por Gonça
Volto a dizer: sou a favor da Copa no Brasil. Mas a Fifa não sabe onde se meteu e o bicho está pegando. As verbas nem sairam e as duas principais sedes do Mundial, Rio e São Paulo, já estão patinando na política e nos interesses de uns e outros. O Morumbi apresentou um projeto inicial que não atendia às especificações exigidas pela entidade. Foi considerado inadequado. O impasse continua. O Rio, no momento da candidatura, ofereceu um projeto para uma completa reforma e modernização do Maracanã mas já o alterou tanto que virou outro. Marcou o início das obras para março, com o fechamento do estádio para todos os jogos e eventos. Mas já mudou de idéia. O estádio fica aberto no mínimo até agosto e o governo estadual já sinaliza outro adiamento: a Secretária de Esportes palpita que não há necessidade de fechar o Maracanã para obras por três anos. Uns dois anos e picos, na opinião dela, bastam. Ou seja, o Maracanã não vai ser realmente reconstruído. Vai passar por uma "reformazinha": um puxadinho aqui, uma torneira nova no banheiro ali, um refletor novo acolá, um tapete recondicionado na tribuna de honra... Vai ter estacionamento novo? Não. Há uma idéia luminosa de usar a Quinta da Boa Vista. Além dos problemas do Rio e São Paulo, há licitações adiadas em outros estados.
João Saldanha dizia que a Fifa era a entidade mais conservadora do mundo. Detesta sobressaltos. Vejam as regras do futebol: eles estudam, estudam e levam décadas para fazer uma ou outra alteração. Existe na entidade um organismo curioso. Trata-se da International Board, fundada em 1886, formada pelas federações de futebol de Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, além da Fifa. Os "velhinhos" da board, como dizia Saldanha, gostam de rotina, calma, pensam e planejam muito antes de qualquer mudança. Eles cuidam apenas das regras do futebol mas são influentes na Fifa. E impacientes. Está chegando o inverno europeu. Lá nas highlands da Escócia, em uma noite gelada, preso em casa, um desses velhinhos pode começar a desconfiar que a Fifa entrou em uma fria ao se envolver com políticos brasileiros. E vai mexer seus pauzinhos. E a Fifa, que não é boba, sempre tem tem um Plano B. Na América do Sul, Colombia, que está com um projeto pronto. Em último caso, com dinheiro para montar uma Copa em três anos: o rico Catar, interessadíssimo em sediar um Mundial. Você acha que essa virada de mesa é improvável? Há precedentes. Anote aí: a desconfiança em relação à América do Sul não é novidade. O único caso de um país desistir, depois de escolhido para sediar uma Copa, a de 86, deu-se por aqui, quando a Colombia "pediu pra sair". Na ocasião, o plano B da Fifa foi o México que promoveu seu segundo e bem-sucedido torneio. O detalhe que é aquela Copa foi oferecida ao Brasil, mas os militares (o ditador de plantão era o general Figueiredo) amarelaram e se recusaram a receber a Copa.
Em 1938, a Fifa decidiu fazer uma Copa novamente na Europa, rompendo um acordo de revezamento. A Argentina era a candidata natural mas havia uma certa insegurança quanto à capacidade do país-organizador e a Copa foi para a França. Alguns países sul-americanos boicotaram o Mundial, apenas Brasil e Cuba representaram o continente. Bom lembrar que o Brasil sediou a Copa de 50 quase por acaso. Com a Europa destroçada pela guerra e o comprometimento da Argentina com os nazistas, sobrou para o patropi. Alô, Ricardo Teixeira, Sergio Cabral! Fiquem de olho! Há tempo de dar um basta nesse amadorismo mas tem gente pisando na bola da Copa.
Jornalismo, mídia social, TV, atualidades, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVII. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Jogo de cena
por Gonça
O Brasil, lá fora, com uma gigantesca delegação presente à Conferência do Clima, em Copenhague, finge que está preocupado com o meio-ambiente. Aqui, com o forte apoio do governo, o BNDES financia usinas a carvão, as mais poluidoras do mundo. O carvão mineral polui em todas as etapas: ao ser extraido, processado, transportado, estocado e consumido nos fornos das usinas. Do carvão vegetal, nem se fala. Acelera a níveis supersônicos a destruição das florestas. E que os responsáveis não usem a justificativa de que plantam a mata que consomem. Piada. Essas plantaçoes são apenas "fachada" para o consumo de madeira de reservas naturais. O número de caminhões lotados de madeira-combustível que a Polícia Rodoviária Federal apreende de vez em quando é uma pequena amostra desse crime do qual o governo é cúmplice.
O Brasil, lá fora, com uma gigantesca delegação presente à Conferência do Clima, em Copenhague, finge que está preocupado com o meio-ambiente. Aqui, com o forte apoio do governo, o BNDES financia usinas a carvão, as mais poluidoras do mundo. O carvão mineral polui em todas as etapas: ao ser extraido, processado, transportado, estocado e consumido nos fornos das usinas. Do carvão vegetal, nem se fala. Acelera a níveis supersônicos a destruição das florestas. E que os responsáveis não usem a justificativa de que plantam a mata que consomem. Piada. Essas plantaçoes são apenas "fachada" para o consumo de madeira de reservas naturais. O número de caminhões lotados de madeira-combustível que a Polícia Rodoviária Federal apreende de vez em quando é uma pequena amostra desse crime do qual o governo é cúmplice.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Receitas saborosas para ler e comer
por Eli Halfoun
Cozinhar não é mais só um prazer para o paladar ou um delicioso hobby. A culinária está saindo das cozinhas para ganhar espaço também nas bibliotecas e quem quiser aumentar a cultura gastronômica tem três novas opções literárias: os livros “1001 comidas para provar antes de morrer”, “Nigella Bites” e “Cozinhar Ficou Fácil”. O primeiro é praticamente uma enciclopédia com os ingredientes e produtos mais sedutores da gastronomia mundial, segundo uma lista elaborada por 53 especialistas, entre os quais o crítico gastronômico da revista Veja Arnaldo Lourenço, que fala de 20 produtos brasileiros como, por exemplo, o açaí, a castanha-do-pará e a rapadura.
Em “Nigella Bites, a jornalista e apresentadora Nigella Lawson ensina suas receitas preferidas divididas em capítulos: “Comida Reconfortante”, “Em frente à TV”, “para os dias de chuva”, “para garotas festeiras". Nigella ensina a fazer “Arroz-doce para emergências", "Linguine com azeite de alho e pancetta", entre muitas outras delícias que ela costuma não só preparar, mas também comer, o que a deixa uma bonita gordinha.
Preparar em casa pratos diferentes é a proposta do chef britânico Gordon Ramsey em “Cozinhar Ficou Fácil” que tem receitas de café da manha, almoço e jantares formais e informais todas preparadas sem que seja necessário passar horas na cozinha. O livro também tem dicas para usar os melhores ingredientes, combinações inusitadas e técnicas descomplicadas mostrando que cozinhar não é um bicho de sete cabeças. É sempre uma deliciosa arte. Mesmo quando se prepara apenas nosso feijão com arroz de cada dia.
Cozinhar não é mais só um prazer para o paladar ou um delicioso hobby. A culinária está saindo das cozinhas para ganhar espaço também nas bibliotecas e quem quiser aumentar a cultura gastronômica tem três novas opções literárias: os livros “1001 comidas para provar antes de morrer”, “Nigella Bites” e “Cozinhar Ficou Fácil”. O primeiro é praticamente uma enciclopédia com os ingredientes e produtos mais sedutores da gastronomia mundial, segundo uma lista elaborada por 53 especialistas, entre os quais o crítico gastronômico da revista Veja Arnaldo Lourenço, que fala de 20 produtos brasileiros como, por exemplo, o açaí, a castanha-do-pará e a rapadura.
Em “Nigella Bites, a jornalista e apresentadora Nigella Lawson ensina suas receitas preferidas divididas em capítulos: “Comida Reconfortante”, “Em frente à TV”, “para os dias de chuva”, “para garotas festeiras". Nigella ensina a fazer “Arroz-doce para emergências", "Linguine com azeite de alho e pancetta", entre muitas outras delícias que ela costuma não só preparar, mas também comer, o que a deixa uma bonita gordinha.
Preparar em casa pratos diferentes é a proposta do chef britânico Gordon Ramsey em “Cozinhar Ficou Fácil” que tem receitas de café da manha, almoço e jantares formais e informais todas preparadas sem que seja necessário passar horas na cozinha. O livro também tem dicas para usar os melhores ingredientes, combinações inusitadas e técnicas descomplicadas mostrando que cozinhar não é um bicho de sete cabeças. É sempre uma deliciosa arte. Mesmo quando se prepara apenas nosso feijão com arroz de cada dia.
Não parece, mas é uma campanha de...sapatos
Danielle Winits é a estrela da campanha de inverno 2010 da marca de sapatos Shoesserie. Em estilo pin-up misturado com um certo ar vampiresco, aproveitando a alta do tema no momento, a bela atriz foi clicada com sapatos da nova coleção. O ensaio aconteceu essa semana na Vila Madalena, em São Paulo, no estúdio do fotógrafo Paulo Reis.. (Fotos: Divulgação)
Nas mesas políticas, panetone no lugar da pizza
por Eli Halfoun
Se até agora na política tudo acabava em pizza, corremos o risco de ver tudo acabar em panetone nesse período de festas. Essa é a nova maneira de se referir aos escândalos que nunca são punidos. Alheio ao que dizem dele o panetone, se impõe cada vez mais nas mesas natalinas: a previsão é de que esse ano sejam vendidos 18 milhões de panetones, um milhão a mais das vendas do ano passado. O aumento de vendas está diretamente relacionado com a variedade de marcas e de sabores, o que inclui panetones destinados a consumidores de baixa renda. Levantamento dos fabricantes revela que no ano passado o produto atingiu 49% dos consumidores da classe C, 32,6% das classes D e E, enquanto as classes A e B consumiram 59,5% da produção, a maioria em São Paulo e região sul que representam 69% das vendas anuais.
