sexta-feira, 3 de julho de 2015

Jornalista é vítima de racismo

Foto Divulgação/TV Globo
A jornalista Maria Julia Coutinho, que apresenta o quadro de meteorologia no Jornal Nacional, foi mais um vítima do racismo que se expande no Brasil. O crime foi cometido por internautas que fizeram comentários na página oficial do JN no Facebook. "Só conseguiu emprego no Jornal Nacional por causa das cotas. Preta imunda";  "Alguém poderia jogar um biscoito para ela, logo?", era esse o teor das agressões. Muitos outros internautas saíram em defesa da jornalista. Autoridades podem facilmente identificar os autores das ofensas. E isso tem sido feito inúmeras vezes. O problema é que quando o caso chega à Justiça, o desfecho é sempre amigável e "educativo". Quando condenados, se o são, os racistas recebem penas alternativas risíveis. Passar a mão na cabeça dos racistas não está funcionando. Recentemente, houve um caso de racismo na ginástica olímpica, repercutiu inicialmente, caiu no esquecimento, depois, e um dos agressores acabou até premiado com a convocação para os Jogos Panamericanos que serão realizados, nos próximos dias, no Canadá.
O resultado é que a impunidade, como nos casos de intolerância religiosa que já registram assassinatos e agressões físicas ou de violência contra animais, leva à multiplicação das ocorrências. Se as leis não forem efetivamente aplicadas, as instituições do país, em vez de combater, estarão dando aval ao racismo.
ATUALIZAÇÃO EM 4/7/2015 - Segundo a coluna da jornalista Monica Bérgamo, da Folha, o Ministério Público de São Paulo vai investigar os ataques racistas feitos na internet à jornalista Maju Coutinho, do Jornal Nacional. O promotor de Justiça responsável pelo caso, Christiano Jorge Santos, da 1ª Promotoria de Justiça Criminal da capital garante que o MP vai "rastrear de onde vêm os xingamentos e identificar os autores". Vamos ver se dessa vez esses elementos vão puxar uma cadeia.


2 comentários:

J.A.Barros disse...

O que eles não sabem, esses idiotas racistas, é que eles estão classificados pelos padrões de cor adotados pelos nossos registros civis é que eles são considerados pardos. Logo, se são pardos eles tem também origem negra no sangue. Branco é aquele que tem a pele realmente branca olhos azuis e cabelos claros.

Malu disse...

Ótimo, e que não deem a eles pena engraçada do tipo dar cesta básica para alguém. Merecem cadeia de verdade