
Jornalismo, mídia social, TV, atualidades, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVII. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Mais um... O Jornal da Tarde se despede de São Paulo. Veja a última capa
É a crise! Cachê que revistas pagam para fotos de casamento de celebridades está em baixa
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300 mil dólares pelas fotos |
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3 milhões de dólares pela exclusividade |
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2 milhões de dólares |
Sharon Stone já virou figurinha fácil nas praias de Santa Catarina
Jornalista inglês perde a linha e a educação em visita ao Brasil
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Ricardo Kotscho: "Mídia derrotada mais uma vez pelo PT de Lula"
Perderam para Lula em 2002.
Perderam para Lula em 2006.
Perderam para Lula e Dilma em 2010.
Perderam para Lula e Haddad em 2012.
A aliança contra Lula e o PT montada pelos barões da mídia reunidos no Instituto Millenium sofreu no domingo mais uma severa derrota.
Eles simplesmente não aceitam até hoje que tenham perdido o poder em 2002, quando assumiu um presidente da República fora do seu controle, que não os consultava mais sobre a nomeação do ministro da Fazenda, nem os convidava para saraus no Alvorada.
Pouco importa que nestes dez anos tenha melhorado a vida da grande maioria dos brasileiros de todos os níveis sociais, inclusive a dos empresários da mídia, resgatando milhões de brasileiros da pobreza e da miséria, e dando início a um processo de distribuição de renda que mudou a cara do País.
Lula e o PT continuam representando para eles o inimigo a ser abatido. Pensaram que o grande momento tinha chegado este ano quando o julgamento do mensalão foi marcado, como eles queriam, para coincidir com o processo eleitoral.
Uma enxurada de capas de jornais e revistas com quilômetros de textos criminalizando o PT e latifúndios de espaço sobre o julgamento nos principais telejornais nos últimos três meses, todas as armas foram colocadas à disposição da oposição para o cerco final ao ex-presidente, mas a bala de prata deu chabu.
Na noite de domingo, quando foram anunciados os resultados, a decepção deve ter sido grande nos salões da confraria do Millenium, como dava para notar na indisfarçada expressão de derrota dos seus principais porta-vozes, buscando explicações para o que aconteceu.
Passada a régua nos números, apesar de todos os ataques da grande aliança formada pela mídia com os setores mais conservadores da sociedade brasileira, o PT de Lula e Dilma saiu das urnas maior do que entrou, como o grande vencedor desta eleição.
"PT — O maior vencedor" é o título do quadro publicado pela Folha ao lado dos mapas das Eleições em todo o País. Segundo o jornal, o PT "foi o campeão em dois dos mais importantes critérios. Além de ter sido o mais votado no 1º turno (17,3 milhões), é o que irá governar para o maior número de eleitores".
De fato, com os resultados do segundo turno, o PT irá governar cidades com 37,1 milhões de habitantes, onde vive 20% do eleitorado do País. Com cidades habitadas por 30,6 milhões, o segundo colocado foi o PMDB, principal partido da base aliada.
"Em relação aos resultados das eleições de 2008, o total de eleitores governados por prefeitos petistas crescerá 29% em 2013, quando os eleitos ontem e no primeiro turno deverão assumir", contabiliza Ricardo Mendonça no mesmo jornal.
Do outro lado, aconteceu exatamente o contrário: "Já os partidos que fazem oposição ao governo Dilma Rousseff saem da eleição menores do que entraram. Na comparação com 2008, PSDB, DEM e PPS, os três principais oposicionistas, terão 309 prefeituras a menos. Puxados para baixo principalmente pelo DEM, irão governar para 10,5 milhões de eleitores a menos".
Curiosa foi a manchete encontrada pelo jornal "O Globo" para esconder a vitória do PT: "Partidos ficam sem hegemonia nas capitais". E daí? Quando, em tempos recentes, algum partido teve hegemonia nas capitais? Só me lembro da Arena, nos tempos da ditadura militar, que o jornal apoiou e defendeu, quando não havia eleições diretas.
