domingo, 25 de agosto de 2019

Fotografia: Cartier-Bresson e Robert Capa registram a libertação de Paris. Foi no dia de hoje, há 75 anos

Barricadas na Rue de Castiglione/ Foto de Henri Cartier-Bresson (link abaixo) 

Partisans em combate. Foto de Robert Capa - International Center of Photography/Magnum Photos (link abaixo)

No dia 25 de agosto de 1944, há 75 anos, Paris foi libertada dos nazistas. Seis dias antes, a Resistência Francesa criara focos de combate às guarnições alemãs em vários bairros da capital. E no dia 24, os partisans receberam apoio das forças regulares  - os espanhóis remanescentes das forças republicanas que haviam lutado na Guerra Civil Espanhola incorporados à Companhia Nueve do Regimento do Chade foram os primeiros a entrar na capital francesa - seguidos do Exército da França Livre e da 4ª Divisão de Infantaria americana.

Os aliados estavam às portas de Paris mas seus comandantes lidavam com problemas de logística e ainda relutavam em tomar a cidade naquela semana. A ação dos partisans precipitou a invasão final. De Gaulle só entrou em Paris quando os parisienses já lutavam havia seis dias nas ruas e parques. No total, na chamada Batalha de Paris, morreram cerca de mil partisans e 600 civis, além de 130 soldados regulares e 3 mil soldados alemães. A cidade estava sob os coturnos nazistas desde junho de 1940.

Enquanto Paris lutava pelo menos dois grandes fotógrafos testemunhavam os combates: Cartier-Bresson e  Robert Capa.

Capa, que entrou na capital de carona em um tanque da Companhia Nueve, recordou no seu livro de memórias "Ligeiramente fora de foco":

“O caminho para Paris estava aberto, e todo parisiense estava na rua para tocar o primeiro tanque, beijar o primeiro homem, cantar e chorar. Nunca houve tantos que eram tão felizes tão cedo ”, escreveu ele. Senti que essa entrada em Paris havia sido feita especialmente para mim. Em um tanque feito por americanos que me aceitaram, cavalgando com os republicanos espanhóis com quem eu havia lutado contra o fascismo há muitos anos, eu estava retornando a Paris - a bela cidade onde aprendi a comer, a beber, a amar ... ”

Para celebrar os 75 anos da libertação de Paris, o site da Agência Magnum editou um álbum com fotos dos dois profissionais que marcaram a história do fotojornalismo.

VEJA NA MAGNUM, AQUI

7 comentários:

Norões disse...

Paria, capital da França, esse país que tenho laços históricos com a cultura brasileira e que o o desclassificado do Bolsonaro, um ignorante juramentado, agora tem como inimiga.

J.A.Barros disse...

O Exército do genial general Patton, teve de parar o seu ritmo de avanço para que o general francês entrasse primeiro em Paris. Muito irritado, Patton xingando Eisenhower e o resto do Estado Maior, se segurou nas portas de Paris, esperando LeClerc entrar vitorioso em Par

Prof. Honor disse...

As tropas dos Estados Unidos chegaram à França em 1944, quando os soviéticos já empurravam os alemães de volta pra casa.Durante anos de guerra, a única força combatente na França era a da Resistência. Na Itália, depois de um período de "treinamento" em combate na África, onde os ingleses já haviam revertido o domínio dos nazistas, os americanos desembarcaram na Itália em 1943. Ou seja, para eles, a guerra na Europa durou menos de dois anos. Isso é história e não cinema, J. A. Barros

Prof. Honor disse...

Depois de passar pela África, Patton comandou a invasão da Sicília, mas foi afastado do comando depois de bater em soldado e agredir ferido que, para ela, estavam fingindo. Só voltou ao comando um ano depois, em junho de 44 amenos de um ano do fim da guerra e avançou com o 3° Exército na França a partir da Normandia. A batalha mais dura que os americano enfrentaram foi a das Ardenas, último foco de resistência do nazistas no norte da França. Àquela altura os nazistas tentavam desesperadamente reforçar o Leste diante da ofensiva soviética. Patton não esteve nas Ardenas. Apos a derrota final dos alemães, ele foi escalado para comandar a região da Baviera. Também foi logo afastado porque o comando supremo achou que ele não estava conduzindo com interesse a desnazificação do país. Veja meu caro que a história é real é bem diferente da que foi contada por Hollywood.

André disse...

