domingo, 18 de setembro de 2016

Veja copia capa da Time. A culpa é do estagiário que fez Ctrl-C e Crtl-V...



No alto, a capa da Time que foi para as bancas em fins de agosto.
Acima, a edição atual da Veja.
Entre o "meltdow" de Donald Trump e o "derretimento" de Lula faltou imaginação e sobrou Ctrl-C e Ctrl-V.
A Abril demitiu tanta gente nos últimos anos que provavelmente sobrou para o estagiário a missão de bolar as capas.
Desde o lançamento da edição da Time e a chegada da Veja às bancas, o trainee ralou por 21 dias para contribuir com a sua "criatividade": mudar o fundo para vermelho e tirar o louro da cabeleira tingida de Trump.
Fez o que pode, o pobre rapaz.
A Time pôs chamada de capa; a Veja provavelmente viria sem títulos. A morte do ator Domingos Montagner deve ter obrigado a inclusão da faixa vermelha.
Como contribuição para o banco de ideias semi-originais para a Veja, seguem, abaixo, algumas sugestões para anabolizar a mente do artista na hora de copiar capas das próximas semanas.
Alô, trainee, não esquece de trocar as fotos.

TEMER NA CAPA

Temer, garoto nacional: a nova imagem do Brasil

Temer: um Constitucionalista no poder

Temer rejeita rótulo de golpista e quer conquistar os jovens.

Temer brilha em discurso na ONU 

Temer alcança 90% de popularidade nas pesquisas.


Brasil acredita: Governo Temer já decolou 


LULA NA CAPA

Exclusivo. Veja denuncia que Lula tem todos os dedos da mãos. Amputação
era golpe de marketing eleitoral
Documentos secretos mostram que o PT queria ficar 1000 anos no poder

Lula é o novo rico do ranking da Forbes

Lula perde fortuna jogando truco

Veja tem convicção de que Lula manipula o STF
Lula quer calar a Justiça

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Ivanka Trump na comissão de frente da campanha do pai, Donald Trump, se desentende com repórter da Cosmopolitan

Reprodução Pinterest


por Clara S. Britto

Ivanka Trump tem participado ativamente da campanha do pai, Donald Trump.

Os marqueteiros a consideram um trunfo para atrair mulheres conservadores e jovens idem. Ela sobe no palanque, capricha no visual e na sensualidade. Um providencial e vistoso implante nos seios ampliou seu já considerável poder de sedução.

Antes e depois do reforço nos seios para a corrida presendencial. Reprodução
O problema é que ela tenta ser simpática à distância mas acaba demonstrando a mesma impaciência do pai em entrevistas.

Não gosta de falar das cirurgias que fez: nariz, bchechas e mais recentemente os seios.

Na última a quarta-feira, o motivo da irritação com um jornalista foi outro. Ivanka interrompeu bruscamente uma entrevista à revista Cosmopolitan porque o repórter indagou sobre o que ela achava ou teria a contribuir para a política de Trump de apoio às mães que trabalham. Ocorre que o candidato já disse que "a gravidez é um coisa maravilhosa para a mulher, mas é um inconveniente para os negócios". E Ivanka não gostou que ele introduzisse a frase na entrevista. "Eu não vejo como gastar tempo com você se você faz um comentário como esse", reagiu.

Ela acusou o entrevistador Prachi Gupta de ser "negativo". Gupta respondeu que sentia muito que ela classificasse a pergunta de "negativa" mas era relevante comentar uma declaração desse teor feita por um candidato a presidente. A pergunta também se justificava porque, apesar da frase emblemática, Ivanka teria convencido o pai a incluir no seu programa a concessão de licença-maternidade (os Estados Unidos são o único país industrializado do mundo a não ter um lei federal de licença remunerada para mães de recém-nascidos).
O repórter queria saber sobre a significativa mudança de opinião de Donald Trump em relação ao assunto. Normalmente, os republicanos condenam tal tipo de política social dos governos.

Apesar disso, Ivanka encerrou a entrevista abruptamente.

-  I'm going to jump off, I have to run. I apologize.

Algo como "Eu vou sair fora, tenho que correr. Desculpe".

CANÇÃO DOS BEATLES EM CAMPANHA DE TRUMP PROVOCA POLÊMICA

Ivanka Trump usou a música "Here Comes the Sun", dos Beatles, como trilha sonora para sua entrada no palanque do pai. O problema é que ela nãop tinha autorização dos responsáveis pelos direitos das canções. A família de George Harrison reagiu e considerou ofensiva a pirataria. Além dos representantes do Beatles, Trump tem provocado reações de Adele, Queen, Rolling Stones, Aerosmith e Neil Young, que também tiveram músicas utilizadas na campanha sme que lhes fosse pedida qualquer autorização.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Jornalistas protestam contra atrasos de salários. A resposta dos patrões? Demissão por "justa causa"

LEIA A MATÉRIA NO COMUNIQUE-SE, CLIQUE AQUI


SINDICATO DOS JORNALISTAS DE SÃO PAULO DENUNCIA ASSÉDIO MORAL.
leia AQUI 

Terry Richardson fotografa Rihanna como uma 'Maria Antonieta pornô"

Rihanna. Foto de Terry Richardson para CR Fashion Book

Foto de Terry Richardson para CR Fashion Book
por Clara S. Britto
Fotógrafo de moda queridinho de modelos e produtoras nas últimas décadas, Terry Richardson enfrentou polêmicas por conta da ousadia do seu trabalho, da hipersexualidade das imagens e, há alguns anos, foi acusado de assédio e abuso. Ele nega as acusações. Se sofreu abalos, a carreira do fotógrafo não foi interrompida. Ele continua solicitado. No seu mais recente trabalho, retratou a cantora Rihanna para a capa da revista CR Fashion Book vista, segundo ele, como Maria Antonieta, em versão pornô. Segundo a CR, a rainha da França foi a primeira fashion victim e também uma pioneira em lançar moda. Antes de perder a cabeça, claro.

Pesquisa revela que mais de 100 milhões de brasileiros acessam a internet

A 11ª edição da pesquisa TIC Domicílios 2015, que mede a posse, o uso, o acesso e os hábitos da população brasileira em relação às tecnologias de informação e de comunicação, mostra que 58% da população brasileira usam a internet – o que representa 102 milhões de internautas. A proporção é 5% superior à registrada no levantamento de 2014.

De acordo com a pesquisa, o telefone celular é o dispositivo mais utilizado para o acesso individual da internet pela maioria dos usuários: 89%, seguido pelo computador de mesa (40%), computador portátil ou notebook (39%), tablet (19%), televisão (13%) e videogame (8%).

O resultado do estudo, divulgado nesta terça-feira (13), é fruto de entrevistas pessoais realizadas em 23.465 domicílios em todo o território nacional, entre novembro de 2015 e junho de 2016.

A pesquisa foi realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) e pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).

