Parnamirim Field, Natal, 1942 |
Os rapazes do Tio Sam no Rio Grande do Norte. |
A notícia no New York Times em 1942 e... |
...a ameaça de Trump na semana passada. |
por O.V.Pochê
Tropas americanas acamparam aqui, pela primeira vez, nos anos 1940. Natal foi a cidade escolhida para o Parnamirim Field, base aérea estratégica na Segunda Guerra Mundial.
Em 1964, uma frota de Tio Sam ficou de sobreaviso para garantir o golpe que instalou a ditadura militar. Não houve resistência e os marines não precisaram desembarcar.
Baseball no Nordeste e... |
...a Coca Cola chegando ao sertão. |
Enquanto estiveram em Natal, os americanos introduziram algumas novidades consumistas. A Coca-Cola, por exemplo, desembarcou no Brasil, pela primeira vez, na capital do Rio Grande do Norte, geladeiras Frigidaire, jipe Willys, chiclete Addams, calças jeans idem.
Temer e seu ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes Ferreira parecem saudosos desses tempos. Querem uns marines para chamar de seus. Estão em negociações para ceder a Donald Trump a Base de Alcântara, no Maranhão, convidaram tropas americanas para fazer manobras na Amazônia e, agora, aguardam ansiosamente o desembarque dos gringos na Venezuela.
Em 1965, os Estados Unidos invadiram a República Dominicana. O ditador Trujilo, aliado da Casa Branca, havia sido assassinado em 1961, Juan Bosch, que foi eleito depois, era considerado de esquerda e foi logo derrubado. Uma junta civil assumiu o poder. Em 1965, jovens oficiais se rebelaram e pediram o retorno de Bosch. Temendo uma "segunda Cuba", os Estados Unidos desembarcaram em Santo Domingo. Para dar uma aparência de legalidade, os americanos convocaram a OEA para formar uma força "interamericana". O Brasil subserviente aderiu e ofereceu mil e tantos soldados para reforçar a tropa invasora. É provável que, caso envie tropas para Caracas, Trump use a mesma estratégia e inclua a OEA no pacote. O atual chanceler do Brasil é, na América do Sul, um dos mais aguerridos opositores da Venezuela e deve ser seguidor do twitter e do facebook de Donald Trump.
Se o empresário-presidente pedir para as Forças Armadas brasileiras participarem da "Tempestade em Caracas", ele claro que vai dar um "like".
Com o mundo globalizado, não se sabe se os americanos dessa vez trarão novidades ou gadgets que vão virar moda.
Mas quando a Venezuela for ocupada, logo ali na fronteira com o Brasil, Temer e Aloysio sempre poderão descolar cremes para o rosto e manchas senis bem mais baratos do que vendidos no mercado brasileiros, iPhones último tipo mesmo de segunda mão, mas valerá a pena, jaquetas dos Seals para tirar uma onda, suplementos à base de glucosamina, condroitina ou BCA, para ganhar energias para ficar no poder até o fim de 2018, poster de Justin Bieber, cuecas moderninhas Calvin Klein para impressionar às patroas a precinho camarada e pacotes de ração desidratada boa pra comer altas horas no Palácio do Planalto quando o cozinheiro já tiver ido embora e Temer estiver recebendo visitas secretas.
E ainda vão poder cantar em coro com Trump... "make America great again, USA, USA"...
Taí o vídeo pra eles ensaiarem a coreografia no Jaburu.
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Um comentário:
O Brasil vai a guerra. Quem vai ser o nosso Churchill? Temer?
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