“Hermanos”! Não sei porque, mas a privatização dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília me deixaram a sensação de estar vendo um filme que já tinha visto. Mas, nessa cerimônia, ficou faltando, a indispensável, figura do hoje senador Lindbergh Farias, na Praça 15, no Rio de Janeiro – na época as privatizações eram realizadas na Bolsa do Rio de Janeiro – se atirando contra as fileiras de escudos de PMs para ser fotografado na ação de protesto e no dia seguinte sair nas primeiras páginas dos jornais do país. Ou os “progressistas” do momento, em grande número, por sinal, demonstrarem a sua indignação protestando em passeata contra a “venda do Brasil” ao capital estrangeiro. Um dos primeiros a engrossar as fileiras da indignação, além do senador Lindbergh, era o deputado federal Ildo Menegetti, que no governo do senhor Lula, renunciou ao mandato em favor da presidência dos Senac e Sesc. Não sei bem por que. Ele deve saber muito bem porque. Mas, o seu protesto consistia em ficar de braços cruzados olhando fixamente para a porta do edifício da Bolsa. É também uma forma de protesto. Aconteceu, em uma dessas privatizações, que um dos membros da Bolsa ao sair do prédio, foi agredido por um cidadão por um violento ponta pé. Preso, logo após de sua agressão, o cidadão confessou que nem sabia direito por que tinha atacado o homem. Como viu o homem ser vaiado e passava perto dele resolveu dar um chega pra lá nele e o ponta pé foi que achou melhor. Esse cidadão nem era militante de qualquer partido. O mais interessante na privatização dos aeroportos é que, se não foram utilizadas moedas podres, entraram no jogo os Fundos de Pensão Previ, Petros e Funcef e financiamento do BNDES, como foi feito no processo das privatizações no governo anterior. Como pode-se ver vimos o mesmo filme que anos atrás foi violentamente combatido pelo partido do atual governo, que nunca deixou de usar as privatizações da época como arma nas campanhas eleitorais. Aliás, essa privatização não foi a primeira dessa fase política atual. Tivemos a privatização de várias estradas e a última a ser privatizada foi a BR-101 com mais de 600 kms de extensão. Estaria o partido do governo vendendo o Brasil? Fica a pergunta para ser respondida pelos nossos “progressistas” de plantão. É claro que vão responder repetindo a mesma ladainha de sempre. “30 milhões de operários subiram ao Paraíso”.
4 comentários:
Debarros, claro que a gerente Dilma merece críticas por ceder a essa privatização sob pressão. Acho que serviços públicos não podem ser passados para empresários privados. O usuário passa a pagar um preço mais alto (hoje mesmo os jornais dizem que será criada uma nova taxa noa aeroportos, além do embarque o passageiro pagará uma taxa de conexão. E virão outras, claro). E como mostram metrô, trens, telefones (são as campeãs de reclamação), estradas com pedágios mais caros do mundo, não significam serviço melhor. De qualquer forma, ainda há diferenças entre as concessões feitas ontem e a privataria dos anos 90. Não foram utilizadas moesdas podres; os valiosos ativos não foram vendidos, a União continua proprietária dos aeroportos. No caso da escandalosa privatização da Vale, por exemplo, tudo foi passado adiante em troca de umas migalhas lá. Na época do FHC, os fundos de pensão, como agora, entraram no negócio mas o governo ficou de fora. No caso dos aeroportos a estatal Infraero ficou com 49%. Isso significa que terá assento na direção e poderá acompanhar mais de perto a administração e não apenas através da agência de desregulamentação implantada pelos neo-liberais do PSDB. Como sempre, o empresário privado entra no leilão com o BNDES nas costas. Assim, convenhamos, é mole. Mas até aí há uma diferença entre a privatização de Dilma e a do FHC.No caso dos tucanos, o dinheiro barato foi liberado para a compra dos ativos públicos. Agora, foi liberado para os investimentos que o contrato de concessão obriga. Aponto diferenças mas não concordo com o que foi feito. Há pontos obscuros ainda. Por exemplo, as torres de controle, setor de Polícia Federal, Alfândega etc, segurança, serviços público que estão lotados nos aeroportos passarão a pagar alugeul aos concessionários? vacilou. especula-se que cobrariam uma taxa de táxis e ônibus que pegam passageiros nos aeroportos, o que vai aumentar o preço das passagens destes. Também aumentariam o preços dos slots (direitos de pouso cedidos às companhias), o que implica em aumentos de passagens. Vão aumentar o aluguel de lojas, custo que será repasasado para o usuário. Essa é a tendência debarros, temos os custos de telefones, energia elétrica (que os tucanos neo-liberais transformaram em item de especulação em um "mercado" que criaram, com o consumidor pagando a conta), pedágios, planos de saúde, metrô, entre os mais caros do mundo. Já temos as passagens aéreas mais caras do mundo com a liberação de tarifas e a falsa concorrência implantada pelos tucanos. Agora, seremos campeões no quesito aeroportos. Bom, vamos ver, está feito. Dilma ganhou um bico de tucana.
