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sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Fake news analógica abre novo mercado de trabalho - Candidatos contratam força-tarefa para espalhar mentiras em aglomerações populares. Em Pernambuco tem vaga para claque de subcelebridade. Irmãs de Deolane Bezerra são suspeitas de montar grupo de apoiadores remunerados em portas de presídios

Imagem reproduzida do Globo

Comentário deste blog - A extrema direita brasileira precisa de um psiquiatra. Talvez não apenas um, mas uma junta dos melhores de Viena. A torrente de asneiras e fake news que os candidatos ligados ao bolsonarismo lançam no horário eletoral e nas redes sociais é astronômica. Agora, no Rio, o fascismo inventou o corpo a corpo da mentira. Funciona assim: políticos contratam indivíduos que se infiltram em aglomerações populares, tipo pontos de ônibus, uma fila qualquer, desde que seja extensa, lanchonetes lotadas na hora do almoço, trens, metrô etc. São uma espécie de entregadores de fake news. Eles puxam papo sobre política e despejam versões falsas com o objetivo de atingir opositores. Isso já costuma acontecer em igrejas e nas redes sociais, mas a novidade revelada pelo Globo é que a pessoa que parece autêntica, como se fosse um eleitor indginado, é contratada, recebe um jabaculê para disseminar os mentiras. a favor do contratante. 


Imagem reproduzida do Metropóles

Curiosamente, essa fórmula, a de falsos apoiadores, foi usada em um caso badalado atualmente no noticiário policial. A justiça pernambucana revelou que familiares de Deolane Bezerra, suspeita de lavagem de dinheiro e outros crimes ligados a sites de apostas, contrataram uma claque para aplaudir    a subcelebridade durante a movimentação em frente a delegacias e presídios. Segundo a denúncia, a "solidariedade" valia 300 reais. Caso o desemprego diminua em Pernambuco quando apurado o mês de setembro de 2024, já se sabe: foi a criação de vagas impulsionada pela família da Deolane.           

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Lembra? O escândalo Panama Papers, que envolveu brasileiros, deu em nada mas agora virou filme

Meryl Streep em "A Lavanderia"
por Ed Sá

Um escândalo internacional brilha nas telas do Festival de Veneza. O filme "The Laundromat" ("A Lavanderia"), da Netflix, é baseado no escândalo internacional gerado pelo vazamento de movimentações bancárias da vasta elite internacional que manobra dinheiro em paraísos fiscais para fugir dos impostos.

Para recordar: em 2016 documentos do escritório de advocacia Mossack & Fonseca - muito frequentado por oligarcas brasileiros do mercado financeiro, da indústria, do agronegócio e da comunicação, revelaram o esquema de evasão fiscal e lavagem de dinheiro com o qual super-ricos de vários países escondiam seus bilhões de dólares através de empresas de fachada.

Em apenas um endereço havia 250 mil "pessoas jurídicas" registradas. Se todos os donos daquelas firmas "laranjas" resolvessem ir ao trabalho no mesmo dia nem um estádio de futebol seria suficiente para recebê-los.

Gary Oldman e Antonio Banderas estão em "A Lavanderia". 
Apesar do tema dramático, o diretor Steven Sordenberg optou por contar a história através de um filme com tons de uma comédia "ácida". A figura central da trama é uma viúva enganada por um golpe financeiro. À RFI, Maryl Streep que faz o papel da viúva, declarou: "Este filme é divertido e engraçado, mas é realmente importante. Essa é uma maneira engraçada de contar uma piada de mau gosto, uma piada que riu de todos nós". Streep contracena com os atores Gary Oldman, Antonio Banderas e Sharon Stone

Os Panama Papers, um pacote de mais de 10 milhões de documentos, foram enviados por uma fonte anônima para o jornal alemão Süddeutsche Zeitung. Diante do enorme volume de provas, um grupo de jornalistas investigativos organizou a publicação em centenas de veículos de vários países. No Brasil, Estadão, UOL e Rede TV participaram do pool que publicou reportagens exclusiva sobre o assunto. Em geral, a mídia conservadora brasileira minimizou o escândalo sob o argumento de que abrir empresas em paraísos fiscais não é crime. De fato, não é ilegal, em princípio. Mas os documentos apontavam para evasão fiscal, lavagem de dinheiro e até movimentação financeira para para traficantes de drogas através de empresas de fachada.

A facção brasileira do escândalo envolveu vários políticos e seus parentes, empresários e instituições financeiras e grupos de comunicação. Pra variar, deu em nada.

