinema, Hoineff também cobriu para a revista Manchete alguns festivais, como o de Cannes, em 1989, e o de Berlim, em 1991.

Nelson Hoineff morreu ontem, ao 71 anos. Ele deixa um livro de memórias inédito, que a editora Autografia deve lançar em breve.

sábado, 14 de dezembro de 2019

Previsões: o vidente Allan Richard Way II revela o que vai acontecer em 2020



O vidente Allan Richard Way II enviou suas previsões em arquivo da deep web para evitar que astrólogos sem espírito ético copiem seus estudos para o ano de 2020. 
Embora antenado com a tecnologia do Século 21, o herdeiro do célebre Allan Richard Way, que faleceu no Reino Unido aos 103 anos e por três décadas foi colaborador da Manchete,  busca sabedoria nos compêndios do Século 15 e nos ensinamentos do mago lendário, a quem ainda evoca nas cartas do tarô e na movimentação dos astros.
Este ano, ele usou também o Senet, um antigo jogo de tabuleiro decifrado pelo Museu Britânico que os faraós usavam para decidir os seus destinos diretamente com os deuses. 2020 será regido pelo Sol. Em tese, isso poderia ser auspicioso. Mas, ao mesmo tempo - diz ARW II, a luz revelará muitas sombras.




Allan Richard Way II, de ascendência indiana, mantém viva a tradição que seu pai iniciou na Manchete, nos anos 1970, sempre intermediado
Cony e Allan Richard Way, no aeroporto Heathrow,
Londres, em 1981. Foto de Robert Mac Pherson
por Carlos Heitor Cony e entrevistado por Robert Mac Pherson. Em 2000, o vidente original fez suas últimas previsões. Antecipou que seria um "ano terrível". Mas evitou avisar que a própria Manchete seria vítima. Em agosto daquele ano, a Bloch Editores pediu falência e encerrou uma trajetória de 48 anos. A revista ainda iria às bancas editada por uma cooperativa de ex-funcionários e posteriormente em algumas edições especiais publicadas pela editora que adquiriu o título em leilão.


VEJA ABAIXO O QUE ALLAN RICHARD WAY II 
PREDIZ PARA 2020 

* A América Latina continuará vivendo momentos de tensão. Poderá haver novas ocorrências de "presidentes autonomeados" ou "presidentes autointitulados". 

* A Argentina vencerá a Copa América.

* O ministro Paulo Guedes ameaçará deixar o governo, mas será convencido a ficar. Na linha do seu projeto de taxar desempregados, poderá criar o imposto para as "grandes pobrezas" e taxas obrigatórias para os sem teto, os sem terra, os sem escola, os sem saúde, os defuntos (por ocupar terreno ou, se forem cremados, poluírem a atmosfera) e os atropelados (por causar prejuízo ao parar o trânsito). Viráo outros impostos financeiros do tipo anunciado de taxação de crédito do cheque especial. 

* O chamado Caso Queiroz será esquecido até meados de 2020 já que o Congresso aprovará projeto legalizando as "rachadinhas", que consistem em apropriação por parte dos políticos de parte dos salários do seus assessores e funcionários de gabinetes. 

* A pergunta "quem mandou matar Marielle" não será oficialmente respondida. 

* O Brasil não fará uma boa participação nas Olimpíadas de Tóquio. Além do  corte de verbas,  alguns ministros afirmam que o movimento olímpico é "de esquerda" e 'anticristão". 

* O PSG finalmente venderá Neymar. Mas só em julho. Um país europeu disputará o jogador com   
times da China e do Catar. Flamengo entrará na disputa. Mas haverá risco de problemas no metatarso do craque.

* Tite, treinador da seleção brasileira, será demitido em meio à primeira fase das Eliminatórias para a Copa de 2022.

* O desemprego no Brasil continuará alto. Para maquiar as estatísticas, o governo criará, além da categoria "desalentados" (aqueles que, segundo o IBGE, desistiram de procurar emprego), os "sem saco", os "desesperados" (que se oferecem para trabalhar em troca de uma broa e uma tubaína), os "desprezados" e os "fudidos de vez'.

*  Predominância de Urano insuflará revoltas em vários países.

* Partido Aliança para o Brasil será registrado e Bolsonaro fará importante base política nas eleições municipais.

* El Niño virá mais forte do que nunca no fim segundo semestre, o que significa temporais em larga escala em certas regiões e fortes secas em outras.

* Startup lança aplicativo para quem quiser fundar uma igreja.