O que eles estarão preparando agora para 2014? Sem José Serra, que perdeu de novo para um candidato do PT que nunca havia disputado uma eleição, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, eleito com 55,57% dos votos, terão que encontrar primeiro um novo candidato.
Ao bater de frente pela segunda vez seguida num "poste do Lula", o tucano preferido da mídia corre agora o risco de perder também a carteira de motorista.
Leia Ricardo Kotscho, clique AQUI
Catarina Migliorini: o que a brasileira tem...
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Reprodução Facebook |
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Reprodução Facebook |
Luiza Brunet: beleza e vida em forma de livros
Aos 51 anos e sempre mais bonita Luiza Brunet decidiu depois de muita resistência contar sua vida
Bailarinas do Faustão na Sexy
Marcelo Serrado perde oito quilos para ser um o grande pianista no cinema
São oito os quilos que o ator Marcelo Serrado terá de perder até fevereiro quando serão iniciadas as filmagens de “João”, o longa-metragem que contará a vida e a carreira do pianista e maestro João Carlos Martins, que tem sido um exemplo de superação. Marcelo Serrado, que também é pianista, ou melhor, toca piano, interpretará João Carlos Martins dos 20 aos 58 anos. João Carlos tem sido o exemplo maior de que na vida não adiante ficar reclamando dos obstáculos, mesmo os físicos importante porque o importante mesmo é seguir em frente para vencer. (Eli Halfoun)
Pena equivalente a prisão perpétua...
Conversas entre experientes juristas que preferem não falar abertamente sobre o assunto sinalizam que a pena mais branda que poderá ser aplicada a José Dirceu é de dois anos e dois meses em regime aberto. Os juristas também conversam sobre a pena máxima que se aplicada poderá ser de 75 anos, com 30 anos na prisão, o que dificilmente ocorrerá mesmo com a soma de todas as penas que vierem a ser imputadas. De uma forma ou de outra os juristas acreditam que Dirceu não escapará de uma severa punição. Afinal, aqui se faz aqui se paga. (Eli Halfoun)
José Dirceu teria admitido que está "morto" para a política
A revelação foi feita pelo jornalista paulista Giba Um: ele diz que o próprio José Dirceu estaria admitindo que ele e Genoino “estão politicamente mortos” e que o PT teria perdido dois quadros importantes de sua elite dirigente. Dirceu teria comentado também que o ex-presidente Lula começará a trabalhar imediatamente o nome de Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo, para o governo de São Paulo. É mais um “poste” que precisa ser iluminado. (Eli Halfoun)
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Nicole Kidman: "periguete" internacional
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Nicole Kidman. The Paperboy/Divulgação |
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Cema de The Paperboy com Nicole Kidman. Divulgação |
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Nicole Kidman em The Paperboy. Divulgação |
Picture: a revista ilustrada sob nova direção...
Comercial exagera na nudez e é retirado do ar
Foi na Inglaterra. O filme, que promove uma marca de presunto da empresa Kerry Foods, mostra uma galera pelada ao ar livre. A nudez incomodou telespectadores mas o verdadeiro motivo do banimento do comercial foi uma suposta propaganda enganosa, por afirmar que era o “único do país com ingredientes 100% naturais”. Na verdade, o tal comercial é meio ruinzinho.