Panetone também é cultura: portanto, saiba o que está comendo: o panetone tem sua origem em Milão e apesar das variações de agora sua receita original inclui apenas passas e frutas secas no recheio. O verdadeiro panetone italiano tem a cor interna mais amarelada do que o panetone feito no Brasil porque usa mais ovos e menos gordura. O nome surgiu no século XVII na Lombardia quando um padeiro chamado Toni criou essa alternativa do pão doce tradicional. No inicio era chamado de pane Toni até virar (oh! quanta originalidade) panetone e ganhar vários tipos de recheios doces e agora também salgados. Em Brasília, certamente o panetone será aromatizado com arruda e recheado com maços de dinheiro.
Se até agora na política tudo acabava em pizza, corremos o risco de ver tudo acabar em panetone nesse período de festas. Essa é a nova maneira de se referir aos escândalos que nunca são punidos. Alheio ao que dizem dele o panetone, se impõe cada vez mais nas mesas natalinas: a previsão é de que esse ano sejam vendidos 18 milhões de panetones, um milhão a mais das vendas do ano passado. O aumento de vendas está diretamente relacionado com a variedade de marcas e de sabores, o que inclui panetones destinados a consumidores de baixa renda. Levantamento dos fabricantes revela que no ano passado o produto atingiu 49% dos consumidores da classe C, 32,6% das classes D e E, enquanto as classes A e B consumiram 59,5% da produção, a maioria em São Paulo e região sul que representam 69% das vendas anuais.
Panetone também é cultura: portanto, saiba o que está comendo: o panetone tem sua origem em Milão e apesar das variações de agora sua receita original inclui apenas passas e frutas secas no recheio. O verdadeiro panetone italiano tem a cor interna mais amarelada do que o panetone feito no Brasil porque usa mais ovos e menos gordura. O nome surgiu no século XVII na Lombardia quando um padeiro chamado Toni criou essa alternativa do pão doce tradicional. No inicio era chamado de pane Toni até virar (oh! quanta originalidade) panetone e ganhar vários tipos de recheios doces e agora também salgados. Em Brasília, certamente o panetone será aromatizado com arruda e recheado com maços de dinheiro.
PROJETO DE LEI A SER VOTADO NO SENADO FERE CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
Está prevista para os próximos dias, a votação no plenário do Senado, do Projeto de Lei (PL) nº. 405-C, de 2007, que dispõe sobre a formação do cadastro positivo nos Sistemas de Proteção ao Crédito. Por alterar o Codigo de Defesa do Consumidor (CDC), o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) enviou, ontem, uma carta ao líder do governo na Casa, senador Romero Jucá, ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, e ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com pedido de adiamento da votação do projeto por 30 dias para que, neste prazo, as discussões sobre o PL sejam revistas e contem com a participação da opinião pública. O cadastro positivo consiste em um banco de dados com informações pessoais, incluindo hábitos de consumo, e financeiras de consumidores, as quais, o referido PL possibilita que sejam utilizadas para a avaliação de risco para concessão de crédito aos consumidores e, segundo os seus defensores, o cadastro positivo contribuiria para diminuição das taxas de juros.
A existência desse cadastro como proposto fere direitos da personalidade e a garantia da dignidade do consumidor, que fica sem qualquer controle sobre os dados que são informados, a quem são informados e com qual finalidade. O Idec considera que, por mais específico que seja o projeto de lei nesse aspecto, é muito difícil o controle do destino dessas informações.
Segundo Lisa Gunn, coordenadora-executiva do Idec, o CDC traz disposições gerais, capazes de, ainda que passados 19 anos, continuarem atuais.
O Idec reconhece o interesse coletivo pelo principal propósito do PL, que é o barateamento do crédito ao consumidor e seu conseqüente estímulo, no entanto, Gunn alerta: "exatamente em razão da sua relevância é que a discussão sobre o Projeto de Lei deve ser amadurecida para não se transformar em uma grande armadilha para todos os consumidores". O Idec conclui a carta sugerindo que, caso o prazo não seja acatado, as autoridades avaliem a possibilidade de veto ao projeto, já que, da forma como está, a proposta é prejudicial aos consumidores. (Fonte: Maxpress)
A existência desse cadastro como proposto fere direitos da personalidade e a garantia da dignidade do consumidor, que fica sem qualquer controle sobre os dados que são informados, a quem são informados e com qual finalidade. O Idec considera que, por mais específico que seja o projeto de lei nesse aspecto, é muito difícil o controle do destino dessas informações.
Segundo Lisa Gunn, coordenadora-executiva do Idec, o CDC traz disposições gerais, capazes de, ainda que passados 19 anos, continuarem atuais.
O Idec reconhece o interesse coletivo pelo principal propósito do PL, que é o barateamento do crédito ao consumidor e seu conseqüente estímulo, no entanto, Gunn alerta: "exatamente em razão da sua relevância é que a discussão sobre o Projeto de Lei deve ser amadurecida para não se transformar em uma grande armadilha para todos os consumidores". O Idec conclui a carta sugerindo que, caso o prazo não seja acatado, as autoridades avaliem a possibilidade de veto ao projeto, já que, da forma como está, a proposta é prejudicial aos consumidores. (Fonte: Maxpress)
Arnaldo Bloch lança livro
Em O Ciclista da Madrugada, Arnaldo Bloch reúne algumas de suas melhores crônicas. Incensadas por leitores célebres, como Ferreira Gullar, Eugênio Bucci e Maria Bethânia, as crônicas de Arnaldo Bloch são um retrato perfeito de um Brasil imperfeito. Da observação do dia-a-dia, partindo de situações vividas ou de relatos de outros amigos, o jornalista e escritor lembra os leitores do enorme valor de detalhes do cotidiano. O Ciclista da Madrugada (Editora Record), que chega às livrarias no dia 17 de dezembro, será lançado na próxima quarta-feira, 16 de dezembro, com uma pedalada do Arpoador ao Leblon, às 20h. O autor autgrafará os livros no Kiosque do Português, na Praia do Leblon (em frente à Rua José Linhares). Autor do best seller Os irmãos Karamabloch, o escritor e jornalista Arnaldo Bloch reúne neste em seu quinto livro, algumas de suas melhores crônicas, publicadas semanalmente no jornal O Globo.
Arnaldo Bloch foi repórter da revista Manchete (na foto, o autor, durante o lançamento do livro Os Irmãos Karamabloch, na Livraria da Travessa, Ipanema, novembro de 2008, ao lado da jornalista Maria Alice Mariano, também ex-repórter da Manchete). Trabalha no jornal O Globo, onde escreve reportagens e crônicas semanais e edita a seção Logo/A página móvel. É autor da biografia Fernando Sabino: reencontro, dos romances Amanhã a loucura e Talk Show, e da saga familiar Os irmãos Karamabloch, lançada em 2008, sucesso de público e crítica. (Do press-release da Assessoria de Imprensa/Editora Record)
Futebol sem torcida e sem dinheiro contra a violência
por Eli Halfoun
Era de se esperar: os bares da Gávea não funcionarão mais em dias de jogos de futebol, do Flamengo principalmente. A decisão é conseqüência dos estragos causados por torcedores no último domingo, dia em que o Flamengo conquistou o campeonato brasileiro. Não basta fechar os bares para acabar com uma violência que nada tem a ver com a emocionante beleza de uma partida de futebol. A torcida precisa aprender a torcer e as autoridades precisam tomar severas providências, mas será lamentável quando o policiamento for bem maior do que o número de torcedores e ocupar arquibancadas, cadeiras, enfim, todos os setores de um estádio de futebol e não de uma praça de guerra, como ainda querem alguns torcedores que não gostam de futebol mas adoram luta livre. Sabemos todos que o boicote pacífico é a melhor “arma” para baixar preços de produtos em supermercados e conquistar muitas outras justas reivindicações. Com o futebol não pode e não deve ser diferente: se os torcedores de verdade (aqueles que realmente amam o esporte) pararem de ir aos estádios não haverá público suficiente para embelezar as partidas e muito menos para praticar e incentivar os tumultos e muito menos haverá grana (a torcida paga e paga caro) para “alimentar” os clubes. Sei não, mas na hora em que os clubes, que são os maiores incentivadores das torcidas organizadas, sentirem no bolso talvez descubram que passou o momento de tomar medidas drásticas. Afinal, sem público nos campos de jogo o futebol perderá a graça, os clubes perderão dinheiro, mas em compensação não se perderão mais vidas massacradas por uma violência que nada tem a ver com o esporte. E futebol é apesar de ser gerenciado apenas como um bom e lucrativo negócio, acima de tudo esporte.
Era de se esperar: os bares da Gávea não funcionarão mais em dias de jogos de futebol, do Flamengo principalmente. A decisão é conseqüência dos estragos causados por torcedores no último domingo, dia em que o Flamengo conquistou o campeonato brasileiro. Não basta fechar os bares para acabar com uma violência que nada tem a ver com a emocionante beleza de uma partida de futebol. A torcida precisa aprender a torcer e as autoridades precisam tomar severas providências, mas será lamentável quando o policiamento for bem maior do que o número de torcedores e ocupar arquibancadas, cadeiras, enfim, todos os setores de um estádio de futebol e não de uma praça de guerra, como ainda querem alguns torcedores que não gostam de futebol mas adoram luta livre. Sabemos todos que o boicote pacífico é a melhor “arma” para baixar preços de produtos em supermercados e conquistar muitas outras justas reivindicações. Com o futebol não pode e não deve ser diferente: se os torcedores de verdade (aqueles que realmente amam o esporte) pararem de ir aos estádios não haverá público suficiente para embelezar as partidas e muito menos para praticar e incentivar os tumultos e muito menos haverá grana (a torcida paga e paga caro) para “alimentar” os clubes. Sei não, mas na hora em que os clubes, que são os maiores incentivadores das torcidas organizadas, sentirem no bolso talvez descubram que passou o momento de tomar medidas drásticas. Afinal, sem público nos campos de jogo o futebol perderá a graça, os clubes perderão dinheiro, mas em compensação não se perderão mais vidas massacradas por uma violência que nada tem a ver com o esporte. E futebol é apesar de ser gerenciado apenas como um bom e lucrativo negócio, acima de tudo esporte.
