sexta-feira, 26 de abril de 2019
Bolsonaro ficou irritado com esse anúncio? Então vamos compartilhar...
por Flávio Sépia
Fintechs são empresas de que prestam serviços financeiros. Smartphones e computadores são suas "agências", apps são seus "gerentes", esses novos "bancos" usam tecnologia de ponta e empréstimos, investimentos, movimentação de cartões de crédito etc, e tudo é resolvido de forma prática e rápida.
É um mercado que cresce exponencialmente, principalmente entre os jovens.
O Banco do Brasil, que está entrando nesse nicho promissor, encomendou à WMcCann uma campanha dirigida ao seu público-alvo. O comercial é estrelado por atores e atrizes com visual moderninho, tem negros e negras, jovens tatuados, cabeludos etc. Ou seja diversidade demais para as estranhas cabeças do atual inquilino do Planalto e suas facções. Bolsonaro teve um piti, seu staff de aiatolás ficou nervoso e a ordem foi tirar do ar a peça que já estava há duas semanas rolando na TV e redes sociais.
O resultado da censura é que o anúncio ganhou enorme repercussão, virou case nacional.
VEJA O ANÚNCIO "CAPRICHE NA SELFIE" DO BANCO DO BRASIL, AQUI
quarta-feira, 24 de abril de 2019
terça-feira, 23 de abril de 2019
Botando ordem no pub: americano só entra acompanhado de um adulto
por Jean-Paul Lagarride
Essa placa faz sucesso em Londres. Quando Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos, um pub em Clerkenwell achou melhor condicionar a presença de americanos à companhia de alguém mais responsável. Afinal, quem foi capaz de votar no magnata precisa de supervisão permanente., além de acompanhamento médico.
Já no governo, Trump não parou de dar motivos para a tutela e a placa nunca mais foi retirada. Virou atração para fotos e selfies dos turistas.
O pub ainda não foi avisado que deve barrar certos brasileiros...
Cinema Brasileiro se destaca na seleção oficial do Festival de Cannes 2019. No Brasil, sofre ataque do governo
por José Bálsamo
Com o país praticamente estagnado e rendido à obsessão pela reforma da Previdência, o governo Bolsonaro, a exemplo do que fez Fernando Collor em 1990, paralisa a indústria do cinema brasileiro e a produção de séries que geram milhares de empregos.
A Ancine acaba de suspender todos os repasses para o setor de audiovisual.
Isso no momento em que o Brasil tem presença destacada no Festival de Cinema de Cannes, que será realizado de 14 a 25 de maio: "Bacurau" de Juliano Dornelles e Kleber Mendonça disputa a Palma de Ouro; O cearense Karim Aïnouz concorre na mostra "Um certo olhar", com “A vida invisível de Eurídice Gusmão”; "O Traidor", coprodução brasileira dirigida pelo italiano Marco Bellocchio, também concorre à Palma de Ouro; “Sem seu sangue”, da carioca Alice Furtado, está na Quinzena dos Realizadores; e o brasileiro Rodrigo Teixeira é o produtor “The lighthouse”, do americano Robert Eggers, também escalado para a Quinzena dos Realizadores. .
Com o país praticamente estagnado e rendido à obsessão pela reforma da Previdência, o governo Bolsonaro, a exemplo do que fez Fernando Collor em 1990, paralisa a indústria do cinema brasileiro e a produção de séries que geram milhares de empregos.
A Ancine acaba de suspender todos os repasses para o setor de audiovisual.
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Pôster oficial do Festival de Cinema de Cannes homenageia a cineasta Agnès Varda, que morreu em março, aos 90 anos. |
Isso no momento em que o Brasil tem presença destacada no Festival de Cinema de Cannes, que será realizado de 14 a 25 de maio: "Bacurau" de Juliano Dornelles e Kleber Mendonça disputa a Palma de Ouro; O cearense Karim Aïnouz concorre na mostra "Um certo olhar", com “A vida invisível de Eurídice Gusmão”; "O Traidor", coprodução brasileira dirigida pelo italiano Marco Bellocchio, também concorre à Palma de Ouro; “Sem seu sangue”, da carioca Alice Furtado, está na Quinzena dos Realizadores; e o brasileiro Rodrigo Teixeira é o produtor “The lighthouse”, do americano Robert Eggers, também escalado para a Quinzena dos Realizadores. .
"Brasileiro de coração", o ator Vincent Cassel anuncia o nascimento da filha Amazonie
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O casal na Bahia. Reprodução Instagram |
Vincent Cassel, que já morou no Rio, além de ter participado de vários filmes realizados aqui, anunciou no fim de semana o nascimento, em Paris, de sua filha com a modelo Tina Kunakey.
O casal deu à menina o nome de Amazonie.
Uma bela homenagem, no momento em que o governo brasileiro coloca a Amazônia em risco.
Cassel tem mais duas filhas, Deva, 14 anos, e Léonie, 8, do seu casamento com a atriz Monica Bellucci.
Vincent Cassel se considera "brasileiro de coração", frequenta Búzio e o Rio e tem casa em Trancoso.