Veja o filme. Clique AQUI
"Preferência real" promove "Celebrate", o livro da popozuda Pippa Middleton
Aplicação de plasma pode livrar Joaquim Barbosa das dores na coluna
Documentário sobre PC Farias gastará mais de R$ 1 milhão
domingo, 28 de outubro de 2012
Angela Merkel pode reforçar torcida da Unidos da Tijuca
Olha aí gente: pode ter primeira-ministra no samba. A Unidos da Tijuca está tentando trazer para o desfile das escolas de samba a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel. A escola da Tijuca desfilará com enredo sobre a Alemanha e como a primeira-ministra é fã de futebol acredita-se que gostará também das escolas de samba. Quem está fazendo a ponte entre a Unidos da Tijuca e a ministra alemã é Jurgen Roters, prefeito de Colonia. Ele esteve no barracão da escola e saiu impressionado com as fantasias e alegorias cridas pelo carnavalesco Paulo Barros. Quer dizer levou boa munição para tentar convencer Merkel, que certamente ficará especialmente entusiasmada com o carro alegórico que reproduzirá a famosa catedral de Colonia. Se Angela Merkel realmente vier será mais uma força extra para a Unidos da Tijuca: ela, que torce pelo Bayern de Munique, é considerada pé quente. Ainda bem: pés frios já têm demais por aqui. (Eli Halfoun)
Táxis pretos de Londres são os melhores do mundo
“Vou de táxi” - só os ingleses podem cantar o refrão da música de Angélica com orgulho: pelo quinto ano consecutivo os táxis pretos que circulam em Londres foram considerados os melhores do mundo (e também os mais caros). A eleição é do guia anual de turismo do site Hotels.com. Na votação, os táxis londrinos tiveram 11% dos votos. O segundo lugar ficou com Nova York (6,4%) e em seguida vieram Tóquio (5,6%), Xangai (4.8%) e Bancoc (4.3%). A eleição foi dividida por categorias e os táxis de Londres venceram nos quesitos simpatia, limpeza, segurança, qualidade e conhecimento dos trajetos. A pesquisa revelou também que os táxis brasileiros não foram citados, mas lembrou que 50% dos visitantes que estiveram no Brasil já dormiram dentro de um de nossos táxis e outros 30% cantaram durante o trajeto. Deve ter sido para não ver o que estava realmente acontecendo nosso caótico trânsito. (Eli Halfoun)
Mayra Cardi, imagem ousada...
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Dois nomes apontados como favoritos para substituir o ministro Ayres Britto no Supremo
Adriane Galisteu apresenta programa com crimes passionais
Falta alguém na ABL. Ziraldo: os 80 anos de um menino nada maluquinho
Supremo capricha na imagem para julgar o mensalão
“Gabriela”: pouca audiência mas com grandes momentos artísticos
Brasil não tem como enfrentar o tráfico de pessoas
“Salve Jorge” chegou para fazer acontecer
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Islândia, exemplo de vontade de um povo
Estão matando os nossos índios
Ex-presidente francês vem ao Brasil sem a bela Carla Bruni
Rafinha Bastos não aceita ser repórter de “A Liga” na Bandeirantes
Os recentes encontros entre Rafinha Bastos e a direção da Bandeirantes não renderam o que a emissora pretendia: o comediante não aceitou convite para voltar a ser repórter do programa "A Liga" no qual realizou um bom trabalho. Embora Rafinha não comente o motivo de sua recusa há quem garanta que ele não aceitou porque voltar para a Bandeirantes só como repórter de "A Liga" seria "andar para trás". Assim ele prefere continuar na Rede TV. Mesmo que o SNL não tenha saído do lugar (Eli Halfoun)
Fofocas cabem em qualquer espaço da mídia que se considera maior
Revistas ditas de celebridades e de televisão (e quais não são, já que esse é assunto obrigatório em toda a mídia?) sempre foram acusadas (e até menosprezadas) de serem fofoqueiras, embora nunca inventem absolutamente nada. As consideradas revistas menores (e nem são menores, mas sim segmentadas) geralmente pagam o pato por todas as fofocas que sempre invadiram também o considerado espaço sério dos chamados grandes jornais. Em sua edição de ontem, por exemplo, a Folha de São Paulo dedica enorme espaço para noticiar que a novela "Avenida Brasil" também foi um furacão de separações. Cita os casos de Murilo Benicio e Andréa Souza, Débora Falabella e Danilo Alvin (Débora e Murilo estariam, lembra a Folha, vivendo um romance ainda não assumido publicamente). Cita também o rompimento de Isis Valverde e Tom Rezende e os de Deborah Nascimento e Artur Rangel, e de José Loreto e Fernanda Pires, além do fim do namoro de Fabiúla Nascimento e George Sauma. Loreto e Deborah agiram com inteligência e foram juntos e assumidos ao Domingão do Faustão, o que sem dúvida acaba de vez com as especulações e com a perseguição dos paparazzi. Os dois jovens e promissores atores deram uma lição: é preciso assumir a verdade para acabar com as mentiras. Já a Folha de São Paulo mostrou uma vez mais que fofoca faz parte da vida e não é coisa da chamada imprensa especializada, que também sofre (sempre sofreu) um preconceito desnecessário e absurdo. (Eli Halfoun)
Se Serra já dá como perdida a eleição, não se sabe. Mas as ideias do candidato parece que chegaram ao fim...
