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sexta-feira, 31 de maio de 2019

O guarda-chuva bombou nas redes sociais. Finalmente o ministério da Educação começou a trabalhar...

A chuva em Curitiba durante a manifestação deu simbolismo extra ao protesto. Reprodução.


Tatiana Vasconcelos e o utensílio que bombou na web. Reprodução Twitter.

por O.V. Pochê 

E Gene Kelly, coitado, entrou na crise brasileira como farsa.

O ator de "Cantando na Chuva" morreu em 1996 e foi poupado do vexame de ver a ridícula imitação que Abraham Weintraub fez da sua mais famosa coreografia.


Fico imaginando como foi a produção do clipe. O ministro da Educação acordou com Singin' in the Rain na cabeça. Acontece. A caminho do chuveiro, como se fosse coreografado por um Busby Berkeley, ensaiou os primeiros passos. Saiu-se bem nos movimentos, mas sentiu falta do poste para dar aquela rodadinha no ar. No boxe, sob o jorro d'água e apesar do espaço restrito, sentiu-se no cenário do filme e pulou pocinhas. Ouviu aplausos imaginários.  Depois do café, quando o motorista da repartição veio buscá-lo para o batente, o ministro ainda estava inebriado pelo próprio desempenho.

Avisado pela assessoria de que era apontado como culpado pelos cortes de verbas para a reconstrução do Museu Nacional, decidiu fantasiar a réplica.

Sua primeira agenda deve ter sido uma reunião com sua equipe de rede social para criar um clipe destinado a marcar época na política brasileira. Ontem mesmo, o guarda-chuva, o coadjuvante da cena, saiu da coreografia do ministro dançarino e foi para as ruas, além de viralizar na internet em centenas de memes.

Em termo de marketing, o resultado foi considerado tão bom que quem sabe serão estudadas outras produções político-hollywoodianas. Estão na fila musicais clássicos: Mary Poppins, O Mágico de Oz, Funny Girl, Agora Seremos Felizes e Cabaret. Deverão ser usados de acordo com a conjuntura política e a inspiração do Gene Kelly do governo.

Finalmente o ministério da Educação começou a trabalhar.

terça-feira, 16 de abril de 2019

Nova York: o museu que vetou Bolsonaro acolheu Frank Sinatra, Gene Kelly e as grandes coxas de Ann Miller

Frank Sinatra, Gene Kelly e Ann Miller e o "homem primitivo" (não, não é Bolsonaro) no Museu Americano de História Natural.

Performance de Ann Miller


por Ed Sá 

O Museu Americano de História Natural se recusou a receber Jair Bolsonaro. Não foi considerado histórico e muito menos natural que o presidente brasileiro cruzasse os portais da instituição fundada no fim do Século 19.

Cientistas , estudantes, pesquisadores e funcionários impediram a anunciada realização no local de um jantar de gala da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos em homenagem ao polêmico militar inativo escolhido "Personalidade do Ano". A rejeição baseia-se nas controvertidas posições do governo brasileiro em questões ambientais - agora oficialmente inimigo
declarado da preservação ambiental - e o discurso anti-científico do presidente. O abaixo-assinado chama Bolsonaro de "presidente fascista do Brasil", nostálgico da ditadura e que acaba de autorizar o uso, no Brasil, de 152 tipos de de pesticidas, muitos deles proibidos em vários países por provocarem câncer. Também são citadas no documento as ameaças à integridade da Amazônia e aos indígenas.

Para os signatários, a presença de tal figura seria "uma mancha na reputação do museu".

O museu que vetou Bolsonaro, por considerá-lo um predador da democracia, já recebeu militares mais amistosos. Acolheu, por exemplo, os marinheiros Gabey (Gene Kelly), Chip (Frank Sinatra) e Ozzie (Jules Munshin), além de catalogar uma preciosidade científica: as grandes coxas da atriz Ann Miller.

Lançado em 1949, o filme On the Town/Um dia em Nova York, codirigido por Gene Kelly e Stanley Donen, tem uma cena fabulosa que se passa em salões do museu.

PARA VER A CENA DE UM DIA EM NOVA YORK FILMADA NO MUSEU AMERICANO DE HISTÓRIA NATURAL, CLIQUE AQUI



Ann Miller em Kiss me Kate

PARA VER ANN MILLER EM CENA NO FILME KISS ME KATE/DÁ-ME UM BEIJO, CLIQUE AQUI