Escultura em Berlim mostra políticos ainda discutindo a aquecimento global... quando o tempo já passou
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Escultura em Berlim, de Issac Cordal, mostra políticos ainda discutindo o aquecimento global. Reprodução Twitter |
por Jean-Paul Lagarride
O Acordo de Paris sobre mudanças climáticas foi assinado em dezembro de 2015. Na ocasião, quase 200 países se comprometeram a reduzir emissões de gases que provocam o Efeito Estufa que impacta o clima no planeta.
Apesar de estudos apontarem que é mais vantajoso e barato cumprir o acordo do que não fazer nada e ter que remediar futuramente a um preço de US$ 20 trilhões, muitos políticos desdenham do aquecimento global.
A ascensão da direita radical em muitos países tem prejudicado o engajamento antipoluição. Os Estados Unidos, o maior poluidor do mundo, por exemplo, se retiraram do Acordo de Paris. O Brasil ameaça fazer o mesmo formalmente. Na prática, recentes medidas administrativas internas que desprezam as políticas de meio-ambiente mostram que o atual governo já se afastou do compromisso.
Relatório da ONU indica que a maioria dos países não está cumprindo as etapas previstas e vai precisar triplicar os esforços para alcanças as metas até 2030. Cada ano perdido custa vidas. O cumprimento do tratado pode salvar cerca de um milhão de vidas por ano até 2050 (a poluição do ar mata 7 milhões de pessoas em todo o mundo, todos os anos, e custa cerca de US$ 5,11 trilhões.
A escultura acima é do artista Issac Cordal, especialista em street art miniatura, e fica em Berlim. A cena é um terrível prenúncio: governantes ainda discutem a questão do clima, em futuro não muito distante.
O tempo passou na janela...
Poster da turnê da banda Dead Kennedys saúda o "Rambozo" carioca e pede passagem...
por Ed Sá
A banda é punk, é dos anos 1970, nasceu na Califórnia, mas os produtores da turnê brasileira do Dead Kennedys parecem antenados com o momento. O pôster promocional dos shows - eles se apresentam no Brasil em maio - sugere um resumo da "fecalidade" nacional.
O cartaz criado pelo ilustrador Cristiano Suarez mostra uma família vestida de palhaço Bozo em um cenário carioca. Mas fique ligado nos detalhes: o clã está armado, usa a camisa da seleção, agora uniforme da direita enfurecida, no escudo levam a cruz evangélica, ao fundo aparecem explosões, favelas em chamas e os tanques rolam sobre um rio de sangue portando um sugestivo estandarte na boca dos canhões.
Ao G1, os divulgadores informaram no cartaz não há ligação com figuras políticas brasileiras e o palhaço é referência a uma das músicas do Dead Kennedys: "Rambozo, the clown".
A justificativa está dada. Mas a versão é melhor do que o fato.
segunda-feira, 22 de abril de 2019
domingo, 21 de abril de 2019
Mídia: o jornalismo e o "jornalismo"...
A Folha foi atrás da notícia. O Globo optou por produzir sua própria "notícia", na forma da pesquisa que encomendou a uma instituição comprometida com a reforma da Previdência, bem de acordo com o figurino que o jornal veste.
Embora defenda a reforma, a Folha de São Paulo cumpre seu papel e denuncia a decisão nada democrática do governo federal de esconder dados e pareceres que embasam o controvertido projeto.
É revelação grave. Impedir que a sociedade conheça esses levantamentos é um estelionato moral e ético. O governo mostra que teme a transparência.
Já O Globo não nega que está engajado em intensa campanha pela aprovação da reforma da Previdência. E não se deve negar coerência ao jornal carioca. Ao longo do tempo, O Globo combateu ferozmente a instituição do salário mínimo, a aprovação do 13° salário, a CLT, de um modo geral, qualquer iniciativa de reforma agrária, o programa educacional Cieps, a Lei de Cotas, o Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida etc.
A primeira página de hoje é um espelho dessa ojeriza editorial a programas de cunho social. O jornal usa pesquisa feita a seu pedido pela Confederação Nacional do Comércio, entidade patronal que faz parte do lobby empresarial também engajado pela aprovação do projeto. O conjunto da página - título+texto+foto - induz os leitores a colocarem os aposentados como os vilões do problema. A foto em destaque na primeira página mostra um alegre grupo de supostos inativos em doce lazer. Nenhum deles é identificado, nem mesmo se são aposentados básicos do INSS, a razão da reforma. Nas páginas internas, a reportagem aborda aposentados civis de baixa renda em pequenas cidades. O jornal critica as aposentadorias precoces, mas curiosamente entrevista cidadãos e cidadãs de 67 anos, de 74 e até de 83 anos. Não localizou nenhum "marajá" de 50 anos que viva dos benefícios privados do INSS "raiz" até porque não existem.