* Mais países governados por líderes da direita se afastam do globalismo. Definitivamente, a guerra comercial (trade war) será a nova guerra fria (cold war).

* Nos próximos anos, a questão climática e as tentativas de deter o aquecimento global vão atingir a rotina e os hábitos das pessoas que se sentirão culpadas por comer carne, jogar embalagens fora, usar o chuveiro por mais de 10 minutos, fazer viagens aéreas, ter carro próprio, ser consumista em excesso, andar de uber em vez de metrô ou trem. Isso na Europa. Aqui no Brasil o governo continuará pregando que aquecimento global é ficção científica. 

* Em novembro de 2020, a cantora Anitta lançará o seu milésimo clipe musical do ano e contará aos fãs que fez sua 29ª intervenção cirúrgica para aperfeiçoar pequenos detalhes do corpo. 

* O Rio de Janeiro se proclamará o "primeiro Estado Pentecostâmico" do Brasil.

* Um crime passional abalará o que resta do chamado society do Rio e São Paulo.

* Lei que libera cassinos no Brasil será aprovada no Congresso.

* Endividamento das famílias nos Estados Unidos pode provocar nova crise econômica mundial.

* Irã é bombardeado por uma coalizão de forças ocidentais.

* O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro é derrubado.

* Implementação do Brexit leva ao aumento de suicídios no Reino Unido.

* Forte terremoto abalará a Itália.

* Cantora se declara metalssexual e revela que ao compor costuma fazer sexo com instrumentos musicais. A revelação não choca ninguém, apenas a ministra Damares fica indignada.

* Infelizmente, mais um cantor sertanejo sofrerá grave acidente automobilístico em uma estrada do Centro Oeste. 

* Em 2020, os Estados Unidos registrarão média de cinco tiroteios em escolas ou áreas públicas por semana. Trump isenta as armas de qualquer culpa e responsabiliza imigrantes e Greta Thunberg. 

* Trump, aliás, será reeleito em novembro.

* Manifestantes protestarão contra pessoas, empresas e instituições que sobrevivem de recursos públicos, seja via salários, subvenções, renúncias fiscais etc e pedem a privatização de políticos, igrejas, do agronegócio, das duplas sertanejas e das organizações sociais (as famosas OS).

* O governo liberará verbas para o cinema. Ao longo do ano serão lançados "Terra Plana, uma verdade inconveniente", "O extermínio" (sobre esquerdistas), "Jesus e Messias, o Jair", "O Filósofo do Povo" com Olavo de Carvalho e uma cineasta lançará "O Triunfo da Vontade", documentário  sobre a "revolução conservadora" no Brasil, que o governo indicará para concorrer ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2021.

* Graves complicações políticas e institucionais abalarão o Brasil até o final de 2020.

* As milícias abrirão escritório de representação em Brasília.

* Desastre de aviação de grandes proporções vitimará celebridades brasileiras.

* Ao longo do ano os caminhoneiros ameaçarão fazer greve pelo menos 12 vezes. Desistirão de todas depois do governo atender suas reivindicações.

* Derramamento de fake news marcará as eleições municipais do Brasil com mais intensidade do que na última votação para presidente.

* Pelo menos dois jornais do eixo Rio-São Paulo encerrarão suas edições impressas.

* Governo brasileiro perdoará dívida bilionária produto de sonegação de igrejas com o fisco, previdência etc.

* A Rainha Elizabeth sofrerá um fulminante ataque cardíaco. O Príncipe Charles subirá ao trono.

* No Brasil, o dólar ultrapassará a barreira de R$5,50 no segundo semestre.

* Tensão e complô conservador no Vaticano abalarão a saúde do Papa Francisco.

* Um atentado terrorista comoverá o Ocidente.

* Ministra brasileira afirmará que o "Anticristo está entre nós e fraudou o Bolsa Família".

* Governo cria cotas para neopentecostais no acesso às universidade públicas.

* Vazamentos de conversas de Whatsapp revelarão o apocalipse sexual de um líder religioso.

* Grandes revoluções financeiras no mercados mundiais. A natureza do dinheiro vai mudar profundamente com o avanço de novas moedas. Pequenos investidores devem ficar atentos.

* Ano de grandes revoltas e manifestações em vários países. Brasil permanecerá agitado apenas nas redes sociais.

* Nasa descobrirá meteoro que teve rota misteriosamente alterada e poderá em futuro próximo ameaçar o Brasil.

* Governo brasileiro liberará ao longo do ano mais 2.459 agrotóxicos.