Durante uma entrevista coletiva em Veneza, Meryl Streep lembrou que "pessoas morreram por causa disso". A atriz se referia à jornalista Daphe Anne Caruana Galizia, assassinada em ataque a bomba em 2017, em Malta, quando participava da investigação dos Panama Papers. Galizia denunciava grupos organizados para lavagem de dinheiro em vários jornais e mantinha o blog "Running Commentary, um dos mais lidos no seu país, um ativo paraíso fiscal.

"The Laundromat" estréia na Netflix no dia 18 de outubro.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

"Verão da Nota": lavaram dinheiro no mar da Urca

Urca: tem dinheiro boiando no mais belo cenário carioca. Foto de Alexandre Macieira/Riotur

Notas de 100 reais pescadas na Urca. Foto Facebook


por Omelete

Veja o cenário acima. Além de bonita e famosa, a Urca é rica. O mar agora traz dinheiro a um dos mais charmosos bairros do Rio de Janeiro. 

Desde que notas de 100 reais começaram a boiar na orla, há uma corrida dos mais espertos para recolher o numerário. 

Tem gente que diz que já pescou mais de 40 mil reais;  outros dizem que o mais sortudo juntou pouco menos de 2 mil reais. 

A polícia, que estaria investigando a origem da grana, não faz ideia do total em questão. Também não há pistas sobre o dono ou donos da bufunfa. Perder, ninguém perdeu ou já teria se apresentado. 

As hipóteses tem sido especuladas nos bares entre um e outro chope. Seria a grana de um indiciado da Lava Jato que quis dar um perdido no dinheiro que guardava no colchão?  Ou um traficante semialfabetizado ouviu falar que era melhor lavar o dinheiro da boca e julgou que o mar era a lavanderia mais apropriada? A sacolinha teria caído da lancha de um pastor mais bem sucedido? Eram reais da mala preta destinados a classificar ou desclassificar algum clube de futebol e acidentalmente perdidos? Já sei um político ficou tão feliz ao receber sua propina que foi comemorar em um iate, com uísque de 60 anos, mulheres de 20 e champanhe da hora, a festa desandou e a mala com notas de 100 afundou. 

Vazou no cais que uma figura qualquer da República chamou um estagiário e ordenou: "Manda essa grana pra Bahia". O menino entendeu e fez a transferência dos recursos para a Baía... da Guanabara. 

Dizem que um juiz que confiscar o dinheiro para pagar salário de funcionário.

O fato é que, ano que vem, o Rio vai comemorar 30 anos do 'Verão da Lata", quando toneladas de maconha deram nas praias. Este já é o "Verão da Nota". 

No caso da marijuana, a origem da carga foi o navio Solana Star. Já da grana da Urca, não há pistas, por enquanto. Só se Iemanjá der alguma dica. Ou o Redentor, que passa dia e noite olhando praqueles lados.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Netflix anuncia: escândalo do Panama Papers vai virar filme (não se sabe quem fará o papel dos sonegadores brasileiros)

Foto: Reprodução/ICIJ.org
por Niko Bolontrin
A Netflix vai transformar em filme um dos maiores escândalos internacionais do ano: a revelação do listão de sonegadores e de lavagem de dinheiro através de contas secretas manipuladas pelo grupo Mossack Fonseca, que tem importantes contatos com a elite brasileira, incluindo barões da comunicação.

O filme, dirigido por John Russel, será baseado em um livro dos jornalistas investigativos alemães Frederik Obermeier e Bastian Obermeyer.

O nome do longa metragem? "Panama Papers: a história de como os ricos e poderosos do mundo escondem seu dinheiro". Em muitos casos, o "seu" dinheiro não é bem deles, claro, mas produto de crimes de sonegação, desvio e lavagem.

O caso Panama Papers, que envolve inúmeras figuras brasileiras, não chegou a ter muita repercussão no Brasil e logo foi abafado do noticiário.

Além da produção da Netflix, Hollywood prepara outro filme sobre o mesmo escândalo baseado no livro "Secrecy World" do Jake Berstein. Steven Soderbergh dirigirá essa versão.

O Consórcio Internacional de Jornalistas Ivestigativos, que revelou os papéis, vai colaborar com ambas as produções.