Soltando a voz
por Eli Halfoun
A Bahia pode se orgulhar de ser o estado que mais lança cantoras para o Brasil e para o mundo. Depois de Ivete Sangalo, Gil, Daniela Mercury, Gal Costa, Maria Betânia, Margareth Menezes e tantas outras chegou a vez de Crys Myraih. Ela começou a cantar aos 16 anos e já ganhou mundo: acaba de chegar uma turnê na Itália com bem sucedidas apresentações em Roma, Milão e Florença. Em Salvador, onde mora, Crys prepara o lançamento de seu novo CD e já ensaia para o carnaval 2006 nas apresentações que fará no circuito da Avenida e em Barra/Olinda. Crys faz também apresentações semanais no programa Di Moda, da TV Aratu.
A Bahia pode se orgulhar de ser o estado que mais lança cantoras para o Brasil e para o mundo. Depois de Ivete Sangalo, Gil, Daniela Mercury, Gal Costa, Maria Betânia, Margareth Menezes e tantas outras chegou a vez de Crys Myraih. Ela começou a cantar aos 16 anos e já ganhou mundo: acaba de chegar uma turnê na Itália com bem sucedidas apresentações em Roma, Milão e Florença. Em Salvador, onde mora, Crys prepara o lançamento de seu novo CD e já ensaia para o carnaval 2006 nas apresentações que fará no circuito da Avenida e em Barra/Olinda. Crys faz também apresentações semanais no programa Di Moda, da TV Aratu.
Prêmio Esso de Jornalismo anuncia os vencedores de 2009
Os jornalistas Fabiana Moraes e Schneider Carpeggiani, do JORNAL DO COMMERCIO, do Recife, com o trabalho OS SERTÕES, elaborado em razão da passagem dos 100 anos da morte do escritor Euclides da Cunha, conquistaram o Prêmio Esso de Jornalismo 2009. Após percorrer 4.713 quilômetros de estradas, desde a Bahia até o Ceará, os repórteres revelaram aos leitores um novo sertão, nos locais descritos por Euclides, onde convivem vaqueiros e pirateadores, beatos e travestis, cantadoras de incelências e traficantes, padres e b-boys.
Todos os vencedores foram conhecidos na noite do dia 8 de dezembro, em cerimônia destinada a homenagear os finalistas do Prêmio Esso, realizada no Hotel Copacabana Palace. Foram conferidas 15 premiações, 12 das quais destinadas a contemplar trabalhos da mídia impressa, além do Prêmio Esso de Telejornalismo e da distinção de dois trabalhos de "Melhor Contribuição à Imprensa em 2009".
Prêmio Esso de Telejornalismo
Os jornalistas Mônica Puga, Junior Alves, Alex Oliveira, Aline Grupillo e Eliane Pinheiro, com o trabalho CONFRONTO NA LINHA VERMELHA, transmitido pelo SBT, exibiram o exato momento em que policiais e traficantes das favelas que margeiam a Linha Vermelha trocavam tiros em meio ao desespero dos motoristas pegos no fogo cruzado. Tudo ocorreu minutos antes do presidente Lula e sua comitiva trafegar pela via expressa.
Prêmio Esso de Reportagem
O Prêmio Esso de Reportagem coube aos jornalistas Rosa Costa, Leandro Colon e Rodrigo Rangel, autores do trabalho DOS ATOS SECRETOS, AOS SECRETOS ATOS DE JOSÉ SARNEY. Publicada no jornal O ESTADO DE S. PAULO, a série de reportagens revelou que o Senado Federal editara mais de 300 atos secretos para nomear altos funcionários, parentes e amigos de senadores, criar cargos e privilégios, além de aumentar salários. As sucessivas revelações, que sofreram censura judicial, acabaram conduzindo o ex-presidente da República e presidente do Senado, José Sarney, para o centro das denúncias.
Prêmio Esso de Fotografia
O Prêmio Esso de Fotografia foi atribuído ao repórter fotográfico Arnaldo Carvalho, que após percorrer nove estados do Nordeste, ilustrou com suas fotos o trabalho EXILADOS NA FOME, publicado no JORNAL DO COMMERCIO (Recife). Numa das fotos mais marcantes, ele captou o sofrimento de uma menina de pouco mais de um ano de idade que ficara cega por inanição. Veja as fotos da série premiada AQUI
Todos os vencedores foram conhecidos na noite do dia 8 de dezembro, em cerimônia destinada a homenagear os finalistas do Prêmio Esso, realizada no Hotel Copacabana Palace. Foram conferidas 15 premiações, 12 das quais destinadas a contemplar trabalhos da mídia impressa, além do Prêmio Esso de Telejornalismo e da distinção de dois trabalhos de "Melhor Contribuição à Imprensa em 2009".
Prêmio Esso de Telejornalismo
Os jornalistas Mônica Puga, Junior Alves, Alex Oliveira, Aline Grupillo e Eliane Pinheiro, com o trabalho CONFRONTO NA LINHA VERMELHA, transmitido pelo SBT, exibiram o exato momento em que policiais e traficantes das favelas que margeiam a Linha Vermelha trocavam tiros em meio ao desespero dos motoristas pegos no fogo cruzado. Tudo ocorreu minutos antes do presidente Lula e sua comitiva trafegar pela via expressa.
Prêmio Esso de Reportagem
O Prêmio Esso de Reportagem coube aos jornalistas Rosa Costa, Leandro Colon e Rodrigo Rangel, autores do trabalho DOS ATOS SECRETOS, AOS SECRETOS ATOS DE JOSÉ SARNEY. Publicada no jornal O ESTADO DE S. PAULO, a série de reportagens revelou que o Senado Federal editara mais de 300 atos secretos para nomear altos funcionários, parentes e amigos de senadores, criar cargos e privilégios, além de aumentar salários. As sucessivas revelações, que sofreram censura judicial, acabaram conduzindo o ex-presidente da República e presidente do Senado, José Sarney, para o centro das denúncias.
Prêmio Esso de Fotografia
O Prêmio Esso de Fotografia foi atribuído ao repórter fotográfico Arnaldo Carvalho, que após percorrer nove estados do Nordeste, ilustrou com suas fotos o trabalho EXILADOS NA FOME, publicado no JORNAL DO COMMERCIO (Recife). Numa das fotos mais marcantes, ele captou o sofrimento de uma menina de pouco mais de um ano de idade que ficara cega por inanição. Veja as fotos da série premiada AQUI
Prêmio Esso-2
PREMIAÇÃO
É a seguinte a relação completa dos vencedores do Prêmio Esso de Jornalismo 2009 - 54 anos:
É a seguinte a relação completa dos vencedores do Prêmio Esso de Jornalismo 2009 - 54 anos:
PRÊMIO ESSO DE JORNALISMO 2009
Fabiana Moraes e Schneider Carpeggiani, com o trabalho OS SERTÕES, publicado no JORNAL DO COMMERCIO (Recife).
Fabiana Moraes e Schneider Carpeggiani, com o trabalho OS SERTÕES, publicado no JORNAL DO COMMERCIO (Recife).
PRÊMIO ESSO DE TELEJORNALISMO
Mônica Puga, Júnior Alves, Alex Oliveira, Aline Grupillo e Eliane Pineheiro, com o trabalho "CONFRONTO NA LINHA VERMELHA", exibido o SBT.
Mônica Puga, Júnior Alves, Alex Oliveira, Aline Grupillo e Eliane Pineheiro, com o trabalho "CONFRONTO NA LINHA VERMELHA", exibido o SBT.
PRÊMIO ESSO DE REPORTAGEM
Rosa Costa, Leandro Colon e Rodrigo Rangel, com o trabalho DOS ATOS SECRETOS AOS SECRETOS ATOS DE JOSÉ SARNEY, publicado no jornal O ESTADO DE S. PAULO.
Rosa Costa, Leandro Colon e Rodrigo Rangel, com o trabalho DOS ATOS SECRETOS AOS SECRETOS ATOS DE JOSÉ SARNEY, publicado no jornal O ESTADO DE S. PAULO.
PRÊMIO ESSO DE FOTOGRAFIA
Arnaldo Carvalho, com o trabalho "EXILADOS NA FOME", publicado no JORNAL DO COMMERCIO (Recife).
Arnaldo Carvalho, com o trabalho "EXILADOS NA FOME", publicado no JORNAL DO COMMERCIO (Recife).
PRÊMIO ESSO DE INFORMAÇÃO ECONÔMICA
Vicente Nunes, Ricardo Allan, Vânia Cristino, Karla Mendes, Letícia Nobre, Luciano Pires, Luciana Navarro, Mariana Flores e Edna Simão, com o trabalho O BRASIL QUE EMERGIRÁ DA CRISE, publicado no jornal CORREIO BRAZILIENSE.
Vicente Nunes, Ricardo Allan, Vânia Cristino, Karla Mendes, Letícia Nobre, Luciano Pires, Luciana Navarro, Mariana Flores e Edna Simão, com o trabalho O BRASIL QUE EMERGIRÁ DA CRISE, publicado no jornal CORREIO BRAZILIENSE.
PRÊMIO ESSO DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA, TECNOLÓGICA E ECOLÓGICA
Marcelo Leite, Toni Pires, Claudio Ângelo, Marília Scalzo, Marcelo Pliger, Thea Severino, Adriana Caccese de Matos, Renata Steffen e Flávio Dieguez, com o trabalho NO CORAÇÃO DA ANTÁRTIDA, publicado no jornal FOLHA DE S. PAULO.
Marcelo Leite, Toni Pires, Claudio Ângelo, Marília Scalzo, Marcelo Pliger, Thea Severino, Adriana Caccese de Matos, Renata Steffen e Flávio Dieguez, com o trabalho NO CORAÇÃO DA ANTÁRTIDA, publicado no jornal FOLHA DE S. PAULO.
PRÊMIO ESSO ESPECIAL DE PRIMEIRA PÁGINA
André Hippertt, Karla Prado e Alexandre Freeland, com o trabalho A FAIXA PRETA HOJE É DE LUTO, publicado no jornal O DIA.
André Hippertt, Karla Prado e Alexandre Freeland, com o trabalho A FAIXA PRETA HOJE É DE LUTO, publicado no jornal O DIA.