Usuários

De acordo com a pesquisa, pessoas das classes sociais mais altas usam mais a internet: 95% dos entrevistados da classe A haviam utilizado a rede menos de três meses antes da pesquisa. A proporção cai para 82% para a classe B; 57% para a C; e 28% para a D/E.

O levantamento ainda aponta que 56% da população brasileira usa a internet no telefone celular. A proporção era de 47% em 2014 e de 31% em 2013. O tipo de conexão mais utilizada nos celulares passou a ser o Wi-Fi, com 87% dos usuários, seguido pelo 3G ou 4G (72%). Em 2014, o Wi-Fi correspondia a 74% e o 3G ou 4G, a 82%.

Domicílios

A proporção de domicílios brasileiros com acesso à internet, considerando também conexões por telefone celular, ficou praticamente estabilizada em 51%. Em 2014, a fração era de 50%, e em 2013, de 43%.

Em relação à região, o Sudeste tem o maior número de domicílios conectados à internet: são 17,4 milhões de domicílios conectados. O Nordeste possui 7 milhões de domicílios com internet; a Região Sul com 5,4 milhões conectados; o Centro-Oeste tem 2,5 milhões com internet; e o Norte com 1,9 milhão de domicílios conectados.

O levantamento mostra que a proporção de domicílios brasileiros com computador estabilizou em 50% – mesma proporção registrada em 2014 – o que representa 33,2 milhões de domicílios com acesso a computador.

Fonte: Portal Brasil

Sophia Vergara: atriz colombiana desbanca americanas no ranking das estrelas da TV que mais faturam

por Clara S. Brito

A edição americana da revista Forbes acaba de divulgar o ranking das atrizes mais bem pagas da TV.

A colombiana Sophia Vergara, estrela do seriado "Modern Family", com 43 milhões de dólares faturados neste ano, lidera a lista de contas bancárias polpudas.

Em segundo lugar, está Kaley Cuoco, a lourinha de "The Big Bang Theory", que embolsou quase 25 milhões de dólares. Mindy Kaling, de "The Mindy Project", ocupa o terceiro lugar com 15 milhões de dólares.
VEJA O VÍDEO NA PÁGINA DA FORBES. CLIQUE AQUI

Público terá canal para denunciar abusos e violação de direitos nos programas policialescos


LEIA NO INTERVOZES - COLETIVO BRASIL DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - CLIQUE AQUI

Jornalista brasileira concorre ao Prêmio Gabriel García Márquez de Jornalismo

Natalia Viana: matéria sobre drama indígena concorre a prêmio internacional
Foto: Reprodução Agência Pública de Jornalismo Investigativo

Única representante brasileira a chegar às finais do Prêmio García Márquez de Jornalismo 2016, Natalia Viana concorre com a matéria "São Gabriel e seus Demônios" (no link, abaixo, você poderá ler a reportagem). Trata-se do quadro crítico de um município com a maior população indígena do país e que tem o maior índice de suicídios em meio a uma história de violência no contato com os brancos. Os vencedores do Prêmio Gabo  nas categorias Texto, Imagem, Cobertura e Inovação serão anunciados no dia 23 de setembro em Medellín, Colômbia, como parte da programação do Festival García Márquez de Jornalismo.  A notícia está no Boletim Semanal de notícias do Blog Centro Knight.




Natália é repórter e codiretora da Agência Pública de Jornalismo Investigativo. Leia a matéria concorrente AQUI

Jornalista define Jogos Paralímpicos como "espetáculo grotesco"

O jornalista Joaquim Vieira condena a Paralimpíada. Foto Reproduçao Facebook

por Jean-Paul Lagarride

O jornalista português Joaquim Vieira, que já trabalhou no canal RTP e foi diretor da revista Expresso, escreve na sua página do Facebook que a Paralimpíada é um "número de circo".

E usa um argumento racial que Hitler gostaria de ter assinado como regra dos Jogos de Berlim, em 1936:

"Jogos Olímpicos só há um, e, como eu também já disse, destinam-se a premiar os melhores da raça humana, homens e mulheres, em cada modalidade. Os Jogos Paralímpicos, sinceramente, não sei a que se destinam. Lamento desiludir muita gente, mas há só um Usain Bolt e um Mark Phelps. Não existe o Usain Bolt nem o Mark Phelps dos Paralímpicos. Por muito que alguns nos queiram convencer do contrário". 
Vieira, que pela opinião - nem falo do visual 'ariano', que seria preconceituoso -  não está entre "os melhores da raça humana", foi criticado veementemente por internautas brasileiros e portugueses.

Filme "Aquarius" passa a fazer parte do catálogo mundial do Netflix

Com uma trajetória de reconhecimento em festivais internacionais, o filme "Aquarius" acaba de entrar na programação do portal de streaming Netflix. Isso significa que alcançará uma audiência de milhões de espectadores em todo o mundo.

Muito além do que talvez esperassem obscuros críticos convocados para indicar o filme brasileiro que concorre à indicação para disputar o Oscar na categoria filme estrangeiro. Não que essa indicação ou a participação na festa de Hollywood seja um indicador de valor cultural supremo e incontestável. O próprio "Aquarius" já acumula boas críticas no meios cinematográficos de vários países mesmo sem chegar a Hollywood e foi convidado pelko Canadá para participar do Festival de Cinema de Toronto.

Desde que a equipe de "Aquarius" fez uma protesto em Cannes contra o golpe que levou Temer ao poder, o filme entrou no foco de uma batalha política.
Colunistas apressaram-se em alardear um suposto fracasso do filme nas bilheterias, que números oficiais favoráveis desmentiram em seguida.

O governo ensaiou uma espécie de retaliação ao tentar restringir a audiência através da um "classificação etária" rigorosa, em um tipo de censura que o STF condena. O tal juri que apontaria o representante brasileiro ao Oscar foi contestado porque um dos jurados criticou publicamente o protesto em Cannes, assumindo a defesa do governo, o que poderia contaminar o seu voto.

Ao confirmar a inclusão de "Aquarius" no seu catálogo internacional, o vice-presidente de Marketing do Netflix Vinicius Losacco, declarou que não foi levado em conta o teor político do filme. "Nós só queremos contar histórias que interessam para o Brasil e que possam ter significado para nossos usuários.”

Em tempo: o filme "Pequeno Segredo", indicado pelo juri governamental, ainda não foi exibido em salas comerciais, uma exigência para poder concorrer ao Oscar. Deverá ser providenciada com urgência pelo menos uma exibição de um dia que seja para "legalizá-lo" às normas da premiação.