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Reprodução do game da campanha de Serra contra Haddad. A Justiça mandou tirar do ar. Reprodução. |
Como se escreve essa palavrinha? É isenção ou i$enção?
Há poucos dias, a revista New Yorker declarou voto aberto a Barack Obama. Em editorial, “The choice” (“A escolha”), a publicação afirmou que o candidato democrata é a melhor opção para o país. Para a revista, Obama governa baseado na "justiça social, tolerância e igualdade". Valores que justificam a declaração de apoio. No caso, a revista faz um acordo honesto não com o candidato mas com seus leitores.
Taí um bom exemplo para a mídia brasileira. Assim como a liberdade de expressão é um conceito democrático, uma conquista social, a propalada "isenção" é figurinha que não existe. Só um sujeito que vive congelado em Saturno, imerso em gás paralisante, pode imaginar que o noticiário está imune às posições ideológicas ou financeiras dos grupos que controlam a mídia. No Brasil, apenas o Estadão e a Carta Capital costumam definir em editoriais suas posições eleitorais. A maioria dos veículos prefere demonstrar a "isenção" impossível, em tese. Na prática, como peças de lego, as notícias são montadas, destacadas e omitidas ao sabor das opções políticas do veículo. Entre disfarçar e assumir, a primeira opção é apenas a mensagem mas a segunda seria bem mais honesta. Por que essa prática - a declaração pública de apoio eleitoral - não pega no Brasil? Um hipótese: como não são poucos os veículos que têm interesse econômicos nas relações com o caixa público seja federal, estadual ou municipal geridos por governos de oposição ou situação, a impressão que fica é a de que simular ao máximo a "isenção" é conveniente, se não para a expressão livre e democrátrica, mas para os negócios, junto a governos. Se, em momento político, o veículo é contrário ao governo federal, por exemplo, portas sempre ficam ficam abertas em estados ou municípios governados pela oposição. Dá-se um jeito, tanto que há veículos "críticos" ao governo federal que mantém bons e pragmáticos negócios em ações com ministérios. Grande parte da mídia nacional ou regional tem um pé nesse cofre "suprapartidário", são parcerias com instituições ou empresas oficiais, que vão da promoção de eventos culturais ou empresariais a convênios, contratos para fornecimento de livros e material escolar, projetos educacionais em conjunto com ministérios, estatais ou secretarias, grandes campanhas etc etc. Claro, essa relação é histórica, não é novidade. Na época da ditadura, a correria das gráficas pertencentes a grandes veículos para imprimir, por exemplo, material do Mobral, era épica. Mais recentemente, quando a declaração de imposto de renda era feita majoritariamente por escrito, havia empresário da mídia que corria mais do que Usain Bolt para pegar uma parte do contrato milionário para imprimir milhões de formulários. Dizem que na véspera da distribuição dessas megaverbas, os hoteis de Brasilia recebiam tanta gente do ramo que mais pareciam sediar um congresso de comunicação. Mas essa é outra história. Ou seria a mesma?
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Rio vai demolir parque aquático e estádio de atletismo. É a Olimpíada, estúpido!
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Reprodução |
Jogão!
Apesar da derrota, o Fluminense continua com uma boa vantagem sobre o Atlético-MG e deve usar a mesma tática defensiva nos próximos jogos para garantir o título, que, parece decidido. Na próxima rodada o Atlético-MG recebe o Flamengo. O Flu joga contra o Coritiba no Engenhão.
