Em 1968, eu tinha apenas 14 anos, jovem demais para entender o que era movimento hippie que falava sobre amor livre, resistência pacífica e temas polêmicos como homossexualidade e drogas. Mas, hoje eu posso entender que tudo isso significa transformação, mudança, liberdade para viver um mundo melhor. E, com o sol entrando na Era de Aquário, tudo isso pode acontecer (dizem os esotéricos).
Então, mãos a obra, vamos abrir as gavetas tirar as bandanas coloridas, as flores para colocar nos cabelos, os vestidos indianos e abrirmos as janelas para deixar o sol entrar! Por quê?
Está confirmado! O musical Hair, que esteve este ano na lista dos 10 melhores musicais da Broadway, chegará ao Brasil em 2011. Graça aos diretores Cláudio Botelho e Charles Mõeller que acabaram de voltar de Nova York e compraram os direitos de produção.
Tentei entender o sucesso inesperado do retorno desse musical, cujo tema pode parecer antiquado e pegou todo mundo de surpresa, mas confesso que não consegui. Fui salva pelo meu irmão. Ele adora teatro, e como está sempre bem informado me indicou para ler a matéria O Despertar da Broadway, escrita por Eduardo Graça para o Valor de Nova York. Adorei o texto e resolví transcrever alguns trechos para vocês.
"Em uma temporada que também quebrou recordes históricos de bilheteria - um total, até esta semana, de US$ 943,3 milhões em ingressos para 43 espetáculos -, "Hair" foi precursor de uma onda "cabeça" que tomou conta dos palcos de Manhattan. Apresentado no verão de 2008 no Central Park, muitos duvidavam que o revival chegaria a Broadway, inclusive os patrocinadores originais, que deixaram de apoiar um dos hits de 2009. "Havia uma ansiedade no ar. Era como se a gente quase tivesse se esquecido de como seria o país se a mudança viesse, diz Diane Paulus, diretora do espetáculo.
"Hair" se alimentou dessa energia como poucos na Broadway. "E agora o espetáculo com Obama no poder, se transformou em algo diferente. A celebração que ocorre ao fim de duas horas, com a platéia dividindo o palco com os atores, vem dessa certeza que você, o público, pode ser o agente transformador", acrescenta a diretora. Como o texto é enorme resolví parar por aqui.
Escrito por james Rado e Gerome Ragni e com música de Galt MadDermot, a primeira apresentação na Broadway, ocorreu em 1968 e ficou em cartaz até 1972. A peça trata da saga de um grupo de hippies que tenta a todo cuso convencer um jovem recruta a não se alistar na Guera do Vietnã.
Depois de mais de 1800 apresentações na Broadway, o espetáculo foi remontado em várias parte do mundo e virou filme em 1979, na versão do premiado diretor Milos Forman. Alguns dos sucesso da peça incluem Let the Sunshine In, Aquarius, Hair e Good Morning Starshine.
2 comentários:
Acho que as novas gerações conhecem Hair a partir do filme de Milos Forman, que é sempre reprisado na TV por assinatura. Para os mais antigos, será uma bela oportunidade de (re) ver o musical (ainda mais com a assinatura desta genial dupla de diretores), sob sons e luzes deste século. Ótimo post, Alice, valeu.
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