quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A greve do bolo de fubá

deBarros
Uma corporação militar-policial do país de Carnabode entra em greve reivindicando melhores salários. A corporação invade o prédio da Assembléia Legislativa de Carnabode fazendo reféns seus filhos e mulheres. Diante dessa ação que põe em perigo a vida de carnabodianos, Unidades Militares Federais são convocadas e se postam em frente ao prédio da Assembléia onde os grevistas estão refugiados. Com tanques, peças de artilharia, infantaria pesadamente armada essa unidade militar começa o cerco à cidadela dos grevistas. O seu general permite que os grevistas sejam alimentados por populares simpáticos à causa que lhes entregam, para o seu almoço, feijoada típica da região, acarajé, bobó de camarão e a pinga que não poderia faltar. Os grevistas ficaram tão felizes que preparam um bolo de fubá, com receita da “Mãe Benta”, a doceira preferida de Carnabode, e elegem uma comissão para entregar esse bolo ao general que comandava. Foi uma festa geral. O general de tão feliz e agradecido pelo presente que dividiu o bolo com a sua tropa fazendo disparar uma salva de 21 tiros em comemoração. A tropa que cercava o prédio da Assembléia e o seu general comeram tanto bolo que tiveram desarranjo intestinal que durou três dias e três noites. No fim do terceiro dia, o general e a sua tropa foram substituídos por outro general que trouxe a sua tropa de elite e o seu primeiro movimento foi cortar a luz, a água do prédio da Assembléia e proibir qualquer ação que levasse mantimentos aos grevistas integrantes da corporação militar-policial alojada naquele prédio. Não se soube que fim levou o general que comandou o primeiro cerco aos grevistas e também ainda não se soube o resultado da greve. Até esse momento as noticias que corriam era que não haviam chegado a um acordo o comando de greve e a comissão eleita por Carnabode para discutir os termos de uma solução para esse movimento grevista considerado ilegal pelos juristas do país

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