Provavelmente O Globo e a pesquisa encomendada não se interessaram ou esqueceram de localizar e entrevistar na pequenas cidades do interior aposentados de farda, juízes, desembargadores, altos funcionários, deputados e senadores ou outros inativos de alta renda. Talvez estes estivessem passando a Semana Santa em Miami. Assim como a conta dos segurados do INSS, o custo desses inativos vai para o caixa do mesmo tesouro público. Com uma diferença: custam muito mais do que Dona Claudete, "Seu" João Francisco e Dona Alaíde, os velhinhos da matéria apontados como a causa do apocalipse das contas públicas e que não fazem parte do alegre grupo da caminhada flagrado na primeira página.
sexta-feira, 19 de abril de 2019
Parque suspenso homenageará Marielle Franco em Paris
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Simulação do Jardim Marielle Franco em Paris. Reprodução RFI (link abaixo) |
A notícia está no br.rfi (site da Rádio França Internacional). Um jardim público no topo de um hotel em construção ao lado da Gare de l'Est será a homenagem que a prefeitura de Paris fará a Marielle Franco, a vereadora assassinada pela milícia no Rio de Janeiro.
O espaço deverá ser inaugurado ainda este ano e fica na região central da cidade. Marielle Franco foi morta junto com o motorista Anderson Gomes em 14 de março de 2018.
Quanto ao governo do do Estado do Rio de Janeiro, a prefeitura da cidade ou mesmo o governo federal brasileiro, não há qualquer previsão de homenagem semelhante em espaço público.
Surpresa !
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A intenção foi boa. Os filhos de Victoria Beckham, a glamourosa sra. David Beckham, acordaram a ex-Spice Girl às seis horas da manhã para dar os parabéns pelos seus 45 anos.
Claro que a mama deve ter adorado, mas a primeira reação não foi de likes e kisses.
A foto da estilosa, em raro click sem maquiagem, viralizou nas redes sociais.
quinta-feira, 18 de abril de 2019
Airbnb: não sorria você pode estar sendo filmado...
O site da Época ensina como procurar por câmeras escondidas nos quartos do Airbnb. A matéria traduzida da Slate repercute didaticamente notícia sobre um hóspede da Nova Zelândia que encontrou uma câmera escondida em um detector de fumaça e não mencionada pelo proprietário. São provavelmente ocorrências raras, segundo a reportagem, mas não é a primeira vez que usuários do aplicativos encontram dispositivos de gravação em apartamentos ou casas alugados. Também já houve casos de localização de dispositivos em hotéis convencionais.
Segundo as normas do Airbnb, anfitriões devem avisar aos hóspedes sobre a existência de câmeras nos ambientes. Em todo caso, uma boa prática é utilizar aplicativos que fazem varreduras na rede wifi dos imóveis alugados. Ou realizar uma busca visual, embora menos eficiente: objetos como lâmpadas, bichos de pelúcia, relógios de parede, falsos carregadores, falsas garrafas de vinho, detectores de fumaça e espelhos podem camuflar câmeras. Um método prático é lançar um foco de luz de lanterna ou do próprio celular sobre objetos suspeitos. Por mais disfarçada que seja, a lente da câmera deve estar aparente e vai emitir reflexos.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO SITE DA ÉPOCA, CLIQUE AQUI
Segundo as normas do Airbnb, anfitriões devem avisar aos hóspedes sobre a existência de câmeras nos ambientes. Em todo caso, uma boa prática é utilizar aplicativos que fazem varreduras na rede wifi dos imóveis alugados. Ou realizar uma busca visual, embora menos eficiente: objetos como lâmpadas, bichos de pelúcia, relógios de parede, falsos carregadores, falsas garrafas de vinho, detectores de fumaça e espelhos podem camuflar câmeras. Um método prático é lançar um foco de luz de lanterna ou do próprio celular sobre objetos suspeitos. Por mais disfarçada que seja, a lente da câmera deve estar aparente e vai emitir reflexos.
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Mídia: liberdade em risco
(do DW)
O Brasil, a Venezuela e a Nicarágua são os países latino-americanos onde a liberdade de imprensa piorou em 2018, segundo a classificação anual divulgada nesta quinta-feira (18/04) pela ONG Repórteres sem Fronteiras (RSF), que também alerta para a situação ruim no México e em Cuba.
Na 105ª colocação, o Brasil caiu três posições em relação ao ano anterior e está localizado perto da "zona vermelha", assim como a Venezuela e outros países onde a situação é "difícil" para a imprensa, como Burundi, Iraque e Turquia.
A deterioração do Brasil responde a um ano "particularmente agitado", com o assassinato de quatro jornalistas e a crescente fragilidade dos profissionais independentes que cobrem temas ligados à corrupção ou ao crime organizado, afirmou a ONG.
Para a RSF, a eleição do presidente Jair Bolsonaro, após uma campanha marcada pelo discurso do ódio, desinformação e desprezo pelos direitos humanos, "marca um período sombrio para a liberdade de imprensa" no Brasil.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO DW, CLIQUE AQUI
quarta-feira, 17 de abril de 2019
Notre Dame: Empresas e famílias fazem doações milionárias para reconstrução da catedral. Mas adivinhe quem pagará a maior parte dessa conta? Ele mesmo, o contribuinte francês.
