segunda-feira, 11 de abril de 2022

Operação Antibrocha- Militares recebem "Auxílio Viagra" pago com dinheiro público

por O.V.Pochê

Em 1968, o deputado Márcio Moreira Alves protestou na tribuna da Câmara Federal contra a violenta invasão da Universidade de Brasília. No seu discurso, às vésperas de 7 de setembro, ele propos às mulheres brasileiras uma espécie de boicote aos militares das Forças Armadas. Veja um trecho do discurso que motivou a cassação do seu mandato e o lançou em um exílio de mais de dez anos.

"Esse boicote pode passar também às moças, aquelas que dançam com cadetes e namoram jovens oficiais. Seria preciso fazer hoje no Brasil com que as mulheres de 1968 repetissem as paulistas da Guerra dos Emboabas e recusassem a entrada à porta de sua casa aqueles que vilependiam a Nação. Recusassem a aceitar aqueles que sillenciam e, portanto, se acumpliciam".
Não se sabe se aquela sugestão de greve afetou a vida sexual dos militares. Não eram tempos de transparência, o sigilo imperava até debaixo dos lençóis oficiais.

Cinquenta e quatro anos depois o Brasil vive um governo impregnado de milicos. Eles voltaram a mandar no sol e na chuva da frágil democracia brasileira. O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) revelou que as Forças Armadas aprovaram a compra de mais de 35 mil unidades de Viagra, medicamento utilizado no tratamento contra a disfunção erétil. Os brasileiros já tão explorados agora patrocinam tentativas de paudurência nas fileiras das gloriosas. Se não houve a greve de sexo sugerida por Márcio Moreira Alves, supõe-se agora que, longe de paralisação, a reivindicação e manobra militar urgente pedem mais ação.

Militares alegam que o medicamento também é usado para tratar de hipertensão pulmonar, mas não falam nada sobre como vão controlar ereções indevidas e não autorizadas na tropa.

 

Um comentário:

J.A.Barros disse...

Sempre pensei que bala fosse o artigo mais necessário para um exército e hoje vejo que me enganei vergonhosamente: Viagra, para o exército, é de vital importância. Nós, precisamos pagar os impostos, para dar aos comandantes militares o direito de transarem satisfatoriamente sem medo de terem seus postes arriados com a bandeira no chão