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quarta-feira, 13 de abril de 2022

Putin não é pop! • Por Roberto Muggiati

Pussy nos presídios de Putin
O genocida russo não engole o rock. Em 2012 ele prendeu e torturou a banda feminina Pussy Riot por se manifestar contra sua candidatura. Seu ato de agressão causou uma comoção internacional, incluindo o protesto de organizações como a Anistia Internacional e de artistas como Madonna, Paul McCartney, U2, Adele e Yoko Ono. Agora, depois do protesto do Pink Floyd contra a brutal invasão e o massacre da população civil da Ucrânia, incluindo crianças e idosos, outros dois importantes nomes do pop britânico se fizeram ouvir contra o tirano russo.

Julian Lennon, 59 anos, declarou: “A Guerra na Ucrânia é uma tragédia inimaginável... Como ser humano e artista me senti compelido a reagir da maneira mais significativa que pudesse. Por isso, hoje, pela primeira vez na vida, interpretei publicamente a canção de meu pai “Imagine”. Por que só agora, depois de todos estes anos? Eu sempre disse que a única ocasião que me levaria a cantar “Imagine” seria o “Fim do mundo”… 

Aos 59 anos, Julian Lennon canta
pela primeira vez “Imagine”.
Mas também porque a letra reflete nosso desejo coletivo pela paz mundial. Porque dentro dessa canção somos transportados para um espaço em que o amor e a solidariedade se tornam a nossa realidade, ainda que por um breve momento no tempo. Por força desta violência assassina, milhões de famílias inocentes tiveram de deixar o conforto de seus lares e buscar asilo em terras estranhas. Estou conclamando os líderes internacionais e todos aqueles que acreditam no sentimento de “Imagine” para socorrerem os refugiados por toda parte! Por favor, se conscientizem e façam doações, do fundo do coração. #StandUpForUkraine.” 

Ouçam Julian Lennon, com Nuno Bettencorut ao violão, em “Imagine”:

https://www.youtube.com/watch?v=NicWjYMPDG0

Outro roqueiro sempre disposto a apoiar as causas Justas deste planeta cheio de injustiças é Sting. Ele fez mais pela causa do índio brasileiro do que muitos artistas do nosso próprio país. Graças a ele, a candidatura de Raoni ao Nobel da Paz continua de pé. Ele também veio a público demonstrar toda a sua indignação contra a covarde invasão da Ucrânia. Neste novo vídeo, ele explica suas razões, destacando os versos “Compartilhamos a mesma biologia/ Independentemente da ideologia/ E o que pode salvar a mim e a você/ É que os russos amam seus filhos também.”

Ouçam Sting, voz e violão, acompanhado de violoncelo, em “Russians”

https://www.youtube.com/watch?v=6w3037nq23o

sábado, 26 de dezembro de 2020

O espião que foi para o frio - Morre em Moscou, aos 98 anos, George Blake, o agente duplo que era uma lenda da Guerra Fria



George Blake era um mito da espionagem na Guerra Fria. Manchete publicou várias matérias sobre ele. Acima, o espião em foto dos anos 1950 e... 

já em Moscou, na década de 1960, depois de uma fuga espetacular de uma prisão britânica. Reprodução Manchete

por Jean-Paul Lagarride 

Morreu hoje em Moscou, ao 98 anos, uma lenda da espionagem. O holandês George Blake, que entrou para a inteligência britânica durante a Segunda Guerra, era um dos mais ativos espiões da Guerra Fria. Tornou-se agente duplo para a União Soviética no começo dos anos 1950, quando se revoltou ao testemunhar o massacre das populações civis da Coreia do Norte pelos bombardeios da aviação americana. Declarava-se marxista-leninista e não se considerava um traidor. Preso, foi condenado a 42 anos, mas logo fugiu de uma prisão londrina e se exilou em Moscou, onde recebia aposentadoria da KGB. A morte de Blake foi informada por Serguei Ivanov, porta-voz da inteligência russa. "Ele amava sinceramente nosso país, admirava as façanhas do nosso povo durante a Segunda Guerra Mundial", disse. O presidente Vladimir Putin expressou condolências à família. É provável que Blake seja enterrado em Moscou como honras militares. Em vida, ele já era celebrado como herói pela URSS, que lhe deu o posto de coronel.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Jogos de Tóquio 2020 - Política sem barreiras bane atletas e põe à prova o espírito olímpico

por Niko Bolontrin

Desde janeiro de 2019, o governo americano pressionava a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) para punir a Rússia por um suposto esquema de massiva aplicação de estimulantes em atletas. Travis Tygart, chefe da Agência Anti-Doping dos Estados Unidos, criticou a leniência da instituição mundial e pediu sanções contra a Rússia.