Quer dizer então, com a Infraero sentada nos bancos do Conselho, vão continuar as indecentes obras superfaturadas que a Infra fazia nos areportos. Assim realmente vc. tem razão. Enquanto tiver um ladrão público sentado – principalmente se for sindicalista e do PT – ou participando da direção dessas empresas a safadeza vai continuar.É uma pena.Quanto à Vale, o seu Lula para ganhar o voto do Bradesco e demitir o Agnelli, prometeu e conseguiu que esse Banco ficasse com as contas públicas de alguns Estados brasileiros. O seu governador Sérgio Cabral, filhinho obediente e servil imediatamente obedeceu às ordens. Você sabia que no governo do seu modelo de presidente nunca os Bancos ganharam tanto dinheiro cobrando tarifas e taxas que conseguem com esse dinheiro pagar o salário de todos os seus funcionários? Por isso esses lucros de bilhões que declaram no fim de cada ano.
AH!, se esses governos lulistas e petistas não são "Neo-liberais", o que eles são então?
No fim Gonça, são todos a mesma coisa. Não se revelou só agora o escândalo da Casa da Moeda? Quando ele já vinha desde o governo anterior do seu modele de presidente. Esse escândalo é mais grave, na minha opinião, do que o "Mensalão". Ou já se esqueceu dele?
Naturalmente ele não sabia do que estava ocorrendo assim como não sabia do "Mensalão". Ele nunca sabia de nada
Vamos por partes, como dizia o esquartejador.
Sim, a corrupção tem solução, basta o povo votar bem e exigir fiscalização. A Lei da Ficha Limpa iniciativa popular encampada pelo Lula é um exemplo. Para entrar em vigor é preciso que o povo derrote os lobbies políticos. Mas há esperança. Problemas de admniistração da Infraero devem ser combatidos pelos tribunais de conta etc. Mas a falta de vergonha desses processos de entrega de bens públicos a empresários e ainda por cima com finacimenmto público, isso não tem solução. Quer ver uma coisa: há uns dois ou três aeroportyo privados no Brasil, incluindo o de Cabo Frio. Por que a chamada iniciativa prinvada não constroi outros? É liberado. claro que não, querem moleza.
Lula tinha razão. A Vale, onde também há dinheiro publico teve admisitração desastrada. Estão aí navios importado (o goverrno foi contra) com problemas, dívidas, a empresa acaba de ser considerada a "ior do mudo" por consultorias internacioanl etc.
A liberaçaõ de taridas bancários foi coisa dos tucanos neo liberais.
O mensalão a que você se refere é o esdquema de caixa dois criado e posto em prática pelo psdb mineiro? entendi.
Não, não me refiro ao mensalão Mineiro mas sim ao "grande Mensalão" que o seu presidente disse que não sabia. Como não sabia? Se o seu Chefe de Gabinete, um dos Zés da turma dele era o mentor? Foi uma história tão deprimente e se não foi cassado por que esse governo não tem uma oposição que não se pode chamar de oposição ;
Pressionado veio à público numa declaração pelo Rádio e TV lendo um discurso, estranhamente revirando os olhos para cima, parecendo que estava sofrendo um mal qualquer. Vis-se claramente que o presidente estava profundamente irritado por estar dando essa declaração ao público. Pra mim era o reconhecimento de que sim sabia do "Mensalão"e tentava se justificar e se desculpar pelo malfeito e ilegalidade cometida.
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