segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Confraternização 2016: Turma da Bloch se encontra no Graça da Vila... #partiu2017





















Uma tarde de sábado festivo, de celebração e de reencontros.

O restaurante Graça da Vila, no Catete, a uma quadra do prédio da Rua do Russell, que abrigou as revistas da Bloch e onde a maioria trabalhou (a empresa ainda tinha o setor Gráfico, em Parada de Lucas e as instalações da Frei Caneca), recebeu colegas das redações das revistas, dos setores administrativos de Assinaturas, CPD, Contabilidade, Financeiro, Administração, Transportes, Segurança, Diretoria, Cerimonial e Recepção, entre outros.

Momentos de brinde à vida e de votos de um Feliz 2017.


Do Meio & Mensagem: Marlene Bregman, ex-Bloch Editores, é homenageada com Prêmio Formadores do GP

Executiva teve reconhecida sua importância no desenvolvimento da atividade no País, durante conferência anual do Grupo de Planejamento


(do Meio & Mensagem

Ela teve papel fundamental na consolidação da Leo Burnett como uma das principais agências do País, ao desenvolver o departamento de pesquisa e planejamento da companhia. Mergulhou em estudos da base da pirâmide social brasileira para entender os desafios da incorporação das pessoas que a compunham ao mercado como cidadãos e consumidores. Participou da criação do Grupo de Planejamento.
Marlene Bregman criou e dirigiu o
Departamento de Marketing da extinta Bloch
Editores Foto Facebook
Por esses e outros motivos, Marlene Bregman foi a homenageada de 2016 do Prêmios Formadores do GP, criado há cinco anos para celebrar a importância de profissionais de planejamento com participação fundamental no desenvolvimento da área e de novos talentos no Brasil.

“Acho que nasci no tempo certo. Tenho 73 anos. Pertenço a mais influente geração do último século, sou baby boomer. Foi a primeira geração que tirou o materialismo do primeiro plano e sonhou um mundo melhor. Foi a primeira geração que vai viver por mais tempo e ver tantas transformações no mundo. Nada será como antes”, afirmou Marlene, depois de listar um grande número de profissionais com os quais trabalhou junto nos mais de trinta anos de atuação como planner.

“De baby booomer a millenial essa é minha trajetória. Longa vida ao conhecimento, longa vida ao planejamento”, celebrou a atual consultora de planejamento estratégico da Leo Burnett, ao receber a homenagem das mãos do atual presidente do Grupo de Planejamento, Ken Fujioka, durante a conferência anual do GP, realizada no sábado, 26, na Escola Britânica de Artes Criativas, em São Paulo.

Marlene começou a carreira na publicidade como trainee de Pesquisa de Mídia na Carl Ally Inc. Advertising, nos Estados Unidos, após concluir Mestrado em Pesquisa de Propaganda na Syracuse University, em Nova York.

Em 1969, já de volta ao Brasil, foi contratada pela Bloch Editores, na qual criou e dirigiu o departamento de serviços de marketing. Dez anos depois, foi convidada pela Leo Burnett a desenvolver o departamento de pesquisa e planejamento da agência, que ainda começava sua história no País.

Em 1986, foi promovida a vice-presidente e passou a integrar o comitê executivo da agência. Fez parte do time internacional de profissionais que desenvolveu o projeto de reposicionamento da Leo Burnett mundial. Ganhou o Prêmio Caboré de Atendimento/Planejamento em 2005. Em 2006 foi nomeada VP de Negócios Corporativos da Leo Burnett. Três anos mais tarde, assumiu o cargo que ocupa hoje.

domingo, 27 de novembro de 2016

Roberto Muggiati escreve: 1979, com Elis, em Montreux



Por ROBERTO MUGGIATI

O sucesso do filme Elis – repetindo aquele do musical – me leva a tirar do baú, com exclusividade para o Panis, as memórias do meu encontro com a inesquecível cantora no Festival de Jazz de Montreux de 1979.

Foram dias mágicos, lembro cada momento.

Diretor da revista Manchete, fechei mais uma edição naquela segunda-feira e segui para o Aeroporto do Galeão. Ia cobrir a Noite Brasileira em Montreux a convite da WEA. No check-in, uma algazarra monumental, por conta, é claro, do Hermeto. José Neto, responsável pela logística, despachava o arsenal de percussão do irmão famoso. De um arame esticado entre dois toscos postes de madeira pendiam panelas, caçarolas, frigideiras, especialmente “afinadas” pelo maestro — como se o palco dos festivais não oferecesse os mais sofisticados apetrechos profissionais... Ensaiei uma tímida conversa com o Bruxo, foi o começo de uma bela amizade. (Oito anos depois, no álbum Só não toca quem não quer, Hermeto dedicou-me a faixa Viagem.)

Na primeira escala, em Dacar (calor senegalesco não é mera figura de retórica), bati um papo com o saxofonista Nivaldo Ornelas, gente finíssima. Sobrevoando o Mar da Cantábria, entre a França e a Espanha, conversei com a vocalista da banda, Zabelê, casada com o baterista, Nenê. Na escala de Paris, o crítico Armando Aflalo mostrou-me sua matéria sobre os 20 anos da morte de Billie Holiday. Comprei um International Herald Tribune em que o crítico Michael Zwerin exaltava o gênio de Hermeto e tocava fanfarras para sua estréia europeia. (Zwerin tocou trombone nas gravações da Tuba Band de Miles Davis, precursora do Birth of the Cool.)

Depois de uma hora de estrada, entre montanhas verdejantes salpicadas de vaquinhas brancas, cheguei ao hotel em Montreux, joguei as malas no quarto e sai correndo para o Festival. Ainda atordoado pelo voo de 20 horas, eu me vi de repente em pleno ventre da baleia, debruçado sobre o palco onde o Weather Report tocava Birdland — Wayne, Zawinul, Pastorius, o resto é História...