Como pouca gente viu "Pequeno Segredo", as matérias que repercutiram a escolha não entraram no mérito da qualidade do longa que agradou ao Ministério da Cultura de Temer. Mas o crítico Alcino Leite Neto, da Folha de São Paulo, foi demolidor. Em sua avaliação, sob o título "Clichê, 'Pequeno Segredo' é um dos piores filmes brasileiros recentes", ele diz que "a narrativa é piegas, as imagens são piegas, a banda sonora é piegas, a direção é de uma platitude sem fim".
"Um oceano de clichês", resumiu.



terça-feira, 13 de setembro de 2016

Já viu o trailer de "Cinquenta Tons Mais Escuros" ?. Nesta sequência de "Cinquenta Tons de Cinza, que só estreia em 2017, o terror divide a cama com o sexo




por Ed Sá 
“Fifty Shades Darker” ("Cinquenta Tons Mais Escuros"), a sequência de "Cinquenta Tons de Cinza". tem estreia prevista apenas para 2017. Mas o trailer já está rodando na web.

O primeiro é, dizem, o filme que muitos quiseram ver (arrecadou meio bilhão de dólares no mundo e foi assistido por mais de seis milhões de brasileiros) baseado no livro que ninguém leu.

A continuação também tem sexo e esbórnia dessa vez acompanhados de uma forte dose de terror. A dupla Dakota Johnson e Jamie Dornan revive os personagens Anastasia Steele e Christian Grey.

Não se sabe a que temperatura vai o sexo entre o casal já que no primeiro filme, depois de muita sacanagem, Steele deixa claro que já está de saco cheio com a "criatividade" de Grey na cama.

Aparentemente, as técnicas do amante, que vão de pregadores de roupa no mamilo da parceira, porradas com palmatórias, a cera quente, chicote e coleira não empolgam tanto assim a bela Steele que, no segundo filme, buscará mais "conteúdo" e menos adereços de mão.
VEJA O TRAILER, CLIQUE AQUI

Grupo Globo compra participação da Folha no jornal Valor Econômico

por Niko Bolontrin
O Globo e a Folha anunciam que chegou ao fim a parceria dos dois grupos no jornal Valor Econômico.
Fundado há 16 anos, o diário especializado agora passa a pertencer unicamente ao grupo carioca que comprou os 50% da empresa paulista.
Em nota oficial, os dois grupos informam que o negócio depende da aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Provavelmente é uma formalidade: não há histórico no Cade de impedir concentração da propriedade dos meios de comunicação em grupos dominantes.
Se assim fosse, haveria a implosão de vários conglomerados familiares que detêm titularidades cruzadas em TV aberta, a cabo, meio impresso, rádio e digital.
O meio jornalístico também não espera mudanças editoriais ou de opinião no Valor Econômico. Os grandes jornais brasileiros há muito trabalham em sintonia em uma espécie de sala de espelhos onde um geralmente reflete o conteúdo do outro.

Na Latam, você pode adquirir uma poltrona especial para viajar tranquilo. Certo? Não. Só se o cantor Latino não entrar no avião. Nesse caso, você deverá ceder seu lugar. Não é piada. Uma juíza condenou a empresa a indenizar uma passageira que foi obrigada pela tripulação a dar o lugar à "celebridade"

por Omelete
Passageiro de companhia aérea já vai pro aeroporto na expectativa cair numa roubada.
Tanto que companhias aéreas são grandes frequentadoras da lista de reclamações do Procon.
Atrasos, cancelamentos de vôos e inclusão de escalas não previstas são figurinhas fáceis entre os transtornos.
Sem falar que as poltronas estão cada vez mais apertadas, quem quiser esticar as pernas um mínimo que seja que pague taxa extra. Em breve, a bagagem também será paga à parte.
E uma dessas companhias de low price estuda até implantar lugares em pé para rotas mais curtas.
Mas o que a Latam (ex-Tam) aprontou com uma passageira extrapola qualquer bom senso.
Já foi, digamos, partir pro deboche.
Deu no jornal: a Latam foi condenada a indenizar uma passageira que foi impedida de usar a poltrona especial que adquiriu. Levou cartão vermelho simplesmente para que o cantor Latino ocupasse o lugar.
Isso mesmo.
Você faz o check-in, compra a tal poltrona especial e embarca pensando que está tudo certo. Engano. Se chegar uma "celebridade" você poderá ser convidado a tirar seu traseiro do lugar e levá-lo para onde a tripulação ordenar.
A juíza Tatiane Colombo, da Sexta Vara Cível de Cuiabá (MT), condenou a Latam a pagar uma indenização de R$ 3 mil, por danos morais, a uma passageira que foi obrigada a ceder o lugar a "celebridade" Latino.
Fique de olho: se o "critério" pegar, qualquer mané japonês da Federal, mané deputado da CPI, mané ex-BBB, maria-chuteira, musa do fitness, mané figurante da novela das oito, mulher do cara que tem conta na Suíça, a outra que assinou o impeachment, o mané pastor que deixou o jatinho na oficina, o humorista que estreia o centésimo talk show na TV e o mané cantor sertanejo que viaja pra encontrar o professor de afinação poderá tomar seu lugar no voo da Latam.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Por Roberto Muggiati - CELEBRITY KILLERS - Soltaram o homem que tentou matar o Presidente Reagan. E os outros, onde estão?


Em 1981, Manchete publicou uma sequência de fotos de Sebastião Salgado (assinalado no círculo), o fotógrafo brasileiro que registrou o atentado contra Ronald Reagan,
Reprodução das fotos de Sebastião Salgado
publicadas na Manchete

Por ROBERTO MUGGIATI

Foi solto, aos 61 anos (na época era um jovem de 26), John Hinckley, Jr. – o homem que tentou assassinar o Presidente Ronald Reagan em março de 1981 nas calçadas de um hotel em Washington.

Vagamente inspirado em Taxi Driver, o rapaz (na foto à esquerda) queria chamar a atenção da ninfeta do filme, Jodie Foster. Ele cumpria pena num hospital psiquiátrico, mas um juiz federal determinou sua libertação por “não ser mais uma ameaça para si mesmo nem para os demais.”

É longa a lista dos celebrity killers nos Estados Unidos. Vamos lembrar alguns mais recentes.

Todo mundo sabe que fim levou Lee Harvey Oswald, o suposto atirador que matou John Kennedy em Dallas em 1963. Já Sirhan Bishara Sirhan, que assassinou Robert Kennedy na cozinha de um hotel em Los Angeles em 1968 foi condenado à morte na câmara de gás, mas a pena foi comutada em prisão perpétua , graças à decisão da justiça da Califórnia de anular todas as sentenças capitais proferidas antes de fevereiro de 1972, abolindo a pena de morte no estado. Nascido em Jerusalém, com nacionalidade jordaniana, Sirhan, hoje com 72 anos, disse que matou Kennedy em represália ao seu apoio a Israel na Guerra dos Seis Dias.

Também em 1968, o líder dos direitos humanos Martin Luther King Jr foi assassinado com um tiro de fuzil. O atirador, James Earl Ray, condenado a 99 anos, morreu na prisão de hepatite C em 1998, aos 70 anos.

