quarta-feira, 24 de agosto de 2016

A concentração de renda avança no mundo e o massacre financeiro das populações já é a maior tragédia social da Humanidade

por Flávio Sépia
O alerta foi dado por Thomas Piketty no livro "O Capital no Século XXI".
Estudos constataram um crescimento brutal da desigualdade de renda no mundo.
A atual e crônica crise financeira, com os governos demonstrando incapacidade de regular a especulação, projeta uma aceleração do processo.
Apesar disso, a grande mídia, como braço preferencial do sistema financeiro, permanece não apenas defendendo o modelo como advogando sua ampliação.
Caso explícito do Brasil.
Diariamente articulistas e "especialistas" defendem a anorexia do Estado. Na prática, trata-se de impôr uma dieta mortal à fiscalização, ao mínimo controle, abrindo campo livre, como já se afigura, para a ação das milícias financeiras e dos traficantes de dinheiro.
O artigo de Antonio Luiz M. Costa para a Carta Capital (abaixo) cita que a concentração de renda mundial alcançou níveis tão críticos quanto os do mundo industrializado antes da Primeira Guerra Mundial.
E a História mostra a desagregação das sociedades, a hecatombe econômica, as guerras e a explosão da pobreza que se seguiram ao quadro crítico da época.
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por Antonio Luiz M. C. Costa (para a Carta Capital)

Em 2013, com O Capital no Século XXI, Thomas Piketty alertou para o crescimento contínuo da desigualdade de riqueza desde a década de 1970, contrária à tendência dos 60 anos anteriores e muito mais acentuada e socialmente relevante que a desigualdade de renda, mais fácil de pesquisar e na qual se concentrava a maioria dos estudos anteriores.

 Na Europa, a parcela detida pelo décimo superior subiu de 60% em 1970 para 64% em 2010 e a do centésimo superior de 21% para 24%. Nos EUA, o décimo superior subiu de 64% para 72% e o centésimo superior de 28% para 34%. Na falta de políticas ativas contra a desigualdade (como, por exemplo, impostos progressivos sobre o capital), esses países retornarão em meados do século XXI a um patamar de desigualdade semelhante àquele do fim do século XIX e início do XX.

Nesse período, o 1% mais rico (“classes dominantes”, na terminologia de Piketty) detinha metade de toda a riqueza, o décimo superior (“classes superiores”, sendo os não incluídos no primeiro 1% referidos como “classes abastadas”) , quase 90%, enquanto o 50% mais pobre (“classes populares” na terminologia do economista) ficava com meros 5%. A nostalgia chama esses tempos e de belle époque, mas poucos, mesmo nos países mais ricos, puderam usufruir de sua beleza.

O ano de 2010 foi também aquele no qual o banco Credit Suisse publicou o seu primeiro Global Wealth Report (Relatório da Riqueza Global). Naquele ano, os 50% mais pobres dos 4,44 bilhões de adultos possuíam pouco menos de 2% dos ativos mundiais estimados em 194,5 trilhões de dólares, “embora a riqueza esteja crescendo rapidamente para alguns membros deste segmento”, acrescentava esperançosamente o relatório. Os 10% superiores possuíam 83% da riqueza mundial e o centésimo superior, 43%. A riqueza média equivalia a 43,8 mil dólares líquidos. Era preciso possuir 4 mil para deixar de pertencer aos 50% mais pobres, 72 mil para chegar aos 10% mais ricos e 588 mil para o centésimo superior.

Cinco anos depois, o relatório de 2015, publicado em 13 de outubro, mostra que a concentração de renda mundial alcançou níveis tão críticos quanto o do mundo industrializado antes da Primeira Guerra Mundial. Apesar do relativo otimismo de 2010, a metade mais pobre dos 4,8 bilhões de adultos ficou ainda mais depauperada: agora possui menos de 1% da riqueza planetária estimada em 250,1 trilhões de dólares, enquanto o décimo mais alto controla quase 90% (87,7%, para ser exato) e o centésimo no topo, exatos 50%. A riqueza média líquida subiu para 52,4 mil, um aumento nominal de 19,6% que se reduz a 9,3% se descontados 9,5% de inflação do dólar nos Estados Unidos em cinco anos, mas os níveis de corte passaram para 3,21 mil (27% mais baixo em termos reais), 68,8 mil (13% mais baixo) e 759,9 mil (18% mais alto), respectivamente.

Percebeu-se há algum tempo, em vários países, como a limitada recuperação da economia após a crise de 2008 fluiu para os bolsos dos privilegiados, enquanto as classes média e popular ficaram ainda mais pobres pela estagnação (ou mesmo redução) dos salários reais, o aumento do desemprego e o maior endividamento. Na Espanha, por exemplo, o número de milionários em dólares (pelo critério do Capgemini e Royal Bank of Canada, que ao contrário do Credit Suisse, não inclui residência e bens de consumo) cresceu de 127,1 mil em 2008 para 178 mil em 2014, enquanto a renda per capita caiu de 35,6 mil para 30,3 mil, o desemprego subiu de 11% para 26% e a dívida pública saltou de 39,4% para 99,3% do PIB.

