terça-feira, 23 de abril de 2019

Escultura em Berlim mostra políticos ainda discutindo a aquecimento global... quando o tempo já passou

Escultura em Berlim, de Issac Cordal, mostra políticos ainda discutindo o aquecimento global. Reprodução Twitter

por Jean-Paul Lagarride 

O Acordo de Paris sobre mudanças climáticas foi assinado em dezembro de 2015. Na ocasião, quase 200 países se comprometeram a reduzir emissões de gases que provocam o Efeito Estufa que impacta o clima no planeta.

Apesar de estudos apontarem que é mais vantajoso e barato cumprir o acordo do que não fazer nada e ter que remediar futuramente a um preço de US$ 20 trilhões, muitos políticos desdenham do aquecimento global.

A ascensão da direita radical em muitos países tem prejudicado o engajamento antipoluição. Os Estados Unidos, o maior poluidor do mundo, por exemplo, se retiraram do Acordo de Paris. O Brasil ameaça fazer o mesmo formalmente. Na prática, recentes medidas administrativas internas que desprezam as políticas de meio-ambiente mostram que o atual governo já se afastou do compromisso.

Relatório da ONU indica que a maioria dos países não está cumprindo as etapas previstas e vai precisar triplicar os esforços para alcanças as metas até 2030. Cada ano perdido custa vidas.  O cumprimento do tratado pode salvar cerca de um milhão de vidas por ano até 2050 (a poluição do ar mata 7 milhões de pessoas em todo o mundo, todos os anos, e custa cerca de US$ 5,11 trilhões.

A escultura acima é do artista Issac Cordal, especialista em street art miniatura, e fica em Berlim. A cena é um terrível prenúncio: governantes ainda discutem a questão do clima, em futuro não muito distante.

O tempo passou na janela...

Um comentário:

Ludmila disse...

O homem é estúpido. Como pode uma pessoa consumir e destruir a única casa que tem para morar, a Terra?