Como a Noite Brasileira, na sexta-feira, 20 de julho de 1979, teve os ingressos esgotados, houve um espetáculo extra, à tarde. Nos dois shows, Elis precedeu Hermeto no palco, e não o contrário, como escreveu muita gente. Tenho certeza disso porque escrevi meu relato menos de 72 horas depois na Manchete. Elis “abriu” para Hermeto sem problemas. Não tinha frescuras de diva e aquele, afinal, era um festival basicamente instrumental. Elis estreava na WEA depois de 15 anos na Polygram e sabia que Montreux era uma vitrina fabulosa. Deu o melhor de si, com uma blusa de lamê violeta que deixava os braços à mostra, saia vermelha de dançarina flamenca, e uma orquídea lilás nos cabelos, lembrando Billie Holiday. Seu grupo era bastante jazzístico: o marido, César Camargo Mariano, aos teclados; Hélio Delmiro, guitarra; Luizão Maia, baixo; Paulinho Braga, bateria; Chico Batera, percussão. André Midani, presidente da WEA, deu suas impressões daquela Noite Brasileira no livro Música, ídolos e poder: Do vinil ao download (2008). Segundo ele, Elis “suava aos montes, estava pálida e ofegante, como que carregando o mundo nas costas.” Engatinhando nos fundos do palco, Midani socorreu Elis com um copo de água, que ela “bebeu de um jato e voltou ao microfone.”
Terminado o último show de Hermeto, Elis subiu ao palco para cantar com o Bruxo ao piano. Asa Branca, Corcovado e Garota de Ipanema (confiram no YouTube) são talvez os treze minutos mais intensos na história da MPB. Elis trocou sua fantasia de vamp por um vestidinho claro com estampas florais. Segundo os catastrofistas de plantão, Hermeto tentou derrubar Elis. Nada disso: seus acordes entortados e a polirritmia delirante só valorizaram o canto de Elis, àquela altura senhora de todas as artes e engenhos vocais. Ela acariciou várias vezes a alva juba leonina de Hermeto, trocaram abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim, em comunhão física e espiritual.

Elis teria dito: “E pensar que Ella Fitzgerald pisou nesse mesmo palco há apenas uma semana! Lembrei que sou filha de uma lavadeira, fiquei transtornada, queria morrer!” (Ella também era filha de lavadeira.) Insatisfeita com seu show, Elis fez Midani jurar que nunca lançaria aquelas gravações. Eu desconhecia o turbilhão de ideias e emoções por que passava Elis quando desci com ela para um tête-à-tête no Bar des Musiciens, onde o marido César jameava com os gringos.

A convite de Mazzola, produtor da WEA, tive esta oportunidade única, uma conversa informal com Elis, tomando champanhe, ela com o mesmo vestidinho singelo imortalizado nos clips com Hermeto. Falei horas, dei-lhe uma cópia do meu livro Rock: el grito y el mito, na versão da Siglo Veintiuno, editora de Borges e Cortazar. Na época, por um saxofone tenor Selmer eu estava à beira de jogar fora 25 anos de jornalismo. Estimulado pelas borbulhas, despejei sobre Elis — interlocutora paciente — todas as minhas dúvidas existenciais. Oito anos mais moça que eu, pareceu-me de uma tranqüilidade zen, totalmente em paz com a vida. No dia seguinte, sábado, ainda encontrei Elis, num almoço na casa de Claude Nobs, organizador do Festival de Montreux. Sob o sol do verão suíço, ela conversava no jardim com Al Jarreau, havia o projeto de reunir os dois num álbum.

Domingo cedo, vi Elis pela última vez no voo de Genebra a Paris, da frente do avião ela me deu um tchauzinho. No aeroporto Charles de Gaulle, nossos caminhos se separaram, ela foi sumindo aos poucos num imenso túnel de vidro que levava ao avião para Tóquio. Elis e Hermeto seguiram para um festival no Japão, eu voltei ao Rio para contar a história de Montreux.

Dois anos e meio depois — como o Brasil inteiro — fui surpreendido pela notícia de sua morte, aos 36 anos. Vi em casa pela TV o enterro no Cemitério do Morumbi, no Rio era feriado de São Sebastião, 20 de janeiro. Elis, Elis, por que nos abandonou? — pensei, lembrando sua serena presença naquela noite em Montreux. Vida estranha: eu pensava que o suicida era eu...

sábado, 26 de novembro de 2016

Le Monde: Fidel segundo Alberto Korda...


Foto Alberto Korda

PARA VER UM ÁLBUM DE FOTOS DE KORDA, QUE ACOMPANHOU FIDEL DE 1958 A 1968,
CLIQUE
AQUI 

Bomba na web "notícia" de que a CNN transmitiu por acidente 30 minutos de filme pornô. É falso! É pós-verdade!


Em tempo de pós-verdade, o povo consome todo tipo de informação. Aparentemente, não apenas o povo, mas respeitados veículos. Desde ontem bomba nas redes o caso da CNN, que teria transmitido um filme pornô por 30 minutos, por engano. 

Até reproduções montadas, como se vê acima, foram publicadas em todo o mundo. Pior: Fox News, New York Post, Variety, entre outros respeitáveis veículos, repassaram a notícia sem checar e agora corrigem suas matérias. 

Tudo começou quando um simples usuário twittou que estava vendo um programa de viagem de Anthony Bourdain, "Parts Unknown", quando teria sido surpreendido por paisagens nada turísticas e saliências e reentrâncias bastante conhecidas transmitidas por uma TV a cabo de Boston, a RCN.  

A CNN desmente. A RCN garante que sua programação não foi interrompida em nenhum momento e que nenhum outro telespectador reclamou.

Suspeita-se que o HD da smart TV do usuário apenas exibiu em privê o que guardava na memória e o show foi exclusivo para a sua sala exatamente durante o jantar de Ação de Graças.

Manchete: nos passos de Fidel Castro



Morreu Fidel Castro. O comandante que sobreviveu a 11 presidentes americanos.

A histórica conta que a CIA gastou todos os seus gadgets e planos terroristas - de charutos explosivos a bombas disfarçadas em livros, de espiões infiltrados a assassinos contratados, de mojitos envenenados a Marita, a namorada contratada pela serviço secreto americano para matá-lo com pílulas de cianureto. Dessa última tentativa, Fidel, segundo o livro da própria Marita, escapou por sorte: ela guardou as pílulas em um pote de creme e o veneno foi inutilizado.