Já em 1965, um líder mais radical dos direitos negros, Malcolm X foi assassinado numa rua de Nova York em frente de sua mulher grávida, Betty, e de suas quatro filhas, por três membros da Nação do Islão. Malcolm, que havia pertencido à organização, levou 16 tiros de balas de calibre 38 e 45, a maioria no coração. Tinha 39 anos.

Em 1968, a feminista radical Valerie Solanas deu três tiros (só acertou um) no artista plástico Andy Warhol, atingindo também o crítico Mario Amaya, que estava no ateliê do pintor, a conhecida The Factory. Valerie entregou-se à polícia, dizendo que Warhol “controlava demais minha vida.”

Diagnosticada com esquizofrenia paranoide, acabou sentenciada a três anos sob livramento condicional. Autora do “SCUM Manifesto” (SCUM seria a sigla para Society For Cutting Up Men; a palavra scum significa “escória”), Valerie Solanas morreu de pneumonia em 1988, aos 52 anos. Ela certamente viveu bem mais do que os seus “15 minutos de fama.” Warhol quase morreu: teve uma parada cardíaca na cirurgia, mas seu coração foi reanimado. Sofreu sequelas, tendo de usar um colete cirúrgico pelo resto da vida (morreria em 1987, aos 58). O atentado levou-o a esta reflexão: “O cinema faz as emoções parecerem tão fortes e reais, mas quando as coisas realmente acontecem com você é como assistir à televisão – você não sente nada. Justo no momento do tiro e a partir de então, eu sabia que estava vendo televisão. Os canais mudam, mas é tudo televisão.”


Matéria da Manchete sobre a morte de Sharon Stone  é até hoje reproduzida em sites internacionais como de uma "portuguese magazine".


Charles Manson, mentor intelectual dos sangrentos assassinatos da atriz Sharon Tate (mulher do cineasta Roman Polanski) e de quatro amigos dela que estavam na sua casa em Los Angeles – e, no dia seguinte, do casal La Bianca – continua na prisão, na Califórnia, aos 81 anos. Manson era o líder místico de uma comunidade de hippies, que chamava sua “Família” e mandou seus discípulos cometerem os crimes. Estes assassinatos, em agosto de 1969, visavam a provocar uma guerra entre negros e brancos. Manson batizou a operação de Helter Skelter, inspirado numa música muito doida do “Album Branco” dos Beatles. A carnificina encenada pela Família Manson – ao lado da tragédia patrocinada pelos Rolling Stones em Altamont – ajudou a sepultar o sonho de paz e amor da “Nação de Woodstock”, que chegara ao auge uma semana depois dos assassinatos, no megafestival de rock. (A autoria dos crimes só seria conhecida em novembro.) Um rapaz e duas moças da Família Manson que praticaram os assassinatos continuam presos; a terceira moça morreu de câncer na prisão em 2009.

Uma ex-integrante da Família Manson, Lynette “Squeacky” Fromme, tentou assassinar o presidente Gerald Ford em 1975, em Sacramento, Califórnia. Ela apontou para ele um revólver 45, mas um agente secreto agarrou a arma antes que Lynette apertasse o gatilho. Sentenciada à prisão perpétua, ela recebeu livramento condicional em 2009, aos 60 anos. (Curiosamente, Lynette, que fazia parte de um grupo de dança de Santa Monica, se apresentou aos onze anos na Casa Branca para o Presidente Eisenhower.)

A proteção de Gerald Ford foi reforçada, mas, apesar disso, dezessete dias depois o ele foi alvo de outro atentado. Quando Ford saía de um hotel no centro de San Francisco, Sara Jane Moore, no meio de uma multidão do outro lado da rua, apontou para o Presidente um revólver 38. Errou o único tiro porque a mira estava desajustada. O segundo tiro foi desviado por um segurança e a bala passou a apenas quinze centímetros da cabeça de Ford, ricocheteou e feriu levemente um chofer de táxi. Sara Jane foi sentenciada à prisão perpétua, mas saiu com liberdade condicional em 2007, aos 77 anos (ainda está viva, com 86). Sara Jane virou personagem do musical Assassins (1990), de Stephen Sondheim, ao lado de Lynette, John Hinckley e Lee Oswald.

Na noite de 8 de dezembro de 1980, quando voltava para seu apartamento  em Nova York, no edifício Dakota, John foi abordado por um rapaz que durante o dia tinha pedido a ele um autógrafo na capa do LP Double Fantasy. Mark David Chapman, fã dos Beatles obcecado por John, disparou cinco tiros de revólver 38, quatro dos quais acertaram em Lennon. Um carro de polícia chegou minutos depois e levou John para o hospital. O assassino ficou no local com um livro nas mãos, O Apanhador no Campo de Centeio, de J.D. Salinger. John perdeu cerca de 80% do seu sangue e morreu, aos quarenta anos de idade. Logo após da notícia, uma multidão se juntou em frente ao Dakota, com flores, velas e entoando canções de Lennon e dos Beatles. Hoje com 61 anos, Chapman teve vários pedidos de livramento recusados e cumpre pena na prisão de Attica, em Nova York. Curiosamente, Lennon celebrou uma rebelião de cunho político ocorrida na penitenciária em 1971 com a canção Attica State, do álbum Some Time in New York City, com uma letra premonitória: “What a waste of human power What a waste of human lives...”

Paro por aqui com estes celeb killers. Esqueci alguém? Me lembrem, por favor.

Nudez no Palácio do Planalto virou "questão de Estado"? Bobagem. Os melhores estabelecimentos do ramo, da Casa Branca ao Palácio de Buckingham, já receberam seus ilustres peladões




por Jean-Paul Lagarride

Visto de perto ou via satélite, o Brasil sempre surpreende. Às vezes, pelos motivos errados.

A web me trouxe o recente caso da nudez no Palácio do Planalto. Soube que virou um pequeno escândalo e a funcionária que autorizou uma sessão performática de fotos e vídeo de uma modelo pelada sobre uma obra de arte (azulejos de Athos Bulcão) foi demitida.

A intervenção artística (reprodução acima) foi obra de Ana Siqueira, diretora do projeto Habitathos, que registra pinturas corporais em painéis originais de Athos Bulcão. O fotógrafo era o brasiliense Kazuo Okubo.

Parece-me um exagero transformar a performance em "questão de Estado".

E por dois motivos: circulam no ambiente pessoas cuja nudez seria muito mais comprometedora sob todos os pontos de vista; e centros de poder muito mais formais registraram episódios de nudez e a vida seguiu em frente.

Reprodução Facebook
Não faz muito tempo, um homem pelado foi visto descendo pela janela dos aposentos de Elizabeth II, no Palácio de Buckingham. O caso gerou especulações até que se soube que o peladão estava autorizado e participava de cena do seriado The Royals.

A Casa Branca também tem histórias semelhantes, com um detalhe: não são exatamente artísticas, como foi esse caso do Palácio do Planalto.

