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quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

40 anos depois, o recado vivo de Elis: “Do Brasil, S.O.S. ao Brasil. O Brazil está matando o Brasil!”


19 de janeiro de 1982. Em 18 anos de regime militar  -  com o quinto ditador de plantão, o deplorável João Batista Figueiredo - acumulamos muitas perdas. 

Ninguém aguentava mais. 

Naquele dia, há 40 anos, o pais lamentava mais uma ausência: morria Elis Regina. 

Sua voz tornou-se eterna, seu talento inesquecível. 

Em outubro de 1980, um ano e três meses antes do fim, Elis cantou em um show da TV Globo a música 'Querelas do Brasil", de Aldir Blanc e Maurício Tapajós. A canção registtrava o "Brazil matando o Brasil".  

A geração que vivia aquele momento e que ainda resiste por aí não imaginava que quatro décadas o escuro pudesse voltar, com a democracia sob ameaça, o obscurantismo em vigor, a intolerância como regime, a morte como política de Estado.  

O apelo principal da letra de "Querelas" é justamente um grito de socorro à vida que se esvai. Aldir e Tapajós eram mestres em captar sentimentos, A poesia da dupla ecoa no Brasil atual que trata como inimigos as florestas, os rios e o ar que respiramos, as pessoas. 

O projeto é de desrruição e a vida é o adversário a abater. Ouça os saudosos Elis, Aldir Blanc e Maurício Tapajos. Depende de nós atender ao S.O.S que eles lançaram e que volta ser atual.      

AQUI

"Querelas do Brasil"

 Brazil não conhece o Brasil

O Brasil nunca foi ao Brazil

Tapir, jabuti

Liana, alamanda, ali, alaúde

Piau, ururau, aki, ataúde

Piá carioca, porecramecrã

Jobim akarore, jobim açu

Uô, uô, uô

Pereê, camará, tororó, olerê

Piriri, ratatá, karatê, olará

Pereê camará tororó olerê

Piriri ratatá karatê olará

O Brazil não merece o Brasil

O Brazil tá matando o Brasil

Jereba, saci, caandrades, cunhãs, ariranha, aranha

Sertões, guimarães, bachianas, águas

Imarionaíma, ariraribóia

Na aura das mãos de jobim-açu

Uô, uô, uô

Jerê, sarará, cururu, olerê

Blá-blá-blá, bafafá, sururu, olará

Jerê, sarará, cururu, olerê

Blá-blá-blá, bafafá, sururu, olará

Do Brasil, s.o.s ao Brasil

Do Brasil, s.o.s ao Brasil

Do Brasil, s.o.s ao Brasil

Tinhorão, urutu, sucuri

Ujobim, sabiá, bem-te-vi

Cabuçu, cordovil, cachambi

Madureira, Olaria e Bangu

Cascadura, água santa acari, olerê

Ipanema e Nova Iguaçu, olará

Do Brasil, s.o.s ao Brasil

Do Brasil, s.o.s ao Brasil

domingo, 7 de fevereiro de 2021

Nara Leão e Elis Regina: rivais em alta tensão no estúdio da Manchete

 

Nara Leão, mão no queixo, à direita, ouve João Gilberto no Arpoador, em 1959,
em foto de uma sequência que Carlos Kerr fez para a Manchete, edição 398. Reprodução.

por José Esmeraldo Gonçalves

A Manchete tem sido uma boa fonte de pesquisa para escritores, documentaristas e autores de teses universitárias. Faz todo o  sentido. Sem abrir mão do jornalismo ilustrado, e até por isso, a revista cobria uma larga variedade temas. Movimentos como MPB, Tropicalismo, Cinema Novo e Bossa Nova, por exemplo, tiveram suas trajetórias amplamente registradas em centenas de entrevistas e fotos. 

A foto da capa é de
Frederico Mendes.
Um exemplo mais recente da revista como repositório da memória cultural é o livro "Ninguém Pode com Nara Leão", biografia escrita por Tom Cardoso para a editora Planeta. Em obras anteriores - "O Marechal da Vitória", sobre Paulo Machado de Carvalho, "75KG de músculos e fúria", biografia de Tarso de Castro), "Se Não Fosse o Cabral", sobre Sérgio Cabral, e Sócrates, sobre o craque do futebol - ele provou que é um pesquisador incansável e atento. 