Entre 1958 a 2000, a CIA teria planejado 638 atentados contra o comandante. A maioria das ações foi denunciada por cubanos contatados para participar do assassinado do líder da Revolução. Mais de 160 desses atentados já estavam prontos para o ataque quando foram descobertos e neutralizados.

Fidel Castro também sobreviveu a uma tentativa de invasão da ilha, empreendida por John Kennedy, em 1961. Foi a fracassada operação Baia dos Porcos.

Fidel viveu mais até do que a revista Manchete, a primeira publicação brasileira a colocá-lo na capa, na edição 369, de 16 de maio de 1959. Após três anos de luta, os guerrilheiros haviam tomado Havana no dia 1° de janeiro daquele ano. O Brasil, sob a presidência de JK, logo reconheceu o novo governo cubano e Fidel quis agradecer o gesto em uma das suas primeiras viagens internacionais após a vitória dos guerrilheiros contra o regime do ditador Fulgêncio Batista. Mas a chamada da revista não parecia simpática ao comandante, embora, naquele momento, Fidel ainda tivesse um certo apoio até dos Estados Unidos (os dois países só romperiam relações em janeiro de 1961). Manchete o chamou de "Grande Ator".

Antes, ainda durante a revolução, Manchete enviara a Cuba o fotógrafo Gervásio Baptista.

Fidel Castro e Deborah Berman.
Em Brasília
Fidel só voltou ao Brasil 31 anos após a primeira visita. Foi em 1990, quando veio para a posse de Fernando Collor, o primeiro presidente eleito pelo povo após a ditadura militar. Em 1992 esteve no Rio para a Eco-92; prestigiou a posse de Fernando Henrique, em 1995; e três anos depois fez uma visita de cortesia a FHC e Lula, então candidatos à presidência. Manchete cobriu todas essas visitas. Em duas delas, em raras oportunidades jornalísticas, a repórter Deborah Berman o acompanhou por vários dias, em 1992, no Rio, e em 1999, durante a Cúpula América Latina, Caribe e União Europeia. E, em 1986, a Rede Manchete, em longa entrevista conduzida por Roberto D'Ávila, levou ao ar um "Conexão Internacional" com Fidel Castro. Foi a primeira entrevista exclusiva do líder cubano à televisão brasileira.




Reproduções/Cuba


Fidel morreu em casa, na noite de ontem, 24 de novembro de 2016, em Havana.

Em 13 de agosto, quando completou 90 anos, ele participou do seu último ato público. Nas imagens acima, o comandante entre Raul Castro e Nicolas Maduro. No último dia 15 de novembro, Fidel recebeu o presidente do Vietnã Tran Dai Quang. E a primeira página do Granma, hoje.

Foram as últimas fotos de uma das personalidades mais fotografadas de todos os tempos.


A HISTÓRICA ENTREVISTA EXCLUSIVA DE FIDEL CASTRO PARA O PROGRAMA CONEXÃO INTERNACIONAL, DA REDE MANCHETE



VEJA O VÍDEO COM A ENTREVISTA DE FIDEL CASTRO, LEGENDADA, À REDE MANCHETE, EM 1986. CLIQUE AQUI.


sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Havia um retrato no meio do caminho...

Retratos de Adriana Ancelmo e Sérgio Cabral. Reproduções

Romero Britto, João Dória e o clã. Foto Divulgação

Romero Britto presenteou Dilma com um retrato. Foto Divulgação


por Ed Sá 

Cada época e lugar tem suas características. Paciência.

No Renascimento, poderosos mecenas como Francisco I, rei da França, o duque de Milão Galeazzo Sforza ou o banqueiro Come de Medici apoiavam pintores e escultores. Papas, como Sisto IV e Alexandre VI, bancaram obras de Michelangelo, como, respectivamente, a Capela Sistina e a Pietá.

Aqui e agora, o pintor Romero Britto é o preferido dos poderosos, tanto aqueles em ascensão, como é o caso de João Dória, prefeito eleito de Sâo Paulo, quanto aqueles que, cada um com seus motivos, já despontaram para o ocaso, como Dilma Rousseff e Sérgio Cabral.

Este último, ex-governador do Rio de Janeiro, surfa atualmente em escândalo de proporções consumistas que exibe joias, lanchas, roupas de grife, privada inteligente e obras de arte. A Polícia Federal divulgou, entre as peças apreendidas, retratos sorridentes de Sérgio Cabral e da sua mulher Adriana Ancelmo by Romero Britto.

Dilma Rousseff, a presidente afastada, também foi retratada pelo pintor pernambucano.

Quanto a João Dória, é cedo para prever, mas nos casos de Dilma e Cabral os retratos de Romero Britto definitivamente não deram sorte...


Fora da política e entrando no mudo das celebridades, Neymar também ganhou um retrato by Romero Britto na época da Copa de 2014.

Não foi exatamente um talismã. Deve ser coincidência. Boa sorte a todos os retratados nas cores exuberantes do pintor que simboliza uma era. Seja lá o que isso signifique.


Geddel pede demissão. Ele sai e o escândalo, que já tem crachá do Palácio do Planalto, fica em Brasília...


O edifício La Vue, em Salvador, visto aí em simulação,
é o símbolo do escândalo de favorecimento que abala o Governo. Mas não...

...deverá ter força para derrubar o governo Temer, que tem blindagem suficiente
para evitar o que aconteceu com Nixon, defenestrado por um prédio, o de Watergate.
As coincidências aí são apenas imobiliárias...
Brasília não é Washington e a mídia local não é o Washington Post, 

O que seria a primeira obra do governo do PMDB não para de gerar crise.

O prédio La Vue, em Salvador, só não vai ser o Watergate (o edifício de Washington onde aconteceu a operação de espionagem contra o Partido Democrata, fato que derrubou o republicano Nixon) do governo Temer porque os atuais condôminos do Palácio do Planalto estão blindados e fortes para o que der e vier. Não caem, mas de crise em crise vão acabar virando zumbis.

Geddel e Calero. flagrante de mimimi?
Foto de Marcelo Camargo/agência Brasil
Acusado de ter pressionado o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, com um mimimi para liberar um espigão em região de proteção ambiental, o poderoso secretário de Governo, Geddel Vieira Lima, foi inicialmente protegido por Temer e pela notória base aliada da Câmera e do Senado.

