Montagem; Fotos Públicas (*) |
Em um balanço da participação dos atletas brasileiros na Rio 2016, o saldo é positivo.
Inegavelmente, foi a melhor performance do Brasil em Olimpíadas. Ficou em um inédito 13° lugar, com 19 medalhas (7 de ouro, seis de prata e seis de bronze). À frente de países como Espanha, Dinamarca, Suécia, Canadá, Suiça, Bélgica, Noruega etc.
Além disso, com as 19 medalhas da Rio 2016, o Brasil avançou do 33° lugar para o 29° no ranking de toda a história das Olimpíadas, com um total de 128 pódios.
Havia a meta de o país ficar entre as dez grandes potências do esporte. Faltou pouco e fez muito. Em Londres e Pequim foram três ouros; agora, sete. E o Brasil subiu nove posições no quadro de medalhas em relação ao desempenho em Londres 2012, quando ficou no 22° lugar.
É possível que a ausência das equipes russas de atletismo tenha, de certa maneira, atrapalhado o ingresso do Brasil no raking dos dez primeiros, visto que alguns países ganharam ouro em certas modalidades que dificilmente conquistariam com a presença de favoritos russos.
Mas registre-se o fato de, apesar de ter conquistado algumas medalhas não previstas - o Time Brasil tenha ficado abaixo do esperado em modalidades como natação, judô, vela, vôlei feminino de quadra e futebol feminino. Tais esportes, com tradição de bons desempenhos, normalmente teriam levado o Brasil ao Top 10.
O resultado final configura um passo importante rumo ao posto de potência olímpica. E permanece a constatação de que o caminho até o pódio passa por questões sociais, como uma distribuição de renda mais justa, e pelo incentivo à prática de esportes assistida por instrutores nas escolas e universidades, apoio ao clubes formadores de talentos e a implantação de centros de treinamentos em todo o país.
Um país mais justo vai revelar naturalmente seus talentos hoje perdidos ou jamais descobertos.
O Comitê Olímpico Brasileiro desenvolve um programa pouco conhecido do público e da mídia. É o Projeto Vivência Olímpica, que visa antecipar a experiência olímpica de alguns talentos. Quatro dos atletas que foram a Londres levados pelo Vivência conquistaram medalhas na Rio 2016. São eles: Thiago Braz, Martine Grael, Felipe Wu e Isaquias Queiroz. Outros, como Hugo Calderano, Rebeca Andrade, Bernardo Oliveira e Lais Nunes tiveram bons desempenhos. O COB informou que a bem-sucedida experiência do Vivência Olímpica de Londres foi repetida no Rio de Janeiro. Vinte atletas com potencial de participação nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 ganharam experiência olímpica na Olimpíada. Um bom exemplo.
A expectativa é que sejam mantidos os recursos provenientes de Lei Agnelo/Piva e sustentadas outras estruturas de apoio como o Bolsa Atleta, Bolsa Pódio e o Programa de Alto Rendimento das Forças Armadas, que mostraram resultados na Rio 2016.
O Time Brasil deixou sua marca na Rio 2016 e está de parabéns.
(*) Os medalhistas brasileiros da Rio 2016:
Ouro Thiago Braz (atletismo – salto com vara), Robson Conceição (boxe), Alisson e Bruno Schmidt(vôlei de praia), Rafaela Silva (judô), Kahena Kunze e Martine Grael (vela – 49er FX), Seleção masculina de futebol e seleção masculina de vôlei.
Prata: Isaquias Queiroz (canoagem velocidade – C1 1000), Isaquias Queiroz e Erlon Souza (canoagem velocidade C2 1000), Arthur Zanetti (ginástica artística – argolas), Diego Hipólito (ginástica artística – solo), Felipe Wu (tiro esportivo – pistola de ar 10m) e Agatha e Barbara (vôlei de praia).
Bronze: Isaquias Queiroz (C1 200), Arthur Nory (ginástica artística – solo), Rafael Silva (judô - acima de 100kg) e Poliana Okimoto (maratona aquática), Mayra Aguiar (judô – até 78kg) e Maicon Siqueira (taekwondo – mais de 80k