De Nara Leão pode-se dizer que era famosa, mas não verdadeiramente conhecida. Era até hoje uma personagem a ser desvendada. Em dezenas de depoimentos, Tom Cardoso levanta os véus que a própria cantora interpôs entre suas vidas privada e pública. 

Da Manchete, o autor recuperou  trechos de entrevistas, bastidores de reportagens e pelo menos uma foto marcante. O livro conta um explosivo encontro de Nara e Elis, que não acabou bem, para uma seção da revista chamada "As Grandes Rivalidades", criada por Justino Martins. A intenção do repórter Carlos Marques era entrevistar para a rubrica as duas juntas, lado a lado. 


A matéria as Grandes Rivalidades, por Carlos Marques

Elis e Nara se desentenderam no estúdio da Manchete.  
A foto, de 1967,  e que saiu sem crédito, é aparentemente uma montagem.. 

Ambas até toparam. Antes, estava marcada uma sessão de fotos no estúdio, quando o entrevistador aproveitou para começar a fazer perguntas e colocar lenha na fogueira, como pedira Justino. Marques não contou com um fio desencapado na relação das duas.  Mal começou, foi Elis quem jogou gasolina no fogo. Resolveu que não devia estar ali. "Vou embora", disse. "Não gosto da Nara. Ela canta mal e fala bem", completou. "Agressividade pueril", rebateu Nara na matéria. Marques conseguiu, depois, convencer as duas a darem entrevistas separadas. 

Em outros trechos do livro, há breves extratos de matérias de Carlinhos de Oliveira, para a Manchete, e de Ronaldo Bôscoli, para a Fatos & Fotos. O livro vem com um álbum de fotos pessoais de Nara Leão e um raro e exclusivo registro fotográfico da cantora com João Gilberto na Praia do Diabo, no Arpoador. A foto é 1959, de Carlos Kerr para a Manchete. 

Publicá-la é, de certa forma, recuperar documentos fotográficos que faziam parte do acervo das revistas da Bloch, hoje desaparecido.

Quanto ao livro do Tom Cardoso, é uma excelente pedida. 

segunda-feira, 4 de maio de 2020

Aldir Blanc: o Brasil perde o carioca essencial

Aldir Blanc e João Bosco, 1976. Foto Frederico Mendes/Manchete/Reprodução

Eram tempos de telex, No Natal de 1977, as máquinas dispararam um informe das agências: morria na Suíça Charles Chaplin. Tocado pela notícia, João Bosco compôs nos dias seguintes uma música em homenagem ao ator e diretor e à sua eterna criação, o vagabundo Carlitos.

Bosco pediu a Aldir Blanc que fizesse a letra do samba.

Naquele momento, o Brasil iniciava, ainda timidamente, um movimento que pedia a volta dos exilados pelo regime militar. A onda ganharia força em 1978. Os arquivos do Jornal da ABI (Associação Brasileira de Imprensa) guardam um depoimento onde Aldir revelou como a letra que fez celebrou o personagem chapliniano, relacionando-o à luta política. A ideia surgiu após um encontro com o cartunista Henfil e o músico Chico Mário, que comentaram a situação do irmão, o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, no exílio desde 1971. Foi assim que o "O Bêbado e a Equilibrista", tornou-se o hino da anistia, enfim aprovada em agosto de 1979.
o compositor e escritor fez da sua arte a crônica do Rio. Foi a personificação do carioca.

Aldir Blanc faleceu hoje, vítima de complicações decorrentes da Covid-19. Fará muita falta. Parte no momento em que a democracia está ameaçada pela sombra do autoritarismo e por mais um golpe patrocinado pela ultra direita.