Com a denúncia de Calero à Polícia Federal - segundo a qual Temer o convocou ao Palácio do Planalto para mandar que ele, em linguagem imobiliária, "construísse uma saída" porque a decisão do Iphan de proibir empreendimento, teria criado "dificuldades operacionais" no gabinete dele e que Geddel estaria irritado -, o escândalo construiu foi todo um andaime em plena sala do ocupante número um do cafofo presidencial.

Temer se defende dizendo que estaria "arbitrando um conflito? Sério? É possível "arbitrar" um conflito entre o que diz a lei e o que pede a ilegalidade?

Geddel pediu demissão e tenta levar a crise com ele.

Em vão.

O escândalo já tem crachá e sala no Palácio do Planalto.

"Verão da Nota": lavaram dinheiro no mar da Urca

Urca: tem dinheiro boiando no mais belo cenário carioca. Foto de Alexandre Macieira/Riotur

Notas de 100 reais pescadas na Urca. Foto Facebook


por Omelete

Veja o cenário acima. Além de bonita e famosa, a Urca é rica. O mar agora traz dinheiro a um dos mais charmosos bairros do Rio de Janeiro. 

Desde que notas de 100 reais começaram a boiar na orla, há uma corrida dos mais espertos para recolher o numerário. 

Tem gente que diz que já pescou mais de 40 mil reais;  outros dizem que o mais sortudo juntou pouco menos de 2 mil reais. 

A polícia, que estaria investigando a origem da grana, não faz ideia do total em questão. Também não há pistas sobre o dono ou donos da bufunfa. Perder, ninguém perdeu ou já teria se apresentado. 

As hipóteses tem sido especuladas nos bares entre um e outro chope. Seria a grana de um indiciado da Lava Jato que quis dar um perdido no dinheiro que guardava no colchão?  Ou um traficante semialfabetizado ouviu falar que era melhor lavar o dinheiro da boca e julgou que o mar era a lavanderia mais apropriada? A sacolinha teria caído da lancha de um pastor mais bem sucedido? Eram reais da mala preta destinados a classificar ou desclassificar algum clube de futebol e acidentalmente perdidos? Já sei um político ficou tão feliz ao receber sua propina que foi comemorar em um iate, com uísque de 60 anos, mulheres de 20 e champanhe da hora, a festa desandou e a mala com notas de 100 afundou. 

Vazou no cais que uma figura qualquer da República chamou um estagiário e ordenou: "Manda essa grana pra Bahia". O menino entendeu e fez a transferência dos recursos para a Baía... da Guanabara. 

Dizem que um juiz que confiscar o dinheiro para pagar salário de funcionário.

O fato é que, ano que vem, o Rio vai comemorar 30 anos do 'Verão da Lata", quando toneladas de maconha deram nas praias. Este já é o "Verão da Nota". 

No caso da marijuana, a origem da carga foi o navio Solana Star. Já da grana da Urca, não há pistas, por enquanto. Só se Iemanjá der alguma dica. Ou o Redentor, que passa dia e noite olhando praqueles lados.

Caso Neymar: se for condenado na Espanha, jogador terá que pagar mais multa para não ser preso e ficar fora da Copa do Mundo da Rússia...

por Niko Bolontrin 

O Ministério Público da Espanha está pedindo a prisão de Neymar, como a mídia tem noticiado.

O motivo da ação é ainda a conturbada venda do jogador e supostas irregularidades (corrupção, fraude e simulação de contrato) na transação entre Santos e Barcelona, em 2013.

Dirigentes dos dois clubes também estão indiciados. O MP espanhol quer a prisão de Neymar por dois anos, além do pagamento de uma multa de 10 milhões de dólares.

O processo começou quando um sócio do Barcelona entrou na justiça para saber quanto custara ao seu clube ter o Neymar. O Barcelona informou inicialmente uma valor ( 59,1 milhões de euros) e depois, já durante investigação, mudou a cifra para 86,2 milhões de euros.

Obviamente, a defesa do jogador deve ter seus argumentos. Mas Neymar não parece nada tranquilo. Tanto que em mensagem que postou no Instagram ele já apela para uma instância superior: Jesus.

O jogador acha que está sendo perseguido por  "levantar o nome de Jesus".

Como se sabe, Neymar já recebeu críticas por dessafiar as regras da Fifa ao fazer ostentação de fé em campo com faixas e gestos. Exibições religiosas no gramado são desaconselhadas para evitar reações nas arquibancadas que abrigam torcedores de todas as denominações. A medida é considerada de bom senso: fora do campo, jogador faz o que quer, claro, mas proselitismo de crenças pode ser vistos em algumas circunstâncias como provocação. Há estádios situados em países onde o tema religião é estopim de guerras, terrorismo, perseguições e assassinatos. E futebol não é púlpito, nem estádio é igreja, templo, mesquita ou sinagoga. Só que a Fifa não tem nada a ver com o tal processo.

Melhor Neymar prestar mais atenção ao parte jurídica do processo. Jesus já tem muito o que fazer além de cuidar de encrencas na justiça.

Uma condenação de dois anos deixaria Neymar de fora da Copa do Mundo de 2018, a da Rússia.

Isso é improvável e, caso a condenação aconteça, a lei espanhola permite a troca de cadeia por mais multa.

Vale S.A tem chefe esporrento que ofende funcionário...

Houve uma época que algumas empresas valorizavam os chefes esporrentos. Esse tempo passou. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) condenou a Vale S.A. a pagar uma indenização de R$ 50 mil a um técnico eletromecânico. Motivo: o chefe o chamou de “imbecil” e “pateta”. Tudo porque o rapaz sofreu um acidente de trabalho em uma mina no Pará. Segundo o chefe, em matéria publicada no Extra, "quem se acidenta na Vale é um imbecil” que sofre acidente “para não trabalhar”. Condenar a empresa, ok, ela tem mesmo coparticipação por ter nos seus quadros tal figura de chefe. Mas o bolso do chefe arrogante não vai ser desfalcando em uma grana? Merece.

Luciana Gimenez no Instagram: nudez útil e agradável...

Reprodução Instagram
por Omelete

A apresentadora Luciana Gimenez, da RedeTV, agitou a internet ao posar apenas com uma bolsa escondendo a intimidade possível.