Já o Flamengo, conseguiu vencer o São Paulo por 1x0, coisa que nenhum torcedor acreditava e se afastar, um pouco, da Segundona. Terá que conseguir mais cinco pontos nas próximas rodadas para ter um Natal em paz e amor. O Wagner Love voltou a ser o grande destaque da equipe rubro-negra. Depois de enfrentar o Atlético-MG, o Flamengo recebe o Figueirense, adversário direto na parte de baixo da tabela. Depois, jogará fora de casa, contra o Náutico, antes de pegar o Palmeiras no Engenhão. Nas duas últimas rodadas, será a vez dos clássicos, contra o Vasco e o Botafogo. (Nelio Barbosa Horta, de Saquarema)
Marqueteiros identificam Haddad como o candidato de Dilma
Preço de imóveis brasileiros chama atenção do "Financial Times”
Bastidores da TV inspiram mais um livro de quem conhece tudo
Mestres em comunicação e teledramaturgia acham que “Avenida Brasil” foi um avanço nas novelas
"A telenovela, no Brasil, mais do que entretenimento, a narrativa da nação. João Emanuel captou o espírito quer vivemos hoje. E isso vai além da classe C. O país passa por um momento de orgulho e otimismo. O fato de ele focar no subúrbio tem tudo a ver com isso. O Tufão é um cara rico que podia ter saído dali, mas preferiu preservar a identidade, o orgulho. Os brasileiros vivem uma fase orgulhosa. (Maria Immacolata Lopes, coordenadora do Centro de Estudos de Telenovela da USP)
"É uma novela sobre mobilidade social, e que dramatiza essa mobilidade entre grupos sociais diferentes, com gosto estético distinto, com comportamento social próprio, de forma inteligente fazendo uma crônica do presente (Ivana Borges, diretora da Escola de Comunicação da UFRJ)
"O núcleo do subúrbio sempre existiu, mas em outras novelas ele era mais caricato. Em "Avenida Brasil" á uma humanização decorrente da consistência dos personagens (Letícia Hees, professora de Comunicação em Televisão da PUC-Rio)
"O folhetim acertou em cheio ao focar no subúrbio carioca com uma visão positiva do cotidiano. A isso tudo podemos somar uma trama perfeitamente bem urdida, que flertou com outros gêneros como o cinema e o seriado (Mauro Alencar, Doutor em Teledramaturgia Brasileira e Latino-Americana pela USP)
"A repetição é um recurso utilizado na teledramaturgia porque a novela compete com outros apelos do cotidiano. O João Emanuel não usa isso. Se o espectador perde um capítulo, sente que ficou para trás. A trama avança e avança muito rapidamente.(Letícia Hees)
"Estou com 49 anos e minha geração tem como hábito assistir a novelas, diferente dos jovens de hoje. Com "Avenida Brasil" eles acompanharam e repercutiram a novela na web. A linguagem dos capítulos é diferente, as cenas são rápidas e recortadas. Mas eles não ligam porque a leitura que fazem não é linear (Maria Ataíde Malcher, doutora em Teledramaturgia pela USP)
"A novela tem uma mocinha sofredora, mas uma heroína dúbia, vingativa que foge do padrão (Nilson Xavier, autor do "Almanaque da Telenovela Brasileira"
"Muitos autores fazem sucesso apenas reciclando materiais literários, mas essa história transcendeu o folhetim. Está num limite tênue com a literatura. Um exemplo é a estrutura de romance policial usada pelo autor. Que manifestamente usou a escritora Agatha Christhie como referência. Há o início de uma forma literária que nunca havia visto em novela alguma (Muniz Sodré, professor de Comunicação) (Eli Halfoun)
sábado, 20 de outubro de 2012
Há 50 anos, a primeira gravação dos Beatles
Em 11 de setembro de 1962 eu morava em Londres, mas ignorava solenemente que naquela terça-feira os Beatles gravavam seu primeiro disco nos estúdios da EMI em Abbey Road. Sequer sabia quem eram os Beatles, uma banda que gozava apenas de um sucesso regional em Liverpool e adjacências. Anos depois tive de consultar um número atrasado do Times para lembrar as condições meteorológicas daquele dia: “Nublado, com períodos de sol, chuvas esparsas durante a tarde, ventos moderados, temperatura máxima de 20 graus.” Ou seja, um dia como outro qualquer em Londres.
