sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Mídia: muita mutreta pra levar a situação...


A capa do Estadão, hoje, é praticamente um tutorial do Brasil atual.

* A foto principal mostra a ruína de uma universidade. Por algum motivo patológico ou interesses privados, o governo estimula um ódio às escolas públicas de ensino superior. A rejeição vai à pratica com os sucessivos cortes de verba.

* Populacho causa déficit: entrevista com secretário do Tesouro informa que mesmo com o confisco da Previdência aprovado pela Câmara, o suposto déficit crescerá 40 bilhões de reais por ano. Ele defende congelamento de salários de servidores, entre outras medidas que vão sobrar para o populacho. Benesses de juízes, desembargadores, procuradores, deputados, senadores, ministros, altas patentes, altos funcionários públicos do primeiro escalão, cobranças de dívidas de empresários com a Previdência não estão na pauta do empregado de Bolsonaro.

* Negócios turbinados: mensagens sobre o escândalo protagonizado pelo governo brasileiro e paraguaio sobre Itaipu mostram interesses e armações com empresas privadas inseridas no pacto. Se puxar o fio haverá choque elétrico em Brasília e Assunção.

* Agrodestruição: painel do Clima da ONU, esse baseado em satélites que não podem ser desligados pelo governo brasileiro, apontam 23% das emissões de gases efeito estufa no mundo vêm do desmatamento e da agropecuária.

* Na ativa: o empresário Eike Batista foi preso. Ele cumpria condenação em prisão domiciliar por corrupção e lavagem de dinheiro, mas andava bem ativo. Nas últimas semanas fazia aparentemente uma faxina na própria imagem: deu entrevistas a várias publicações onde falou de grandes projetos e voltou às notinhas em colunas de jornais amigas. Agora é suspeito de manipulação do mercado de capitais e transações fraudulentas, segundo o MPF.

* Afeto que se encerra: outra chamada de capa dá conta de abalos no núcleo do governo. Depois de tirar a toga de Sergio Moro ao nomeá-lo ministro, Bolsonaro estaria agora podando as mangas de camisa e aparando as bocas da calça do maior símbolo eleitoral da sua campanha.

* Pulou do barco: chamada para artigo de Fernando Gabeira mostra mudança de rumos na avaliação do amigo Bolsonaro, da condescendência à decepção. 

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