* Novo vírus transmitido por mosquitos se espalhará pelo Brasil.

* Derramamento de óleo nas praias brasileiras continuará um "mistério". Investigação será arquivada.

* No segundo semestre o Brasil fará grande esforço para bater o recorde de queimadas na Amazônia.

* O Brasil se despedirá de um famoso apresentador de televisão.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Alguns cineastas brasileiros sofrem de Síndrome de Estocolmo

Está em curso uma ofensiva do governo contra o cinema brasileiro. Isso todo mundo sabe. O que se desconhecia até agora é que, diante do sequestro cultural que a arte sofre, alguns cineastas desenvolveram um clara Síndrome de Estocolmo, que é a dependência afetiva do sequestrado diante do sequestrador. Só isso explica a enorme euforia da classe e de parte da mídia diante do gesto de Roberto Alvim, o secretário de Cultura bolsonarista, ao nomear André Sturm para a Secretaria do Audiovisual.

Até janeiro último, Sturm, que é cineasta, era secretário de Cultura da Cidade de São Paulo. antes foi diretor do MIS paulistano.

O novo secretário é controverso, protagonizou polêmicas - todas publicadas em veículos jornalísticos como Folha, R7, Estadão, Folha, Fórum, Istoé etc, a partir de 2017 - que cabem em um verdadeiro longa metragem. De investigação do MP para apurar improbidade administrativa a suposta ameaça de agressão a um agente cultural, acusação de racismo, de assédio e denúncia de interferência em processo de licitação,

Em janeiro de 2018, envolveu-se em um escândalo após documento enviado à Câmara de Vereadores de São Paulo sobre abuso de poder, que incluía uma gravação onde Sturm bate-boca com uma secretária, diz que vai demiti-la e ela pergunta se o motivo seria porque não transou com ele durante uma viagem. Em novembro do ano passado, teria ofendido a diretora do Theatro Municipal de São Paulo e ameaçado não pagar ao Instituto Odeon, gestor do teatro, caso não topasse romper o contrato amigavelmente.

Segundo a Veja, André Sturm passa a integrar o governo depois de um pedido de Andrea Matarazzo, que articula o apoio de Bolsonaro para se candidatar ao governo de SP, em 2022, em chapa com Paulo Skaf. Matarazzo negou e disse à revista que é candidato à prefeitura em 2020. A Veja ainda afirma que Roberto Alvim é a ponte entre Matarazzo, Skaf e Bolsonaro.

Desesperados com o quadro, profissionais do cinema parecem relativizar esse histórico na esperança de que o fundamentalismo do governo federal gire 180° a partir da nomeação do novo secretário. Aparentemente, não enxergam que a política de audiovisual do governo está muito clara para ser revogada pelo terceiro escalão. A nomeação está bombando nas redes sociais. E não exatamente no bom sentido.

Esse filme dificilmente vai acabar bem.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

O concessionário gosta de moleza. E o contribuinte ou usuário que pague a conta...


Os defensores da "privatização do fim do mundo", ou seja, de tudo, alegam que só dessa maneira o Estado economizará e sobrará dinheiro para investimentos em educação, saúde, segurança etc.

Não é o que a realidade mostra.

Como parte dos dogmas neoliberais, São Paulo anunciou que concederá presídios à iniciativa privada. Empresários vão construir presídios? Claro que não, seria pedir demais. Assim como não construíram os aeroportos, as vias e estradas e os gasodutos ou os metrôs que assumiram, vão normalmente gerir o que já está feito.

Infelizmente, de um jeito ou outro, sobra para o populacho que paga o novo "custo Brasil", o privado. Se a coisa é estatal, o contribuinte comparece com os seus impostos. Se é privada, "morre" em taxas as mais diversas em forma de pedágios, altas contas de gás, energia elétrica, de embarque, de ingresso em estádios , em subvenções com que o poder público continua premiando os concessionários ou certas OS, Ongs e entidades que o povão chama de pilantrópicas e que administram serviços públicos significativamente encarecidos.

No caso da privatização dos quatro presídios em São Paulo, inclusive unidades recentemente construídas, o Ministério Público de Contas afirma que o custo de manutenção de cada preso aumentará em R$1.500. Em 15 meses, o governo de São gastará 58% a mais após a privatização, o que significa um acréscimo de R$75 milhões apenas nesses quatro presídios.

É mole ou quer mais?

