sábado, 27 de abril de 2019

Personalidade do Ano está sem teto. Novaiorquinos não querem deixar Bolsonaro acordar na cidade que nunca dorme...



Um dos salões para recepções do Marriot Marquis:
hotel é pressionado para  não receber Bolsonaro.
Foto Divulgação
por Ed Sá 
Depois do Museu Americano de História Natural se recusar a dar um crachá para Jair Bolsonaro adentrar suas dependências, o Hotel Marriott Marquis está sob pressão para não sediar a cerimônia de entrega do título de Personalidade do Ano da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos ao presidente do Brasil.

O senador estadual democrata Brad Holyman, cuja área de atuação é Manhattan e, entre outras regiões centrais, a Times Square - onde fica o hotel, na West 46th Street com a Broadway - enviou carta ao presidente do grupo denunciando o inquilino do Planalto como "homofóbico perigoso e violento, que não merece uma plataforma pública de reconhecimento em nossa cidade".

Para Nova York, a organização privada Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos não tem tanta  importância, mas a diversidade que a metrópole se orgulha de praticar, sim. Daí a rejeição ao que Bolsonaro representa.

Os organizadores estão bobeando. Precisamente pelo seu multiculturalismo, Nova York tem points e tribos afins ao ideário de qualquer visitante. Não é difícil Bolsonaro acordar na cidade que nunca dorme e arrumar lugar para o regabofe, que está marcado para o dia 14 de maio. Basta ir ao Google. Há uma infinidade de organizações conservadores e de direita como White Nationalist, Atlah World Missionary Church, Anti-LGTB New York, Blood and Honor Social Club, Racist Skinhead, Radical Traditional Catholicsm, Pround Boys etc.

Talvez Bolsonaro nem se sinta à vontade no Marriot Marquis: o hotel tem uma política de inclusão e apoio à comunidade LGTB, que está devidamente representada entre seus funcionários.

Em último caso, pode descolar um apê no Airbnb.

Nenhum comentário: