por Eli Halfoun
Não é só em torno de que como será o seu governo que se impõe a dúvida desde que Dilma Roussef foi eleita para comandar esse país de 190 milhões de eleitores. A outra dúvida está sendo causada pela complicada língua portuguesa: Dilma deve ser chamada de presidente ou presidenta? As duas formas estão corretas e por isso mesmo talvez seja o caso da imprensa estabelecer um critério e uma única maneira de referir-se ao cargo agora ocupado por uma mulher. Assim o leitor-eleitor ficaria menos confuso pelo menos diante da ortografia. Em artigo para o portal G1 da Globo, o professor Sergio Nogueira diz: “Tanto faz. As duas formas, linguisticamente, são corretas e plenamente aceitáveis”. O professor lembra também que “a forma presidenta segue a tendência natural de criarmos a forma feminina com o uso da desinência “a”: menino e menina, árbitro e árbitra, brasileiro e brasileira, elefante e elefanta, pintor e pintora, espanhol e espanhola, português e portuguesa”. O professor Nogueira lembra ainda que “na língua portuguesa, temos também a opção da forma comum aos dois gêneros: o artista e a artista, o jornalista e a jornalista, o atleta e a atleta, o jovem e a jovem, o estudante e a estudante, o gerente e a gerente, o tenente e a tenente. Há palavras que aceitam as duas possibilidades: o chefe ou o chefe e a chefas, o parente e a parenta, o presidente e a presidenta ou o presidente e a presidenta”. Não importa o quanto é complicada a língua portuguesa. Importante mesmo é como o presidente ou presidenta Dilma Roussef dê ao país o governo e o futuro no qual a maioria da população apostou.
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Recebi outro dia esta explicação, sem que fosse citado o autor:
No português existem os particípios ativos como derivativos verbais.
Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante.
Qual é o particípio ativo do verbo ser?
O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. Portanto, a pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha. Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".
Boa explicação, Boa Ideia. Eu também prefiro a forma presidente. Embora o Houaiss diga que ambas são corretas. Aliás, vi nos jornais dos hermanos lá debaixo do mapa da América do Sul que a Christina Kirchner é pomposamente chamada de La Presidenta. No mínimo, convém não imitar.
Postar um comentário