Jogos de Tóquio 2020 - Política sem barreiras bane atletas e põe à prova o espírito olímpico

por Niko Bolontrin

Desde janeiro de 2019, o governo americano pressionava a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) para punir a Rússia por um suposto esquema de massiva aplicação de estimulantes em atletas. Travis Tygart, chefe da Agência Anti-Doping dos Estados Unidos, criticou a leniência da instituição mundial e pediu sanções contra a Rússia.

Antes da virada do ano, veio a punição: exclusão do país de Olimpíadas e Mundiais durante quatro anos. Vale dizer, Jogos de Tóquio 2020 e de Inverno de Pequim 2022 e Copa do Catar 2022 e outros torneios oficiais de caráter mundial.

A Rússia pode recorrer, mas dificilmente conseguirá reverter uma decisão que parece conter altas suspeitas de componente político.

A FIFA ainda tenta resistir à decisão. A Rússia participará da Eurocopa 2020 (São Petersburgo é uma das sedes) porque a restrição não atinge torneios continentais e sim os mundiais. Mas, além disso, a entidade que rege o futebol pediu que a Wada esclareça e justifique a surpreendente inclusão da Copa do Catar no pacote de punição.

Os atletas russos que forem testados negativos em exames antidoping poderão competir sob bandeira neutra. Essa decisão evidencia o gatilho político da operação, que mais parece a vertente esportiva das sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos. Para o primeiro-ministro Dmitry Medvedev, que não nega problemas localizados de doping na Rússia, a medida da Wada é "uma histeria crônica anti-Rússia".

Se persistir o afastamento, como tudo indica, Tóquio poderá ver alguns dos melhores atletas do ano competindo sem pátria, se estes optarem por essa condição. Apenas nos mundiais de atletismo e natação, por exemplo, russos ganharam neste ano oito ouros com a nova geração de atletas.

Punição genérica, alcançando milhares de competidores de um país - a imensa maioria jamais envolvida em doping -  era algo inédito até 2016 quando a mesma Rússia foi punida. A ato atual é um desdobramento requentado daquele. Normalmente, e isso já aconteceu com atletas dos Estados Unidos, China, Jamaica, Brasil e muitas outras nações, a condenação é individual. Apenas os competidores comprovadamente flagrados no uso de substâncias ilegais são afastados.

Ao decidir que a Rússia vai recorrer contra a Wada, o presidente Vladimir Putin usou o argumento da individualização injusta e caracterizou a generalização como política. Ainda lembrou que o Comitê Olímpico Russo não foi punido. "Se não há qualquer reclamação contra o comitê, então o país deve competir sob a sua própria bandeira. Isto está escrito na Carta Olímpica. Desta forma, a decisão da Wada viola a Carta. Temos todas as condições de apelar", declarou.

A Rússia vai, por enquanto, manter a preparação para os Jogos de Tóquio. Mesmo a participação sob bandeira neutra não está inteiramente garantida. Há na Wada quem seja contra essa possibilidade. Esses, ainda mais radicais, alegam que na Olimpíada de Inverno da Coréia do Sul atletas russos foram anunciados como tal na abertura e nas competições e havia centenas de bandeiras da Rússia nas arquibancadas em saudação às equipes. The Guardian lembrou que o país estava banido em Pyeongchang , em 2018, e mesmo assim mais de 100 atletas foram solenemente anunciados: “Ladies and gentlemen, the Olympic Athletes from Russia!”.

O jornal ironizou: "se anda como pato, se grasna como pato, então é pato". Ou seja, o hino não tocou, mas a Rússia estava na Coreia do Sul. E, embora sem alguns dos principais atletas, ganhou 2 ouros, 6 pratas e 9 bronzes.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Nas redes sociais, a capa da Time ganha releitura cômica

Em referência à capa da Time que homenageou Greta Thunberg como Person of the Year 2019,
(a ativista foi chamada por Bolsonaro de "pirralha"), as redes sociais fazem piada. Reprodução Twitter
Reprodução Twitter

Revista Time: Greta Thunberg, a "pirralha", é a Pessoa do Ano 2019. E Bolsonaro, o que é?



Poucas horas depois de ser chamada de "pirralha" por Bolsonaro, Greta Thunberg, 16 anos, torna-se a Person of the Year 2019 da revista Time. Além de desmerecer a jovem ativista, o presidenciano brasileiro ainda criticou a mídia por  lhe "dar muito espaço" . Taí a menina com todo o espaço do mundo.

