Escultura em Berlim, de Issac Cordal, mostra políticos ainda discutindo o aquecimento global. Reprodução Twitter |
por Jean-Paul Lagarride
O Acordo de Paris sobre mudanças climáticas foi assinado em dezembro de 2015. Na ocasião, quase 200 países se comprometeram a reduzir emissões de gases que provocam o Efeito Estufa que impacta o clima no planeta.
Apesar de estudos apontarem que é mais vantajoso e barato cumprir o acordo do que não fazer nada e ter que remediar futuramente a um preço de US$ 20 trilhões, muitos políticos desdenham do aquecimento global.
A ascensão da direita radical em muitos países tem prejudicado o engajamento antipoluição. Os Estados Unidos, o maior poluidor do mundo, por exemplo, se retiraram do Acordo de Paris. O Brasil ameaça fazer o mesmo formalmente. Na prática, recentes medidas administrativas internas que desprezam as políticas de meio-ambiente mostram que o atual governo já se afastou do compromisso.
Relatório da ONU indica que a maioria dos países não está cumprindo as etapas previstas e vai precisar triplicar os esforços para alcanças as metas até 2030. Cada ano perdido custa vidas. O cumprimento do tratado pode salvar cerca de um milhão de vidas por ano até 2050 (a poluição do ar mata 7 milhões de pessoas em todo o mundo, todos os anos, e custa cerca de US$ 5,11 trilhões.
A escultura acima é do artista Issac Cordal, especialista em street art miniatura, e fica em Berlim. A cena é um terrível prenúncio: governantes ainda discutem a questão do clima, em futuro não muito distante.
O tempo passou na janela...