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Notre Dame: o dia seguinte. Foto de Christophe Belin/Prefeitura de Paris |
As chamas que consumiram parte de Notre Dame ainda ardiam quando milionários franceses passaram a anunciar doações astronômicas para a reconstrução da histórica catedral. Ainda perplexo, o mundo bateu palmas. E não podia ser diferente. Notre Dame é tesouro mundial e não apenas da França.
No Brasil, logo comparamos a extrema benevolência dos ricaços parisienses e grupos corporativos com a monumental avareza dos equivalentes brasileiros no caso do incêndio que destruiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro.
Passado o choque inicial, a mídia francesa começa a revelar fortes interesses fiscais na atitude dos abonados que abriram os cofres. Ocorre que até dois terços do valores anunciados vão ser pagos pelo contribuinte francês. As doações são dedutíveis em 60%, para empresas, e 66% para pessoas físicas. Apenas uma família, os Pinault, os primeiros a anunciar uma doação de 100 milhões de euros, decidiu renunciar à vantagem fiscal. E há leis locais que até ampliam em alguns casos os limites da dedução.
Antes mesmo do incêndio de Notre Dame, a filantropia como brecha fiscal já era uma polêmica na França. Algumas matérias da Forbes, Francetvinfo, Agoravoz, Sputnik News, Le Parisien, entre outros meios, perguntam se os milionários são mesmo generosos e quanto suas doações vão custar aos cofres públicos. E concluem que os bilionários fazem a boa ação com dinheiro do contribuinte.
Além do benefício fiscal, usufruem da boa publicidade gratuita, a imagem é favorecida e até os efeitos políticos das doações não são desprezíveis. Alguns grupos doadores, aponta a mídia, se habilitam a participar das lucrativas obras de reconstrução da catedral.
Então, faça o seguinte: ao ler que os grupos Bouygues, LVMH, Total, Lagardère, entre outros, doaram 100, 200, 50 milhões de euros , lembre-se do contribuinte francês comum no meio daquela multidão que assistia entristecida a destruição de Notre Dame: a maior parte dessas doações sairá do bolso dele.
Fotomemória - Serão as elites comunistas? O que Luiz Carlos Prestes diria sobre isso? Por Guina Araújo Ramos
por Guina Araújo Ramos (do blog Bonecos da História)
Em vídeo que viralizou na Internet, o atual Ministro da Educação, Abraham Weintraub, surpreendeu todo o Brasil com uma declaração bombástica: ”Os comunistas estão no topo do país. Eles são o topo das organizações financeiras; eles são os donos dos jornais; eles são os donos das grandes empresas; eles são os donos dos monopólios".
Realmente, para alguém que tenha vivido (ou se informado sobre) as últimas décadas da História do Brasil, parece difícil perceber alguma verdade nesta afirmação. Logo me lembrei de histórica personagem do movimento comunista no Brasil, que batalhou por múltiplas causas políticas no correr de praticamente todo o século XX, e fiquei tentando (mas não fui capaz de) imaginar o que Luiz Carlos Prestes diria disso...
Tentando entender o momento atual, acabo de encarar a maratona de leitura da sombria trilogia “Os Subterrâneos da Liberdade”, romance memorialista de Jorge Amado, formada pelos livros “Os ásperos tempos”, “Agonia da noite” e “A luz no túnel” (e nem este título alivia o terror que foram aqueles tempos). O autor faz um balanço da ditadura do Estado Novo e descreve a situação desesperadora dos militantes comunistas, perseguidos e torturados pelas forças policiais, ao mesmo tempo que explorados como força de trabalho pelos grandes proprietários, em indústrias e latifúndios. Ao fundo das cenas, além de Getúlio Vargas, se equilibrando entre fascistas alemães (e seus apoiadores integralistas) e imperialistas americanos (e seus sócios da burguesia local), estava todo o tempo a figura de Prestes, o mais importante preso político da época.
Com o fim do Estado Novo, Prestes foi anistiado em 1945, eleito senador pelo Rio e deputado constituinte (assim como o próprio Jorge Amado), vivendo um momento de liberdade que durou apenas até a “redemocratização” do país cassar tanto o partido quanto seus parlamentares...
Mais uma vez perseguido pela ditadura de 1964, Prestes manteve-se na clandestinidade até 1971, conseguindo então sair do país, para se exilar na antiga URSS.
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Rio, 1979. Prestes volta do exílio e desembarca no Galeão. O líder comunista fala à multidão, que reunia delegações de vários estados. Foto de Guina Araújo Ramos. |
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Prestes acena e agradece a recepção. Foto de Guina Araújo Ramos. |
Apenas no retorno do exílio, em 1979, tive oportunidade, é lógico, de fotografá-lo. E logo desde a chegada, ainda no aeroporto do Galeão (o hoje Tom Jobim), como parte de uma série de coberturas de retornos de exilados (incluindo Fernando Gabeira e Miguel Arraes) para as revistas da Bloch Editores, fotografando para a Manchete, sempre a cores, ou para Fatos & Fotos, em preto-e-branco.