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terça-feira, 23 de agosto de 2016

Revista TIME debate o ódio na Internet


por Ed Sá 
A Time dessa semana analisa o que os psicólogos estão chamando de '"efeito desinibição" on line. Seria, dizem, o motor que move os "haters", que transformam as redes sociais em uma trincheira de agressão e violência. Não apenas de xingamentos. Divulgação de dados pessoais, vazamento de fotos e vídeos íntimos por vingança, bullying, difamação, racismo, assédio sexual e moral compõem o arsenal dos "haters".
Um dos tópicos da reportagem de capa aborda a agressividade e a disseminação de mentiras como parte da atual corrida presidencial nos Estados Unidos. Algo que o Brasil conheceu nas últimas campanhas eleitorais.

Rio 2016: Valeu, Time Brasil !


Montagem; Fotos Públicas (*)

por José Esmeraldo Gonçalves

Em um balanço da participação dos atletas brasileiros na Rio 2016, o saldo é positivo.

Inegavelmente, foi a melhor performance do Brasil em Olimpíadas.  Ficou em um inédito 13° lugar, com 19 medalhas (7 de ouro, seis de prata e seis de bronze). À frente de países como Espanha, Dinamarca, Suécia, Canadá, Suiça, Bélgica, Noruega etc.

Além disso, com as 19 medalhas da Rio 2016, o Brasil avançou do 33° lugar para o 29° no ranking de toda a história das Olimpíadas, com um total de 128 pódios.

Havia a meta de o país ficar entre as dez grandes potências do esporte. Faltou pouco e fez muito. Em Londres e Pequim foram três ouros; agora, sete. E o Brasil subiu nove posições no quadro de medalhas em relação ao desempenho em Londres 2012, quando ficou no 22° lugar.

É possível que a ausência das equipes russas de atletismo tenha, de certa maneira, atrapalhado o ingresso do Brasil no raking dos dez primeiros, visto que alguns países ganharam ouro em certas modalidades que dificilmente conquistariam com a presença de favoritos russos.

Mas registre-se o fato de, apesar de ter conquistado algumas medalhas não previstas - o Time Brasil tenha ficado abaixo do esperado em modalidades como natação, judô, vela, vôlei feminino de quadra e futebol feminino. Tais esportes, com tradição de bons desempenhos, normalmente teriam levado o Brasil ao Top 10.

O resultado final configura um passo importante rumo ao posto de potência olímpica. E permanece a constatação de que o caminho até o pódio passa por questões sociais, como uma distribuição de renda mais justa, e pelo incentivo à prática de esportes assistida por instrutores nas escolas e universidades, apoio ao clubes formadores de talentos e a implantação de centros de treinamentos em todo o país.

Um país mais justo vai revelar naturalmente seus talentos hoje perdidos ou jamais descobertos.

O Comitê Olímpico Brasileiro desenvolve um programa pouco conhecido do público e da mídia. É o Projeto Vivência Olímpica, que visa antecipar a experiência olímpica de alguns talentos. Quatro dos atletas que foram a Londres levados pelo Vivência conquistaram medalhas na Rio 2016. São eles: Thiago Braz, Martine Grael, Felipe Wu e Isaquias Queiroz. Outros, como Hugo Calderano, Rebeca Andrade, Bernardo Oliveira e Lais Nunes tiveram bons desempenhos. O COB informou que a bem-sucedida experiência do Vivência Olímpica de Londres foi repetida no Rio de Janeiro. Vinte atletas com potencial de participação nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 ganharam experiência olímpica na Olimpíada. Um bom exemplo.

A expectativa é que sejam mantidos os recursos provenientes de Lei Agnelo/Piva e sustentadas outras estruturas de apoio como o Bolsa Atleta, Bolsa Pódio e o Programa de Alto Rendimento das Forças Armadas, que mostraram resultados na Rio 2016.

O Time Brasil deixou sua marca na Rio 2016 e está de parabéns.


(*)  Os medalhistas brasileiros da Rio 2016: 

Ouro Thiago Braz (atletismo – salto com vara), Robson Conceição (boxe), Alisson e Bruno Schmidt(vôlei de praia), Rafaela Silva (judô), Kahena Kunze e Martine Grael (vela – 49er FX), Seleção masculina de futebol e seleção masculina de vôlei.

Prata: Isaquias Queiroz (canoagem velocidade – C1 1000), Isaquias Queiroz e Erlon Souza (canoagem velocidade C2 1000), Arthur Zanetti (ginástica artística – argolas), Diego Hipólito (ginástica artística – solo), Felipe Wu (tiro esportivo – pistola de ar 10m) e Agatha e Barbara (vôlei de praia).

Bronze: Isaquias Queiroz (C1 200), Arthur Nory (ginástica artística – solo), Rafael Silva (judô - acima de 100kg) e Poliana Okimoto (maratona aquática), Mayra Aguiar (judô – até 78kg) e Maicon Siqueira (taekwondo – mais de 80k


Deu no Portal Imprensa: a dança dos títulos de revistas


(do Portal Imprensa)
Títulos da Abril vendidos nos últimos dois anos para a Caras devem retornar à empresa. Em comunicado, a editora informou que iniciou tratativas e um novo acordo começa a ser discutido entre ambas.
A negociação envolve produção de conteúdo, circulação, impressão gráfica e venda de publicidade e assinaturas. A editora ainda não especificou quais títulos devem retornar. Em dois acordos anteriores com a Caras, foram repassados 17 marcas - 10 em 2014 e 7 em 2015.