O foto teria sido feita nos bastidores de uma produção comercial para a marca de cosméticos Jequeti. Ela pedia ajuda para escolher um par de sapatos e postou a foto ontem no Instagram.

A cena lembra as performances webéticas da famosa socialite americana Kim Kardashian, dotada de mais e acentuadas curvas.

Luciana, quase cinquentona, recebeu elogios pela boa forma.

Ela uniu o útil ao agradável: um subproduto da divulgação da foto foi, obviamente, a citação da marca Jequiti nas redes sociais.

Ira nada santa: professora impede alunos de apresentaram trabalho sobre religião afro

por Flávio Sépia 
Alguém tem que avisar pras milícias fanáticas que intolerância também é coisa da besta 666,  do belzebu, do lúcifer, do satanás, do demo, do tinhoso, do maligno, enfim, do popular capeta, e que a Bíblia deve ensinar generosidade e não raiva, violência, falta de respeito à religião dos demais e desarmonia. Vai ver essa turma pega o espírito da coisa.

Agora foi uma professora, Ana Trindade, de Anannideua, localidade da Grande Belém, que proibiu alunos do Centro de Educação Trindade de apresentarem em uma Feira de Cultura trabalho com a entidade Pomba Gira, das religiões de origem africana.

Para denunciar a pessoa que seria professora, alunos gravaram um vídeo. Ela discute e grita endiabrada com os jovens e um deles a exorciza sua ira com fortes e democráticos argumentos.

Mas ela não cede.

“Pombagira? Credo! Sangue de Jesus”, registra o G1. “A senhora tem de respeitar outras religiões”, devolve o aluno Gabriel Ferreira, um dos autores do trabalho. “Não, eu não sou obrigada a entender as outras religiões. Eu não quero e acabou!”, responde a mestra, bem didática.

O tema da Feira do Cultura do colégio é "Construindo Valores", melhor seria "Desconstruido Valores e Construindo o Racismo".  VEJA O VÍDEO NO G1, CLIQUE AQUI

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

A fila anda: Globo testa jornalista com piercing na reportagem e assusta veteranos

por Daniel Castro (para o Notícias da TV/Uol)

A participação da jornalista Mari Palma no programa Bem Estar virou o assunto da semana na Globo de São Paulo. Mari, de 27 anos, usa piercing no nariz, fala linguagem de rede social e apresenta dois boletins noticiosos de um minuto cada nas manhãs da emissora. Sua "promoção" a repórter especial de um programa nacional assustou os veteranos da casa.

Mari Palma apresenta o G1 em 1 Minuto. 
A entrada de Mari no Bem Estar foi um teste, mais um passo da Globo em seu projeto de rejuvenescer o jornalismo e torná-lo mais informal.

Jornalistas que trabalharam em uma época em que mulher não podia cortar cabelo e que repórter tinha de usar terno e gravata ficaram preocupados.

Temem perder espaço para jovens que usam alargadores de orelha, ostentam tatuagens, vestem camisetas geek e "conversam" com os usuários do Facebook e do Twitter.



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Filme rebobinado, história idem...

Foto de John Paul Filo


por José Esmeraldo Gonçalves 

A revista Time acaba de incluir a imagem acima entre as 100 mais influentes de todos os tempos.

A foto é de John Paul Filo, então aluno de fotografia, e foi feita no dia 4 de maio de 1970 com uma Nikkormat, versão mais simples de modelos profissionais da época.

O trágico cenário é a Kent State University, em Ohio, onde estudantes protestavam contra a escalada das ações militares no Vietnã e no Cambodja.

O republicano Richard Nixon era inquilino da Casa Branca.

A Guarda Nacional entrou no campus atirando e, em 13 segundos, matou quatro jovens e feriu outros nove.

Jefrey Miller, 20 anos, é o rapaz abatido; Mary Ann Vecchio, 14, é a menina que pede ajuda.

A foto ganhou o Pulitzer e tornou-se simbolo de uma época de esperanças vencidas por desesperanças. Filo contou que, no começo do tiroteio, achou que as balas eram de borracha ou de efeito moral. Mas ao apontar a câmera para um soldado este disparou o rifle e o projétil atingiu uma escultura bem ao seu lado. O primeiro impulso do fotógrafo foi fugir do local. Saiu em disparada mas, no meio da corrida, parou e voltou para fotografar a invasão. Percebeu, como revelou depois - que estava lá para isso. Foi quando registrou toda a violência da repressão no campus.

Uma curiosidade jornalística: um editor alterou a foto de Filo. Talvez por razões estéticas, simplesmente apagou o poste da cerca que aparece bem acima da cabeça de Mary Ann Vecchio.

Muitos jornais e revistas, como a própria Time e a People, chegaram a publicar a imagem retocada (foto à esquerda), até que a manipulação fosse percebida.

Nas últimas semanas, jovens americanos foram às ruas protestar contra Donald Trump. Provavelmente, apenas uma prévia de futuros embates. O presidente eleito está montando um staff sob medida para a execução das suas políticas. Tudo indica que cumprirá as promessas de campanha, do muro mexicano à implosão do sistema público de saúde, o Obamacare, do protecionismo econômico à agressividade geopolítica, sem falar nas políticas de gênero ou nas questões de implicação moral e religiosa.

Guardo na estante a edição da Time que foi para as bancas em 18 de maio de 1970, com a cobertura dos protestos em Ohio. A capa - um grito, foto de Michael Abramson - é bem representativa de um tempo em que ideias e expressões foram sufocadas a tiros.

Quando os Estados Unidos radicalizaram suas posições e ações, a partir do começo dos anos 1960,  o mundo foi junto. Para não ir muito longe, a América do Sul foi ocupada por ditaduras como parte de uma política de intervenção indireta formulada para evitar novas "Cubas" no continente. Com a atual ascensão da direita na América do Sul, na Europa Ocidental e no Leste Europeu não é difícil prever que o modelo Trump será bem recebido em muitas latitudes.