Dizem que John Kennedy aproveitava viagens de Jackie Kennedy para promover festas na piscina presidencial nas quais as maiores peças de tecido eram os guardanapos de linho que acompanhavam os comes e bebes. Principalmente, os comes.

J. Edgar Hoover (reprodução à direita), a autoridade policial mais temida pelos presidentes americanos na Guerra Fria e um dos caçadores de comunistas do macartismo nos anos 1950, tinha livre acesso à Casa Branca.

Mas não há registro de ter feito sua nudez transitar por aqueles corredores.

Os rumores são de que, nas madrugadas insones, ele preferia usar confortáveis vestidos afanados do guarda-roupa da mamãe Hoover. Ele era detestado nos bastidores do poder, mas não pelo gosto em matéria de figurino que vestia habitual e republicanamente.



Já Bill Clinton protagonizou uma nudez digamos mais dinâmica em pleno salão oval ao lado da estagiária Monica Lewinsky (na capa da Manchete, que a chamou de "a tiazona da América"). Bill quase perdeu o cargo mas lutou ereto. Foi processado por perjúrio e obstrução da justiça por inicialmente ter negado o episódio e acabou absolvido pelo Senado.
Clinton não fez o sucessor mas deixou a presidência com alto índice de aprovação. Participou da campanha e ajudou a eleger Barack Obama. O episódio tanto foi superado que Hillary Clinton lidera a atual corrida presidencial e o caso Monica Lewinsky, embora lembrado pelo adversário, não tem lhe causado dano. Pelo menos, até aqui.

Berlusconi recebia garotas ao fim do expediente. Depois de um dia de tediosas conversas políticas, ele jantava com empresários em salões animados por dançarinas nada monótonas.

Reprodução/Divulgação
A nudez presidencial mais ambicionada nunca vazou. Pelo menos, não em fotos feitas nos corredores e quartos do Palais de l'Élysée, em Paris, residência oficial do presidente da França, onde morou a modelo e cantora Carla Bruni, madame Sarkozi.

O mais próximo de um escândalo que a bela Bruni, à esquerda,viveu foi quando às vésperas de ser recebida pela rainha Elizabeth sua nudez foi estampadas nos jornais.

A Christie's anunciava naquele dia um leilão das suas fotos au naturel feitas ao longo da carreira.

E, voltando à Casa Branca, caso Donald Trump seja eleito, os Estados Unidos terão uma primeira-dama cuja nudez não será segredo de Estado.

No caso, os jornais já anteciparam as curvas nada secretas de Melania Trump, ex-modelo, que posou nua para a revista francesa Max.

Na época, com 25 anos, era era conhecida como Melania K. Em plena campanha presidencial americana, o New York Post foi buscar o material explícito da senhora Trump.

Donald Trump pode até ter ideias semelhantes às de J.Edgar Hoover, mas se chegar à Casa Branca levará para a suite presidencial algo visualmente melhor do que as curvas do ex-chefão do FBI.

Esse ponto positivo do seu programa de governo, talvez o único item aceitável, ninguém pode negar.

domingo, 11 de setembro de 2016

Por Roberto Muggiati - Memória - O que fazia você quando as Torres caíram? (Alguém mais se aventura a lembrar?)


Reprodução
Por ROBERTO MUGGIATI

Há acontecimentos que memória grava a ferro e fogo. A implosão do World Trade Center, há 15 anos, foi um deles. Lembro muito bem não só aquele dia, mas todo o seu entorno. Voltando um pouco atrás: quinta-feira, 6 de setembro, véspera do feriadão da Independência, saí de carro do meu sossego para uma incursão até a Suipa, em Benfica. Sossego relativo: a Bloch falida, eu trabalhava em casa traduzindo. Muito trabalho: o tradutor é uma espécie de estivador da literatura. A bordo do nosso Escort, minha mulher Lena, minha filha Natasha e a viralata Phoebe, adotada poucos dias antes e que começou a passar mal de repente. A Suipa é um local de desova de cães e outros animais menos cotados próximo àquela zona braba do Jacarezinho, uma das favelas mais violentas do Rio. A abnegada diretora da Suipa, Isabel Cristina Nascimento – morta agora em agosto – me levou a conhecer o local: cerca de seis a sete mil animais, na maioria cachorros, amontoados num espaço exíguo, era um milagre como conseguiam alimentar e cuidar daquela massa de criaturas. Enquanto Lena e Natasha enfrentavam as longas horas de espera até a consulta, refugiei-me no carro adiantando a leitura do livro que traduzia: O jardineiro fiel, de John le Carré.

O retorno a Botafogo naquele fim de tarde foi caótico. Além da saída em massa para o feriadão, o trânsito foi complicado pelo incêndio da favela Buraco da Lacraia, debaixo de um viaduto da Linha Vermelha. Com o calor do fogo, o viaduto cedeu e aquele trecho da Linha Vermelha ficaria interditado pelos próximos seis meses. Só chegamos em casa três horas depois.

Na segunda-feira, 11 de setembro, eu já estava ao computador a partir das oito da manhã, traduzindo. Natasha, gripada, não tinha ido ao colégio. Seu quarto ficava perto de mim e, pouco antes das nove, ela veio até a janela do meu escritório. No humor negro característico da família, a adolescente de quinze anos perguntou: “Você conhece o World Trade Center de Nova York?” Respondi que sim. E Natasha: “Fudeu!...”

Corri à televisão do quarto dela e vi a cena impressionante: às 8:46, um Boeing 767 da American Airlines havia se chocado com a Torre Norte. Alternei-me entre as coberturas da CNN e da Globonews. Vi perfeitamente quando, às 9:03, outro Boeing, da United Airlines, se chocou contra a Torre Sul. A cena se passou às costas do apresentador, Carlos Nascimento, que falava sobre um possível apagão de radares como explicação para o primeiro choque. O segundo choque não deixava mais dúvidas: os incêndios eram obras do terrorismo. Uma hora depois, houve ainda o terceiro avião, jogado sobre o Pentágono, em Washington.
O resto é história. Em cada lembrança de uma catástrofe destas fica também a marginalia característica de quem lembra – no meu caso, duas vinhetas culturais. Todo mundo conhece a cadeia global de discos Tower Records, que tinha sua loja principal em Manhattan a poucos quarteirões das Torres Gêmeas. Pois bem, naquele 11 de setembro era lançado Love and Theft, o novo álbum de Bob Dylan – o roqueiro anunciador de apocalipses. Fiquei me perguntando quantos fãs de Dylan não estariam por ali naquela manhã, no ventre da besta, fazendo fila para comprar o novo CD do velho Zimmermann (ele completara 60 anos em, 2001).