Nomes como Aventuras na História, Recreio, Bons Fluidos, Manequim, Máxima, Minha Casa, Minha Novela, Recreio, Sou+Eu, Vida Simples, Viva Mais, Ana Maria, Arquitetura & Construção, Contigo e Placar estão entre eles.
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Donald Trump nu: o ridículo que bomba nas redes sociais

A estátua de Trump: "o rei está nu". Reprodução Fcebook
por Niko Bolontrin
Uma nova mania dos americanos pode ser constatada nas redes sociais: posar para fotos ao lado de Donald Trump nu . Cinco estátuas apareceram da noite pro dia em esquinas de São Francisco, Los Angeles, Cleveland, Seattle e Nova York.
Segundo o Washington Post, a nudez caricata do candidato seria uma iniciativa do Indecline, um coletivo anarquista, que deu ao projeto o nome de "O Imperador não tem bolas". Uma referência ao clássico conto de fadas "A roupa nova do Imperador", de Hans Christian Andersen.

Jânio de Freitas: "Por todo o período de organização dos Jogos e da cidade para recebê-los, a campanha de desmoralização não deu tréguas"

por Janio de Freitas (da Folha de São Paulo)
Ainda que as palavras não levem a consequências práticas entre os filiados à Associação Nacional de Jornais, seu novo presidente justificou a posse com alguns conceitos apropriados a vários aspectos das transtornadas circunstâncias atuais. Marcelo Rech tratava das relações entre imprensa e internet, e para isso falou dos jornais:
"Devemos ser, os jornais, muito mais que transmissores de notícias. Devemos ser os certificadores profissionais da realidade. Em meio ao caos da abundância desinformativa [da internet], temos o desafio de sermos [...] aqueles que, graças a conceitos éticos e técnicas profissionais, oferecem os atestados de veracidade para a história".
Pois não façam cerimônia. É isso mesmo que esperam receber os que pagam por um jornal. A prova de que não recebem, ou mais uma, está no que o novo mandatário achou necessário dizer. E em termos ainda de um "desafio", de uma resposta em suspenso.
Despido do cuidado político conveniente à plateia, o que Rech formulou fica simples e direto: jornais precisam fazer jornalismo. Se não fosse essa a sua natureza, precisam fazê-lo porque jornalismo é algo essencial que os internautas só podem receber em parte. Por sinal, pequena em comparação com as redes de amadorismo pouco ou nada confiável, mais conduzido por interesses que por seriedade.
A Olimpíada deixa um bom exemplo da situação do jornalismo nos jornais, dispensando discutir o tão notório facciosismo político que deu substância e propagação à crise política, em especial à derrubada de Dilma Rousseff. Por todo o período de organização dos Jogos e da cidade para recebê-los, a campanha de desmoralização não deu trégua. Nenhuma obra ficaria pronta a tempo. O resultado dos trabalhos de organização seria o caos. Os projetos de mobilidade estavam errados e haveria problemas graves de transporte. O Brasil era incapaz de realizar a Olimpíada, e o Rio, muito mais.
Na ocasião da candidatura a sediar os jogos, porém, os jornalistas e os jornais com restrições à iniciativa foram pouquíssimos. Àquela altura, os críticos posteriores apoiavam ou estavam no muro: o governo Lula colhia êxitos e não era esperto ser do contra. O mesmo na fase ainda saudável do governo Dilma.
O sensacionalismo, degradação retomada, que leva as empresas editoras mais sérias a cometerem edições com cara dos "Diários da Noite" de Assis Chateaubriand, projetou-se para o exterior. Os jornais europeus e dos EUA sem interesses, hoje em dia, no Brasil, desancaram o país. As águas da Guanabara, segundo "pesquisa" sem precedente da Associated Press, intoxicariam os velejadores. O lixo quebraria barcos. As águas da lagoa Rodrigo de Freitas eram inutilizáveis, de tão fétidas. E os estrangeiros, coitados, não teriam como viver na cidade em que ninguém fala língua de civilizado.
Os de casa passaram as duas últimas semanas ciscando uma coisinha aqui, o pontinho ruim ali, em um provincianismo ciumento ou na tentativa inútil de se confirmar. Os de fora se esbaldaram em escrachar o país do assalto aos americanos. Até provar-se que são nadadores por esforço e desordeiros por vocação -e o jornalismo de lá dedicou-se, quase por unanimidade, a disfarçar a correção, atribuindo-a só a declarações policiais.
Nenhum evento civil no mundo tem a complexidade e a dimensão de uma Olimpíada. As obras e as disputas que se mostram são uma insignificância em comparação com o que as faz acontecerem.
É uma quantidade assoberbante de planejamento e de execução dos milhões de pormenores que se conjugam, em escolha e treinamento de milhares de pessoas, coordenação de tempos e ações para que tudo seja feito no seu momento, nas competições simultâneas e em lugares diferentes. O abastecimento alimentar dá uma ideia do gigantismo geral: o COB (Comitê Olímpico do Brasil) informa que em um só dia foram servidas quase 70 mil refeições no Parque Olímpico. Foi, este, um desafio com resposta.
Escrevo a 48 horas do encerramento, logo mais. Já se pode ter certeza de que, por sua beleza e organização, a Olimpíada brasileira recompôs muito do que o Brasil perdeu no mundo, nestes tempos de crise. Os jornais correram atrás.

Brasil Olímpico: esperanças e diferenças no futebol...

A foto símbolo do ouro olímpico é o pódio, onde o capitão Neymar optou por exibir uma faixa polêmica que vai contra as regras sensatas do Comitê Olímpico Internacional. Foto Lucas Figueiredo/MoWa Press/CBF

Por oferecer medalhas e não taça, o torneio de futebol olímpico não deixa a famosa foto-logotipo que celebrizou os cinco títulos em Copas do Mundo. Reprodução

por José Esmeraldo Gonçalves
O ouro olímpico foi uma importante conquista do futebol. O troféu que faltava. Mas passada a euforia é bom baixar a poeira. 