PRÊMIO ESSO DE CRIAÇÃO GRÁFICA - CATEGORIA JORNAL
Bruno Falcone e Yana Parente, com o trabalho OS SERTÕES, publicado no JORNAL DO COMMERCIO (Recife).
Bruno Falcone e Yana Parente, com o trabalho OS SERTÕES, publicado no JORNAL DO COMMERCIO (Recife).
PRÊMIO ESSO DE CRIAÇÃO GRÁFICA - CATEGORIA REVISTA
Marcos Marques, Alexandre Lucas, Marco Vergotti, Eduardo Cometti, Alberto Cairo e Equipe Faz Caber, com o trabalho VOO AIR FRANCE 447, publicado na revista ÉPOCA.
Marcos Marques, Alexandre Lucas, Marco Vergotti, Eduardo Cometti, Alberto Cairo e Equipe Faz Caber, com o trabalho VOO AIR FRANCE 447, publicado na revista ÉPOCA.
PRÊMIO ESSO ESPECIAL INTERIOR
Suzana Fonseca e Tatiana Lopes, com o trabalho CASO ALESSANDRA, publicado no jornal A TRIBUNA (Santos).
Suzana Fonseca e Tatiana Lopes, com o trabalho CASO ALESSANDRA, publicado no jornal A TRIBUNA (Santos).
PRÊMIO ESSO REGIONAL 1
Silvia Bessa, com o trabalho QUILOMBOLA - OS DIREITOS NEGADOS DE UM POVO, publicado no jornal DIÁRIO DE PERNAMBUCO (Recife).
Silvia Bessa, com o trabalho QUILOMBOLA - OS DIREITOS NEGADOS DE UM POVO, publicado no jornal DIÁRIO DE PERNAMBUCO (Recife).
PRÊMIO ESSO REGIONAL 2
Edgar Gonçalvez Junior e Equipe, com o trabalho NOVEMBRO DE 2008 - O MAIOR DESASTRE CLIMÁTICO DO BRASIL, publicado no JORNAL DE SANTA CATARINA (Blumenau).
Edgar Gonçalvez Junior e Equipe, com o trabalho NOVEMBRO DE 2008 - O MAIOR DESASTRE CLIMÁTICO DO BRASIL, publicado no JORNAL DE SANTA CATARINA (Blumenau).
PRÊMIO ESSO REGIONAL 3
Paulo Motta, Angelina Nunes, Carla Rocha, Selma Schmidt, Vera Araújo e Fábio Vasconcellos, com o trabalho DEMOCRACIA NAS FAVELAS, publicado no jornal O GLOBO.
Paulo Motta, Angelina Nunes, Carla Rocha, Selma Schmidt, Vera Araújo e Fábio Vasconcellos, com o trabalho DEMOCRACIA NAS FAVELAS, publicado no jornal O GLOBO.
MELHOR CONTRIBUIÇÃO À IMPRENSA EM 2009
Sites "Museu Corrupção" e "Congresso em Foco".
O neo-humor neo-liberal
por Gonça
Dizem que a década de 80, a dos "yuppies", marcou a afirmação do individualismo, que se exacerbou nos 90 e nos 00. Cada um por si, sucesso acima de tudo, ascensão profissional a qualquer preço. Existem até livros de "auto-ajuda" que materializam esse propósito. Claro, é a regra, mas há exceções. Convivo e convivi com centenas de colegas que se afirmam pela qualidade do trabalho e não por atropelar sem ética nem métrica quem está ao lado. Mas vivemos a ideologia do individualismo, competição em alta, o "outro" é sempre o adversário a superar, a humilhar, a jogar na lona, cada um a mostrar que é mais esperto, inteligente, tem mais "sacadas". Se fosse necessária uma alegoria para exemplificar tudo isso, um espelho dessa ideologia neo-liberal, diria que são os programas de neo-humor como o Pânico, o CQC (este, com a justificativa de fustigar políticos, o que nos diverte, e aparentemente nos lava a alma, é a nossa "vingança" mas o teor agressivo é o mesmo), o Casseta (de forma não tão intensa mas que, frequentemente, impelido pela concorrência tem resvalado para esse tendência de ridicularizar) e outros do gênero. Há anos, o Chacrinha, hoje reverenciado, era criticado por desprezar calouros, oferecendo abacaxis aos perdedores e expulsando-os do palco a toque de buzinas. O que era motivo de crítica, multiplicou-se e virou piada corrente. Recentemente, o ator José Wilker recusou-se a ser uma dessas "vítimas" e comentou que para ele não tem sentido, aos 45 anos de carreira, submeter-se às agressões verbais dessa turma. Caricaturar figuras públicas, políticos ou não, é humor, uma arma histórica contra os poderosos. Mas o que esses programas têm é um certo tom infantil (próprio e ótimo mas para a idade certa) de "sacanear", de agredir sob o pretexto da piada. São uma espécie de "bullying" para adultos em rede nacional. E, ainda, com um dado agravante: os andares de cima das respectivas emissoras imporiam aos produtores uma lista, dizem que robusta, de pessoas, políticos, empresários, diretores, alguns atores e atrizes, que não devem ser alvo de "brincadeiras". Ou seja: amigo do patrão está a salvo dos programas de neo-humor. Controle remoto neles.
Dizem que a década de 80, a dos "yuppies", marcou a afirmação do individualismo, que se exacerbou nos 90 e nos 00. Cada um por si, sucesso acima de tudo, ascensão profissional a qualquer preço. Existem até livros de "auto-ajuda" que materializam esse propósito. Claro, é a regra, mas há exceções. Convivo e convivi com centenas de colegas que se afirmam pela qualidade do trabalho e não por atropelar sem ética nem métrica quem está ao lado. Mas vivemos a ideologia do individualismo, competição em alta, o "outro" é sempre o adversário a superar, a humilhar, a jogar na lona, cada um a mostrar que é mais esperto, inteligente, tem mais "sacadas". Se fosse necessária uma alegoria para exemplificar tudo isso, um espelho dessa ideologia neo-liberal, diria que são os programas de neo-humor como o Pânico, o CQC (este, com a justificativa de fustigar políticos, o que nos diverte, e aparentemente nos lava a alma, é a nossa "vingança" mas o teor agressivo é o mesmo), o Casseta (de forma não tão intensa mas que, frequentemente, impelido pela concorrência tem resvalado para esse tendência de ridicularizar) e outros do gênero. Há anos, o Chacrinha, hoje reverenciado, era criticado por desprezar calouros, oferecendo abacaxis aos perdedores e expulsando-os do palco a toque de buzinas. O que era motivo de crítica, multiplicou-se e virou piada corrente. Recentemente, o ator José Wilker recusou-se a ser uma dessas "vítimas" e comentou que para ele não tem sentido, aos 45 anos de carreira, submeter-se às agressões verbais dessa turma. Caricaturar figuras públicas, políticos ou não, é humor, uma arma histórica contra os poderosos. Mas o que esses programas têm é um certo tom infantil (próprio e ótimo mas para a idade certa) de "sacanear", de agredir sob o pretexto da piada. São uma espécie de "bullying" para adultos em rede nacional. E, ainda, com um dado agravante: os andares de cima das respectivas emissoras imporiam aos produtores uma lista, dizem que robusta, de pessoas, políticos, empresários, diretores, alguns atores e atrizes, que não devem ser alvo de "brincadeiras". Ou seja: amigo do patrão está a salvo dos programas de neo-humor. Controle remoto neles.
Mulheres estão cada vez mais poderosas
por Eli Halfoun
As mulheres estão mesmo (na maioria das vezes com justiça) tomando conta do pedaço. Mais um significativo exemplo de conquista é a inclusão de duas executivas na lista de mulheres mais poderosas do entretenimento: as escolhidas são Amy Pascal. copresidente da Sony Pictures Entertainemente e Anne Seeeney, diretora da Disney.. A relação das mulheres mais poderosas do entretenimento é do Hollywood Repórter e foi divulgada no último dia 4 com 100 nomes. A inclusão das duas executivas acabou com o reinado da apresentadora e empresária Oprah Winfrey que no ano passado liderou o “Power 100”. Dessa vez, Oprah ficou em segundo lugar, deixando o terceiro para Nancy Tellem, presidente da área de entretenimento da CBS. Já Elizabeth Guider a também poderosa editora-chefe do jornal Hollywood Repórter achou a indicação das duas executivas merecida: “É justo que essas duas mulheres notáveis que dominaram os principais lugares por vários anos seguidos agora exercem tanta influência que não poderíamos diferenciar a primeira e segunda”. Viva as mulheres. Os homens que se cuidem.
As mulheres estão mesmo (na maioria das vezes com justiça) tomando conta do pedaço. Mais um significativo exemplo de conquista é a inclusão de duas executivas na lista de mulheres mais poderosas do entretenimento: as escolhidas são Amy Pascal. copresidente da Sony Pictures Entertainemente e Anne Seeeney, diretora da Disney.. A relação das mulheres mais poderosas do entretenimento é do Hollywood Repórter e foi divulgada no último dia 4 com 100 nomes. A inclusão das duas executivas acabou com o reinado da apresentadora e empresária Oprah Winfrey que no ano passado liderou o “Power 100”. Dessa vez, Oprah ficou em segundo lugar, deixando o terceiro para Nancy Tellem, presidente da área de entretenimento da CBS. Já Elizabeth Guider a também poderosa editora-chefe do jornal Hollywood Repórter achou a indicação das duas executivas merecida: “É justo que essas duas mulheres notáveis que dominaram os principais lugares por vários anos seguidos agora exercem tanta influência que não poderíamos diferenciar a primeira e segunda”. Viva as mulheres. Os homens que se cuidem.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Panfleto, folheto, cartaz? Que nada: um código de barra será o seu guia
O Google está lançando um sistema que permitirá saber de modo preciso o que determinado local, loja, bar, restaurante, galeria, museu etc oferece a um turista sem que este precise entrar no local. Para isso, basta fotografar com o celular um adesivo - que pode estar colado na própria vitrine do lugar ou em aeroportos, estações de metrô, por exemplo -, com código de barra que leva à ficha completa do lugar. Por enquanto, o código, chamado de Qr-code, pode ser decifrado apenas por celulares iPhone, Blackberry e Android. Ao fotografar o adesivo com o código de barra, o turista ativará um link instantâneo que mostrará no seu idioma a página correspondente na internet com todas as informações que deseja sobre um determinado local. Quer ver como funciona? Clique no link Favorite Place
A batalha do JN contra a JNet
Deu na Folha: "No ano em que completou quarenta anos no ar, o "Jornal Nacional", da Globo, registrou o pior índice de audiência de toda sua história. A média de ibope em 2009 ficará em 31 pontos, quase 20% a menos do que o telejornal registrava no início da década".