E a viúva de Norman Bates – quem diria? – morreu na primeira explosão, a do voo 11 (Boston-Los Angeles) da American Airlines. Na verdade, era a viúva do ator Anthony Perkins, que nunca se livrou da carga de ter sido “o-filho-que-era-mãe” no filme de Hitchcock Psicose. Rica, bonita, irmã da atriz Marisa Berenson, Berinthia "Berry" Berenson foi também manequim e atriz antes de se fixar na carreira de fotógrafa. Perkins – que fez ainda o papel de Norman Bates em três sequências de Psicose – só teve sua primeira relação sexual com uma mulher aos 39 anos. Ele se dizia um homossexual que se “curou” através da psicanálise. Em 1973 casou com Berry Berenson e teve dois filhos com ela, Oz e Elvis Perkins. Viveram juntos quase vinte anos, até a morte de Perkins, em 1992, por pneumonia causada pela AIDS. No trágico destino de Berry Berenson pode-se ler, sem dúvida, mais alguma daquelas maldições ligadas ao Mestre do Suspense, Sir Alfred Hitchcock.

 O PRIMEIRO PLANTÃO DA GLOBO NA MANHA DE 11/9/2001. 
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VEJA TRECHO DA COBERTURA DO ATENTADO PELA GLOBO NEWS COM IMAGENS DA CNN. 
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sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Últimas lições de Geneton Moraes... e o caso do bilhete de Joel Silveira, da Manchete, no Muro das Lamentações


por Luiz Claudio Cunha (para o Observatório da Imprensa)

O jornalismo brasileiro ficou mais obtuso, medíocre, raso, frio, casmurro e sem respostas nesta segunda-feira, 22 do agosto sempre aziago. Perdemos o Geneton.

Geneton Moraes Neto morreu no Rio de Janeiro aos 60 anos, vencido pelas complicações de um aneurisma na aorta sofrido três meses antes. Na autoapresentação de seu blog, criado em 2004, ele já avisava: “Nasci numa sexta-feira 13, num beco sem saída, numa cidade pobre da América do Sul: Recife. Tinha tudo para fracassar. Fracassei”.
Bela mentira. Em quatro décadas de jornalismo, o Geneton do beco e da sexta-feira 13 tornou-se, para sorte de todos nós, um exemplo de sucesso e uma referência para todos os repórteres que tentam ser fiéis ao compromisso irrevogável de uma imprensa dedicada à verdade, à memória, à história e ao dever de consolar os aflitos e afligir os consolados.

Ele começou como repórter em sua terra, no Diário de Pernambuco e na sucursal local de O Estado de S.Paulo¸ nos duros anos do Governo Geisel, em plena ditadura. Foi estudar no exterior. Em Paris, trabalhou como camareiro do Hotel Mônaco e motorista de uma família rica enquanto estudava Cinema na Sorbonne.

Voltou ao jornalismo, e ao Brasil, para trabalhar no Grupo Globo a partir de 1985. Ali, o repórter que se dizia fracassado foi chefe e mestre nos principais postos de jornalismo da casa: editor-executivo do Jornal da Globo e do Jornal Nacional, correspondente em Londres da GloboNews e do jornal O Globo, repórter e editor-chefe do Fantástico.

Nenhuma mesa poderosa da burocracia da redação, porém, deslumbrou o ex-fracassado do beco: “Não troco por nada o exercício da reportagem — a única função realmente importante no jornalismo”, definia Geneton no seu blog. E foi na função seminal de repórter, não como executivo de redação, que Geneton imprimiu sua marca indelével na imprensa brasileira. As provas estão guardadas para sempre no seu blog, geneton.com.br, que devia ser tombado como patrimônio cultural e leitura obrigatória para estudantes, repórteres, jornalistas e todos aqueles que respeitam a inteligência e o conhecimento. Ali, Geneton passeia sua intimidade, seu talento e seu ofício de repórter exemplar e humilde diante da notícia e de gente que, como ele, fez História. Presidentes e ex-governantes, generais e guerrilheiros, escritores e cineastas, atletas e poetas, astronautas e políticos, cantores e compositores, jornalistas e repórteres, grandes repórteres como ele, passaram pelo crivo de sua inteligência e argúcia.

As duas sobreviventes do Titanic, o copiloto da bomba de Hiroshima, o assassino de Martin Luther King, o produtor dos Beatles, o promotor britânico do tribunal de Nuremberg, o agente secreto que tentou matar Hitler, os três astronautas que pisaram na Lula, o confessor de Bin Laden nas montanhas de Bora-Bora, o professor do líder dos terroristas do 11 de Setembro, o homem que encarou o ‘Setembro Negro’ nas Olimpíadas de Munique, o filho do carrasco nazista de Auschwitz que ataca o próprio pai, o guerrilheiro brasileiro que recrutou a mãe para a luta armada, o repórter de Watergate que derrubou o presidente da Casa Branca, o relato dos 11 jogadores brasileiros da derrota na final da Copa de 1950 num Maracanã estufado com 10% da população do Rio de Janeiro na época, mais de 200 mil torcedores.

Todos fazem parte deste universo mágico que Geneton esquadrinhou e trouxe para perto de nós, para nos recontar, com detalhes inéditos, a saga da espécie humana, nos seus bons e maus momentos. “Que se faça a louvação da reportagem. O papel de todo repórter é produzir informação a curto prazo. E memória, a longo prazo – de preferência, nas páginas de um livro, hoje transformado em espaço nobre a reportagem no Brasil”, escreveu Geneton na orelha do penúltimo de seus onze livros, Dossiê História (2007).

Ali, Geneton se define modestamente como um “pequeno tarefeiro da memória porque, em última instância, a memória é a grande matéria-prima do jornalismo”.  (...)

Geneton se divertia contando as relações de seu ídolo com os magnatas da mídia. De Chateaubriand, Joel (Silveira) ganhou o apelido de ‘víbora’. De Adolpho Bloch, dono da revista Manchete, onde Joel publicou suas últimas reportagens, ele ganhou um bilhete. Bloch aproveitou uma viagem de seu repórter a Jerusalém e lhe pediu que colocasse o bilhete, como manda a tradição judaica, numa das frestas do Muro das Lamentações, acompanhado de um pedido. Joel cumpriu a pauta do patrão, que lhe perguntou na volta:

— E aí, Joel, fez o pedido?

— Fiz, Adolpho. Pedi para você me dar um aumento de salário… (...)

LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA, CLIQUE AQUI

Pablo Escobar morreu em "Narcos" mas a série terá mais duas temporadas no Netflix



por Niko Bolontrin

Segundo matéria da Esquire, o produtor executivo de "Narcos", José Padilha, afirma que apesar de Pablo Escobar, vivido por Wagner Moura, ter morrido na segunda temporada da série, o show vai continuar.

Segundo Padilha, o que não falta é drug lord.

O último capítulo da atual temporada deu uma pista ao mostrar que, com o fim de Escobar, do Cartel de Medellín, o Cartel de Cáli passa a dar as cartas.

Sem falar nos carteis mexicanos que ganharam força nos últimos anos.