Greta está ficando mais influente e célebre do que a sueca homônima Greta Garbo. Mas “leave me alone”, a divisa da atriz, não é com ela. Ao contrário, incansável, se expõe e comparece a todos os fóruns mundiais para difundir uma verdade:  "Não podemos continuar vivendo como se não houvesse amanhã, porque há um amanhã", disse ela à Time, ao ressaltar que esse futuro tem que ser garantido agora.

Caso o Acordo de Paris não prospere, o aumento da temperatura no mundo atingirá 1,5 ° C. As consequências já estão aí e se agravarão: em 2030, mais 350 milhões de pessoas serão expostas à seca e 120 milhões cairão para a estatística de extrema pobreza. Isso é ciência, alerta a Time.

Levar essa mensagem a um número cada vez maior de pessoas é a difícil missão a que Greta Thinbeerg se dedica.



No mínimo, está sujeita a grosserias. Ser xingada por Bolsonaro é de fato uma láurea extra no currículo da ativista. Tanto que ela acrescentou o "titulo" à sua página no twitter:'Pirralha".

Greta é tudo o que mostra ser, consciente, generosa e corajosa.

Bolsonaro o que é?

É disparado o líder do FETEAPÁ: o Festival de Toscos que Assola o País.

domingo, 8 de dezembro de 2019

Fotografia: a garota da Playboy que virou musa do processamento de imagens

A foto de Lenna Sorderberg, de Dwigth Hooker, da Playboy, com o corte que virou referência da tecnologia de processamento. 

Lenna Söderberg tinha apenas 21 anos quando posou para a página central da edição de novembro de 1972 da Playboy americana. O fotógrafo Dwight Hooker encantou-se pelo corpo espetacular e pelos olhos da jovem sueca, que pensava apenas em ganhar alguns trocados para sobreviver em Nova York.

O que a bela Soderberg não esperava era que sua foto virasse um ícone mundial da tecnologia.

A foto original da Playboy.
Em 1973, pesquisadores do Instituto de Processamento de Sinais e Imagens da USC (University of Southern California) buscavam uma imagem de referência para testes de um algoritmo de compressão e processamento de fotos, projeto que acabaria lançando as bases para os padrões JPEG e MPEG. Os engenheiros usaram a reprodução do poster de uma Playboy que encontraram no armário de um dos auxiliares da equipe.

Segundo matéria do site Medium, a imagem tinha que ser de um rosto humano. "O equipamento de digitalização de fotos no laboratório na época tinha uma resolução máxima de 512x512 e só podia digitalizar 100 pixels por polegada. Assim, os engenheiros acabaram escolhendo o seguinte corte da imagem a ser usada no papel", informa o Medium.

O rosto de Lenna Sorderberg em vários exercícios de compressão. Reprodução
A partir daí, o rosto de Lenna Soderberg entrou definitivamente para o mundo do processamento de imagens como exemplo de vários estágios de compressão. A Playboy concordou com o uso da foto desde que fosse apenas para fins de pesquisa.

Lenna, hoje.
Reprodução 
Lenna Soderberg não se tornou uma üuber model, mas virou celebridade da tecnologia. Coisa que ela só descobriu quase 30 anos depois.

Atualmente, aos 70 anos, mora na Suécia e é frequentemente convidada para participar de conferências internacionais, além de ser a eterna musa dos nerds do processamento de imagens.

Recentemente foi lançado do Estados Unidos um documentário sobre a história e as circunstâncias da foto mais famosa da tecnologia de imagens. Trata-se de “Losing Lenna”, que pode ser visto no Facebook Watch.


Desça do salto: campanha das Havaianas rasteirinhas dá recado indireto para as âncoras da TV


por Clara S. Britto
A nova campanha das Havaianas sugere que as mulheres desçam dos saltos em nome do conforto. A ideia, segundo a AlmapBBDO, é mostrar que os saltos altíssimos não são indispensáveis como peças de estilo. A campanha tem peças para a TV e internet e as Havaianas rasteirinhas aparecerão em intervalos de alguns programas jornalísticos. No mínimo, curiosa indireta. Nos estúdios dos telejornais, as âncoras invariavelmente usam saltos estratosféricos. Parece até haver uma competição rumo às alturas para ver quem aparece mais no modelo espigão de  Dubai.
Veja os vídeos AQUI e  AQUI

Performance de chilenas contra abusos viraliza no mundo


Performance do coletivo chileno Las Tesis se espalha no mundo e já foi adaptada para vários idiomas. O ato de protesto contra abusos, assédio e até agressões sexuais por parte de agentes do governo durante as manifestações no Chile viraliza na internet. O objetivo do grupo é levar a uma grande audiência, em formato de espetáculo, teses de autoras feministas sobre a violência que atinge mulheres de todos os países.
Veja a letra da canção"Un violador en tu camino", que Las Tesis protagonizam e já foi replicada como hino de luta em Buenos Aires, Córdoba, San José, Porto Alegre,Cidade do México, Londres, Istambul e Madri.

