sábado, 16 de maio de 2020

Dia histórico para o jornalismo: O Globo publica a palavra "foder" na capa

Reprodução O Globo

por Ed Sá 
Anote essa data: 15 de maio de 2020. O Globo publica na primeira página a palavra "foder'. Claro que vem da boca suja do sociopata, e isso deu importância política à frase. 
Em todo caso, é histórico.
Vão longe os tempos em que o Pasquim era pontilhado de asteriscos para simbolizar o vocabulário cabeludo. Ainda bem que a linguagem jornalística se aproxima da vida real, embora o povão fale "fuder", bem mais orgástico. 
Mas há uma graduação aí. Leila Diniz falando "foder" era poesia pura. Ela tanto amava foder que cabe a redundância. 
Já para o autor das aspas que O Globo reproduz, tudo é ódio. Até o sentido em que usa o verbo em transitivo direto "foder". No caso, como sinônimo de "prejudicar", "lesar'", "causar dano", "deteriorar", "danar", dificultar", "tolher".

Um comentário:

J.A.Barros disse...

Há muito tempo, que os jornais deveriam, nas suas reportagens, escrever pontualmente, os diálogos travados em plenário ou mesmo em discursos de políticos e até mesmo de políticos eleitos para a Câmara e Senado. Há pouco tempo, um senador da tribuna do Senado, no seu discurso, chamou o personagem de sua fala de "filho da puta "– em voz muito baixa – ora, ninguém, no brasil é inocente e certamente não se sentirá ofendido se ouvir de alguém, até de um presidente do pais, palavrões na sua fala presidencial. O dito "palavrão " hoje, faz parte do vocabulário normal do brasileiro.