O que não se sabe ainda é o teor das possíveis referências aos tais brasileiros donos de contas secretas ilegais. Ou, talvez, os tupiniquins nem apareçam já que há ilustres norte-americanos e europeus metidos na lavanderia panamenha.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Impostômetro existe. Mas cadê o sonegômetro? Bacanas brasileiros enviaram ilegalmente bilhões de dólares para "lavagem a seco" no exterior. Vai lá buscar essa grana, Joaquim Levy. Se conseguir, vira herói nacional e samba-enredo da campeoníssima Beija Flor

Reprodução Instagram


Repercussão do caso na midia internacional.Reproduções

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SABÃO E DETERGENTE LTDA
A mídia brasileira tem abordado o escândalo do HSBC, que estourou na Suíça, de forma tímida, falando baixinho. O caso anda meio abafado por aqui. Dá para entender. Haveria um braço da evasão de divisas ligado supostamente à Lava Jato, mas, por incrível que pareça, é o braço menor em número. O polvo do HSBC tem mais uma dezena de membros superiores pilantras, bem superiores e bem ativos. Por enquanto é a porção ignorada pela mídia talvez por ser aquela que denuncia brasileiros poderosos que sonegam bilhões e remetem dinheiro para a devida lavagem no exterior. No caso, os extratos vão muito além da corrupção política partidária (embora tenham sido identificadas contas de figuras ligadas a governos desde os anos 90). Os "diretórios" dessa "coligação" estão nos Jardins, na Vieira Souto, Av. Paulista... O Brasil é um dos países com maior número de pessoas físicas envolvidas no escândalo do bancão que abriu uma "filial" de sabão e detergente da melhor qualidade. Os jornais europeus estão dando seguidas matérias de capa. Nos contracheques da sonegação em massa, há nomes de empresários, banqueiros, artistas, atletas, intelectuais, fazendeiros. Pelo menos um veículo brasileira teria em mãos a lista completa mas optou por divulgar apenas o que se relaciona com a investigação Lava Jato. O total sonegado e lavado por brasileiros, apenas no HSBC, passaria dos 20 bilhões de reais. 
Nos últimos dias, a mídia ocupa-se muito com a Guiné Equatorial e a Beija Flor, legítima campeão do Carnaval. Parece hipocrisia. Um biombo oportuno para deixar de falar da monumental sonegação e evasão fiscal? São crimes que fazem parte importante do complexo de corrupção que extrai recursos públicos que fazem falta em escolas e hospitais, em prevenção de doenças e saneamento. Provocam mortes, talvez até superem a condenável ditadura da Guiné Equatorial. Só que são registradas apenas em estatísticas, sem nome, nem rosto. Por enquanto, o Ministério da Justiça diz apenas que o caso "está sob análise". A Receita Federal anunciou que vai apurar operações em contas secretas de brasileiros na agência suíça do banco. Até aqui, o escândalo parece bem maior do que o interesse da mídia e das autoridades brasileiras.
O PLACAR DO SONEGÔMETRO
Em São Paulo, empresários são acometidos de orgasmo cívico ao exibir um painel da cobrança de impostos no país, o Impostômetro. Aguarda-se um painel ao lado capaz de medir a sonegação, o Sonegômetro. Sem o Sonegômetro, o Impostômetro é uma homérica babaquice que o Jornal Nacional gosta de alardear. Não é preciso ser economista para saber que quando uma conta não fecha, sobra para alguém. Uma instituição internacional, a Tax Justice, demonstra que o Brasil sonega 280 bilhões de dólares por ano, só perde para os Estados Unidos que têm uma economia várias vezes maior. Se muitos dos grandes contribuintes sonegam, todos, especialmente os honestos, acabam pagando mais. O ministro Joaquim Levy foi saudado como o homem que vai pôr em ordem as contas públicas. Beleza. Pena que a receita para isso não muda; arrocho, desemprego, cortes em áreas sensíveis como educação, saúde e segurança, direitos trabalhistas no alvo, investimentos, alta de juros. É o beabá neoliberal que prega arrancar uns trocados de quem já não tem.
LEVY PODE VIRAR SAMBA-ENREDO DA BEIJA FLOR
Levy poderia virar o herói nacional e até samba-enredo da Beija Flor se escalasse com prioridade o combate à sonegação e a captura de recursos ilegais remetidos para o exterior. Isso daria quase 15% do PIB, segundo a Tax Justice. 
O tal ajuste fiscal que o governo Dilma quer fazer, de menos de 2% do PIB, é merreca diante dessa montanha de dinheiro.

JORNAL INGLÊS OPTA POR CENSURAR O ESCÂNDALO. SÓ QUE LÁ VIROU DENÚNCIA


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