por Ed Sá
* Boca de urna - Ano que vem tem eleições presidenciais no Brasil oficial: Donald Trump é candidato à reeleição.
* Ocupação - O Brasil já teve uma base americana, em Natal, nos anos 1940. Na época, a 'possessão' deixou de legado a Coca-Cola e a calça jeans. Mas não é verdade que o governo brasileiro vai oferecer o Brasil para ser o 51° estado americano ou uma país "associado" como Porto Rico.
* Nova era - Embaixadas do Brasil na Alemanha e na Austrália são alvos de protestos contra o fascismo.
* Não são de confiança - Ministros são obrigados a deixar celulares fora da sala ao se reunir com presidente. Caso lembra a humilhação sofrida pelo ministro das Relações Exteriores do governo FHC, Celso Lafer, que em 2002 foi obrigado a tirar os sapatos em aeroporto americano e foi criticado por se submeter e não voltar ao Brasil no mesmo avião.
* Correndo no shopping - Flamengo vai para a Flórida participar de um torneio internacional. É a sonhada chance de ganhar um título qualquer, coisa que persegue há muitos anos. Na pior das hipóteses jogadores e cartolas trarão como troféu sacolas de aparelhos celulares, eletrônicos em geral, enxoval de bebê para a cunhada, tênis, perfumes, roupa de marca, brinquedos...
* Mordaça - a corte palaciana aconselha Bolsonaro a não falar sobre temas econômicos. É o que diz O Globo. Curioso é que o presidente vai discursar no Fórum Econômico de Davos. Falará sobre o que? Kit gay, Lula, índios, quilombolas, Triple A, o Nordeste socialista, a base militar dos Estados Unidos no Brasil, a invasão da Venezuela?
* Blocos independentes sob ameaça - Segurança para o folião é fundamental. Isso é uma coisa. E os governos têm que prover esse serviço. A carnaval de rua do Rio de Janeiro foi revitalizado a partir da segunda metade dos anos 1980 por iniciativa dos blocos de bairro, independentes e impulsionados por cariocas e turistas. Hoje, o carnaval de rua atrai muito mais turistas e movimenta hotéis, comércio e serviços do que o desfile das Escolas de Samba. A cidade fatura bilhões e a festa cria milhares de empregos temporários. A Riotur acaba de criar exigências que os blocos independentes não terão condições de cumprir. Oferecer aos foliões ambulâncias UTI, por exemplo. Só os blocos de força comercial facilmente identificável, do tipo Bloco da Preta, Anitta, Favorita etc, terão condições de atender ao novo regulamento. Serviços como ambulância, trânsito, policiamento e limpeza para a passagem dos blocos independentes devem ser fornecidos pela prefeitura em parceria ou não com o patrocinador master que exibe sua marca nas ruas. Os blocos comerciais têm seus próprios recursos. Ou isso ou, para ser coerente, a prefeitura terá que exigir de todo evento privado, da Marcha de Jesus à Parada Gay, da Marcha da Maconha à Procissão da Semana Santa e à Árvore de Natal da Lagoa, do festival Gospel ao Rock'n Rio (sim, causa impacto na cidade mesmo fora da cidade do Rock), da Maratona do Rio ao jogo de futebol no Maracanã (Copa América, por exemplo, vem aí), policiamento, limpeza e ambulância privada com UTI e outras obrigatoriedades.
* Samba do colunista doido - Fernando Gabeira escrevendo no Globo, hoje, sobre Deus, ministro das Relações Exteriores, Afonso Arinos, salvação, Acordo-Militar Brasil-Estados Unidos, China, Trump, PT, esquerda, meninas de rosa, meninos de azul, Tao, Shiva, Zoroastro e I Ching deixa tantas pontas soltas e mistura tantos baratos que parece viagem de ayahuasca.
* Não colou - A mídia impressa passou a adotar textos mais curtos para supostamente replicar o exemplo jornalismo digital. O tempo mostrou que a superficialidade pode ser um subproduto dessa fórmula. Por ironia, o jornalismo digital assimilou em 2018 o formato de texto mais longo para aprofundar determinados assuntos. Isso, em todo o mundo. No Brasil, veículos como The Intercept, BBC Brasil, Portal Fórum, El Pais têm publicado excelentes, e longas, reportagens tanto investigativas quanto de comportamento.
* Agora já era - Tite em entrevista ao programa Mesa Redonda, à TV Gazeta, fazendo mea culpa sobre o fracasso na Copa do Mundo da Rússia: "Eu teria feito alterações mais rápidas na equipe. Deveria ter feito antes dos jogos e não durante os jogos". O treinador terá nova chance na Copa América, com uma vantagem: a Bélgica não participa do torneio.
* Record, SBT, Istoé, rindo à toa? - Bolsonaro falou: “Vamos democratizar as verbas publicitárias. Nenhum órgão de imprensa terá direito a mais ou menos naquilo que nós, de maneira bastante racional, viremos a gastar com a nossa imprensa. Queremos sim, que vocês sejam cada vez mais fortes e isentos e não sejam, como alguns o foram no passado, infelizmente parciais".
* A nova cruzada - Evangélicos brasileiros querem converter povo judeu ao cristianismo. Dizem que a ofensiva rumo à Terra Santa fazia parte de "profecia" bíblica e é pré-requisito para o apocalipse.
* O MP tá na praia ? - Hoje já é dia 7 de janeiro e o bloco dos políticos envolvidos na Lava Jato e que perderam foro privilegiado está curtindo férias. Alguns já reservaram abadá pro carnaval.
* Grilo comunista - Diplomatas americanos denunciaram Cuba por instalar equipamento secreto que emitia ruídos e causavam dores de cabeça e perda auditiva em quem trabalhava no prédio da embaixada dos Estados Unidos em Cuba. O zumbidogate começou em 2016. Agora, cientistas que analisaram gravações afirmam que o misterioso equipamento eletrônico atende pelo nome de um inseto pacífico: o grilo. Não há comprovação de que os grilos cubanos tenham sido treinados por Raul Castro para atazanar gringos. A notícia está no New York Times.
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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2 comentários:
Acho que deve haver um tratamento diferente para os blocos de bairro formado por cariocas moradores e vizinhos e os blocos de artistas que pegam carona no carnaval. Nada contra, mas esses tem força economica, fazem shows, são contratados por governos de estados e municipios para shows e podem pagar uti, seguurança etc. Se não houver um criterio justo vão acabar com o carnaval de rua do rio da janeiro que vai virar uma sub salvador com abadãs pagos e tudo.
É um absurdo essa verdadeira campanha contra os blocos independentes criados pelo povo carioca e tradição da cidade. Burocratas inventam isso. Os blocos de cantoras ao estilo de trio baiano que ão tem nada a ver com o Rio vã pode contratar UTI e o caralho mas osd blocos de bairro não.
Crivella e seus funcionários da Riotur querem é o fim do carnaval de rua e do Sambódromo? Parece
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