segunda-feira, 8 de agosto de 2016

No ranking das vaias olímpicas, Temer, Luciano Huck e a seleção lideram com folga até aqui a briga pela medalha de papelão...

Temer curtindo as vaias. Foto de Beto barata/PR
por Omelete 
A praça é do povo e o direito à vaia também. A cada dia, a Rio 2016 abate uma vítima. Primeiro foi o presidente do golpe, Michel Temer, o ponto fora da curva na espetacular noite de abertura dos Jogos.
Figura já nos anais da Lava Jato, na mira da milionária delação da Odebrecht e  citado por vários caguetas premiados, o interino não devia ter ido lá nem por efeito de computação. Resultado: apesar de tentar ficar quase invisível, não ser citado e nem focalizado pelas câmeras do telão e só aparecer na hora de dizer duas palavras protocolares abrindo os Jogos, foi devidamente vaiado. Nem os efeitos sonoros encomendados para dissimular o repúdio disfarçou a manifestação da multidão.

O Brasil poderia ter inovado também nesse ponto: melhor seria chamar uma representação de atletas consagrados para representar o pais. Dignidade em vez da política infame.

Depois de Temer, vem a seleção brasileira masculina de futebol, que recebe das arquibancadas o tratamento que inspira em campo.
Neymar. Foto de Marcelo
Camargo/Ag.Brasil

Abaixo da crítica até aqui e com poucas chances de virar o jogo. Um terceiro empate despacha o Brasil e libera os jogadores para curtir a badalação olímpica como meros espectadores.

Quanto ao terceiro candidato à medalha de papelão, Luciano Huck, não foi bem um surpresa. O rapaz já enfrenta um rejeição expressa nas redes sociais. Ele atribuiu a vaia a "crise". Pretensão. Perguntado sobre a segunda hipótese - a sua proximidade e até a participação em campanhas políticas de figuras tucanas citadas nos dossiês da Lava Jato - ele mesmo achou que pode ser por aí.
Luciado Huck.
Reprodução Facebook
Mas há motivos mais factuais como o envolvimento em uma suposta infração ambiental ao construir uma praia artificial na sua mansão em Angra, e críticas ao bom mocismo explícito, coisa falsa na opinião de muitos internautas e por aí vai.

Seja lá qual for o motivo, o Maracanãzinho foi seu caldeirão de rejeição.

2 comentários:

Rick disse...

A seleção olímpica está irreconhecível. Ao jogar em função de Neymar se descaractrizou. Acho que teria sido melhor neymar ter jogado a Copa America e deixado a olimpica para os garotos que até vinham bem.

Lourival de Caxias disse...

Um trio de chatos, Temer, Huck e a seleção, por isso foram justamente vaiados