Por não ter guerra no seu território, Estados Unidos lucraram com a segunda guerra e não por acaso sairam desse período como superpotência. Mortes de soldados não são importantes para Washington haja vista as guerras em que se envolve. Quer um exemplo? Morreram muitos americanos no Afeganistão lutando contra o Talibão e agora os Estados Unidos conversam com o Talibã para fazer um acordo e permitir que eles governem o país. Vietnã foi a mesma coisa. Muitos jovens morreram e chegou um momento em que o país foi botado pra correr e a guerra sem sentido acabou, ficaram a dor e a saudade das famílias que perderem filhos, irmãos, netos e maridos.

J.A.Barros disse...

Cara, há momentos que a historia se confunde com a realidade. A história é escrita por homens que nunca participaram de uma guerra. Li Joachim Fest, o alemão que escreveu a melhor e mais verdadeira biografia de Adolf Hitler, li Minha Luta de Adolf Hitler, editada pela Editora da Revista O Cruzeiro onde trabalhei 20 anos. Ascensão e que Queda do nazismo, li a história da Segunda Guerra Mundial em 3 volumes. A guerra na África comandada pelo mais brilhante General alemão, Von Rommel. A história e a vida de Mussolini. Mussolini. 100 mil Marmitas no Gelo e mais tive a maior coleção da Segunda Guerra Mundial em fascículo e em cores criada por uma editora Argentina, que encadernei em 12 volumes. Li a história e a vida de Franklin Dellano Roosevelt. O desembarque das tropas dos aliados nas praias da Normandia e muito mais e meu caro acompanhei o desenrolar de toda Segunda Guerra, pelo rádio, na década de 40 e estudava no liceu de Niterói. Cara, não faça considerações depreciativas de quem não conhece e nunca viu. Caro professor Honnor, não o conheço mas o respeito e pelas suas palavras que demonstrou conhecimento dos fatos que se sucederam na Segunda Guerra Mundial. Temos que tomar conhecimento e tecer críticas ao EUA pelas suas atitudes e envolvimentos políticos e comerciais nas guerras que criou e se envolveu.Nada justifica uma guerra entre países, por mais que ela se torne politicamente necessária em face de problemas de sobrevivência como a do Japão contra os EUA. Mas, fora paixões por situações políticas e interpretação de fatos que ocorreram nesta Segunda Guerra, vamos creditar aos EUA o seu grande esforço industrial de manter os exercitos russo e o das forças aliadas como máquinas de guerras como aviões, tanques, canhões, fuzis enfim todo os equipamentos que mantem os soldados nas frentes de batalhas e garantem a vitória final. Tudo que escrevo, principalmente sobre a Segunda Guerra Mundial, foi por leitura de testemunhas daquele fato e um pouco pelo acompanhamento pelo rádio, durante essa guerra que mudou o mundo, que hoje posso fazer cometários sobre ela. Mas, devido a grande massa de informações, naturalmente, alguns fatos podem apresentar discrepância entre eles. A forma de como foi feita a apuração e pesquisa. O relato de alguns mal informados, enfim uma série de acertos e desacertos poderão vir se desencontrar e o próprio cinema desvirtuar fatos em cenas contraditórias para favorecer o visual e o roteiro escolhido para terminado filme. Mas, é assim que se escreve a história. Alguns autores dizem que Nero cantava enquanto Roma incendiava e outros autores afirma que Nero não incendiou Roma e provam.

Prof. Honor disse...

Utilizo dados históricos comprovados por várias fontes. Por exemplo: o material cedido à Inglaterra, China e à URSS pelos Estados Unidos enquanto ainda queria manter neutralidade na guerra foi na sua maioria por empréstimo. O acordo diziam que os equipamentos destruidos em combate não precisariam ser pagos, mas as demais armas e veículo sobreviventes sim. Foi a Operação Land-Lease. A própria Inglaterra ainda pagou aos americanos quando anos depois do fim da guerra optou por ficar com armamento e veículos excedentes. A URRS fez o mesmo. Claro que a ajuda americana aos soviéticos foi importante mas não exatamente uma bondade naquele momento interessava ao ocidente que a URRS resistisse. E isso foi feito a custo de 20 milhões de vidas. A material cedido pelos Estados Unidos era formado por caminhões principalmente e morteiros, rifles e aviões. Foram enviados biliondados em menos quantidade, a URSS tinha inclusive o famoso tanque T-34. E mais o total dessa "ajuda" foi de quase 50 bilhões (até a FEB recebeu, além de outros aliados) coube à URSS menos de dez bilhões. Não sou político, a razão da minha pesquisa é que EUA e Europa, co a Guerra Fria, passaram a minimizar a importância da URSS na Segunda Guerra. Historiadores sabem que3 o sacrifício da URSS foi decisivo para determinara a derrocada do nazismo. E mais não tenho a dizer. Apenas que devemos ser inteligente e ter cuidados com as manipulação da história nessa e em inúmeras outras situações.