Netflix garante mais duas temporadas da série em 2017 e 2018. "Podemos tem uma perspectiva mais ampla e falar sobre todos esses diferentes senhores da droga. Vimos Pablo nas duas primeiras temporadas e veremos agora outros chefões, o que vai nos permitir uma visão crítica sobre a política americana e de outros países que é lutar contra os fornecedores, mas não fazer nada sobre a demanda", diz Padilha.

Quanto ao ator Wagner Moura, este já anunciou sua saída de série. "É hora de deixar o Escobar partir", disse ele ao Estadão, no começo do mês..

Facebook censura foto premiada da guerra do Vietnã. A imagem foi feita há 44 anos...


Facebook é acusado de abuso de poder e censura ao vetar a foto que tornou-se símbolo da crueldade dos bombardeios americanos na guerra do Vietnã. A famosa imagem feita pelo fotógrafo Nick Ut , de junho de 1972, mostra a menina Kim Phuc sofrendo com queimaduras e as dramáticas consequências de um ataque aéreo de napalm. O escritor Tom Egeland postou a cena ao lado de outras seis fotografias que mudaram a história da guerra. A foto foi removida soba a alegação de que exibe genitália. A matéria é do The Telegraph, onde você pode ler mais informações clicando AQUI

Passaralho ataca na Folha de São Paulo...



(do Comunique-se)
Ao menos 10 jornalistas deixaram a redação da Folha de S. Paulo na tarde desta quinta-feira, 8. A direção do jornal iniciou a onda de cortes ao informar – internamente – que as equipes de duas editorias então distintas vão passar a trabalhar juntas: ‘Cotidiano’ e ‘Esportes’. Além disso, a sucursal no Rio de Janeiro passará por mudanças, com enxugamento do quadro de funcionários e mudança de escritório.
A junção das duas editorias será mais sentida no conteúdo desportivo. Então com “vida própria” no impresso, o caderno de ‘Esportes’ deixa de existir (...).
LEIA MAIS NO COMUNIQUE-SE, CLIQUE AQUI

50 ANOS SEPARAM DOIS TÍTULOS DE JORNAL...



FOLHA, SETEMBRO DE 1966


FOLHA, SETEMBRO DE 2016


No Facebook, o fotógrafo Lula Marques dá um close radical nos "coleguinhas golpistas"



por Lula Marques (do Facebook)

Os coleguinhas fotógrafos não querem ser chamados de golpistas.

São golpistas sim e agora aguentem as consequências!

Quando começou todo o processo do impeachment, eu era a única voz entre os fotógrafos que cobrem o Palácio do Planalto que dizia que era um golpe. Chegava todos os dias para trabalhar e, em alto e bom som, soltava um “bom dia mídia golpista!”.

No começo, os coleguinhas levavam na brincadeira, mas o tempo foi passando e o golpe se consolidando. Quando o processo passou na Câmara, eu virei alvo de piadinhas nos corredores, coberturas jornalísticas e nos bares. Fui chamado de louco, disseram que eu precisava tomar remédio. Ouvi muita piadinha dentro do Planalto e no Congresso dos fotógrafos machões, homofóbicos, preconceituosos, arrogantes e misóginos. São analfabetos políticos. E, ainda se acham melhores do que qualquer trabalhador por ter uma credencial para entrar nos Palácios.

Nos anos do PT, ouvi frases como: “Como o ar esta fedido hoje aqui”, referindo-se aos integrantes de movimentos sociais que participavam de cerimônias. Que nojo! Para esse tipo de gente, pobre não tem direito a frequentar aeroporto. Isso sem falar dos comentários misóginos sobre a presidenta Dilma. É de dar asco! O que esperar de um fotógrafo que fala que o maior problema do casamento são as mulheres?! A misoginia ajudou a derrubar a primeira mulher eleita desse País. Se fosse um homem no lugar dela, não teria passado pelo que Dilma passou. Para esse tipo de gente, as suas mulheres devem ser lindas, recatadas e do lar.

Ouvi também dos coleguinhas jornalistas que eu estava remando contra a maré. Era maluco de ser uma voz solitária no meio daquele massacre midiático. Olhares de reprovação. É como se falassem: o que esse petista está fazendo aqui? O jornalismo que idealizamos morreu e um novo jornalismo alternativo está surgindo e expondo as “grandes”redações, que transformaram fotógrafos em meros apertadores de botão. Recebem uma pauta e sequer sabem o que está por trás dela. Há uma grande diferença entre petista e jornalista e espero que procurem no dicionário a resposta.

Agora não querem ser chamados de golpistas? SÃO GOLPISTAS e a nossa imprensa está na lata de lixo da história, ao contrário da mídia internacional, que enxergou o golpe. Quando estavam batendo na presidenta Dilma não queriam saber o que viria depois, agora aguentem as consequências de ter que ir para as ruas e serem escrachados durante as coberturas das manifestações contra o governo golpista, contra a mídia golpista e contra os corruptos que vocês ajudaram a colocar no poder.

Aguentem e paguem pelas mentiras ditas, mentiras fotografadas e por ter ajudado a derrubar uma presidenta eleita com mais de 54 milhões de votos. Não é por acaso que a credibilidade da imprensa vai ladeira abaixo. Os leitores/eleitores estão cobrando. Fizeram agora paguem. Não venham com a desculpa de que são trabalhadores e a culpa é dos donos dos jornais. Vocês são os jornalistas que estiveram na linha de frente na hora buscar as informações e sabiam muito bem o que seus editores queriam e fizeram direitinho para manter seus empregos. Ligaram o foda-se para o País e a democracia. Não tentem arrumar um culpado pelo seus erros, vão ser chamados de golpista sim. Seus chefes golpistas, que ajudaram o golpe, vão continuar nas suas salas com ar condicionado e vocês vão ter que ir para ruas e as ruas os esperam.

Estou na profissão há 35 anos, cobri a redemocratização, reforma constitucional, impeachment do Collor, anões do orçamento e fiz tantas outras matérias maravilhosas. Nos últimos anos, no entanto, a parcialidade virou rotina, omissão, manipulação… dois pesos e duas medidas. O objetivo era tirar o PT do poder. Não vi nada parecido com outros partidos. E hoje, a mídia alternativa, como os jornalistas livres, mídia ninja e tantos outros surgiram com o compromisso com a verdade e a democracia.

Ontem fui acusado de viver para ter likes. Nós, verdadeiros jornalistas queremos divulgar a verdade e os likes são resultado do nosso trabalho sério e honesto. Mostramos a verdade, sem manipulação, ao contrário dos veículos tradicionais. Não concordo com a violência e me solidarizo com meus colegas, Lula da Record e Kleiton do UOL, profissionais que respeito. Venceram na profissão e foram atacados por radicais de esquerda. Sigo na luta para acabar com a corrupção e desigualdade social. Minha escola de jornalismo sempre foi a liberdade e democracia e principalmente a verdade. Não faço e nunca vou fazer parte de grupinhos que se comunicam e trocam mensagens pelo WhatsApp para não perderem uma foto e serem demitidos. Meu compromisso é com o leitor. Não tentem arrumar o culpado de tudo que vocês provocaram.