A seleção olímpica penou pra chegar lá. Teve notórias dificuldades para realizar um fundamento do futebol: o gol. Mostrou alguma evolução em marcação coletiva mas errou no excesso de passes laterais, concentrou o jogo em Neymar, exibiu nervosismo em certos momentos, falhou demais na ultima bola. 

Positivo foi o poder de recuperação depois de quase não se classificar em um torneio que reuniu adversários medianos. Contaram pontos a disposição e uma disciplina em absorver o estilo de jogo pretendido por Rogério Micale. 

O Brasil aplaudiu a conquista e Tite, o novo treinador da seleção principal, também vibrou. Justo. Tanto que convocou sete jogadores do campeão olímpico. 

Entende-se que diante da proximidade de jogos pelas Eliminatórias Tite quis aproveitar jogadores em atividade, tanto os olímpicos quanto os que atuam no Brasil ou na China, onde o campeonato está em curso, preterindo os "europeus" que voltam de férias, sem ritmo de jogo. 

É uma aposta compreensível, mas é uma aposta. 

O Brasil, que tem 9 pontos e duas vitórias, pega o Equador - que está com 13 pontos e quatro vitórias - e em seguida a Colômbia, com 10 pontos e três vitórias. São jogos decisivos para uma recuperação da seleção que, no momento, está fora da zona de classificação.

O ouro olímpico tem, além do ineditismo, o mérito de dissipar algumas nuvens que pesam sobre o futebol brasileiro. Antes, durante e depois do fatídico 7x1. 

Nelson Rodrigues diria maktub: o título estava reservado para o Maracanã, o estádio-lenda de tantas glórias e de tantos craques. 

Foi o primeiro título mundial de uma seleção brasileira que o Maraca recebeu ao longo de 66 anos (é o segundo se o leitor quiser incluir a Copa das Confederações de 2013, um torneio menos emblemático também vencido pelo Brasil). Aquelas quatro linhas e aquele anel - que foram anfitriões orgulhosos de Ademir, Zizinho, Pelé, Garrincha, Gilmar, Nilton Santos, Didi, Gerson, Vavá, Rivelino, Romário, Ronaldo e tantos outros mágicos do futebol  - mereciam essa honra. 

Pena que, no ritual olímpico, não houve espaço para a foto-logotipo que marcou os cinco títulos de Copa do Mundo: a taça erguida pelo capitão. 

Primeiro, a imagem que simboliza a conquista olímpica é a dos vencedores no pódio. Segundo, o capitão do título é Neymar. Que não será um "eterno capitão", como Carlos Alberto, porque já "pediu as contas" do posto. 

Como capitão, sem taça para levantar mas com medalha para se orgulhar, Neymar será lembrado na Rio 2016 pelos gols, pelos passes e por dois momentos destacados: a frase rancorosa "vão ter que me aturar" e a faixa "100% Jesus".  O segundo poderia resultar em punição formal ao Brasil, já que o regulamento olímpico acertadamente rejeita manifestações políticas e religiosas. Teoricamente, a seleção poderia até perder a medalha. Diz-que que o COI, contudo, fará apenas uma advertência oficial ao COB. Em um evento associado à paz e à convivência respeitosa entre os povos, a pluralidade, a harmonia, a ostentação religiosa pode ser desagregadora.

A frase "vão ter que me aturar" embute um duplo sentido perturbador para quem a pronuncia. 

Muitos ídolos que pisaram no Maracanã, como os citados acima, foram "aturados" na boa por gerações de torcedores. 

É muito cedo para falar o mesmo de Neymar.

Falta um detalhe chamado Copa do Mundo. No mínimo.

  

domingo, 21 de agosto de 2016

Bastidores da Rio 2016: as milhares de camisinhas que quase provocaram uma catástrofe ambiental na Vila Olímpica e o manifesto furado dos cientistas que queriam adiar os Jogos

por Omelete
Muito besteirol foi escrito sobre a Rio 2016. Além da universidade gaúcha que produziu um "estudo" sobre"abóboras assassinas" virais na Baía de Guanabara, tem sido lembrado o manifesto de cientistas - a maioria sequer conhecia o Rio - que pediram à Organização Mundial de Saúde que adiasse as Olimpíadas por causa da zika. O documento, que teve a assinatura de uma única brasileira, foi criticado na época como exemplo de pressa e leviandade e agora é visto como uma piada de dimensões olímpicas. A OMS negou o pedido. Na época, o vírus estava presente me mais de 60 países. Continua. O manifesto não fala em pedir o trânsito de pessoas por tais nações. Nem se manifestou ainda quanto ao avanço da zika na Flórida ou interditou Mickey e o Pato Donald.

Faltam poucas horas para o encerramento da Rio 2016. Vamos bater na madeira!

Até aqui não houve ataque de zumbis, o tubarão branco não devorou iatistas, capivaras sanguinárias não lancharam os golfistas, abelhas psicopatas não picaram maratonistas, o monstro da Lagoa não comeu remadoras e uma frota de piranhas afim de de carne alva não se infiltrou nas piscinas e tanques de salto.

Se a nossa poluição não alcançou tais níveis estratosféricos a ponto de alterar geneticamente cidadãos de todo o mundo, os atletas, infelizmente, colaboraram em um item poluidor do meio ambiente: milhares de camisinhas descartadas em vasos sanitários da Vila Olímpica foram parar no mar.
E quase entupiram conexões do sistema de esgoto dos apartamentos dos competidores.