Mas a conta do  "Make America Great Again" não ameaça sobrar apenas para minorias, no próprio país. Promete atravessar fronteiras e alcançar povos, idéias, liberdades e direitos. Não apenas por capricho de Donald Trump mas por expectativa dos milhões que o elegeram exatamente para isso e pelo efeito clone que o personagem inspira a facções em vários países. O Brasil, por exemplo, já fala em um candidato para 2018 à imagem e semelhança do magnata e apresentador de reality show que vai mandar em Washington.

Compartilho, aqui, algumas páginas daquela Time histórica. Talvez uma das edições mais dramáticas da revista nos distantes anos 1970.

Não é por nada não, mas analistas preveem tensão na "América dividida" e riscos de a História rebobinar esse filme.











Da série, "A Conta do Golpe"...


(da redação do Brasil Atual) 

Se a regra valesse em 2014, deixariam de ser comunicadas 540 mil ocorrências, de um total de 770 mi. Com isso, ficará a falsa impressão de ambientes seguros para o trabalhador

A partir de 2017, as empresas não precisarão mais comunicar acidentes de trabalho que levem a afastamento por até 15 dias e também deixarão de comunicar todos os acidentes de trajeto. A mudança foi decidida pelo Conselho Nacional de Previdência Social.

Para o dirigente da CUT Quintino Severo, a medida resultará na falsa impressão de que as empresas estão mais cuidadosas com a segurança no trabalho. "O Brasil hoje é um dos países que mais acidenta trabalhadores no mundo. Infelizmente, a sociedade não sabe disso por que há uma subnotificação das ocorrências. Agora, tirando essas informações, nós acreditamos que o problema vai aumentar", denuncia, em entrevista à TVT.

As notificações de acidentes de trabalho são usadas para o cálculo do FAP, o Fator Acidentário de Prevenção.O fundo é calculado de acordo com a quantidade e a gravidade dos acidentes registrados em cada empresa. Como o número de notificações vai cair, o recolhimento da taxa também cairá.

Para os empresários, a medida permitirá economizar entre R$ 2 bilhões e R$ 4 bilhões, calculam as representações dos trabalhadores. Hoje, as empresas são obrigadas a contribuir com valores que variam de 1% a 3% da folha de pagamento para o FAP.

"Isso é para diminuir e enfraquecer cruelmente a Previdência", afirma Remígio Todeschini, do Instituto de Previdência de Santo André. Em 2014, foram notificados no Brasil 770 mil acidentes de trabalho. Com a nova regra, deixariam de ser comunicadas 540 mil dessas ocorrências, 63% do total.

Para os dois especialistas, essa medida do governo Temer é parte do plano neoliberal de desmonte do Estado e caminho para a privatização do sistema previdenciário. "As decisões que o conselho vai tomando desmonta o FAP e vai levar à sua extinção", diz Quintino.

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Chico Buarque retira a canção "Roda Viva", mais atual do que nunca, da trilha de abertura do programa homônimo

Chico Buarque tem todo o direito de não ver sua obra emporcalhada pela direita.

Depois do deplorável show de horrores que foi a "ação entre amigos" de uma coletiva "cenográfica" do programa-zumbi "Roda Viva", da TV Cultura, "afiliada" do PSDB paulista, ele pediu à direção da emissora, ou seria "diretório" partidário?, que retirasse da abertura a canção"Roda Viva".

Desde a dócil  "coletiva", que foi motivo de agradecimento de Temer pela oportunidade propagandística, corria no site Avaaz um petição pública solicitando o cancelamento da cessão  da histórica música a um programa que logo após o fim da ditadura militar, nos anos 1980, foi marcante.

Mas deu no que deu.

Pelo menos motivo, uso de sua obra em episódios contaminados pelo golpe, Chico cancelou a autorização para suas canções no espetáculo "Todos os Musicais de Chico Buarque em  90 minutos" após manifestação política do diretor Claudio Botelho.

Demorô. Chico está apenas exercendo plena e incontestável prerrogativa de defender sua obra musical.


A hora da verdade, por Luis Nassif

por Luís Nassif (do GGN)

A Nova República termina com o golpe do impeachment. Agora se está na fase de transição. As próximas etapas serão de aceleração aguda da crise econômica e social, que levará a um desfecho rápido - que ainda não está no radar.

Peça 1 - o aprofundamento rápido da crise

Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul quebraram. Minas Gerais está a caminho, assim como o Paraná. Sem possibilidade de emitir títulos, a crise resultará em inadimplência com fornecedores, atrasos nos proventos dos funcionários,  com a temperatura política subindo.

Haverá problemas inevitáveis na saúde e segurança.

As consequências são óbvias: aumento do desemprego, dos conflitos de rua, das disputas entre os donos do poder pelos restos do orçamento. Tudo isso com o país sendo conduzido por uma junta governativa suspeita de corrupção, conduzindo um ajuste fiscal suicida, com várias disputas entre os poderes,  e um presidente da República vacilante e de pequena estatura política.

Pela rapidez com que a crise se aprofunda, tudo indica um desfecho rápido, complicado, com desdobramentos imprevisíveis.

Peça 2 – as armadilhas ideológicas

Mesmo os economistas ortodoxos mais sérios já se deram conta do desastre que vêm pela frente. O próprio mercado começa a levantar aspectos que impediriam a recuperação da economia - como o alto desemprego, o endividamento de empresas, o nível de capacidade ociosa da economia, a perda de ímpeto das exportações.

Apresentam como se fossem dados novos da economia. Desde o início eram dados da realidade que foram sucessivamente desconsiderados por Dilma-Joaquim Levy e Temer- Henrique Meirelles.

A marcha da insensatez prossegue por dois motivos.

O primeiro, pela estratégia do lado ideológico do mercado, que aposta na piora da economia como maneira de pressionar o Congresso por reformas drásticas que aprofundarão mais a crise no curto prazo..

O segundo, pela armadilha em que mercado e mídia se meteram, ao bater diuturnamente na falsa saída do ajuste fiscal rigoroso como maneira de recuperar a economia. Esse foi um dos motes para a aprovação do impeachment. Como admitir que foi um enorme erro?

Peça 3 – as pré-condições para mudar a política econômica

Em um ponto qualquer do futuro, vai cair a ficha sobre a  necessidade de um aumento substancial do gasto público como única maneira de reativar a economia. A questão é saber a profundidade do buraco que está sendo cavado. No limite, se terá um país conflagrado.

