Não é acidente. É crime anunciado.
O rompimento da barragem de Mariana, onde a lama virou impunidade e vice-versa, não serviu de alerta.
Os poderes públicos e corporativos se completam e deixam à sociedade apenas a prerrogativa de contar seus mortos.
Repete-se a tragédia tendo como protagonista a mesma e poderosa empresa, a Vale. E não há sinais de que essas irresponsabilidades serão contidas. Ao contrário. Aparentemente, a engenharia da Vale não sabe construir barragens e, muito menos, sabe mantê-las. Se soubessem, as represas ficariam em pé.
Apesar dos crimes e dos protestos e alertas das organizações ambientais, a empresa recebeu licenças para ampliar indiscriminadamente, contra pareceres técnicos, seus campos de mineração. Brumadinho foi uma das regiões onde a Vale obteve essa "vitória".
Hoje, uma comitiva do governo federal sobrevoa a região de Brumadin, o triste cenário do novo crime. É comum o marketing governamental nessas ocasiões. Mas, desse atual governo, já se sabe - as autoridades tornam público isso a cada instante - que tem um lado na questão ambiental: o engajamento predatório ao lado das empresas, gananciosas, poluidoras e desmatadoras, que já se sentem estimuladas com o aval federal e a extraordinária força das suas bancadas parlamentares.
Existe uma clara ofensiva da "nova era", e já com atos administrativos, contra o licenciamento ambiental como etapa que "atrapalha o desenvolvimento". Está em curso uma virtual criminalização das instituições de defesa do meio ambiente. Passado o choque e o marketing, Marianas e Brumadinhos, nesse quadro, tendem a se repetir.
A tragédia de Brumadinho é hoje o assunto dominante na mídia brasileira e nos veículos internacionais.
O Brasil é cada vez mais o país que desmata, que oprime os índios e populações ribeirinhas, que polui, que envenena o meio ambiente e a produção agrícola com agrotóxicos liberados, que explora o trabalho escravo. que persegue e ameaça a diversidade, que exibe índices crescentes de homicídios, que tem poderosas quadrilhas de traficantes, que tem milícias paramilitares com fortes ligações políticas, que tem sicários que fuzilam políticos ou os expulsam do país.
Caminha para se tornar - como Davos já mostrou ao praticamente isolar o Brasil - um pária entre as nações.
O rompimento da barragem de Mariana, onde a lama virou impunidade e vice-versa, não serviu de alerta.
Os poderes públicos e corporativos se completam e deixam à sociedade apenas a prerrogativa de contar seus mortos.
Repete-se a tragédia tendo como protagonista a mesma e poderosa empresa, a Vale. E não há sinais de que essas irresponsabilidades serão contidas. Ao contrário. Aparentemente, a engenharia da Vale não sabe construir barragens e, muito menos, sabe mantê-las. Se soubessem, as represas ficariam em pé.
Apesar dos crimes e dos protestos e alertas das organizações ambientais, a empresa recebeu licenças para ampliar indiscriminadamente, contra pareceres técnicos, seus campos de mineração. Brumadinho foi uma das regiões onde a Vale obteve essa "vitória".
Hoje, uma comitiva do governo federal sobrevoa a região de Brumadin, o triste cenário do novo crime. É comum o marketing governamental nessas ocasiões. Mas, desse atual governo, já se sabe - as autoridades tornam público isso a cada instante - que tem um lado na questão ambiental: o engajamento predatório ao lado das empresas, gananciosas, poluidoras e desmatadoras, que já se sentem estimuladas com o aval federal e a extraordinária força das suas bancadas parlamentares.
Existe uma clara ofensiva da "nova era", e já com atos administrativos, contra o licenciamento ambiental como etapa que "atrapalha o desenvolvimento". Está em curso uma virtual criminalização das instituições de defesa do meio ambiente. Passado o choque e o marketing, Marianas e Brumadinhos, nesse quadro, tendem a se repetir.
A tragédia de Brumadinho é hoje o assunto dominante na mídia brasileira e nos veículos internacionais.
O Brasil é cada vez mais o país que desmata, que oprime os índios e populações ribeirinhas, que polui, que envenena o meio ambiente e a produção agrícola com agrotóxicos liberados, que explora o trabalho escravo. que persegue e ameaça a diversidade, que exibe índices crescentes de homicídios, que tem poderosas quadrilhas de traficantes, que tem milícias paramilitares com fortes ligações políticas, que tem sicários que fuzilam políticos ou os expulsam do país.
Caminha para se tornar - como Davos já mostrou ao praticamente isolar o Brasil - um pária entre as nações.
3 comentários:
Ou o Brasil acaba com a Vale ou a Vale acaba com o Bradil
Tristeza pela vítimas, revolta com o descaso
Não se trata de acabar com a Vale, até porque essa Empresa é a grande exportadora de minérios para os países importadores, principalmente o Japão. Esse problema de rompimento de barreiras para conter os resíduos de minérios precisa ser revisto tecnicamente. Os nossos engenheiros, afinal são eles que montam essas barreiras, precisam fazer uma revisão da implantação dessas mesmas barreiras porque ao que vem sendo demonstrado elas perderam, por motivo de insuficiência que suas estruturas vem apresentando em não conter a pressão dos resíduos minerais. Esse sistema de barreiras, ao que parece está superado, é preciso inovar e criar novos tipos de barreiras que venham suportar e conter os resíduos dos minérios. O mundo caminha muito rápido e a tecnologia se renova a cada momento e os engenheiros precisam acompanhar essa renovação tecnológica que vem acontecendo no mundo de hoje.
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