Reprodução o Globo


Reprodução Fox

sábado, 20 de agosto de 2016

Rio 2016, modalidade sexo ao vivo em Copacabana. Pra inglês ver...



A matéria saiu no The Sun e o vídeo já teve mais de 300 mil acessos no You Tube. O apresentador Dan Walker entrava ao vivo na BBC, direto de Copacabana, quando foi avisado que a câmera captava um casal disputando uma modalidade bem mais antiga do que qualquer esporte olímpico.
O repórter não perdeu o ritmo e, bem-humorado, avisou ao telespectadores que tratava-se apenas de um casal "lendo um livro em uma posição diferente".
VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI


Deu no G1: o golpe do crachá. Australianos acusados de One-Seven-One

Logo ao chegar, os australianos criaram um caso e abandonaram a Vila Olímpica. Em alguns apartamentos, faltavam chuveiros, vasos etc. Segundo o prefeito Eduardo Paes, haviam sido roubados antes da chegadas dos atletas. Logo depois, as peças foram repostas e tudo acabou em confraternização. O caso virou notícia internacional, o prefeito alegou que mandaria uns cangurus para a Vila para acalmar a turma. Final feliz. Só que um grupo de atletas ainda protagonizaria outro caso midiático, dessa vez, foram direto para as páginas policiais por suspeita de falsificar credenciais. Um, caso típico de One-Seven-One.

Ryan Lochte: um lugar na história...


O americano Ryan Lochte garantiu o seu lugar na história das Olimpíadas. É o maior mentiroso desde os Jogos de Olímpia, há 3.500 anos. A palavra "mentiroso" na internet remete agora para centenas de links dedicados ao nadador.

Lochte é medalhista olímpico, só que se ele contar ninguém acredita. Vai ter quer andar com as medalhas, os diplomas e testemunhas. Vídeos e fotos não valem porque podem ser adulterados.

Na capa do New York Post, o reconhecimento oficial da balela, peta, potoca, embuste, burla, logro, pulha, caraminhola, caô e embromação.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

You Tube reúne "coleção William Waack": uma série de episódios de barracos em várias temporadas...


Se um desavisado, ou um avisado, digitar o nome "William Waack" no You Tube poderá ver um coleção de vídeos de "barracos" com entrevistadas, como a cantora Anitta, ou colegas de bancada como Cristiane Dias, o mais recente "climão", ou com Cristiane Pelago, a ex-apresentadora do Jornal da Globo.

A coleção Waack no You Tube não chega a ser uma aula de boas maneiras mas é bem ilustrativa.

Veja, abaixo, o mais recente episódio.


CLIQUE AQUI



PARA VER OUTROS EPISÓDIOS DA SÉRIE, VÁ AO YOU TUBE E ESCOLHA OS VÍDEOS, CLIQUE AQUI

O Rio se preocupou tanto com o terrorismo religioso e o terrorismo religioso foi eclodir em Nova Iguaçu...




Em tempos de Rio 2016, o fato passou quase desapercebido. Aliás, mesmo sem Olimpíadas, esse tipo de terrorismo em alta no Brasil não provoca grandes discussões. São comuns os casos de invasão de igrejas católicas e de destruição de imagens de santos. E mais comum ainda é a permanente perseguição às religiões de origem africana. Terreiros são destruídos, adeptos são agredidos nas ruas, fanáticos fundamentalistas instigados por líderes religiosos recorrem ao poder armado de traficantes para intimidar praticantes de umbanda e candomblé. Já foram registradas mortes em trágicos episódios noticiados pela mídia.
Nem a sociedade nem as autoridades parecem dispostas a conter a ascensão do terrorismo religioso no Brasil.
Devem achar que é "briga de torcida".

Ontem, o jornal O Dia relatou mais um desses casos: 

Rio - Um templo religioso dedicado à religião africana foi incendiado e teve imagens destruídas, na noite desta quarta-feira, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na noite desta quarta-feira. O responsável pelo espaço disse se tratar de crime de intolerância religiosa, mas o caso foi registrado como dano violação de domicílio e dano.

Segundo Bruno Pereira, a 52 DP (Nova Iguaçu) se negou a registrar um caso de intolerância religiosa. “O delegado disse que não podia enquadrar na intolerância porque não tinha provas de que alguém pulou e ateou fogo”, lamenta o responsável pelo templo.

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Vaias. Por que não?

por Flávio Sépia 
Muita besteira foi escrita por aí como "análise" dos episódios de vaias da torcida. A maior parte das abordagens era de um colonialismo gritante, pra não dizer de um viralatismo crônico.

Por isso, vale ler enfoques de mentes menos "coxinhas", que desprezam as manifestações autênticas das arquibancadas. Um exercício popular aqui, que faz parte da cultura local, e a Olimpíada acontece aqui, não no Palácio de Buckingham ou em uma Versalhes ressuscitada.

Talvez a Rio 2016 tenha sido aquela que mais promoveu a integração entre o grande evento e a vida local, sem artificialismos, em meio às qualidades e defeitos do povo e da cidade. Isso inclui o momento, o ânimo, o desânimo, a satisfação, a insatisfação. Os gatilhos das vaias podem ser esportivos ou não. Temos o direito de vaiar tanto o presidente da República de plantão quanto o francês que nos compara a nazistas, o adversário, o  juiz, os americanos que mentiram etc.