A chegada de Prestes foi das mais concorridas, uma verdadeira multidão encheu o saguão do desembarque e se espalhou pela pista de acesso ao aeroporto, uma verdadeira aclamação.
A partir de 1980, agora pelo Jornal do Brasil, fazendo dupla com o repórter Carlos Peixoto, voltei a registrar os passos de Luiz Carlos Prestes. A princípio, acompanhando a maratona de intimações que sofreu uma delas em outubro, obrigado a comparecer à Polícia Federal, para prestar depoimentos em diversos processos, ainda dentro do quadro da ditadura de 1964. Ficou evidente que mantinha a postura altaneira, muito bem demonstrada na chegada do exílio, mas apresentou também, talvez por fidelidade às suas causas, grande simplicidade.Basta ver que, depois de horas de depoimento, e de ser acossado pelos jornalistas por longos minutos à saída, simplesmente deu alguns passos para um pouco mais distante da Polícia Federal do Rio de Janeiro, em direção à Praça Mauá, fez sinal para um táxi e lá foi ele embora em um fusquinha...
Na sequência da década de 1980, no correr dos eventos políticos em torno do governo João Figueiredo, que levaram ao fim da ditadura, Prestes volta à luta política, agora na legalidade. E resolveu apoiar, ainda que com ressalvas, a candidatura de Leonel Brizola ao cargo de governador do estado do Rio de Janeiro. Nesta campanha, fotografei Luiz Carlos Prestes em contato direto com os operários, a categoria central da classe social cujas causas, na condição de comunista declarado, sempre defendeu. Protegido por um boné em que se lia “Brizola na cabeça”, Prestes falou aos funcionários de estaleiros navais da Ponta d’Areia, bairro operário de Niterói. Apesar do apoio a Brizola na campanha de 1982, Prestes não se integrou ao seu governo, mantendo sempre postura crítica, com presença constante nas manifestações pela mudança do regime ditatorial. Foi já no governo Sarney, em 1986, que o fotografei pela última vez (em um frila para não sei mais que revista), em um evento na ABI, à frente de uma faixa que falava, muito justamente, algo como “o povo não vai pagar esta dívida”...
Trazendo toda esta trajetória de vida política para este preocupante momento atual, quando novas formas de autoritarismo afloram e, como se percebe das falas de ministros e de outros políticos, há uma tentativa de fazer com que tanto conceitos como a própria História do Brasil sejam forçadamente reescritos, volto, um tanto espantado, à pergunta inicial: como Luiz Carlos Prestes, em outros tempos o Cavalheiro da Esperança, hoje em dia, se estivesse entre nós, ele que deixou como herança toda uma vida de luta contra as poderosas, bem como destruidoras, elites brasileiras, encararia estas inesperadas afirmações?
Afinal, as elites brasileiras (financeiras, midiáticas, empresariais, monopolísticas) são (ou serão) comunistas?
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Fotografia: o brasileiro Uesley Marcelino é um dos vencedores do Prêmio Pulitzer 2019.
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Foto de Uesley Marcelino/Pulitzer Prizes/Reuters |
O migrante hondurenho protege seu filho. A imagem foi feita quando uma caravana que tentava chegar aos Estados Unidos invadiu um posto de fronteira em Ciudad Hidalgo, na fronteira Guatemala-México, em outubro de 2018. Em meio ao tumulto, o drama de pai e filho. A foto é do brasiliense Uesley Marcelino e é vencedora do Prêmio Pulitzer 2019, na categoria Breaking News Photography. Entre outros veículos, ele trabalhou no Jornal de Brasília, na Istoé Gente e colaborou coma Folha de São Paulo. Desde 2010 faz parte do staff da Reuters International.
A foto de Uesley Marcelino foi premiada junto com outras imagens selecionadas entre o material da equipe da agência Reuters que cobriu o desespero e o sofrimento de milhares de pessoas que partiram da América Central rumo à fronteira do México com os Estados Unidos.
A notícia está no Catraca Livre
e você pode ver mais detalhes no site oficial do Pulitzer Prizes. AQUI
terça-feira, 16 de abril de 2019
Nova York: o museu que vetou Bolsonaro acolheu Frank Sinatra, Gene Kelly e as grandes coxas de Ann Miller
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Frank Sinatra, Gene Kelly e Ann Miller e o "homem primitivo" (não, não é Bolsonaro) no Museu Americano de História Natural. |
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Performance de Ann Miller |
por Ed Sá
O Museu Americano de História Natural se recusou a receber Jair Bolsonaro. Não foi considerado histórico e muito menos natural que o presidente brasileiro cruzasse os portais da instituição fundada no fim do Século 19.