Na verdade, não era rigorosamente o primeiro disco dos Beatles. Em 1960 houve uma brincadeira em Hamburgo. Numa pequena cabina do selo Akustik, John, Paul e George e o então baterista de Rory Storm and the Hurricanes, Ringo Starr, gravaram três standards: “Fever”, “September Song” e “Summertime”. (O baterista regular dos Beatles, Pete Best, saíra para comprar baquetas e se perdeu na cidade.) Houve ainda “My Bonnie”, que gravaram em Hamburgo — com o baterista titular Pete Best — como grupo acompanhante do cantor Tony Sheridan e creditados como Beat Brothers.
Cinquenta anos depois da gravação de “Love Me Do” e “P.S. I Love You”, primeiro single dos Beatles, um novo revival do grupo ganha força no mercado da cultura pop. Se há pouco tempo toda a discografia oficial da banda foi remasterizada e os CDs ganharam nova roupagem, em 2012 outros trabalhos dos quatro garotos de Liverpool foram reciclados. O filme animado Yellow Submarine (1968) foi restaurado e lançado em DVD e Blu-Ray. O longa-metragem Magical Mystery Tour (1967), escrito e dirigido pelo quarteto, também foi restaurado e chegará às lojas de todo o mundo no começo do mês que vem.
Além disso, os Beatles continuam influenciando e sendo reverenciados mais de 40 anos após o fim melancólico do grupo. Homenagens salpicam aqui e ali. E o mercado literário não ficou atrás. No Brasil, a editora Record decidiu apostar no apelo da nova onda beatlemaníaca e está lançando O Livro Branco. Organizado por Henrique Rodrigues, a obra reúne contos inspirados em músicas dos Beatles. Apesar da referência ao Álbum Branco (1968), os textos contidos no livro passeiam por várias fases da banda. Os 19 escritores convidados para o projeto foram desafiados a criarem algo em cima de suas canções preferidas do grupo.
John, Paul e George queriam tanto ter Ringo como seu baterista que demitiram Pete Best, em agosto de 1962. Os fãs de Pete, inconformados, assediaram os Beatles para protestar, bradando slogans como PETE IS BEST e PETE BEST FOREVER, RINGO NEVER. Um fã agrediu George a socos e o presenteou com um olho roxo. Foi com Ringo que eles se apresentaram em Abbey Road naquela tarde. O produtor George Martin, da gravadora EMI, ouvira os Beatles com Pete Best três meses antes. Disse então: “Fiquei interessado por eles como pessoas. Achei que nada tinha a perder se os contratasse, embora não tivesse a menor ideia do quer fazer com eles, nem do tipo de canções que poderiam gravar”. Uma atitude reticente para o homem que entraria para a história como “O Quinto Beatle”.
Ao saber que Pete Best fora detonado e sem conhecer Ringo, o precavido Martin convocou um experiente baterista de estúdio, Andy White. Ringo gelou: “O outro cara estava sentado à bateria e me deram maracas para chacoalhar. Pensei: ‘É o fim, estão dando uma de Pete Best pra cima de mim...’”. Martin resolveu gravar “Love Me Do” no lado A do single e “P.S. I Love You” no lado B. No ensaio, ele achou “Love Me Do” muito melhor do que a versão que ouvira três meses antes. O que o fisgou foi um riff tocado por John na gaita de boca. (John roubara o instrumento de uma loja na Holanda, numa das viagens a Hamburgo; e roubara o riff do hit de Bruce Channel, “Hey Baby”.) Na gravação da parte instrumental, botaram um pandeiro na mão de Ringo e o mandaram dar dois toques em cada terceira batida. Ele ficou com a cara tão arrasada que Martin resolveu dar uma chance igual aos dois bateristas. Gravaria duas versões: uma com Ringo, outra com Andy. A trilha vocal seria mixada com a versão instrumental que saísse melhor. O padrão de exigência de George Martin obrigou os rapazes a gravarem nada menos do que 18 takes. A essa altura, John já estava com a boca anestesiada de tanto soprar a gaita-de-boca. Ringo Starr deu sorte: foi o baterista do take escolhido de “Love Me Do”. Já em “P.S. I Love You”, levou o crédito de baterista, mas só tinha tocado maracas. Na foto feita em Abbey Road durante a pausa para o chá, George aparece ainda de olho roxo, do soco que levara em Liverpool na celeuma entre Pete Best e Ringo Starr.