El patriarcado es un juez
Que nos juzga por nacer
Y nuestro castigo
Es la violencia que no ves
El patriarcado es un juez
Que nos juzga por nacer
Y nuestro castigo
Es la violencia que ya ves

Es femicidio
Impunidad para mi asesino
Es la desaparición
Es la violación

[Coro]
Y la culpa no era mía, ni donde estaba, ni cómo vestía
Y la culpa no era mía, ni donde estaba, ni cómo vestía
Y la culpa no era mía, ni donde estaba, ni cómo vestía
Y la culpa no era mía, ni donde estaba, ni cómo vestía

El violador eres tú
El violador eres tú

VEJA O VÍDEO DA PERFORMANCE DAS TESIS, AQUI

Globo News: em um ano, menos 10% de audiência

Segundo o colunista Ricardo Feltrin,  do UOL, no ano de 2019 - que já registrou mais de mil demissões no Grupo Globo -, a Globo News teve queda de 10% em audiência, na comparação de janeiro a novembro de 2019 com o mesmo período do ano passado.
A pesquisa é do Kantar Ibope.
Não é uma boa notícia para a emissora de TV por assinatura que, ano que vem, enfrentará uma nova concorrente, a CNN Brasil, provavelmente a partir de março de 2020.
A Globo News costuma criticar medidas de Bolsonaro no campo da cultura, meio ambiente e comportamento, mas dá um forte apoio ao governo em questões de política econômica. Vai à euforia, por exemplo, com as reformas neoliberais como o confisco da previdência e a implosão da legislação trabalhista, bate o bumbo para qualquer sinal de melhora na economia - entusiasmo às vezes desmentido pelos números do trimestre seguinte - e poupa o governo, com frequência, em questões de denúncias de corrupção, de ligações com a milícia etc. 
Pelo visto, a audiência não esta comprando essa fórmula,

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

A culpa é do Flamengo: "VAR" em editoria de esportes causa demissão de repórter.

Reprodução  You Tube
A Flamengo já se prepara para disputar o Mundial, mas a vitória sobre o River Plate, na Libertadores, ainda repercute nas redações. Não exatamente pelo futebol.

O repórter Adalberto Neto gravou um vídeo que registra a euforia na editoria de esportes do Globo no momento da virada no placar. Foi coisa de lôco, meu. A rapaziada pirou em gritos, correria e gente se atirando ao chão. Entre os mais vibrantes apareceria o editor Márvio dos Anjos.

O vídeo viralizou nas redes sociais e alguns torcedores viram ali uma "prova" de uma suposta falta de isenção na cobertura futebolística do jornal, outros acharam natural a festa e a explosão de alegria.

No dia 4/12, o colunista Leo Dias, do UOl, revelou a demissão de Adalberto Neto após o episódio. Ao jornalista não foi comunicado o motivo do afastamento e ele mesmo alega não poder afirmar que o vídeo foi a causa. "Realmente, não foi informado o motivo da minha demissão. Meu editor apenas disse que foi um pedido da direção pelo 'conjunto da obra', escreveu ele em carta a Leo Dias, publicada ontem. Adalberto conta que ao se despedir da redação ouviu de colegas que o motivo havia sido a divulgação do vídeo.
Na carta, o repórter, que é negro, também cita uma suposta questão racial "no conjunto da obra".

A sigla VAR (do inglês Video Assistant Referee) passou recentemente a fazer parte do vocabulário do futebol.

Ironicamente, foi uma espécie de "VAR de redação" que provocou a demissão do jornalista do Globo.

BTG Pactual é o novo dono da revista Exame

O BTG Pactual arrematou por R$ 72, 374 milhões a revista Exame, que pertencia à Abril. Junto com a edição impressa, o pacote leiloado inclui site, aplicativo e a divisão de eventos. Há 52 anos, a Exame é referência na cobertura de economia e finanças no Brasil. O fato de ter sido adquirida por um grupo financeiro levanta dúvidas sobre a isenção futura da publicação. Segundo fontes da redação, a intenção dos novos controladores é manter a marca e seus produtos à margem dos interesses do banco.