terça-feira, 20 de agosto de 2019

Der Spiegel: revista alemã pede sanções econômicas contra o Brasil. Motivo: a destruição da Amazônia, que ontem virou fumaça nos céus de São Paulo...


Reproduções Twitter

Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais divulgados ontem as queimadas no Brasil aumentaram em 82% em relação a 2019, entre janeiro e 18 de agosto, em comparação com o mesmo período do ano passado. O governo Bolsonaro e seus ministros abertamente desprezam a questão ambiental. São predadores assumidos que, na prática, através desse discurso incivilizado, incentivam o agronegócio a incendiar o meio ambiente. A política devastadora do governo Bolsonaro levou fazendeiros da região amazônica a promoverem o "Dia do Fogo". "Precisamos mostrar para o presidente que queremos trabalhar e único jeito é derrubando. E para formar e limpar nossas pastagens, é com fogo”, disse ao jornal paraense Folha do Progresso um integrante da facção incendiária.
Se a destruição precisava de mais um símbolo além das imagens de satélites que mostram milhares de focos de incêndio, esse logotipo dos bárbaros está à disposição do mundo desde ontem: na cidade de São Paulo o dia virou noite, às três da tarde. O assunto bombou no Twitter e ganhou repercussão mundial.

Reportagem na Der Spiegel pede sanções contra o Brasil por conta da destruição da Amazônia, que afeta o planeta:
"É hora de sanções contra o Brasil. Porque a UE não deve mais apoiar projeto de reflorestamento climático de Bolsonaro". Reprodução  
Também ontem, por coincidência, a Der Spiegel publicou uma matéria onde pede providências globais contra a dizimação da Amazônia que afeta toda a humanidade. "O desenvolvimento do clima do mundo depende da preservação da floresta tropical. Portanto, não devemos deixar a decisão sobre o futuro desse ecossistema apenas para o presidente de direita do Brasil, Jair Bolsonaro. A Europa não deve ficar de braços cruzados, pois um cético da ciência, preconceituoso e movido pelo ódio, sacrifica vastas áreas de selva para pecuaristas e plantações de soja", alerta a revista, que exige que a Alemanha siga o exemplo da França e se recuse a ratificar o acordo do Mercosul com a União Europeia enquanto a Amazônia continuar a ser derrubada."Bolsonaro não quer cooperação na Amazônia; Ele insulta e persegue todos os que contradizem sua visão reacionária do mundo", completa a Der Spiegel.

A tendência é que por pressão dos consumidores em vários países e por ação política dos ambientalistas cresça uma onda de rejeição a produtos exportados pelo Brasil e que tenha relação com a destruição de florestas. Uma futura decretação de sanções já é uma sombra no horizonte das relações internacionais do país alimentada pela estupidez do atual política, ou falta de, para o meio ambiente.

E a imagem apocalíptica de São Paulo ontem não ajuda a afastar essa hipótese.

Um comentário:

Jesse disse...

Acredito que isso será possível. Se o Brasil é irresponsável ao cuidar de um bem natural da humanidade deverá aceitar ajuda e parcerias ou acabará sofrendo sanções mesmo.