Antes da virada do ano, veio a punição: exclusão do país de Olimpíadas e Mundiais durante quatro anos. Vale dizer, Jogos de Tóquio 2020 e de Inverno de Pequim 2022 e Copa do Catar 2022 e outros torneios oficiais de caráter mundial.

A Rússia pode recorrer, mas dificilmente conseguirá reverter uma decisão que parece conter altas suspeitas de componente político.

A FIFA ainda tenta resistir à decisão. A Rússia participará da Eurocopa 2020 (São Petersburgo é uma das sedes) porque a restrição não atinge torneios continentais e sim os mundiais. Mas, além disso, a entidade que rege o futebol pediu que a Wada esclareça e justifique a surpreendente inclusão da Copa do Catar no pacote de punição.

Os atletas russos que forem testados negativos em exames antidoping poderão competir sob bandeira neutra. Essa decisão evidencia o gatilho político da operação, que mais parece a vertente esportiva das sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos. Para o primeiro-ministro Dmitry Medvedev, que não nega problemas localizados de doping na Rússia, a medida da Wada é "uma histeria crônica anti-Rússia".

Se persistir o afastamento, como tudo indica, Tóquio poderá ver alguns dos melhores atletas do ano competindo sem pátria, se estes optarem por essa condição. Apenas nos mundiais de atletismo e natação, por exemplo, russos ganharam neste ano oito ouros com a nova geração de atletas.

Punição genérica, alcançando milhares de competidores de um país - a imensa maioria jamais envolvida em doping -  era algo inédito até 2016 quando a mesma Rússia foi punida. A ato atual é um desdobramento requentado daquele. Normalmente, e isso já aconteceu com atletas dos Estados Unidos, China, Jamaica, Brasil e muitas outras nações, a condenação é individual. Apenas os competidores comprovadamente flagrados no uso de substâncias ilegais são afastados.

Ao decidir que a Rússia vai recorrer contra a Wada, o presidente Vladimir Putin usou o argumento da individualização injusta e caracterizou a generalização como política. Ainda lembrou que o Comitê Olímpico Russo não foi punido. "Se não há qualquer reclamação contra o comitê, então o país deve competir sob a sua própria bandeira. Isto está escrito na Carta Olímpica. Desta forma, a decisão da Wada viola a Carta. Temos todas as condições de apelar", declarou.

A Rússia vai, por enquanto, manter a preparação para os Jogos de Tóquio. Mesmo a participação sob bandeira neutra não está inteiramente garantida. Há na Wada quem seja contra essa possibilidade. Esses, ainda mais radicais, alegam que na Olimpíada de Inverno da Coréia do Sul atletas russos foram anunciados como tal na abertura e nas competições e havia centenas de bandeiras da Rússia nas arquibancadas em saudação às equipes. The Guardian lembrou que o país estava banido em Pyeongchang , em 2018, e mesmo assim mais de 100 atletas foram solenemente anunciados: “Ladies and gentlemen, the Olympic Athletes from Russia!”.

O jornal ironizou: "se anda como pato, se grasna como pato, então é pato". Ou seja, o hino não tocou, mas a Rússia estava na Coreia do Sul. E, embora sem alguns dos principais atletas, ganhou 2 ouros, 6 pratas e 9 bronzes.

domingo, 18 de junho de 2017

Rússia: Copa das Confederações 2017 sem Brasil mas com brasileiros

Pelé com os presidentes Infantini, da Fifa, e Putin, da Rússia. Foto Getty Images/Fifa


Arena Zenit, São Petersburgo. Foto Getty Images/Fifa

Foto Getty Images/Fifa

Em disputa de bola com Poloz, o neozelandês Smith fez gol contra que abriu a vitória da Ríssia por 2 X 0
Foto Getty Images/Fifa

Com estádios prontos e torcida mobilizada, a Rússia abre a agenda da Copa 2018 com os jogos da Copa das Confederações 2017. Brasil, que deu vexame na Copa América de 2015, ainda como consequência do trauma do amarelão nos 7x1 de 2014, ficou de fora. A América do Sul é representada pelo Chile.
O brasileiro Guilherme, naturalizado russo,
é goleiro reserva da seleção da Rússia. Reprodução/Fifa
Mas ontem, na festa de abertura do jogo inaugural, Rússia 2 X 0 Nova Zelândia, o Brasil foi brevemente lembrado. Como convidado de honra, Pelé estava ao lado dos anfitriões, os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da FIFA, Gianni Infantino.  No banco de reservas da seleção russa, outra discreta presença do Brasil: o jogador Guilherme, mineiro de Cataguazes, há 10 anos no país e naturalizado russo desde o ano passado. Goleiro reserva, ele é o primeiro jogador naturalizado a integrar uma seleção russa. Veste um camisa que ja foi defendida por um dos maiores goleiros de todos os tempos, a lenda Lev Yashin.