Comentário do Gonça: a queda do JN não significa que a concorrência está tomando espaço. Ao contrário, outros telejornais também estão em queda e não chegam nem à metade da audiência de Bonner e Fátima. O que pode justificar a debandada em bloco de telespectadores? A internet, dizem os especialistas. Os sites de informação atualizam seus conteúdo com muita velocidade e, quando chega aos telejornais da noite, grande parte das notícias, pelo menos para quem se conectou por celular, netbooks, laptops e em lan houses - e não é pouca gente - é velha. E notícia velha, por definição, é coisa que não faz bem a nenhum jornalístico.
Comentário do Gonça: a queda do JN não significa que a concorrência está tomando espaço. Ao contrário, outros telejornais também estão em queda e não chegam nem à metade da audiência de Bonner e Fátima. O que pode justificar a debandada em bloco de telespectadores? A internet, dizem os especialistas. Os sites de informação atualizam seus conteúdo com muita velocidade e, quando chega aos telejornais da noite, grande parte das notícias, pelo menos para quem se conectou por celular, netbooks, laptops e em lan houses - e não é pouca gente - é velha. E notícia velha, por definição, é coisa que não faz bem a nenhum jornalístico.
Otimismo à prova de idade
por Eli Halfoun
Quem ainda duvida de que a expectativa de vida no Brasil é, apesar de tudo, cada vez mais longa, tem na disposição e otimismo de João Havelange, a quem sem dúvida o futebol brasileiro e mundial devem muito, um bom exemplo. Para justificar porque não aceitou o convite de Joseph Blatter, o atual presidente da FIFA, para ver de perto o recente sorteio das chaves da Copa do Mundo de 2010, Havelange, dono de uma saúde de ferro, revelou com um invejável e exemplar otimismo: “Estou me guardando para 2014 quando faço 100 anos e para 2016 quando completo 102 anos”. Que assim seja.
Quem ainda duvida de que a expectativa de vida no Brasil é, apesar de tudo, cada vez mais longa, tem na disposição e otimismo de João Havelange, a quem sem dúvida o futebol brasileiro e mundial devem muito, um bom exemplo. Para justificar porque não aceitou o convite de Joseph Blatter, o atual presidente da FIFA, para ver de perto o recente sorteio das chaves da Copa do Mundo de 2010, Havelange, dono de uma saúde de ferro, revelou com um invejável e exemplar otimismo: “Estou me guardando para 2014 quando faço 100 anos e para 2016 quando completo 102 anos”. Que assim seja.
Expô em SP: Brigitte Bardot 75
Uma dica para os paulistanos leitores do paniscumovum: abre amanhã aí em Sampa a Mostra Brigitte Bardot. São 15 imagens captadas pelo fotógrafo italiano Marcello Geppetti, amigo da atriz e uma das inspirações de Federico Fellini para o paparazzo Marcello, de A Doce Vida. A exposição homenageia os 75 anos da atriz francesa. As fotografias estarão à venda por valores que variam de R$ 8 mil a R$ 14 mil. De 9 a 23 de dezembro, de segunda a sexta, das 10h às 19h; aos sábados, das 10h às 14h. Na Galeria Lourdina Jean Rabieh, Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 147, Jardim Paulistano, São Paulo – SP. (Fotos: Marcello Gepetti/Divulgação)
Bicicleta na rua só com educação
por Eli Halfoun
A intenção pode ser das melhores, mas como todo mundo sabe que só boa intenção não adianta nada dificilmente dará certo o plano de fazer do Rio a Capital Nacional da Bicicleta como pretende a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O projeto prevê multiplicar a malha cicloviária da cidade que hoje é de 150 km. A bicicleta é uma boa opção, porque não polui a cidade e pode realmente desafogar o tráfego. Não adiante aumentar a malha ciclo viária se não houver em primeiro lugar um trabalho em dois sentidos: o primeiro educar os condutores de automóveis, ônibus e caminhões a respeitarem os ciclistas que também precisam aprender a respeitar os pedestres. O que se vê atualmente são bicicletas trafegando pelas ruas sem o mínimo de respeito com as leis de trânsito como a de pelo menos parar nos sinais, não andar na contramão e saber que bicicleta é um veículo perigoso não só para o ciclista que vive na mira dos motoristas, mas também para o pedestre que freqentemente é atropelado, especialmente quando ciclistas fazem das calçadas a malha cicloviária. O Rio cresceu muito para suportar um grande movimento de bicicletas. Isso só será possível quando os ciclistas forem respeitados pelos motoristas e respeitarem os pedestres. Sem educação, as bicicletas serão apenas mais um entrave e de nada adiantarão para melhorar qualquer tipo de problema, seja no tráfego ou no meio ambiente que polui cada vez mais. Até morrermos todos sufocados.
A intenção pode ser das melhores, mas como todo mundo sabe que só boa intenção não adianta nada dificilmente dará certo o plano de fazer do Rio a Capital Nacional da Bicicleta como pretende a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O projeto prevê multiplicar a malha cicloviária da cidade que hoje é de 150 km. A bicicleta é uma boa opção, porque não polui a cidade e pode realmente desafogar o tráfego. Não adiante aumentar a malha ciclo viária se não houver em primeiro lugar um trabalho em dois sentidos: o primeiro educar os condutores de automóveis, ônibus e caminhões a respeitarem os ciclistas que também precisam aprender a respeitar os pedestres. O que se vê atualmente são bicicletas trafegando pelas ruas sem o mínimo de respeito com as leis de trânsito como a de pelo menos parar nos sinais, não andar na contramão e saber que bicicleta é um veículo perigoso não só para o ciclista que vive na mira dos motoristas, mas também para o pedestre que freqentemente é atropelado, especialmente quando ciclistas fazem das calçadas a malha cicloviária. O Rio cresceu muito para suportar um grande movimento de bicicletas. Isso só será possível quando os ciclistas forem respeitados pelos motoristas e respeitarem os pedestres. Sem educação, as bicicletas serão apenas mais um entrave e de nada adiantarão para melhorar qualquer tipo de problema, seja no tráfego ou no meio ambiente que polui cada vez mais. Até morrermos todos sufocados.
Patricia Poeta na capa da Nova
Patrícia Poeta posou para o fotógrafo Danilo Borges, da Nova. É a capa da edição de dezembro. A revista a chama de "âncora". Sei, é o termo jornalístico. Mas ô palavrinha pesada... não combina com a leveza da gaúcha. (Fotos: Danilo Borges/Divulgação)
No final de Viver a Vida, cada um por si
por Eli Halfoun
Se depender das pesquisas e da idéia original do autor Manoel Carlos os personagens Helena (Taís Araújo) e Marcos (José Mayer) não ficarão juntos e felizes no final da novela “Viver a Vida”. Manoel Carlos não confirma, depois de uma recente pesquisa, uma grande empresa que pensava aproveitar o casal para estrelar sua campanha publicitária de Natal teve de mudar os planos: a pesquisa revelou dados considerados surpreendentes como, por exemplo, o de que o grande público não aprova o romance dos personagens porque “não há química entre eles”. O público acha que Taís Araújo é “muito verde” para fazer par com Mayer, o que é o principal motivo para que o casal não fique junto no final. Como público de novela muda de idéia mais e tão rapidamente quanto os políticos (os que ainda pensam em alguma coisa, além de dinheiro) muitas mudanças podem acontecer até o final de “Viver a Vida”. Até porque a vida real tem mostrado quase que diariamente muitos casais com enorme diferença de idade juntos e felizes. É esperar (e esperar muito) para ver. (Foto:Divulgação/ TV Globo)
Se depender das pesquisas e da idéia original do autor Manoel Carlos os personagens Helena (Taís Araújo) e Marcos (José Mayer) não ficarão juntos e felizes no final da novela “Viver a Vida”. Manoel Carlos não confirma, depois de uma recente pesquisa, uma grande empresa que pensava aproveitar o casal para estrelar sua campanha publicitária de Natal teve de mudar os planos: a pesquisa revelou dados considerados surpreendentes como, por exemplo, o de que o grande público não aprova o romance dos personagens porque “não há química entre eles”. O público acha que Taís Araújo é “muito verde” para fazer par com Mayer, o que é o principal motivo para que o casal não fique junto no final. Como público de novela muda de idéia mais e tão rapidamente quanto os políticos (os que ainda pensam em alguma coisa, além de dinheiro) muitas mudanças podem acontecer até o final de “Viver a Vida”. Até porque a vida real tem mostrado quase que diariamente muitos casais com enorme diferença de idade juntos e felizes. É esperar (e esperar muito) para ver. (Foto:Divulgação/ TV Globo)
Mudar de camisa para ganhar votos
por Eli Halfoun
Não se pode negar que a ministra candidata Dilma Roussef é uma mulher otimista: torcedora do Internacional ela estava convencida de que seu time seria o campeão brasileiro de futebol e aos que brincavam dizendo que o Grêmio (maior rival do Inter) podia entregar o jogo ela respondia sorrindo: “Vai não. Isso não é da índole do gaúcho”. Quando se confirmou a vitória do Flamengo, a colorada Dilma tratou de fazer sua “média” e enviou ao rubro-negro um telegrama de parabéns, o que não surpreendeu ninguém: afinal, mudar de camisa é um hábito na política.