Vaia não é crime. Agressão sim, mas aí é outra história.

O que se viu em Copacabana, que virou um point internacional com milhões de pessoas circulando entre uma e outra competição, é inédito. É do Rio 2016. Tóquio 2020, com certeza, será diferente. Os japoneses têm sua cultura, igualmente respeitável, diga-se, e imprimirão aos seus Jogos seu estilo, provavelmente mais reservado, com menor integração ou interferências na rotina.

A propósito das vaias, a BBC Brasil ouviu o sociólogo americano Peter Kaufman. Leia, a seguir.

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por Fernando Duarte (para a BBC Brasil)

Sociólogo americano diz que vê legitimidade no comportamento da torcida brasileira na Rio 2016

Assim como muitos observadores internacionais acompanhando os Jogos Olímpicos do Rio, o sociólogo americano Peter Kaufman ficou espantado com o episódio das vaias ao atleta francês do salto com vara Renaud Lavillenie. No caso do acadêmico, porém, o que pareceu incomodá-lo mais foi a reação contrária ao comportamento da torcida.

Para o professor da Universidade Estadual de Nova York, que escreve sobre sociologia do esporte e estudou as reações do público ao comportamento de atletas, houve exagero na condenação das manifestações, sobretudo depois do "pito" público dado nos brasileiros pelo presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach.

Após as vaias a Lavillenie no pódio, Bach usou a conta do COI no Twitter para dizer que o comportamento do público foi "chocante" e "inaceitável nas Olimpíadas".

"O COI certamente tem questões bem mais importantes para lidar do que vaias de torcedores", disse Kaufman, em conversa com a BBC Brasil, por telefone.

Veja abaixo, trechos da entrevista:

BBC Brasil - O senhor acompanhou a polêmica das vaias no Brasil?
Peter Kaufman - Sim, porque houve um repercussão considerável de alguns incidentes envolvendo o público na Olimpíada do Rio. O comportamento de torcedores é algo interessante, porque estão em jogo fatores culturais.

BBC Brasil - Por que as pessoas vaiam?
Kaufman - É uma questão de expressão, uma forma de interação social e participação. E isso varia de lugar para lugar. Se um alienígena chegasse aqui hoje e fosse assistir a uma competição esportiva, possivelmente teria outra maneira de se comportar de acordo com sua realidade. E, óbvio, sabemos que não é apenas esporte. As Olimpíadas têm um significado muito maior. O público brasileiro pode estar vaiando em desafio às autoridades, ao governo brasileiro e até mesmo ao dinheiro gasto na Olimpíada.

BBC Brasil - É injusto com os atletas?
Kaufman - Alvos de vaias podem se sentir ofendidos, tristes e até ameaçados por uma torcida mais ruidosas. Não os culpo por pensarem apenas na qualidade de seu desempenho em vez de analisar aspectos culturais ou políticos. É perfeitamente compreensível que o atleta francês tenha ficado bastante chateado com as vaias que recebeu até no pódio. Mas ele estava competindo contra um atleta brasileiro e em casa. Pelo que tenho lido sobre a torcida brasileira, era inevitável que ele fosse alvo dessas manifestações.

LEIA A MATÉRIA COMPLETA NA BBC BRASIL, CLIQUE AQUI

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Foto de Usain Bolt na Rio 2016 já é imagem olímpica clássica e vai concorrer ao Pulitzer

Reprodução The Hollywood Reporter

por Niko Bolontrin 
A foto de Usain Bolt rindo à frente dos adversários já é uma das mais famosas imagens olímpicas. Nos últimos dias, viralizou na rede e gerou centenas de memes. O autor, Cameron Spencer, da Getty Images, vai inscrevê-la no Prêmio Pulitzer. Segundo o fotógrafo contou ao The Hollywood Reporter, a foto quase não foi feita. Ele estava cobrindo outras modalidades no gramado do Estádio Olímpico, quando tomou a decisão de registrar a reta final da prova que Bolt liderava, teve que correr para se aproximar a cerca de 20 metros dos corredores.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Na maratona da cobertura da Rio 2016, a mídia internacional acumula algumas desclassificações... jornalismo "bizarro" no Le Monde, o assalto que parece fantasia, a polêmica do biscoito Globo, o repórter do Daily Beast expulso dos Jogos, o diplomata russo que não era russo nem diplomata...

Lavillenie no Le Monde: "licença literária"
por Niko Bolontrin

Quando o brasileiro Thiago Braz surpreendeu Renaud Lavillenie e cravou 6.3m no salto com vara, o francês, campeão olímpico, se posicionou, já no desespero, para tentar superar a marca. Antes mesmo de ecoarem vaias no Estádio Olímpico, a expressão dele era de derrota. A reação da plateia em apoio ao brasileiro desestabilizou de vez  o assustado Lavillenie. E não deu outra. Falhou na tentativa e viu Thiago Braz comemorar sua merecida medalha de ouro.

O francês criticou as vaias e se recusou a cumprimentar o brasileiro. Depois, aparentemente desnorteado, comparou a torcida aos alemães que vaiaram o negro Jesse Owens, campeão nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1936, sob o olhar de Hitler.