Um dia espero que a consciência mostre o quando foram pequenos.

Chefão do jornalismo assedia âncora que foi miss é é demitido...

A âncora Gretchen Carlson derruba chefão do jornlismo americano
de direita. Reprodução Facebook
por Ed Sá
A Fox News é uma trincheira da direita americana. Assume que seu jornalismo é relativizado pela militância política, que vem sempre em primeiro lugar.
Um dos ideólogos da Fox News, já há duas décadas, é o poderoso Roger Ailes.
Era.
Recentemente foi defenestrado do cargo. Alies concebeu e implementou o canal conservador, desde o início tido como um braço midiático do Partido Republicano e acolheu as bandeiras da direita, do moralismo exacerbada em relação aos costumes à defesa da posse de armas para civis etc. Antes, trabalhou com Nixon, Ronald Reagan e George Bush. Foi ele que incentivou Bush a responder com uma bliztkrieg ao atentado de 11 de setembro. Alies levou a Bush dados que, segundo ele, mostravam que a opinião pública queria sangue imediato como reação aos terroristas.
Roger Ailes deixa o cargo após acusações de assédio sexual. Na verdade, colecionou dezenas de vítimas que o seu poder calou. Até que uma mulher venceu o medo.
Gretchen foi Miss América em 1989. Sua beleza chamou a atenção
do chefão da Fox News, que a assediou. Reprodução Instagram
A mídia americana aponta com responsável por desnudar Ailes a âncora Gretchen Carlson, ex-Miss América.
Ela própria uma espécie de padrão e arquétipo do tipo de jornalista preferido pela Fox News: loura, conservadora, anti-intelectual. Ela denunciou que Ailes começou por elogiar suas pernas e sugerir que usasse roupas justas. A âncora comentou o fato com seu chefe imediato. Ailes, que monitorava telefones e email, soube e apenas passou a dizer que ela não sabia conviver com homens.
Depois disso, a jornalista foi transferida para um programa matinal.
A denúncia de Gretchen Carlson puxou outras. Surgiram acusação de que Ailes, em reuniões, frequentemente pedia a mulheres para se levantar e dar "uma rodadinha" de modo que ele pudesse conferir o "material".
A cultura do medo imposta no canal impedia, então, que Ailes fosse acusado. Funcionários informaram que o chefão mantinha uma arma na gaveta e era paranoico.
Com um iPhone, a âncora assediada ajudou a desmontar o reinado do chefão da Fox.
Ela secretamente gravou cantadas dele. Uma das frases nada sutis: "eu acho que você deveria ter tido uma relação sexual comigo há muito tempo. Dessa forma os problema seriam mais fáceis de resolver".
 A Fox agiu rápido. Como está engajada no apoio a Donald Trump, temeu que o escândalo impactasse sua cobertura da a campanha eleitoral. O canal distribuiu um pedido de desculpas e demitiu o chefão. Diz a mídia americana que Ailes guarda tantos segredos que saiu com uma milionária indenização.
O que não impede que vá trabalhar com Donald Trump caso o republicano chegue à Casa Branca.
Ailes já estaria colaborando informalmente com o comitê de campanha. Tudo a ver.

Campanha da C&A provoca polêmica na rede.

C&A. Divulgação

A modelo Maria Luiza Mendes. Reprodução Intagram
por Clara S. Britto
A nova campanha de jeans da A C&A gerou polêmica na rede. O teme é "diversidade" e biotipos e para representar as consumidoras plus size, a modelo Maria Luiza Mendes, que é médica veterinária, é a estrela de uma das peças. As fotos, acompanhadas do texto "Sou gorda & Sou sexy", revoltaram parte das internautas para quem a modelo não e gorda é curvilínea. A imagem, segundo elas, não traduz de fato as mulheres gordas. Há uma dose de intolerância na polêmica. Se uma marca usa modelos longilíneas a magras, à vezes até demais, é criticada. Se resolve citar a diversidade de formas també é bombardeada. Maria Luiza Mendes tem 1.73m e pesa quase 90 kg. A modelo também recebeu mensagens de apoio e declarou que se sente feliz ao ver marcas postando nesse segmento.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Colunista diz que "o dever das pessoas de bem é boicotar Aquarius". E a produção do filme põe a frase no cartaz de divulgação do longa-metragem


por Niko Bolontrin

"Aquarius" é a nova bola do Fla X Flu político nacional.

Elogiado em Cannes, o filme acaba de estrear no Brasil.

Colunistas da grande mídia ainda incomodados pelo fato de o elenco do filme ter feito um protesto "Fora Temer! na França, ato que denunciou o golpe e repercutiu no mundo inteiro, plantaram notinhas onde mal escondiam a satisfação em anunciar um suposto fracasso de público na semana de estreia.

Como a verdade sempre aparece na tela, distribuidores divulgam que "Aquarius" é a segunda melhor estréia de um filme brasileiro em 2016, depois da produção da Igreja Universal "Os dez mandamentos".

Não é um blockbuster, nem um tipo de filme arrasa-quarteirão, mas o longa estrelado por Sonia Braga e já premiado em festivais na Polônia, Austrália e Holanda, também não é o "desastre" sonhado pelas colunas dos barões da mídia. Fato reconhecido pela maioria dos críticos de cinema que escrevem nos mesmos jornais.

Alvo de medidas do governo - como a de uma classificação censória -, além da ofensiva dos colunistas, "Aquarius" incluiu no cartaz promocional do filme uma jogada de marketing inédita no ramo. Entre as tradicionais frases elogiosas está lá uma declaração de um desses colunistas na qual ele recomenda que "o dever das pessoas de bem é boicotar Aquarius".

Tirar partido da frase equivale a um "drible-da-vaca" que o marketing do filme dá nas figuras que  correram pra vestir a camisa do time de Temer.

Já vou comprar meu ingresso. Mas vou deixar minha carteira em casa. Vai que eu encontro "pessoas de bem" na fila. Um risco.

Sujou! Antropólogo italiano devolve comenda ao governo brasileiro.

por Jean-Paul Lagarride
Nos anos 1990, o antropólogo italiano Massimo Canevacci, então professor da Universidade de Roma La Sapienza, foi condecorado pelo governo brasileiro com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul.

Antenado com a atual crise política do Brasil, Canevacci abriu o armário, retirou a medalha, empacotou e despachou pelo Fedex junto com uma carta ao Planalto.

Diante do golpe, ele se refere à "impossibilidade de manter este título". Segundo nota na coluna Monica Bergamo, Canevacci diz, na carta, que "sente grande tristeza" e não quer "manter este tipo de vínculo com um Estado e com um Parlamento que, após o golpe militar de 1964, continua produzindo valores contrários aos meus princípios republicanos".