por Eli Halfoun
Amanhã tem seleção brasileira outra vez
e certamente teremos choro em campo e na torcida que tem se (e nos) comovido em
muitos momentos dessa empolgante Copa do Mundo. Aliás, o choro dos jogadores na
sofrida partida contra o Chile foi motivo de muitas discussões e um assunto
repetitivo na mídia de uma maneira geral. Não entendi ainda o motivo de dar
tanta importância para as lágrimas de nossos jogadores. O choro é uma molhada
(e salgada) demonstração de sentimento, seja de alegria, tristeza e muitas
outras coisas. O choro é uma manifestação de sentimento e, portanto, um choro bom
e necessário de chorar. A discussão de agora deve estar ligada à velha mentira
de que “homem não chora”. Chora sim e é fundamental que faça isso para revelar
o sentimento inteiro. Os jogadores da seleção tinham e têm muitas razões para
chorar. Quando choram estão mostrando o amor que sentem pelo selecionado
e, portanto, pelo país. Todo homem chora e não poderia ser diferente para os nossos
atletas que vivem o maior momento de suas vidas e carreiras. Lágrimas
emocionadas não significam apenas dor e nervosismo. São a cascata de todas as
emoções e de todos os momentos que cercam nossas vidas. As lágrimas dos
jogadores da seleção são na vitória ou na derrota lágrimas de quem com muito
sacrifício chegou ao momento máximo de realizar a concretização do sonho maior
que para eles é o de jogar na seleção representando um país sensível que chora
o tempo todo. Homem que diz que não chora está mentindo ou não tem qualquer
tipo de sentimento. Por mais que disfarcemos nenhum de nós resiste em derramar
pelo menos uma lágrima diante de tudo o que a Copa está nos mostrando em campo
e no magistral comportamento da torcida que nos tem dado um emocionante
espetáculo de união, de paz e de comovida alegria. Se nossos craques precisarem
chorar que chorem. Só nos resta chorar com eles. Na derrota ou na vitória, que
certamente virá até o fim da competição e nos dará o tão sonhado hexa. (Eli
Halfoun)