Não se pode negar que a ministra candidata Dilma Roussef é uma mulher otimista: torcedora do Internacional ela estava convencida de que seu time seria o campeão brasileiro de futebol e aos que brincavam dizendo que o Grêmio (maior rival do Inter) podia entregar o jogo ela respondia sorrindo: “Vai não. Isso não é da índole do gaúcho”. Quando se confirmou a vitória do Flamengo, a colorada Dilma tratou de fazer sua “média” e enviou ao rubro-negro um telegrama de parabéns, o que não surpreendeu ninguém: afinal, mudar de camisa é um hábito na política.
O que as mulheres conversam no banheiro
Cláudia Versiani trabalhou durante muitos anos como jornalista de turismo. Publicou textos e fotos na Manchete e na Geográfica Universal, entre outras revistas. Agora, lança obra inspirada em segredos que as mulheres revelam no banheiro. Diz o press release: "Qual homem não ficaria intrigado para saber o que as mulheres falam dentro do banheiro com as amigas? Como os descrevem? Inspirada em histórias contadas nesses bate-papos, a escritora Cláudia Versiani lançou o livro “Os homens de nossas vidas – O que as mulheres conversam no banheiro” (Editora Booklink Publicações), na Casa da Gávea". Segundo a escritora, algumas personagens foram inspiradas em fatos vividos por amigas. Em outras, em coisas que ouviu falar. Como o causo de uma moça independente, destemida, marxista e meio hippie que se apaixonou por um machão, controlador que, para completar, era um dos mais poderosos bicheiros da região serrana fluminense. Outro texto intrigante é de uma psicanalista chique e intelectualizada que se envolveu com um malandro que, ainda por cima, era gigolô e michê". Cláudia Versiani, hoje professora de Comunicação Social, é autora de Bodas de Sangue – a construção e o espetáculo de Amir Haddad, registro fotográfico dos ensaios e espetáculos do clássico de García Lorca, a ser lançado em breve.
Playboy tá pagando para tirar a roupa de Lady Kate
por Eli Halfoun
Lady Kate, a personagem criada pela ótima atriz Katiucha Canoro para o programa “Zorra Total”, não é o que se pode chamar de uma mulher sensual, mas mesmo assim poderá parar nas páginas da Playboy. A revista acaba de fazer generosa proposta para que Katiucha faça um ensaio sensual. Katiucha tem 31 anos, não é casada e não se considera “tão sexy assim". Embora só agora tenha conhecido o que é ser famosa em todo o Brasil, Katiucha, que é mesmo bem bonitinha, tem uma longa carreira no teatro onde já fez 23 peças, além de ter participado de alguns filmes. A negociação com a Playboy ainda não foi fechada, mas dessa vez é a revista quem diz “tô pagando”, bordão que Katiucha fez famoso na televisão. (Foto Divulgação/TV Globo)
Clique neste link e veja Lady Kate no Fantástico
Lady Kate, a personagem criada pela ótima atriz Katiucha Canoro para o programa “Zorra Total”, não é o que se pode chamar de uma mulher sensual, mas mesmo assim poderá parar nas páginas da Playboy. A revista acaba de fazer generosa proposta para que Katiucha faça um ensaio sensual. Katiucha tem 31 anos, não é casada e não se considera “tão sexy assim". Embora só agora tenha conhecido o que é ser famosa em todo o Brasil, Katiucha, que é mesmo bem bonitinha, tem uma longa carreira no teatro onde já fez 23 peças, além de ter participado de alguns filmes. A negociação com a Playboy ainda não foi fechada, mas dessa vez é a revista quem diz “tô pagando”, bordão que Katiucha fez famoso na televisão. (Foto Divulgação/TV Globo)
Clique neste link e veja Lady Kate no Fantástico
É Praga? Não, é o Crato, no Ceará
por Gonça
Enquanto ainda se discute a data para a licitação do trem-bala que ligará o Rio a São Paulo, no Crato, cidade que fica no Sul do Ceará, a pouco mais de 500km de Fortaleza, já está em operação o primeiro VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) em funcionamento no Brasil. Os trens (com ar condicionado que sertanejo também merece), chamados de Metrô do Cariri, ligarão a cidade a Juazeiro do Norte. São cerca de 13km. Três estações já estão funcionando, outras nove entrarão em operação até janeiro. A previsão é que transporte cerca de 5 mil passageiros por dia. Alô, Eduardo Paes, cadê o VLT carioca para a Barra? Acima (Fotos de Divulgação), o Metrô do Cariri. E abaixo, o VLT de Praga (Foto de Jussara Razzé). Ao ver esses bondes modernos, é de se lamentar a extrema burrice dos governantes do Rio de Janeiro que, nos anos 60, desativaram, em vez de modernizar, e destruiram uma das maiores redes de trilhos urbanos do mundo.
Enquanto ainda se discute a data para a licitação do trem-bala que ligará o Rio a São Paulo, no Crato, cidade que fica no Sul do Ceará, a pouco mais de 500km de Fortaleza, já está em operação o primeiro VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) em funcionamento no Brasil. Os trens (com ar condicionado que sertanejo também merece), chamados de Metrô do Cariri, ligarão a cidade a Juazeiro do Norte. São cerca de 13km. Três estações já estão funcionando, outras nove entrarão em operação até janeiro. A previsão é que transporte cerca de 5 mil passageiros por dia. Alô, Eduardo Paes, cadê o VLT carioca para a Barra? Acima (Fotos de Divulgação), o Metrô do Cariri. E abaixo, o VLT de Praga (Foto de Jussara Razzé). Ao ver esses bondes modernos, é de se lamentar a extrema burrice dos governantes do Rio de Janeiro que, nos anos 60, desativaram, em vez de modernizar, e destruiram uma das maiores redes de trilhos urbanos do mundo.
Exposição: a imagem do Brasil no tempo da Segunda Guerra
Uma exposição multimídia em cartaz no Centro Cultural da Justiça Eleitoral mostra as visões americana e alemã sobre o Brasil daquela época. Do texto de apresentação da mostra: "Há 70 anos, em 1939, começava a Segunda Guerra Mundial. O Brasil, ao mesmo tempo em que era governado pela ditadura Vargas – inclinada para o fascismo do Eixo –, também era cobiçado pelos Estados Unidos – que procuravam ampliar sua influência sobre os países latino-americanos, atraindo apoio para o grupo dos Aliados. A visão desses dois ‘brasis’ e a ‘disputa ideológica’ da época foram capturadas em imagens e agora integram a exposição multimídia A imagem do Brasil no tempo da Segunda Guerra, aberta ao público no dia 2 de dezembro. A curadoria é de Jair de Souza e de Maurício Lissovsky". A mostra vai até 31 de janeiro. De quarta a domingo, do meio-dia às 19h, na rua Primeiro de Marco, 42, Centro, Rio de Janeiro. “São duas visões do Brasil, totalmente diferentes, feitas na mesma época e que nunca estiveram lado a lado numa mesma exposição. Por outro lado, é possível enxergar um ponto em comum entre as duas retratações, que é o ponto de vista técnico, do tratamento tonal e do uso da luz”, explica Jair de Souza. (Nas fotos de divulgação, as duas visões: o Brasil trabalhador, como mostra o fotógrafo alemão contratado por Getúlio Vargas; e o Brasil festivo retratado pelo fotógrafo do Departamento de Estado americano)
Roberto Carlos no cinema: o filho musical do Brasil
por Eli Halfoun
Todos lembram que Roberto Carlos apelou para a Justiça e conseguiu impedir a circulação de um livro com sua mais completa biografia não autorizada, mas isso não significa que RC esteja definitivamente decidido a guardar a história de sua vida a, como se diz popularmente, sete chaves. Pelo contrário: vai, isso sim, escancarar e aprovou a idéia de transformar sua vida em filme. Por enquanto é apenas um projeto que poderá virar realidade em 2012 quando deverão ser iniciadas as filmagens. Não será um documentário qualquer e por isso mesmo a intenção de Dody Sirena, o empresário de RC, é convidar Steven Spielberg para dirigir o filme. Sirena justifica: “Eu penso grande. O Roberto é um ídolo de abrangência universal e merece um diretor à altura”. O problema é que Spielberg também pensa grande e provavelmente não aceitará comandar o projeto que acabará nas mãos de um diretor brasileiro, o que é bem mais lógico. Temos excelentes diretores e não faz nenhum sentido buscar um estrangeiro para mostrar no cinema “o filho musical do Brasil”. Só pode ser para aparecer.
(Nas reproduções, capas de Manchete, que - junto com a Amiga e Fatos&Fotos - cobriu quase como um folhetim cinematográfico de acontecimentos e imagens, a trajetória profissional e pessoal de Roberto Carlos)
Viagem ao corpo humano (através de um vídeo game)
Especialistas americanos da organização The Federation of American Scientists criaram um game que lembra a Viagem Fantástica, de Isaac Asimow. Trata-se do jogo Immune Attack em que você percorre o interior das células e observa em imagens 3-D como o sistema imunológico se defende de infecções. Em um odisseia na biologia celular, percorre veias, vasos e conexões do sistema nervoso
Neste link, você assiste a um trailer do game: Imune Attack
E neste - Neatorama - você terá mais informações sobre como baixar o Immune Attack.
Neste link, você assiste a um trailer do game: Imune Attack
E neste - Neatorama - você terá mais informações sobre como baixar o Immune Attack.
Sinal dos tempos
O famoso Prêmio Pulitzer, criado há 92 anos, incluirá em 2010, pela primeira vez, entre as categorias comtempladas o Jornalismo OnLine. Conteúdos da web se juntam a quesitos tradicionais como reportagem investigativa, projeto editorial e outros.
Autógrafos na Erótika
O jornalista Claudio Henrique, que foi repórter do Segundo Caderno do Globo, chefiou a sucursal da Época e, atualmente, trabalha na Conspiração, lança hoje na Boate Erótika, em Copacabana, o livro de crônicas Uma Rua Sem Vegonha. É sobre ela, a própria, a rua Prado Junior, a PJ para os íntimos, a Pigalle carioca onde as esquinas de vida se cruzam e descruzam. É noite de autógrafos com direito a strip-tease.