Cientistas , estudantes, pesquisadores e funcionários impediram a anunciada realização no local de um jantar de gala da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos em homenagem ao polêmico militar inativo escolhido "Personalidade do Ano". A rejeição baseia-se nas controvertidas posições do governo brasileiro em questões ambientais - agora oficialmente inimigo
declarado da preservação ambiental - e o discurso anti-científico do presidente. O abaixo-assinado chama Bolsonaro de "presidente fascista do Brasil", nostálgico da ditadura e que acaba de autorizar o uso, no Brasil, de 152 tipos de de pesticidas, muitos deles proibidos em vários países por provocarem câncer. Também são citadas no documento as ameaças à integridade da Amazônia e aos indígenas.
Para os signatários, a presença de tal figura seria "uma mancha na reputação do museu".
O museu que vetou Bolsonaro, por considerá-lo um predador da democracia, já recebeu militares mais amistosos. Acolheu, por exemplo, os marinheiros Gabey (Gene Kelly), Chip (Frank Sinatra) e Ozzie (Jules Munshin), além de catalogar uma preciosidade científica: as grandes coxas da atriz Ann Miller.
Lançado em 1949, o filme On the Town/Um dia em Nova York, codirigido por Gene Kelly e Stanley Donen, tem uma cena fabulosa que se passa em salões do museu.
PARA VER A CENA DE UM DIA EM NOVA YORK FILMADA NO MUSEU AMERICANO DE HISTÓRIA NATURAL, CLIQUE AQUI
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Ann Miller em Kiss me Kate |
PARA VER ANN MILLER EM CENA NO FILME KISS ME KATE/DÁ-ME UM BEIJO, CLIQUE AQUI
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A minha Notre Dame • Por Roberto Muggiati
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O fogo consome a estrutura de madeira do telhado da Notre Dame. Foto de Henri Garat/Prefeitura de Paris |
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As chamas alcançam a base do pináculo construído por volta de 1250. Foto de Henri Garat/Prefeitura de Paris |
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A destruição dos andaimes e da torre. Foto de Henri Garat/Prefeitura de Paris |
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Tristeza nas margens do Sena e em todo o mundo. Foto de Henri Garat/ Prefeitura de Paris |
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Notre Dame, 1961. Foto de Domício Pedroso |
Em 1961, morei seis meses – meio ano da minha vida – na Île de la Cité, a quinhentos metros da catedral de Notre Dame. Entrei poucas vezes na impressionante caverna gótica. Passava por ela com quem passa pela mercearia, pelo botequim da esquina. Eram os tempos de sexo, vinho tinto e jazz e eu vivia uma outra Paris.
Em novembro de 1961, o pintor curitibano Domício Pedroso, também excelente fotógrafo, fez um ensaio em que me retratou pelos locais mais boêmios de Paris: Saint Germain, o Jardin de Luxembourg, as vielas da rive gauche, o Sena dos buquinistas e, é claro, a Notre Dame. Guardo até hoje um book da minha Paris aos 24 anos que poucas pessoas possuem.
Um pequeno flash à frente: em novembro de 1962, já na BBC de Londres e voltando de uma viagem a Viena, paro em Paris para me encontrar com a namorada do ano anterior, uma atriz brasileira que morava num pequeno estúdio charmoso justamente diante da grande rosácea da Notre Dame, toda iluminada naquela noite de domingo. A jovem, uma sedutora patológica, me faz esperar enquanto toma, com ruídos sugestivos, um banho de banheira de espumas digno de Cleópatra. Com um copo de conhaque, contemplo por meia hora a rosácea sul. Saímos para jantar com o namorado da diva, um diplomata brasileiro trinta anos mais velho, e fechamos a noite com um cineminha no Champs Élysées, Uma rua chamada pecado – minha ex-namorada só faltava proclamar: “Blanche Dubois c’est moi!”
Um salto mais à frente: à meia-noite do Ano Novo de 1964/65, estamos em Paris, Lina e eu, encharcados de champanhe, diante da fachada monumental da Notre Dame, quando começam a cair os primeiros flocos de neve. Notre Dame me enganou e casei com Lina, um casamento errado que durou doze anos. Eu poderia culpar Notre Dame por esta falseta e, se fosse vingativo, exultar com a sua queda estrondosa. Velha igreja, testemunha impassível de meus fracassos amorosos. Mas sempre amei Notre Dame e sou incapaz de exprimir o que sinto agora por sua perda.
Talvez esta foto, em que apareço colado à grande catedral, diga tudo. Minha alma de pedra se foi em meio às chamas.
Sinceramente, desejava partir antes de Notre Dame. Agora terei de viver o resto da vida sem ela.
domingo, 14 de abril de 2019
Capa polêmica de 2008 pode sair da gaveta?
Em setembro de 2008, The Economist publicou a capa acima. As duas palavras provocaram impacto esperado e a revista argumentou que não havia outra maneira de definir a crise financeira que abalou o mundo.
Um dos gatilhos daquela implosão dos mercados foi o endividamento das famílias americanas atoladas em hipotecas supervalorizadas.
A partir da análise dos principais economistas, o mundo entendeu, a duras penas, que mercado financeiro sem regulação é fonte de instabilidade. Apesar disso, as poucas regras que a crise de 2008 inspirou já são contornadas pelo sistema financeiro global.
