Frank Sinatra, Gene Kelly e Ann Miller e o "homem primitivo" (não, não é Bolsonaro) no Museu Americano de História Natural. |
Performance de Ann Miller |
por Ed Sá
O Museu Americano de História Natural se recusou a receber Jair Bolsonaro. Não foi considerado histórico e muito menos natural que o presidente brasileiro cruzasse os portais da instituição fundada no fim do Século 19.
Cientistas , estudantes, pesquisadores e funcionários impediram a anunciada realização no local de um jantar de gala da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos em homenagem ao polêmico militar inativo escolhido "Personalidade do Ano". A rejeição baseia-se nas controvertidas posições do governo brasileiro em questões ambientais - agora oficialmente inimigo
declarado da preservação ambiental - e o discurso anti-científico do presidente. O abaixo-assinado chama Bolsonaro de "presidente fascista do Brasil", nostálgico da ditadura e que acaba de autorizar o uso, no Brasil, de 152 tipos de de pesticidas, muitos deles proibidos em vários países por provocarem câncer. Também são citadas no documento as ameaças à integridade da Amazônia e aos indígenas.
Para os signatários, a presença de tal figura seria "uma mancha na reputação do museu".
O museu que vetou Bolsonaro, por considerá-lo um predador da democracia, já recebeu militares mais amistosos. Acolheu, por exemplo, os marinheiros Gabey (Gene Kelly), Chip (Frank Sinatra) e Ozzie (Jules Munshin), além de catalogar uma preciosidade científica: as grandes coxas da atriz Ann Miller.
Lançado em 1949, o filme On the Town/Um dia em Nova York, codirigido por Gene Kelly e Stanley Donen, tem uma cena fabulosa que se passa em salões do museu.
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Ann Miller em Kiss me Kate |
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