por José Esmeraldo Gonçalves
O perigo, mais do que nunca. Marine Le Pen passou um maquiagem que amenizou suas conhecidas pautas de ultra direita, como racismo, imigração, ecologia, leis prisionais, educação, energia limpa, desmonte da União Europeia etc para prometer um programa populista de auxílios financeiros, corte de impostos, benefícios para aposentados, salários, um possível "brexit" francês, aumento das verbas militares, intervenção do Estado na economia, entre outros pontos que seduziram boa parte do eleitorado cansado do modelo neoliberal que fez cair o padrão de vida da população nas últimas décadas. Não por acaso sua campanha recebeu vultoso apoio financeiro do lider polonês Andrzej Duda. Na outra ponta, o desgaste de Emmanuel Macron, os impactos da guerra na Ucrânia e a fragmentação resiliente da esquerda favoreceram a ascensão da Führerin francesa. Faltou pouco para Mélenchon - cujo desempenho surpreendeu -, ir para o segundo turno. Resta agora esperar que o voto antifascista anteveja o risco, faça cair a abstenção e reeleja Macron, a solução amarga e única. Macron, Mélenchon e nichos menores da esquerda têm até o próximo domingo, data do segundo turno, para buscar um entendimento que afaste a França da fascismo com botox.
Um comentário:
Vão mandar essa nazista pro lixo tenho certeza
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