A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento alerta que, nos últimos anos, a especulação financeira aumentou seu controle sobre as economias dos países sem que isso significasse desenvolvimento ou aumento do bem-estar das populações e, muito menos, a diminuição das desigualdades e a construção de uma sociedade mais inclusiva. Um pacto em que as pessoas tenham prioridade frente ao lucro, em que haja criação de emprego e investimento em infraestrutura parece cada vez mais distante em muito países, e o Brasil é um dos maus exemplos.
Há pouco menos de um ano, os bancos e o Congresso americano promoveram maior desregulação dos sistema financeiro, revogando artigos de um lei de 2010. Com isso, foi facilitada a concessão de empréstimos arriscados para os "negativados", usando uma expressão popular no Brasil. No lobby para a retirada de regras, banqueiros alegaram, como em 2008, antes da grande crise, que afrouxar os controles promoveria o crescimento econômico. Economistas americanos alegam que o que está em rápido crescimento é o endividamento das famílias. O crédito está aberto e fácil, mas as pessoas não estão ganhando mais. Em algum momento, o novo castelo de cartas vai ruir. É cíclico, dizem os especialistas.
Quanto à polêmica capa da Economist, a dúvida não é se será repetida, mas quando.
A propósito, alguma revista brasileira tem uma capa dessas aguardando na gaveta? Em português não seriam necessárias nem as duas palavras da publicação inglesa: um único FUDEU! já daria o recado.
Contra o "politicamente incorreto" que avança no país...
No rastro do ambiente político, o "politicamente incorreto" está em alta nas rede sociais. Mas, felizmente, não é absoluto.
Em Alfenas (MG) cadeirantes e apoiadores fizeram uma manifestação original contra o desrespeito às vagas de estacionamento para pessoas com deficiência. A invasão desses espaços determinados por lei é comum também em grandes cidades, como Rio, São Paulo e outras capitais.
A foto acima circula no Facebook
ATUALIZAÇÃO - Lá fora também...
No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, houve protesto em Lisboa, semelhante à manifestação em Alfenas, Minas Gerais.
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Protesto de pessoas com deficiência- Lisboa -Reprodução Twitter |
Crise na publicidade - Anunciantes seguem devagar quase parando
O Conselho Executivo de Normas Padrão (CENP-Meios)) divulgou dados finais do investimento em mídia em 2018. Como na maioria dos setores do país, o aporte de recursos de anunciantes via agências de publicidade ficou praticamente estagnado. Oscilou para mais em apenas 0,57% em relação a 2017.
Na divisão do bolo, segundo a tendência da última década que 2018 reafirmou, jornais e revistas e revistas são desfavorecidos em publicidade: o primeiro meio ficou com 2,4%;o segundo com 1,6%. Só não encaram a lanterna porque a publicidade no meio Cinema, menos explorado, alcançou apenas 0,3% do total.
A televisão aberta permanece líder com 58,3%. A internet vem em seguida com 17,7%.
Junto com a circulação, audiência e acessos, além da mudança de modelo de negócio, a paralisação de investimento publicitários tem forte impacto no mercado de trabalho dos jornalistas.
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Na divisão do bolo, segundo a tendência da última década que 2018 reafirmou, jornais e revistas e revistas são desfavorecidos em publicidade: o primeiro meio ficou com 2,4%;o segundo com 1,6%. Só não encaram a lanterna porque a publicidade no meio Cinema, menos explorado, alcançou apenas 0,3% do total.
A televisão aberta permanece líder com 58,3%. A internet vem em seguida com 17,7%.
Junto com a circulação, audiência e acessos, além da mudança de modelo de negócio, a paralisação de investimento publicitários tem forte impacto no mercado de trabalho dos jornalistas.
sábado, 13 de abril de 2019
A melhor foto do ano - Imagem dramática de menina detida - e separada da mãe - na fronteira dos Estados Unidos vence o World Press Photo 2019
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Foto de John Moore, vencedora do World Press Photo 2019 |
A hondurenha Yalena Sanchez, 2 anos de idade, detida, separada da mãe, Sandra Sanchez, e levada para um campo de concentração de imigrantes nos Estados Unidos, em 2018, rendeu ao fotógrafo John Moore o prêmio de foto do ano no concurso World Press Photo 2019.
VEJA AS FOTOS VENCEDORAS EM TODAS AS CATEGORIAS DO
WORLD PRESS PHOTO 2019, AQUI
De FHC (em dia de Juan Carlos) para Bolsonaro: "por qué no te callas"
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FHC clona o rei Juan Carlos que em 2007 mandou Chávez se calar. Reprodução |
Fernando Henrique faz um apelo para que Bolsonaro se cale. O ex-presidente avalia que cada vez que o atual mandatário fala sobre o que não entende - praticamente tudo - a economia sofre.
O "príncipe" dos sociólogos está imitando um rei. Em 2007, durante a Cúpula Ibero-americana, o então presidente da Venezuela, Hugo Chávez, criticava o neoliberalismo e acusava de fascista o ex-primeiro-ministro espanhol José Maria Aznar, quando foi interrompido pelo rei Juan Carlos:
- ¿Por qué no te callas?