Uma comparação que não fez sentido.  Lavillenie deve saber que os brasileiros que foram ao estádio ver esporte com paixão têm, com certeza, muito menos a ver com o nazismo do que os apoiadores do marechal Pétain e os colaboracionistas franceses que, em plena ocupação alemã, subordinaram a França aos nazistas tentando dar uma aparência "legal" à sangrenta invasão. E muitos não os vaiaram

Mas o besteirol pós-Thiago Braz não parou aí. O repórter Anthony Hernandez, do Le Monde, descreveu a derrota de Lavillenie depois de supostamente ouvir o treinador do francês, Philippe d'Encausse, dizer que o Brasil é um país " bizarro" e que Thiago vencera "com ajuda do candomblé".

O repórter admitiu depois que o treinador jamais disse essa frase e que talvez nem conheça o candomblé. Hernandez confessou que a polêmica declaração foi inserida no texto por ele como uma "licença literária".

Isso sim é jornalismo bizarro.

The New York Times: culinária carioca é o fim da picada.
Já o jornalista David Segal, no New York Times, resolveu escrever sobre a culinária carioca e implicou com o biscoito Globo. O carioca saboreia o biscoito muito mais como um complemento digamos "lúdico" da praia a ser 'molhado' com mate ou chope do que como uma iguaria. Mas o repórter não entendeu nada e seria pedir muito que ele captasse o espírito da coisa.

A crítica de Segal irritou os cariocas que usaram as redes sociais para responder ao americano. Um citou a mania dos gringos por hamburger feito de "minhoca" e de sobras de carne de quinta categoria. Outro lembrou a fixação dos americanos por pasta de amendoim, ingrediente que eles usam até no sexo oral.

Repórter prepara armadilha para gays e é expulso
dos Jogos
Já o jornalista Nico Hines, do jornal americano Daily Beast, cometeu algo menos cômico. Ele utilizou um aplicativo de encontros dirigido a homossexuais e bissexuais com o objetivo de levar atletas da Vila Olímpica a "sair do armário". Era uma "armadilha" jornalística

Hines publicou dados dos usuários do aplicativo revelando nacionalidades, altura, peso, idioma etc. Atletas que vieram de países onde o homossexualismo é crime e, em alguns caso, punido com pena de morte, relataram que suas vidas podem correr perigo.

O COI baniu o jornalista, cassou sua credencial, e o Daily Beast retirou a reportagem do ar.

Polícia investiga suposto assalto sofrido por atletas americanos. 
Um suposto assalto sofrido por atletas americanos é outra história bizarra absorvida sem maior checagem pela mídia internacional. A polícia agora investiga se os nadadores Ryan Lochte, James Feigen, Gunnar Bentz e Jack Conger mentiram sobre um assalto que teriam sofrido ao sair de uma festa. Eles revelaram que foram assaltados mas caíram em contradição, contam que estavam muito bêbados para descrever os meliantes e dar detalhes. Os supostos ladrões levaram dinheiro mas deixaram celulares e relógios caros e um video mostra os quatro chegando à Vila Olímpica com pertences, brincando e sem aparentar ter passado por um traumático assalto a mão armada poucos minutos antes. A polícia ainda tenta confirmar a versão dos americanos, que não registraram queixa.

Logo no começo da Olimpíada houve outra trapalhada. Essa, com a ajuda da mídia brasileira que divulgou, sem mínima apuração, o caso de um "diplomata russo", um "vice-cônsul",  que teria sofrido um assalto na Barra da Tijuca, reagido, e eliminado o assaltante a tiro. A notícia correu o mundo.

O assalto aconteceu, segundo a polícia, o ladrão foi mesmo morto pelo homem que não era russo, muito menos diplomata, não se chamava Komarov e nem morava em Moscou. O sujeito era mineiro e, na carteira de identidade, estava lá o nome da figura: Marcus Cezar. O consulado russo desmentiu, mas aí a "notícia" já estava correndo o mundo.

Coisa do folclore jornalístico em ação na cobertura da Rio 2016.

Os cariocas agradecem a atenção dispensada, mas dizem que já têm muito problemas reais e não precisam de reportagens incrementadas por "licenças literárias".


ATUALIZAÇÃO em 18/8/2016

MENTIROSOS

Vídeo e depoimentos de testemunhas divulgados ontem desmoralizaram de vez a versão mentirosa dos atletas norte-americanos. 
Um dos atletas confessou que não houve roubo. 
Representantes da comitiva dos Estados Unidos apresentaram desculpas oficiais à Rio 2016. 
Os americanos mentiram com o objetivo de ocultar a prática de vandalismo em um posto de gasolina e, por motivos pessoais, minimizar eventuais consequências da animada noitada e da bebedeira.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Botaram Temer pra correr na maratona

Foto Mídia Ninja

Foto Midia Ninja

O Mídia Ninja contabilizou 14 pontos de protesto contra Temer e os golpistas ao longo do percurso da maratona feminina, ontem. Eram tantos que foi impossível para a cobertura de TV evitar focalizar as faixas. Leia mais no Mídia Ninja, clique AQUI

Jornais brasileiros: circulação em queda...

Segundo o Portal dos Jornlistas, a circulação dos cinco maiores jornais brasileiros caiu no primeiro semestre desse ano em comparação com igual período do ano passado. Os dados são do IVC. Folha de S.Paulo, O Globo, Super Notícia, Zero Hora e Estadão tiveram uma queda que variou de 8% a 15%, incluídas as versões impressas e on line.

Conflitos raciais; Milwaukee em chamas nada olmípicas


Segundo o New York Times, Milwaukee é um das cidades americanas onde é mais grave a segregação racial. Negros lotam cadeias e lideram as estatísticas de desemprego. Moram em bairros decadentes, sofrem com a desigualdade de renda bem mais crítica do que no resto do país. Por tudo isso, a morte de um jovem negro por balas da polícia foi apenas o estopim de mais uma revolta neste último fim de semana. O governador declarou estado de emergência na cidade.