"A esperança/ Dança na corda bamba de sombrinha/E em cada passo dessa linha/Pode se machucar", cantou Elis Regina ao dar voz à bela mensagem de João Bosco e Aldir Blanc. 
OUÇA "O BÊBADO E A EQUILIBRISTA" AQUI

sexta-feira, 20 de março de 2020

Fotomemória: Elis Regina, a voz de um cometa. Por Guina Araújo Ramos

Elis Regina no ensaio do show Transversal do Tempo - Rio, 1978 - Foto Guina Araújo Ramos

por Guina Araújo Ramos 
Neste difícil momento em que o Brasil, com a chegada ao país de uma pandemia, entra numa espiral que talvez seja mortal para muitos brasileiros, que seja também tempo de relembrar alguém que, vivendo a vida intensamente (que “viver é melhor que sonhar”), teria feito, neste 17 de março de 2020, exatos 75 anos: uma das nossas grandes vozes, Elis Regina, a “Pimentinha”, entre tantos outros epítetos elogiosos que mereceu.

Quem sou eu para “biografar” Elis Regina, uma estrela no luminoso céu da música popular brasileira... Diria apenas que, diante da rapidez e do brilho de sua trajetória, talvez seja mais preciso dizer que Elis Regina foi, para mim e para o Brasil, um verdadeiro cometa.
Conto abaixo apenas a parte que me coube do contato com esta luminosa presença musical.
Fotografei Elis Regina apenas uma vez, e não frente a frente mas à distância. Foi dos fundos da plateia vazia do Teatro Ginástico, no Centro do Rio de Janeiro, durante um ensaio do show Transversal do Tempo, que estrelou no bem muito distante ano de 1978.
O material publicado creio que se resumiu a esta curiosa foto em que Elis Regina canta quase esparramada no chão do palco do teatro, sentada à frente de uma estrutura de andaimes metálicos, usando um terno masculino, que lembra uma roupa de morador de rua.


Interessante que o crítico da Fatos & Fotos, onde foi publicada a matéria, não gostou nem um pouco do visual do show. Destacou a qualidade da intérprete e do show, “o melhor de Elis”, mas arrasou com a proposta do cenário, “o pior visual que um show poderia ousar”.

De minha parte, achei ótimo poder fazer uma imagem assim inusitada, ao menos para quem não viu o show. E conseguir pegar, por conta da espontaneidade dela, uma expressão tão vivaz de quem levou tão intensamente a vida.

Ou seja, Elis Regina (se) saiu muito bem na foto.

domingo, 27 de novembro de 2016

Roberto Muggiati escreve: 1979, com Elis, em Montreux



Por ROBERTO MUGGIATI

O sucesso do filme Elis – repetindo aquele do musical – me leva a tirar do baú, com exclusividade para o Panis, as memórias do meu encontro com a inesquecível cantora no Festival de Jazz de Montreux de 1979.

Foram dias mágicos, lembro cada momento.

Diretor da revista Manchete, fechei mais uma edição naquela segunda-feira e segui para o Aeroporto do Galeão. Ia cobrir a Noite Brasileira em Montreux a convite da WEA. No check-in, uma algazarra monumental, por conta, é claro, do Hermeto. José Neto, responsável pela logística, despachava o arsenal de percussão do irmão famoso. De um arame esticado entre dois toscos postes de madeira pendiam panelas, caçarolas, frigideiras, especialmente “afinadas” pelo maestro — como se o palco dos festivais não oferecesse os mais sofisticados apetrechos profissionais... Ensaiei uma tímida conversa com o Bruxo, foi o começo de uma bela amizade. (Oito anos depois, no álbum Só não toca quem não quer, Hermeto dedicou-me a faixa Viagem.)

Na primeira escala, em Dacar (calor senegalesco não é mera figura de retórica), bati um papo com o saxofonista Nivaldo Ornelas, gente finíssima. Sobrevoando o Mar da Cantábria, entre a França e a Espanha, conversei com a vocalista da banda, Zabelê, casada com o baterista, Nenê. Na escala de Paris, o crítico Armando Aflalo mostrou-me sua matéria sobre os 20 anos da morte de Billie Holiday. Comprei um International Herald Tribune em que o crítico Michael Zwerin exaltava o gênio de Hermeto e tocava fanfarras para sua estréia europeia. (Zwerin tocou trombone nas gravações da Tuba Band de Miles Davis, precursora do Birth of the Cool.)

