Barricadas na Rue de Castiglione/ Foto de Henri Cartier-Bresson (link abaixo) |
Partisans em combate. Foto de Robert Capa - International Center of Photography/Magnum Photos (link abaixo) |
No dia 25 de agosto de 1944, há 75 anos, Paris foi libertada dos nazistas. Seis dias antes, a Resistência Francesa criara focos de combate às guarnições alemãs em vários bairros da capital. E no dia 24, os partisans receberam apoio das forças regulares - os espanhóis remanescentes das forças republicanas que haviam lutado na Guerra Civil Espanhola incorporados à Companhia Nueve do Regimento do Chade foram os primeiros a entrar na capital francesa - seguidos do Exército da França Livre e da 4ª Divisão de Infantaria americana.
Os aliados estavam às portas de Paris mas seus comandantes lidavam com problemas de logística e ainda relutavam em tomar a cidade naquela semana. A ação dos partisans precipitou a invasão final. De Gaulle só entrou em Paris quando os parisienses já lutavam havia seis dias nas ruas e parques. No total, na chamada Batalha de Paris, morreram cerca de mil partisans e 600 civis, além de 130 soldados regulares e 3 mil soldados alemães. A cidade estava sob os coturnos nazistas desde junho de 1940.
Enquanto Paris lutava pelo menos dois grandes fotógrafos testemunhavam os combates: Cartier-Bresson e Robert Capa.
Capa, que entrou na capital de carona em um tanque da Companhia Nueve, recordou no seu livro de memórias "Ligeiramente fora de foco":
“O caminho para Paris estava aberto, e todo parisiense estava na rua para tocar o primeiro tanque, beijar o primeiro homem, cantar e chorar. Nunca houve tantos que eram tão felizes tão cedo ”, escreveu ele. Senti que essa entrada em Paris havia sido feita especialmente para mim. Em um tanque feito por americanos que me aceitaram, cavalgando com os republicanos espanhóis com quem eu havia lutado contra o fascismo há muitos anos, eu estava retornando a Paris - a bela cidade onde aprendi a comer, a beber, a amar ... ”
Para celebrar os 75 anos da libertação de Paris, o site da Agência Magnum editou um álbum com fotos dos dois profissionais que marcaram a história do fotojornalismo.
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