Não se trata de tarefa fácil reverter esse quadro. Choques de gastos ou reanimam o paciente, ou produzem hiperinflação exigindo, por isso, não apenas competência técnica como credibilidade política.. Há um conjunto de pré-condições, para que sejam bem sucedidos.:

Condição 1 - Não podem incidir sobre as despesas permanentes.
Tem que ser focados em investimentos em setores de rápida resposta. Não haverá como não fugir das grandes obras públicas. E tem-se o setor destruído pelo trabalho da Lava Jato.
Quem se habilita a enfrentar a elite do funcionalismo público, incluindo Judiciário e Ministério Público?

Condição 2 – terá que convencer a Lava Jato a atuar racionalmente, permitindo reativar o setor de infraestrutura e a cadeia do petróleo e gás

Não será tarefa fácil.

Aqui no GGN fizemos o primeiro alerta, através do comentarista André Araújo, sobre a falta de sentido da Procuradoria Geral da República trocar informações com autoridades dos Estados Unidos, visando processar uma empresa de controle estatal, a Petrobras..

Mostramos que, dias depois da volta dos Estados Unidos, a Força-Tarefa investiu contra a Eletronuclear, depois da visita do Procurador Geral Rodrigo Janot a uma advogado do Departamento de Justiça que até um ano antes servirá ao maior escritório de advocacia que assistia o setor eletronuclear norte-americano.

Ontem, na audiência da Lava Jato, confirmou-se a parceria de delação firmado pelo Ministério Público Federal com o FBI, visando instruir o processo contra a Petrobras nos Estados Unidos.

Em um ponto qualquer do futuro, quando se recobrar a normalidade democrática - ou na hipótese de assumir alguma liderança nacionalista de esquerda ou direita - Rodrigo Janot e seus companheiros, mais a equipe da Lava Jato,  responderão por crime de traição ao país.

Agora, trata-se de encontrar a maneira mais rápida de apagar o incêndio que se alastra.

Quem se habilita a enquadrar a Lava Jato?

Condição 3 - Não pode conviver com o atual nível de taxa de juros.

Nesse caso, a dívida pública sairia definitivamente de controle.

Quem se habilita a enfrentar o mercado?

Condição 4 – atacar o endividamento circular das empresas.

Teria que se valer novamente dos bancos públicos e do BNDES para permitir às empresas escapar da armadilha do endividamento circular que volta a assombrar a economia.

Quem se habilita a enfrentar o senso comum, de que qualquer forma de estímulo à economia pode ser criminalizado?

Condição 5 - teria que vir, simultaneamente, com uma desvalorização cambial, para criar um novo foco de reativação da economia nas exportações.

Quem se habilita a enfrentar o choque de preços com a desvalorização?

Peça 4 – as condições do governo Temer

Olhamos as cinco condições e, agora, nos debruçaremos rapidamente sobre o governo Temer.

Aspecto 1 – qualquer diretor indicado para o Banco do Brasil, BNDES, Caixa Econômica Federal precisa passar pelo crivo do Ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil. Eliseu é acusado de uma série de crimes, de episódios quando era Ministro dos Transportes a maracutaias em prefeituras do interior do Rio Grande do Sul.

Aspecto 2 – as concessões e privatizações serão submetidas ao crivo de Moreira Franco, lídimo representante do PMDB do Rio de Janeiro.

Aspecto 3 – todas as negociações de benesses à base aliada é garantida pelo ínclito Geddel Vieira Lima.

Aspecto 4– à frente de todos um presidente incapaz de decidir até sobre a situação de um Ministro apanhado em flagrante delito de corrupção.

Aspecto 5 – no Ministério das Relações Exteriores, um Ministro, José Serra, que, para se transformar na Hillary Clinton brasileira, não se inibe de dar ao maior comprador de produtos brasileiros, a Venezuela, um destino similar ao da Líbia. Além de inundar o Senado com projetos de lei malcheirosos.

Aspecto 6 – no Banco Central, um presidente que, com a economia caminhando para uma queda de 10% no PIB, aumenta a taxa real de juros. E uma mídia absolutamente sem noção aplaudindo a imprudência.

Peça 5 – a inevitabilidade de um pacto


O tempo político de Michel Temer é do tamanho de sua dimensão pública: minúsculo. Acabou. A grande indagação é como será a transição até 2018.

Não haverá como fugir a um pacto amplo, mas não será por agora, com o país conflagrado depois que a Lava Jato elegeu o direito penal do inimigo como instrumento de controle sobre a política.

Nem Temer, nem quem vier a sucedê-lo, terá condições de arbitrar tantos conflitos e sacrifícios se não vier respaldado em uma ampla legitimidade conferida pela adesão dos diversos setores a um pacto de salvação nacional.

A questão é o tempo que levará até que a crise promova o acordo ou abra espaço para alguma liderança bonapartista.

O primeiro general que bater o coturno em praça pública colocará todos esses golpistas para correr.

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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Piloto de companhia aérea é suspenso por se distrair em pleno voo...

Reprodução The Sun
por O.V. Pochê
Ministério do Trabalho adverte: rede social pode colocar emprego em risco. Um piloto de uma companhia aérea britânica foi suspenso depois que vazaram na web fotos animadas do cockpít de um Boeing 77 em pleno vôo. Aparentemente, as imagens seriam um recurso contra a solidão em rotas de longa duração.
Matéria publicada no The Sun provocou investigação interna. O píloto temporariamente ejetado da função nega participação no episódio.

Christiane Amanpour recebe prêmio e faz um apelo pela liberdade e segurança dos jornalistas na Era Trump...

Foto amahighlights.com/Reprodução
por Jean-Paul Lagarride

Ao receber o Burton Benjamin Memorial Award, ontem, em Nova York, a chefe dos correspondentes internacionais da CNN, Christiane Amanpour, incluiu um botão de alerta no seu discurso de agradecimento ao prêmio.

Ainda não é a tecla pânico, mas tem a ver com isso ao amanhecer da Era Trump.

