por Eli Halfoun
Embora as notícias garantam que é definitiva a decisão de tirar, depois de cem anos, o Jornal do Brasil das bancas para transformá-lo apenas em um jornal virtual, não existe ainda nenhum comunicado oficial, pelo menos público, de que isso realmente acontecerá. Nos bastidores do JB, no Rio o que se diz agora é que existe um grande esforço de profissionais e empresários no sentido de fazer com que Nelson Tanure, o dono do JB, mude de idéia. O provável fim do Jornal do Brasil seria realmente uma lástima para o jornalismo e os jornalistas que ainda encontram por lá um necessário mercado de trabalho. Profissionais de jornalismo temem que se a decisão vier a ser realmente definitiva pode acabar incentivando outros veículos de comunicação, que também enfrentam dificuldades financeiras, e, assim, acabar criando o monopólio de apenas um (dois no máximo) jornal vendido em banca. Pelo visto, as bancas de jornais terão que passar as vender computadores ou no mínimo a alugar horários para que os jornais virtuais sejam acessados.
2 comentários:
o JB é um símbolo do Rio. Merece um melhor destino. Era o jornal da minha infância e adolescência. O que a minha familia lia diriamente. Pena
É mais Jornal que se apaga na história do jornallismo carioca. Quantos jornais e revistas, no Rio, que deixaram de circular? Já nào se conta mais nos dedos das mãos. A principal perda é a restrição do mercado de trabalho. Essas centenas de jovens que todos os anos completam o curso de jornalismo ficam sem perspectivas de emprego e acabam migrando para outras profissões ou vão se aventurar em outros Estados outras regiões, onde possam ser absorvidos na sua profissão. Essa é primeira consequência do fechamento de jornais. A seguir é que com menos jornais no mercado, a competição se torna restrita e a informação, o produto maior da publicação perde a sua diversidade.
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