Paulo Guedes é uma espécie de "primo rico", o personagem criado por Max Nunes e vivido por Paulo Gracindo no "Balança mas não Cai". Para o ministro, o "primo pobre" - que no humorístico era interpretado por Brandão Filho - é o culpado de tudo. Do rombo da Previdência ao uso perdulário do seguro-desemprego, da custosa necessidade de hospitais e escolas a casa própria e emprego.
Em Davos, Guedes resolveu denunciar o "primo pobre" como o grande responsável pelos problemas ambientais.
O ministro deve ter identificado o "vilão" do planeta quando foi trainee neoliberal em Chicago ou até no período que serviu à ditadura de Pinochet. Ele acha que o "primo pobre" detona o meio ambiente em busca de comida. Evita responsabilizar grandes corporações, mineradoras, a indústria do petróleo etc, e ignora que os processos de desmatamento são operações caras, grileiros, invasores, o agronegócio, garimpeiros, sejam de empresas ou de milícias, utilizam máquinas pesadas. É uma questão de escala, para usar o jargão tecnocrata.
Ô "primo rico", vai dar uma volta nas periferias ou nos grotões do Brasil. O pobre é vítima e não o agente da degradação ambiental.
"Você é uuuuótimo, primo!".
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2 comentários:
esse ministro é um ignorante
Pessoa desprezível que fala esse tipo de coisa. Não tem a dimensão social da Economia, com maiúscula. A vida de um país são pessoas e não números. O Brasil está vivendo sobre essa doutrina um verdadeiro massacre social. E eles comemoram até estatísticas que anunciam crescimento do subemprego, como se isso resolvesse os problemas da família. E não é por acaso que a tal bola de valores vai bem enquanto o povo vai mal. E política para especuladores que enriquecem e não criam um emprego, a produção.
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