Crise
O Times de 11 de setembro de 1962 publicou esta nota avulsa: “NOVA YORK, 11 – Cinco caixas de garrafas de vinho russo, presente do Premier Kruschev ao Presidente Kennedy, chegarão hoje a esta cidade, procedentes de Moscou, via Londres, a bordo de um avião a jato da BOAC [British Overseas Airways Corporation].” Menos de um mês depois, em 14 de outubro, um avião de reconhecimento norte-americano fotografava a instalação de mísseis soviéticos em Cuba, bem debaixo do nariz dos Estados Unidos. Kennedy reagiu ao que considerava uma ameaça ao seu país e ordenou um bloqueio à ilha de Fidel. Kruschev chamou o bloqueio de “um ato de agressão que jogaria a humanidade no abismo de uma guerra mundial de mísseis nucleares.” O planeta viveu duas semanas de pânico, até que os dois Ks chegaram a um acordo em 28 de outubro.
Os Quatro Cavaleiros do Após-calipso passaram ao largo da crise. Estavam mais preocupados com sua guerra particular na parada de sucessos. O single foi lançado em 4 de outubro de 1962. As legiões liverpudlianas dos Fab Four correram às lojas, mas o resto do país não tomou conhecimento. “Love Me Do” foi ao ar pela primeira vez na Rádio Luxemburgo. A mãe de George ficou acordada até altas horas. Cansou e foi deitar. De repente, George sobe as escadas berrando: “Estamos no ar!” O pai de George ficou P da vida quando o acordaram, tinha de levantar cedo para dirigir seu ônibus. Para George, foi a glória: “Tremi de emoção. Ouvi meu trabalho na guitarra e não podia acreditar”.
Os Beatles gravariam de novo em Abbey Road, voltariam a Hamburgo, enfrentariam uma desastrada turnê pela Escócia no inverno, que emendariam com uma exaustiva turnê pela Inglaterra. Num sábado, 2 de março de 1963, a caminho de Manchester para um programa de tevê, souberam que seu disco Please Please Me tinha chegado ao primeiro lugar no hit parade. A partir daí, o resto é História. Mas os Beatles nunca mais seriam tão jovens e inocentes como naquela tarde de 11 de setembro de 1962 nos estúdios de Abbey Road.
Leia Roberto Muggiati na Gazeta do Povo. Clique AQUI
A importância da lição do perdão no final de “Avenida Brasil”
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Carminha (Adriana Esteves) no capítulo final de "Avenida Brasil".Reprodução |
Baixaria contra Haddad. Tá batendo um desespero?
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Reprodução Correio do Brasil |
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Reprodução da página da candidata derrotada |
Débora e Isis recusam convites da Playboy
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Isis Valverde, a Suelen. Foto TV Globo/Divulgação |
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Debora Nascimento, a Tessália. Foto: TV Globo/Divulgação |
Atenta aos desejos dos leitores, a Playboy bem que tentou com insistência ter Débora Nascimento ou Isis Valverde, a Tessália e a Suelen de “Avenida Brasil”, em suas páginas exibindo o que não chegaram a mostrar nem nas mais sensuais cenas da novela. As duas foram irredutíveis e recuaram todas as ofertas feitas pela revista que, segundo se cometa, estaria disposta a pagar muito para despir as duas (ou pelo menos uma dela). Tanto Débora quanto Isis alegaram que posar nuas não está em seus planos, o que não desanimou a revista. Afinal, todo dia tem gente mudando seus planos. (Eli Halfoun)