Depois de uma hora de estrada, entre montanhas verdejantes salpicadas de vaquinhas brancas, cheguei ao hotel em Montreux, joguei as malas no quarto e sai correndo para o Festival. Ainda atordoado pelo voo de 20 horas, eu me vi de repente em pleno ventre da baleia, debruçado sobre o palco onde o Weather Report tocava Birdland — Wayne, Zawinul, Pastorius, o resto é História...

Como a Noite Brasileira, na sexta-feira, 20 de julho de 1979, teve os ingressos esgotados, houve um espetáculo extra, à tarde. Nos dois shows, Elis precedeu Hermeto no palco, e não o contrário, como escreveu muita gente. Tenho certeza disso porque escrevi meu relato menos de 72 horas depois na Manchete. Elis “abriu” para Hermeto sem problemas. Não tinha frescuras de diva e aquele, afinal, era um festival basicamente instrumental. Elis estreava na WEA depois de 15 anos na Polygram e sabia que Montreux era uma vitrina fabulosa. Deu o melhor de si, com uma blusa de lamê violeta que deixava os braços à mostra, saia vermelha de dançarina flamenca, e uma orquídea lilás nos cabelos, lembrando Billie Holiday. Seu grupo era bastante jazzístico: o marido, César Camargo Mariano, aos teclados; Hélio Delmiro, guitarra; Luizão Maia, baixo; Paulinho Braga, bateria; Chico Batera, percussão. André Midani, presidente da WEA, deu suas impressões daquela Noite Brasileira no livro Música, ídolos e poder: Do vinil ao download (2008). Segundo ele, Elis “suava aos montes, estava pálida e ofegante, como que carregando o mundo nas costas.” Engatinhando nos fundos do palco, Midani socorreu Elis com um copo de água, que ela “bebeu de um jato e voltou ao microfone.”
Terminado o último show de Hermeto, Elis subiu ao palco para cantar com o Bruxo ao piano. Asa Branca, Corcovado e Garota de Ipanema (confiram no YouTube) são talvez os treze minutos mais intensos na história da MPB. Elis trocou sua fantasia de vamp por um vestidinho claro com estampas florais. Segundo os catastrofistas de plantão, Hermeto tentou derrubar Elis. Nada disso: seus acordes entortados e a polirritmia delirante só valorizaram o canto de Elis, àquela altura senhora de todas as artes e engenhos vocais. Ela acariciou várias vezes a alva juba leonina de Hermeto, trocaram abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim, em comunhão física e espiritual.

Elis teria dito: “E pensar que Ella Fitzgerald pisou nesse mesmo palco há apenas uma semana! Lembrei que sou filha de uma lavadeira, fiquei transtornada, queria morrer!” (Ella também era filha de lavadeira.) Insatisfeita com seu show, Elis fez Midani jurar que nunca lançaria aquelas gravações. Eu desconhecia o turbilhão de ideias e emoções por que passava Elis quando desci com ela para um tête-à-tête no Bar des Musiciens, onde o marido César jameava com os gringos.

A convite de Mazzola, produtor da WEA, tive esta oportunidade única, uma conversa informal com Elis, tomando champanhe, ela com o mesmo vestidinho singelo imortalizado nos clips com Hermeto. Falei horas, dei-lhe uma cópia do meu livro Rock: el grito y el mito, na versão da Siglo Veintiuno, editora de Borges e Cortazar. Na época, por um saxofone tenor Selmer eu estava à beira de jogar fora 25 anos de jornalismo. Estimulado pelas borbulhas, despejei sobre Elis — interlocutora paciente — todas as minhas dúvidas existenciais. Oito anos mais moça que eu, pareceu-me de uma tranqüilidade zen, totalmente em paz com a vida. No dia seguinte, sábado, ainda encontrei Elis, num almoço na casa de Claude Nobs, organizador do Festival de Montreux. Sob o sol do verão suíço, ela conversava no jardim com Al Jarreau, havia o projeto de reunir os dois num álbum.

Domingo cedo, vi Elis pela última vez no voo de Genebra a Paris, da frente do avião ela me deu um tchauzinho. No aeroporto Charles de Gaulle, nossos caminhos se separaram, ela foi sumindo aos poucos num imenso túnel de vidro que levava ao avião para Tóquio. Elis e Hermeto seguiram para um festival no Japão, eu voltei ao Rio para contar a história de Montreux.