Nas ruas do Rio, uma crônica visual...

A Presidente Vargas foi fechada para a Maratona feminina. Depois que as atletas passaram foi ocupada por pedestres, quase todos fotografando um raro momento da avenida sem o enxame de carros, motos e ônibus.

Soldados do Exército que cuidam da segurança da Rio 2016 são atração para os visitantes. Grupos de turistas pedem para fazer fotos ao lados dos militares e seus fuzis.

No Boulevard Olímpico da Praça Mauá. 

TV estrangeira entrevista a Velha Guarda...

No Porto Maravilha que junto com a Praça Mauá reformada é uma espécie de nova sala de visitas do Rio. .

Show na Praça Mauá. entre uma música e outra um refrão popular faz sucesso : "Fora Temer".
O logo Cidade Olímpica, na Mauá, é disputado para fotos

Na Mauá, Jacozinho faz embaixadinhas. O alagoano sobe até em árvores sem deixar a bola cair...
Hip Hop na praça e réplica do 14 Bis ao fundo

Não é um novo condomínio... Navio cruzeiro é "casa" de turistas

O Pira Olímpica com a Candelária ao fundo. Uma cena que atrai milhares de cariocas e turistas.
Segundo o prefeito Eduardo Paes, a instalação criada pelo americano Anthony Howe e impulsionada pelo vento permanecerá no local após os Jogos como uma recordação da olimpíada, mas sem chama.
Na Rio 2016, a propósito, a chama da Pira é bem menor do que em outras olimpíadas. 

A ideia é diminuir o consumo de gás e passar uma mensagem de sustentabilidade. 

Os painéis Etnia, de Eduardo Kobra...
.representam rostos de cinco continentes e...
...ficarão como um colorido legado cultural na nova alameda do Porto. 

Se a Princesa Isabel aparecesse na janela do Paço onde morou...

...veria a Rio 2016 em um telão instalado bem em frente à residência real.



Quer pular de bungee jump? A Praça XV tem...
FOTOS BQVMANCHETE

domingo, 14 de agosto de 2016

Rio 2016: Baía da Guanabara ganha elogios. O que é a natureza...



por Flávio Sépia

Os dois títulos acima são reproduções do Estadão. No alto, matéria de hoje. Acima, reportagem de julho de 2015.

Mas podiam ser retirados de quaisquer dos grandes jornais brasileiros e, por tabela, dos internacionais.

A poluição na Baía de Guanabara é crônica, lamentável e, mais ainda, porque bilhões já foram aplicados para programas de despoluição.

A culpa é oficial e da sociedade. Faltam esgotos e sobram ligações clandestinas em cidades por onde passam rios que deságuam na baía e as populações "colaboram" lançando lixo, sucatas, sacos plásticos, embalagens pet etc. E navios de grandes corporações que lavam clandestinamente tanques de óleo e industrias que vazam dejetos dão sua contribuição à sujeira.

Mas é fato que o quadro pintado nos últimos meses foi mais poluído por imprecisão e contaminação política do que a ainda triste realidade.

Seja lá por qual razão (talvez, quem sabe, porque o governo Michel Temer deva ter despoluído a baía em tempo recorde ou faz parte da súbita onda de "boas notícias" que acomete a mídia desde que Dilma foi tirada de campo), revela-se agora que os atletas que estão competindo na Rio 2016 superaram os "temores" e elogiam o belo cartão postal do Rio.

Menos mal.

Mas registre-se que os cariocas sabem que a Baía de Guanabara continua suja e torcem para que, um dia, se complete de fato o tão falado programa de despoluição.

A baía certamente está longe de ser um mar da margens plácidas e limpas, mas também não é o milk shake cremoso de coliformes que os "especialistas" venderam nos últimos meses.

A propósito: a Lagoa Rodrigo de Freitas também, da qual me contaram que era uma poça de organismos extra terrestres, parece não ser bem o coquetel de vírus e lixo anunciado.

As matérias agora parecem aquele baconista que perguntado sobre um produto responde que "tem, mas acabou".

Poluição? Melhor corrigir para "tem, mas não acabou".

Goleira 1: Salve, Bárbara! Mandando o racismo pra linha de fundo

Reprodução Facebook

A goleira Bárbara Michelline Barbosa. Foto CBF

Circula na rede a postagem de um certo Marcos Clay, que seria membro do Conselho Federal de Administração, onde é ofendida a goleira Bárbara da Seleção Brasileira de futebol feminino.
Clay escreveu: "Eu odeio preto, mas essa goleira do Brasil tinha chance".
Internautas reagiram na web criticando o post.
Bárbara no treino. Foto de Rafael Ribeiro/CBF
Bárbara brilhou no jogo contra a Austrália pegando dois pênaltis após Marta desperdiçar seu chute. A falha da atacante brasileira, eleita cinco vezes a melhor do mundo, fez a goleira
se superar para defender, em seguida, duas cobranças.
Bárbara declarou em coletiva: "Marta não podia ser injustiçada. Ela é extraordinária e não seria correto ser julgada por esse episódio. Eu soube extrair forças para evitar essa situação e fui muito feliz naquele momento", disse.
Melhor ler isso do que o post idiota do sujeito de Rio Branco (AC) acima.
Bárbara, concentrada para jogar, não comentou ainda o lamentável episódio.