por Gonça
A crônica de Carlos Heitor Cony, hoje, na página 2 da Folha, fala sobre as previsões anuais que a Manchete publicava na última edição do ano. "Não levando a sério o jornalismo e a literatura, mas praticando os dois ofícios por sobrevivência pessoal, durante alguns anos fazia as previsões na revista Manchete, atribuindo-as a um tal de Allan Richard Way, que morava nos subúrbios de Londres, numa casa estilo Tudor, tinha a honra de ser o único vidente cego da história. Enchia seis páginas (com fotos dos personagens citados) e entre os palpites que dava, sempre acertava alguns. Previ a eleição do cardeal Albino Luciani, patriarca de Veneza, na sucessão de Paulo 6º", escreve Cony na Folha.
A crônica de Carlos Heitor Cony, hoje, na página 2 da Folha, fala sobre as previsões anuais que a Manchete publicava na última edição do ano. "Não levando a sério o jornalismo e a literatura, mas praticando os dois ofícios por sobrevivência pessoal, durante alguns anos fazia as previsões na revista Manchete, atribuindo-as a um tal de Allan Richard Way, que morava nos subúrbios de Londres, numa casa estilo Tudor, tinha a honra de ser o único vidente cego da história. Enchia seis páginas (com fotos dos personagens citados) e entre os palpites que dava, sempre acertava alguns. Previ a eleição do cardeal Albino Luciani, patriarca de Veneza, na sucessão de Paulo 6º", escreve Cony na Folha.
De fato, a Manchete tornou Allan Richard Way tão famoso que até uma importante rede de TV brasileira, certa vez, vasculhou Londres, onde o "bruxo" morava, na tentativa de entrevistá-lo para um programa especial. Coitado do repórter que bateu pernas nas brumas londrinas... Allan Richard Way nunca existiu. Era uma criação do próprio Cony, que ao editar as previsões providenciou até uma foto do guru. O sujeito usava um turbante, tinha uma cara entre sábia e sinistra, visual meio indiano. Quem trabalhava na redação da Manchete, sabia, claro, que o Allan Richard Way era um pseudônimo. Mas um mistério persiste até hoje: quem seria o cara da foto que o Cony arrumou para representar sua criatura?
2 comentários:
Cony nunca foi tão Cony com nessa crônica.
Essa história é ótima. Já tinmha ouvido falar lá na Manchete
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