quinta-feira, 11 de abril de 2019

Fotomemória das enchentes cariocas: a cápsula Gemini V quase naufraga no Rio e jornal compra barco para resgatar jornalistas...

Cenas cariocas durante as chuvas de 1966: no Passeio Público, a enxurrada ameaçou ou cápsula espacial Gemini V  em exposição no Rio , apavorando o engravatado agente americano. 

Na Praça da Bandeira a canoa dos bombeiros virou táxi. A redação do Última Hora ficava nas imediações e as cheias eram tão frequentes que a direção do jornal comprou um barco para transportar os funcionários na zona crítica.
Fotos/Reproduções Manchete 

O Rio vive dias de um caos que se repete ao longo de décadas. Neste 2019, dois elementos que não caíram dos céus - a negligência e falta de iniciativa do prefeito Crivella - foram os agravantes que multiplicaram os efeitos das enchentes. Mas o fato é que no passado e no presente e, pelo jeito, no futuro, as chuvas alagaram, alagam e alagarão a cidade e levaram, levam e levarão para a lama a imagem dos prefeitos e governadores de ocasião. Alguns até mostraram trabalho na contenção de danos - não é o caso de Crivella - mas não foram competentes na ação preventiva.

Em 1966, a redação do Última Hora ficava na Praça da Bandeira, onde durante temporais só se transitava de barco. O transtorno era tão frequente que, segundo matéria da Manchete, a direção do jornal comprou um barco para transportar seus funcionários em dias de enchente e resgatá-los ao fim do expediente.

Também em 1966, a cápsula espacial Gemini V quase naufragou no Rio. A nave que passou sete dias em órbita poucos meses antes, em agosto de 1965, pilotada pelo astronauta Gordon Cooper, estava em exposição no Passeio Público em evento organizado pela embaixada americana. A enxurrada que veio da Lapa e das escarpas de Santa Teresa quase arrastou o veículo da NASA.

Um comentário:

Lourival de Caxias disse...

No Rio até a Jules Rimet foi roubada, uma nave espacial se perder na enxurrada é moleza.