Vale-cultura para comprar revistas e jornais?
por JJcomunic
Não se conhece ainda todos os detalhes do projeto que cria o Vale-Cultura aprovado na última quarta-feira pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. As propostas de leis começam de um jeito e, durante a tramitação, recebem tantas emendas que chegam à votação descaracterizadas e entupidas dos famosos "contrabandos". A idéia seria que trabalhadores de baixa renda recebessem um benefício de R$50,00 a ser gasto em eventos e bens culturais. As empresas que adotarem o Vale-Cultura terão isenção fiscal (no teto de 1%) sobre o Imposto de Renda Devido. Mas uma das emendas permite que o Vale seja usado para compra de revistas, jornais, gibis etc. Será que criaram o Bolsa-Imprensa? Seja lá o que sair daí, essa - mais uma - transferência de recursos públicos para empresas privadas terá que ser muito bem fiscalizada: prevê-se que a renúncia fiscal alcançará R&7 bilhões.
Não se conhece ainda todos os detalhes do projeto que cria o Vale-Cultura aprovado na última quarta-feira pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. As propostas de leis começam de um jeito e, durante a tramitação, recebem tantas emendas que chegam à votação descaracterizadas e entupidas dos famosos "contrabandos". A idéia seria que trabalhadores de baixa renda recebessem um benefício de R$50,00 a ser gasto em eventos e bens culturais. As empresas que adotarem o Vale-Cultura terão isenção fiscal (no teto de 1%) sobre o Imposto de Renda Devido. Mas uma das emendas permite que o Vale seja usado para compra de revistas, jornais, gibis etc. Será que criaram o Bolsa-Imprensa? Seja lá o que sair daí, essa - mais uma - transferência de recursos públicos para empresas privadas terá que ser muito bem fiscalizada: prevê-se que a renúncia fiscal alcançará R&7 bilhões.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Alma de boleiro
por Gonça
Andrade, Roberto Dinamite, Zico, Alcir, Rondinelli, Juninho Pernambucano, Junior... Haverá outros nessa seleção de jogadores para os quais a bola pulsa no ritmo do coração. Sou vascaíno. O Flamengo, pra mim, é o nome de um bairro, simpático, por sinal. Dizem que este que reproduzo aí ao lado - em homenagem aos rubro-negros Debarros e Neria, amigos deste blog -, é o escudo do clube.
Por que escrevo sobre o título conquistado por um rival histórico? Porque lá no banco estava um cara que merece muito mais respeito do que lhe dedica o futebol brasileiro. Andrade era o eterno interino. Quando as coisas iam mal, entre a saída de um treinador com salário de marajá e a chegado de outro com contra-cheque de sultão, Andrade segurava as pontas. "Chama o Andrade", dizia o cartola. Invariavelmente, o ex-jogador pegava o time em crise, arrumava aqui e ali, até entregar o comando ao treinador-estrela da vez e sair de cena. Ontem, lavou a alma. E, com a modéstia de quem sabe o que faz, nem pegou um microfone e berrou um "agora vão ter que me aturar".
O Flamengo já estava no coração de Andrade. Está lá desde sempre, desde 82, quando foi campeão ao lado de Raul, Leandro, Adílio, Zico, Junior... Mas desde ontem, chegou a vez de Andrade ocupar seu lugar no coração do Flamengo.
E não é como interino.
Andrade, Roberto Dinamite, Zico, Alcir, Rondinelli, Juninho Pernambucano, Junior... Haverá outros nessa seleção de jogadores para os quais a bola pulsa no ritmo do coração. Sou vascaíno. O Flamengo, pra mim, é o nome de um bairro, simpático, por sinal. Dizem que este que reproduzo aí ao lado - em homenagem aos rubro-negros Debarros e Neria, amigos deste blog -, é o escudo do clube.
Por que escrevo sobre o título conquistado por um rival histórico? Porque lá no banco estava um cara que merece muito mais respeito do que lhe dedica o futebol brasileiro. Andrade era o eterno interino. Quando as coisas iam mal, entre a saída de um treinador com salário de marajá e a chegado de outro com contra-cheque de sultão, Andrade segurava as pontas. "Chama o Andrade", dizia o cartola. Invariavelmente, o ex-jogador pegava o time em crise, arrumava aqui e ali, até entregar o comando ao treinador-estrela da vez e sair de cena. Ontem, lavou a alma. E, com a modéstia de quem sabe o que faz, nem pegou um microfone e berrou um "agora vão ter que me aturar".
O Flamengo já estava no coração de Andrade. Está lá desde sempre, desde 82, quando foi campeão ao lado de Raul, Leandro, Adílio, Zico, Junior... Mas desde ontem, chegou a vez de Andrade ocupar seu lugar no coração do Flamengo.
E não é como interino.
Futebol manchado de sangue não dá
por Eli Halfoun
Futebol só é bom em campo. Fora dele é um negócio (envolve muito dinheiro) extremamente confuso nos bastidores, ou seja, na diretoria e na torcida. Olha só: o Vasco conquistou o título da série B do campeonato brasileiro. A torcida comemorou com entusiasmo e não houve notícia de qualquer briga ou tumulto: foi apenas uma alegre e pacífica festa como devem ser todas as festas. O Flamengo conquistou com méritos o título da série A do campeonato brasileiro, sem dúvida um bom motivo de festa para aquela que é considerada a maior torcida do mundo. Teve festa sim, mas lamentavelmente torcedores brigaram entre si, provocaram baderna. Não dá para explicar até porque não dá para entender o motivo que leva torcedores do mesmo time a quebrarem a cara uns dos outros. Se com a vitória aconteceu o que se viu, fico imaginando o que aconteceria se o Flamengo tivesse perdido o título para o Internacional. Aí o Rio amanheceria colorado – vermelho de sangue. Está mais do que na hora da torcida, seja de que time for, perceber que futebol é um prazer e que a violência provocada por alguns torcedores só serve para afastar muitos outros torcedores do estádio. Sem o calor, entusiasmado, mas pacífico da torcida o futebol perde a graça. Mesmo aquele que só é bom dentro de campo.
Futebol só é bom em campo. Fora dele é um negócio (envolve muito dinheiro) extremamente confuso nos bastidores, ou seja, na diretoria e na torcida. Olha só: o Vasco conquistou o título da série B do campeonato brasileiro. A torcida comemorou com entusiasmo e não houve notícia de qualquer briga ou tumulto: foi apenas uma alegre e pacífica festa como devem ser todas as festas. O Flamengo conquistou com méritos o título da série A do campeonato brasileiro, sem dúvida um bom motivo de festa para aquela que é considerada a maior torcida do mundo. Teve festa sim, mas lamentavelmente torcedores brigaram entre si, provocaram baderna. Não dá para explicar até porque não dá para entender o motivo que leva torcedores do mesmo time a quebrarem a cara uns dos outros. Se com a vitória aconteceu o que se viu, fico imaginando o que aconteceria se o Flamengo tivesse perdido o título para o Internacional. Aí o Rio amanheceria colorado – vermelho de sangue. Está mais do que na hora da torcida, seja de que time for, perceber que futebol é um prazer e que a violência provocada por alguns torcedores só serve para afastar muitos outros torcedores do estádio. Sem o calor, entusiasmado, mas pacífico da torcida o futebol perde a graça. Mesmo aquele que só é bom dentro de campo.
Moda do calote não pega na França
por Eli Halfoun
Não é só nas passarelas e vitrines dos grandes magazines que a moda francesa desfila. Ela anda frequentando também o banco dos réus. Agora mesmo o estilista Christian Lacroix está proibido de fazer suas criações frequentarem desfiles porque a Corte de Comércio de Paris anunciou, semana passada, o plano de reestruturação da grife. Entenda melhor: desde o último mês de junho a maison Lacroix estava sob administração judicial depois que declarou a suspensão dos pagamentos de mais de uma centena de funcionários e lá, ao contrário do que acontece aqui, não pagou tem que se explicar até porque dinheiro do salário de funcionários é sagrado. A moda judicial da Lacroix desfila desde 2005 quando foi comprada por investidores americanos, que propuseram um plano de recuperação da empresa com a redução (é sempre o empregado que paga o pato) de 120 para 15 funcionários que serão os responsáveis pelos produtos que, com exceção das roupas, continuarão sendo fabricados. Resultado: Lacroix não deve mais aparecer nas passarelas da semana da moda de Paris. Se a gente bobear não demora muito ele desembarca no Brasil onde o calote parece fazer parte da rotina. Ou seja: está sempre na moda.
Não é só nas passarelas e vitrines dos grandes magazines que a moda francesa desfila. Ela anda frequentando também o banco dos réus. Agora mesmo o estilista Christian Lacroix está proibido de fazer suas criações frequentarem desfiles porque a Corte de Comércio de Paris anunciou, semana passada, o plano de reestruturação da grife. Entenda melhor: desde o último mês de junho a maison Lacroix estava sob administração judicial depois que declarou a suspensão dos pagamentos de mais de uma centena de funcionários e lá, ao contrário do que acontece aqui, não pagou tem que se explicar até porque dinheiro do salário de funcionários é sagrado. A moda judicial da Lacroix desfila desde 2005 quando foi comprada por investidores americanos, que propuseram um plano de recuperação da empresa com a redução (é sempre o empregado que paga o pato) de 120 para 15 funcionários que serão os responsáveis pelos produtos que, com exceção das roupas, continuarão sendo fabricados. Resultado: Lacroix não deve mais aparecer nas passarelas da semana da moda de Paris. Se a gente bobear não demora muito ele desembarca no Brasil onde o calote parece fazer parte da rotina. Ou seja: está sempre na moda.