Dois anos e meio depois — como o Brasil inteiro — fui surpreendido pela notícia de sua morte, aos 36 anos. Vi em casa pela TV o enterro no Cemitério do Morumbi, no Rio era feriado de São Sebastião, 20 de janeiro. Elis, Elis, por que nos abandonou? — pensei, lembrando sua serena presença naquela noite em Montreux. Vida estranha: eu pensava que o suicida era eu...

sábado, 10 de maio de 2014

Jair Rodrigues vive. Uma história e algumas canções

por Eli Halfoun
O sorriso largo sempre presente, a alegria que distribuía entre os colegas, os abraços apertados, a voz marcante e inconfundível, a simplicidade em tidos os gestos e movimentos nos deixavam a quase certeza de que Jair Rodrigues era imortal. Não era, mas deveria ter sido: sua ausência será agora uma marca registrada de sua presença na saudade, como foi o seu sorriso. Jair Rodrigues construiu uma carreira com entusiasmo, emoção e acima de tudo respeito pela música brasileira que ajudou a crescer e a divulgar como poucos fizeram. Acompanhei a trajetória de Jair nos festivais da Record, mas nosso contato ficou mais intenso depois de uma quase briga. Escrevi um comentário na revista Amiga e Jair não gostou porque o considerou injusto (reconheço que era mesmo). Pronto: certa noite eu estava em um restaurante popular paulista quando Jair sentado em uma mesa de fundo com a mulher e amigos, me viu, levantou e veio em minha direção furioso. A intenção era mesmo a de me agredir, mas ele era de boa paz e trocou o soco que provavelmente me daria por um enorme sorriso e uma conversa amigável e ele fez questão de me levar para a sua mesa como convidado. Daí em diante ficou tudo bem entre nós e sua atitude só me fez aumentar o respeito que eu tinha pelo cantor e pelo ser humano exemplar que Jair sempre foi. A vida nos afastou e de repente ele partiu sem me dar a oportunidade de mais um longa e gostosa conversa. De qualquer maneira sempre conversarei com ele quando ouvir sua voz musical. (Eli Halfoun)
JAIR RODRIGUES CANTA "DISPARADA" . CLIQUE AQUI



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domingo, 1 de maio de 2011

Música de qualidade para festejar os 65 anos de Elis Regina

por Eli Halfoun
Os 65 anos que a ainda imbatível cantora Elis Regina (morta em 1982) faria ganham mais uma homenagem, é claro, musical. Pedro Mariano, seu terceiro filho, prepara o show “Eles cantam Elis” que será apresentado em todo o Brasil. O espetáculo será transformado em um CD e DVD ao vivo e tem confirmada até agora as participações de Jair Oliveira, Simoninha, Frejat, Jota Quest, Ed Motta e Ney Matogrosso todos filhos de uma geração que cresceu ouvindo a fantástica sonoridade da voz daquela que continua sendo a nossa melhor e mais importante cantora. (Eli Halfoun)

sábado, 19 de março de 2011

Maria Rita canta a mãe, Elis Regina, para matar saudades. Dela e nossa

Maria Rita em ensaio para a revista Alfa, de março. Foto Hugo Prata/Divulgação
por Eli Halfoun
Agora que já é reconhecida por seus próprios e inegáveis méritos como a excelente cantora que é, Maria Rita (está em fotos sensuais na revista Alfa) deixou de se importar pelas comparações com a mãe, Elis Regina, que enfrentou no início da carreira (“já ganhei prêmios e vendi discos suficientes para pararem de me encher o saco”, diz). Será com o repertório da mãe que Maria Rita fará sua próxima turnê pelo Brasil. É a melhor maneira que encontrou para relembrar os 30 anos da morte de Elis, que nos deixou em 1982 e estará viva também no projeto desenvolvido por Pedro Mariano, outro filho talentoso. O projeto inclui uma exposição de livros, fotos e DVDs, além da gravação de um CD intitulado ‘”Elas cantam Elis” que reunirá várias intérpretes. Também será rodado um documentário biográfico com o título “Como éramos Elises”. Elis jamais será esquecida. Nem pelos filhos e nem pelo público. (Eli Halfoun)