- "Pode ser rei, mas não pode mandar-me calar. Eu também sou chefe do Estado e eleito três vezes", respondeu Chávez.
Até o momento, Bolsonaro não respondeu a FHC.
sexta-feira, 12 de abril de 2019
Crivella em transe...
Crivella parece a ponto de desabar, tal qual a cidade que ele finge administrar.
Durante coletiva, o prefeito Crivella entrou em surto ao ouvir perguntas da repórter Larissa Schmidt, da Globo, e acusou a TV de fazer "drama com coisas corriqueiras".
Aparentemente tresloucado, o "bispo" empurrou o microfone, afastou a repórter e improvisou um discurso:
- “É impressionante como a Rede Globo de Televisão é absolutamente contra a cidade do Rio de Janeiro. É a televisão que anuncia, o tempo todo, os problemas do Rio, que faz drama sobre coisas corriqueiras que acontecem na nossa vida desde que eu nasci aqui”, disse .
- “O senhor acha que o que aconteceu aqui foi um drama corriqueiro? Perdão prefeito, o senhor acha que o que aconteceu, a pior chuva em últimos 22 anos, foi um drama corriqueiro?”, pergunta Larissa.
ter.
- “Com licença, com licença, vou falar para cá, vou falar para cá”, respondeu Crivella.
- “Com dez pessoas mortas, prefeito, desculpa”, insistiu Larissa.
- “A cidade do Rio de Janeiro... Não, não, não, não vou falar com vocês. Dá licença, é um direito que eu tenho, é um direito que eu tenho. (...) O que a Globo quer é dinheiro na sua propaganda, o que ela quer é que a gente faça uma festa no carnaval e ela possa vender 240 milhões com a prefeitura pagando todo o carnaval”, disse Crivella.
A Globo reagiu em nota:
“A Globo repudia a atitude do prefeito Marcelo Crivella de afastar a repórter Larissa Schmidt dos jornalistas que cumpriam a obrigação de entrevistá-lo. A Globo também repudia a afirmação de Crivella de que a emissora fez drama com coisas corriqueiras na cobertura jornalística do temporal de segunda-feira.,A Globo cobriu uma tragédia que tirou a vida de dez cariocas e cumpriu a obrigação jornalística de mostrar que a prefeitura demorou a acudir a população - um fato reconhecido pelo próprio prefeito, num momento raro de autocrítica. A Globo lamenta também as declarações descabidas de Marcelo Crivella quanto ao carnaval. A Globo compra os direitos de transmissão das escolas de samba e paga um valor seis vezes maior do que aquele que elas recebem de subvenção da Prefeitura. A Globo se solidariza com a repórter Larissa Schmidt e, mais uma vez, com os cariocas, em especial, com as famílias dos mortos na tragédia”.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro também divulgou nota de protesto:
"Cabe a toda e qualquer autoridade atender aos questionamentos da imprensa, que visa esclarecer à população sobre as medidas do poder público. Eventuais atitudes que cerceiem o trabalho das equipes de reportagem comprometem o direito de a população avaliar o trabalho da administração municipal, tanto no que diz respeito aos aspectos positivos, quanto aos negativos.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro se solidariza com todos os profissionais de imprensa presentes à entrevista coletiva, que se viram prejudicados com a suspensão repentina da prestação de contas à população carioca, por parte do prefeito Marcelo Crivella." (SJPMRJ)
Para o prefeito, perguntar sobre o trabalho dele, ou a falta de, é ofensa, como mostra o vídeo AQUI
Já viu? O doodle do Google hoje celebra os 100 anos da Bauhaus
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Doodle de hoje no Google |
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O prédio da Bauhaus Dessau, de Walter Gropius |
Ela está nas linhas em concreto do prédio da esquina, na cadeira da sala, na pequena luminária que hoje parece tão comum, nos prédios de Oscar Niemeyer e de Le Corbusier, nas criações de Lina bo Bardi, em Ligia Clark, Hélio Oiticica e Ivan Serpa, pode estar na revista que você folheia e até na cozinha funcional do seu apartamento.
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Cadeira Wassily |
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Luminária Borman |
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Bule Bauhaus, de Marianne Brandt |
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Cozinha de Marcel Breuer |
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A Bauhaus editou uma revista vanguardista que até hoje influencia diagramação, tipologia e artes gráficas em geral. |
A Staatliches Bauhaus, criada por Walter Gropius, foi aberta no dia 12 de abril de 1919. O doodle do Gooogle (a ilustração do dia na capa do site de buscas) celebra o centenário da primeira escola de design do mundo, a oficina que irradiou o Modernismo, apoiada pela República de Weimar. Por lá passaram nomes que revolucionaram a arquitetura, o design, as artes gráficas e a tecnologia durante 14 anos de funcionamento, até 1933 quando foi fechada pelos nazistas que a consideravam um aparelho comunista.
Preste atenção ao voltar hoje para casa. A Bauhaus está no seu caminho.
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