Utilidade pública para a ala jovem (2): resultados das duas provas do ENEM 2009
O INEP (Inst. Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) divulgou hoje a nova versão do gabarito do ENEM 2009 (a primeira versão continha erros). Confira nos links abaixo, o resultado das provas:
ENEM 2009 - Primeiro dia
ENEM 2009 - Segundo dia
ENEM 2009 - Primeiro dia
ENEM 2009 - Segundo dia
Julia Roberts: mais uma bela quarentona de cofre cheio
por Eli Halfoun
Ao contrário do que ainda acreditam algumas jovens mulheres, chegar aos “enta” não significa necessariamente decadência física, profissional e financeira. Que o diga a bela atriz Julia Roberts que aos 42 anos de idade e ainda em plena forma artística e física acaba de assinar o maior contrato de sua bem sucedida carreira: receberá 20 milhões de dólares para ser durante um ano a nova embaixadora dos produtos de beleza Lâncome, que muitos especialistas consideram os melhores do mundo. Personalidade, talento e comprometimento foram os três principais motivos para a escolha da atriz, indicada pelo próprio presidente internacional da Lâncome, Youcef Nabi, que não lhe negou merecidos elogios: “Julia Roberts é uma mulher emblemática de seu tempo. Sua carreira é magnífica. Estamos convencidos de que ela acrescentará muito da maneira mais sublime do mundo”. Depois disso nem precisava de cachê. O investimento da Lâncome na contratação da atriz tem outro forte argumento: ela é considerada pela revista Forbes a segunda atriz mais rentável do mundo. Inclusive para seu próprio cofrinho. (Nas reproduções, Julia Roberts no cartaz do filme que a tornou definitivamente famosa e na capa da Vanity Fair)
A grande cartada do mestre Samuel Wainer
por Eli Halfoun
Quem trabalhou com Samuel Wainer (tive a felicidade de tê-lo como mestre) sabe que, muito mais do que um jornal revolucionário (gráfica e editorialmente), a Ultima Hora era uma verdadeira escola de jornalismo. Estive presente em um episódio que nos ainda dias de glória do jornal, revela bem que Samuel Wainer não era um patrão qualquer. Era um colega-repórter e provou isso várias vezes em sua atitudes. Boa parte do pessoal da redação ficava no jornal até o fechamento mesmo que não tivesse nada para fazer. Em uma dessas noites fui indicado para um plantãozinho e tinha que ficar atento caso houvesse necessidade de preparar um segundo clichê. Na verdade a turma ficava ali com intenção bem diferente do que a de trabalhar: descíamos para ao porão, onde se localizava o arquivo, e o transformávamos em um “cassino” onde o jogo de cartas corria solto.
Nessa noite o telefone toca e o Samuel manda me chamar e diz:
- Eli, sei que vocês estão jogando. Suspende o carteado um pouquinho, pede pro pessoal subir, colocar papel na máquina e fingir que está trabalhando.
- Por que Samuel? – tive a ousadia de perguntar e ele explicou:
- É que o Raimundo (era o diretor financeiro) está indo pra aí dar um flagrante em vocês e demitir todo mundo por justa causa.
Transmiti o recado e em dez minutos estávamos todos na redação fingindo trabalhar. Quando o Raimundo chegou ficou completamente sem graça, disfarçou e desapareceu.
Nos meus ainda inocentes 20 anos de idade fiquei curioso e no dia seguinte fui até a sala do Samuel e perguntei:
- Por que você não permitiu o flagrante? Ele ensinou:
- Sei os repórteres que tenho e se todos estão na redação fora do horário e acontecer alguma coisa espetacular o jornal terá uma grande equipe em ação.
Não foi só mais uma demonstração de bom caráter do companheiro repórter que o Samuel representava. Foi a lição de que o interesse maior pelo bom jornalismo está presente no jornalista todo o tempo. Samuel Wainer era acima de tudo um jornalista. E foi isso que ensinou para muitos profissionais. Felizmente tive a sorte e o privilégio de ter sido um de seus alunos.
Quem trabalhou com Samuel Wainer (tive a felicidade de tê-lo como mestre) sabe que, muito mais do que um jornal revolucionário (gráfica e editorialmente), a Ultima Hora era uma verdadeira escola de jornalismo. Estive presente em um episódio que nos ainda dias de glória do jornal, revela bem que Samuel Wainer não era um patrão qualquer. Era um colega-repórter e provou isso várias vezes em sua atitudes. Boa parte do pessoal da redação ficava no jornal até o fechamento mesmo que não tivesse nada para fazer. Em uma dessas noites fui indicado para um plantãozinho e tinha que ficar atento caso houvesse necessidade de preparar um segundo clichê. Na verdade a turma ficava ali com intenção bem diferente do que a de trabalhar: descíamos para ao porão, onde se localizava o arquivo, e o transformávamos em um “cassino” onde o jogo de cartas corria solto.
Nessa noite o telefone toca e o Samuel manda me chamar e diz:
- Eli, sei que vocês estão jogando. Suspende o carteado um pouquinho, pede pro pessoal subir, colocar papel na máquina e fingir que está trabalhando.
- Por que Samuel? – tive a ousadia de perguntar e ele explicou:
- É que o Raimundo (era o diretor financeiro) está indo pra aí dar um flagrante em vocês e demitir todo mundo por justa causa.
Transmiti o recado e em dez minutos estávamos todos na redação fingindo trabalhar. Quando o Raimundo chegou ficou completamente sem graça, disfarçou e desapareceu.
Nos meus ainda inocentes 20 anos de idade fiquei curioso e no dia seguinte fui até a sala do Samuel e perguntei:
- Por que você não permitiu o flagrante? Ele ensinou:
- Sei os repórteres que tenho e se todos estão na redação fora do horário e acontecer alguma coisa espetacular o jornal terá uma grande equipe em ação.
Não foi só mais uma demonstração de bom caráter do companheiro repórter que o Samuel representava. Foi a lição de que o interesse maior pelo bom jornalismo está presente no jornalista todo o tempo. Samuel Wainer era acima de tudo um jornalista. E foi isso que ensinou para muitos profissionais. Felizmente tive a sorte e o privilégio de ter sido um de seus alunos.
domingo, 6 de dezembro de 2009
Os últimos dias da Última Hora
por Roberto Muggiati
Jornalista relata em livro os lances mais dramáticos da “grande aventura” de Samuel Wainer
Judeu nascido na Bessarábia (região histórica que se localiza na Europa Oriental e seu território se distribui entre a Moldávia e a Ucrânia), naturalizado brasileiro, Samuel Wainer foi um nome capital da nossa imprensa. Durante 20 anos – de 12 de junho de 1951 a 25 de abril de 1971 –, ele comandou um império jornalístico singular. Fugiu à imagem do patrão autocrata, exemplificado por Assis Chateaubriand, Roberto Marinho, Adolpho Bloch e outros “capitães” da mídia. Por sua origem de repórter, ficou sempre próximo das bases, um colega mais do que um empresário distanciado. É o que mostra o livro A Rotativa Parou! Os Últimos Dias da Última Hora de Samuel Wainer(Civilização Brasileira), do jornalista Benicio Medeiros, que viveu na redação do jornal o dramático fim do que o próprio Wainer batizou de “sua grande aventura”.
Leia a matéria completa no jornal Gazeta do Povo neste link: Os últimos dias da Última Hora
Jornalista relata em livro os lances mais dramáticos da “grande aventura” de Samuel Wainer
Judeu nascido na Bessarábia (região histórica que se localiza na Europa Oriental e seu território se distribui entre a Moldávia e a Ucrânia), naturalizado brasileiro, Samuel Wainer foi um nome capital da nossa imprensa. Durante 20 anos – de 12 de junho de 1951 a 25 de abril de 1971 –, ele comandou um império jornalístico singular. Fugiu à imagem do patrão autocrata, exemplificado por Assis Chateaubriand, Roberto Marinho, Adolpho Bloch e outros “capitães” da mídia. Por sua origem de repórter, ficou sempre próximo das bases, um colega mais do que um empresário distanciado. É o que mostra o livro A Rotativa Parou! Os Últimos Dias da Última Hora de Samuel Wainer(Civilização Brasileira), do jornalista Benicio Medeiros, que viveu na redação do jornal o dramático fim do que o próprio Wainer batizou de “sua grande aventura”.
Leia a matéria completa no jornal Gazeta do Povo neste link: Os últimos dias da Última Hora
Se você é político, cuidado!
por Gonça
A loja virtual Timevision está oferecendo neste fim de ano um bom presente de Natal... se você não tem político na família. São dispositivos de uso diário, como chaveiros, caneta e relógios, que camuflam câmeras, pen drives e MP3, em objetos do dia-a-dia e garantem segurança e discrição. Os gadgets, que permitem gravar imagens e áudio e até mesmo em condições difíceis, também armazenam dados e funcionam como MP3 players.
Relógio espião: tem 2 GB de memória para armazenar vídeos. A micro câmera é embutida em um dos números do mostrador.
Chaveiro espião: grava imagens e áudio em alta resolução, armazena arquivos de dados e funciona como pen drive com conexão USB 2.0. Pode arquivar 180 minutos de vídeo e 15.000 fotos.
Caneta espiã com MP3 - Com gravação de áudio e vídeo, entrada USB e função pen drive.
A década já tem seu artista. É Johnny Depp
por Eli Halfoun
Até porque é casado com a deusa Angelina Jolie, Brad Pitt pode ocupar mais espaço na mídia mundial, mas nas listas de melhores que surgem no final do ano em todos os países (o que prova que isso não é mania e muito menos subdesenvolvimento brasileiro) é o excelente ator Johnny Depp o que mais aparece: primeiro foi escolhido pela revista People “o homem mais sexy do mundo”. Agora é eleito pela também americana revista Entertainement Weekly como o melhor artista da década, o que certamente vale muito mais do que qualquer coisa menos ter Angelina Jolie toda noite na mesma cama. A relação da Enternaiment Weekly tem também a roteirista e comediante Tina Fey e a cantora Beyoncé.
Até porque é casado com a deusa Angelina Jolie, Brad Pitt pode ocupar mais espaço na mídia mundial, mas nas listas de melhores que surgem no final do ano em todos os países (o que prova que isso não é mania e muito menos subdesenvolvimento brasileiro) é o excelente ator Johnny Depp o que mais aparece: primeiro foi escolhido pela revista People “o homem mais sexy do mundo”. Agora é eleito pela também americana revista Entertainement Weekly como o melhor artista da década, o que certamente vale muito mais do que qualquer coisa menos ter Angelina Jolie toda noite na mesma cama. A relação da Enternaiment Weekly tem também a roteirista e comediante Tina Fey e a cantora Beyoncé.
Depois da Alinne, utilidade pública para a ala jovem: resultado da primeira prova do ENEM
Veja no link os resultados da primeira prova: Enem 2009
Assinar:
Postagens (Atom)