"Eu nunca pensei, em um milhão de anos, que estaria aqui no palco lançando um apelo pela liberdade e segurança dos jornalistas americanos, em casa". (...) "Na verdade, eu esperava que uma vez o presidente eleito, tudo isso mudasse, e eu ainda espero. Mas fiquei gelada quando o primeiro tweet de Donald Trump após a eleição foi sobre 'manifestantes profissionais incitados pela mídia'. Muito injusto!", disse Amapour

Em outro trecho, do alto da sua larga experiência em conflitos internacionais, a repórter fez um pedido aos colegas:

"Aprendi há muito tempo, cobrindo a limpeza étnica e o genocídio na Bósnia, nunca equiparar vítima a agressor, nunca criar uma falsa equivalência moral ou factual, porque, então, seria cúmplice dos crimes e das suas consequências mais indizíveis. Eu acredito em ser verdadeiro, não neutro. Creio que devemos parar de banalizar a verdade. E temos que estar preparados para lutar especialmente pela verdade em um mundo onde o Oxford English Dictionary acaba de anunciar sua palavra de 2016: "pós-verdade".

Fotocrônica: torres



Torre Eiffel e rivais... A vista é a partir das escadas do Centro Georges Pompidou, através dos vidros protetores.


De uma torre para outra. A Eiffel vista do terraço no 56° andar da Torre Montparnasse. Fotos J.E.Gonçalves




Charlie Hebdo lança edição em alemão...

O jornal satírico Charlie Hebdo lançará no próximo dia 1° de dezembro sua edição em alemão.

Segundo o Le Monde, o CH escolheu a Alemanha porque é o país onde os seus jornalistas são muito bem recebidos para frequentes palestras.

Os editores esperam um circulação de mais de 100 mil exemplares semanais, com conteúdo inicialmente traduzido do francês, mas com perspectiva de, em breve, contar com colaboradores alemães.

Na França, atualmente, o Charlie Hebdo vende 60 mil cópias nas bancas e outras 50 mil por assinaturas.

A capa da edição que está nas bancas, hoje, em Paris, ilustra a derrota eleitoral de Nicolas Sarkozy nas prévias do Partido Republicano, de centro-direita. É ele o francês aí catapultado para o espaço...

Brasil nem um pouco cordial - Alunos de uma escola pública, médico da UPA e filha de Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank são vítimas de racismo...

Caso da professora racista foi há dez anos, 
em São Paulo: condenação saiu agora.

Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank fizeram registro policial
 do caso e vão processar racista ou racistas. 

Médico da UPA-Tijuca vai à polícia após ser
verbalmente agredido por paciente racista.


Manifestações públicas de racismo são cada vez mais comuns no Brasil. Não apenas nas redes sociais mas, o que é surpreendente, até em salas de aulas.

A Justiça, nesses casos, às vezes falta, tarda muito, mas ainda assim merece reconhecimento quando determina alguma punição ao crime.

O Globo noticia hoje que o Tribunal de Justiça de São Paulo acaba de condenar o governo do Estado de São Paulo e a professora Carla Marini a indenizar dois alunos por danos morais depois que a acusada fez comentários racistas em uma escola pública de Guarulhos.

"Você não está vendo que os meus anjinho brancos estão quietos, e só você que é negro está falando?", disse a professora segundo testemunhas.

No Dia da Consciência Negra, ela resolveu dar uma aula de racismo e "ensinou" aos alunos que que pessoas de pele negra "não são capazes", "são sujas, imundas" e que "as escolas deviam separar pessoas de pele negra das demais".

Apesar de o estado e a "mestra" terem sido condenados (ainda cabe recurso), há o que lamentar. O caso aconteceu em 2007, quanto demora!, e a professora foi condenada apenas por "danos morais".

É típico. Muitas delegacias de polícia e parte da justiça resistem tremendamente a aplicar a lei de racismo. Na maioria das vezes, quando o queixoso chega à autoridade, o crime de racismo é desqualificado já no Boletim de Ocorrência para ofensa, cuja pena é menor. E muitos juízes, ao final do processo, aplicam penas alternativas, melhor dizer, divertidas, do tipo cesta básica e prestação de levíssimos "serviços" sociais.  Por isso, apesar dos pesares e de a professora não ter sido presa, louve-se a decisão o TJSP.

No Rio, foram dois casos de racismo públicos apenas na última semana.

Em um deles,  o casal Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank foi vítima de comentários racistas contra a filha, Titi, de 2 anos. Ao publicar na rede social uma foto da menina adotada há alguns meses, Giovanna se deparou com comentários preconceituosos na sua página. Bruno e Giovanna deram parte à polícia. O caso já está sob investigação e as autoridades têm meios de identificar com precisão o autor ou autores do crime.

Na Unidade de Pronto-Atendimento da Tijuca, o médico Danilo Silva foi agredido verbalmente por um homem em crise de hipertensão. Ao se aproximar para fazer o atendimento, o profissional ouviu o paciente dizer aos funcionários que não queria se atendido por negros. Recusou a ajuda de um maqueiro porque era negro. Ao médico, segundo reportagem do jornal Extra, ele afirmou:

- "Eu não quero ser atendido por você porque não quero ser atendido por um crioulo".

O médico manteve a calma na atitude e na resposta.

- "Senhor, me desculpe, mas o senhor não está em condições de escolher a cor do médico. Quem está aqui contratado pelo Estado sou eu e quem vai te atender sou eu’. Na hora não passou pela minha cabeça chamar a polícia. Depois do plantão eu refleti e decidi prestar queixa".

E teve o cuidado de registrar no boletim que o paciente foi medicado e orientado. Formalizou igualmente a ocorrência da agressão racista. O médico já prestou queixa. O autor do crime de racismo será intimado. O nome do elemento não foi divulgado.

Provavelmente vai arrumar um mimimi (geralmente esse pessoal amarela diante da polícia e justiça) ou um advogado para alegar que não estava em plena consciência, embora soubesse distinguir raças no seu surto de hiperracismo.

O que se espera é que a professora não obtenha êxito no recurso e, mesmo quase dez anos depois, pague pelo seu crime.

Que Bruno e Giovanna tenham a Justiça ao lado das suas justas indignações.

Que o médico supere o choque e siga exercendo sua bela profissão, mas que obtenha resposta da polícia e da justiça e confie que a sociedade tem sim antídoto para a hidrofobia racista.