terça-feira, 13 de setembro de 2016

Grupo Globo compra participação da Folha no jornal Valor Econômico

por Niko Bolontrin
O Globo e a Folha anunciam que chegou ao fim a parceria dos dois grupos no jornal Valor Econômico.
Fundado há 16 anos, o diário especializado agora passa a pertencer unicamente ao grupo carioca que comprou os 50% da empresa paulista.
Em nota oficial, os dois grupos informam que o negócio depende da aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Provavelmente é uma formalidade: não há histórico no Cade de impedir concentração da propriedade dos meios de comunicação em grupos dominantes.
Se assim fosse, haveria a implosão de vários conglomerados familiares que detêm titularidades cruzadas em TV aberta, a cabo, meio impresso, rádio e digital.
O meio jornalístico também não espera mudanças editoriais ou de opinião no Valor Econômico. Os grandes jornais brasileiros há muito trabalham em sintonia em uma espécie de sala de espelhos onde um geralmente reflete o conteúdo do outro.

6 comentários:

J.A.Barros disse...

Á vezes erram nas datas ou nos valaores roubados da Petrobras.

J.A.Barros disse...

Se comprou a sua parte no Jornal Valor Econômico até aí tudo bem, desde que não feche amanhã o Jornal e aumente o desemprego neste infeliz país.

Wedner disse...

O Grupo Globo teve um jornal diário e São Paulo e não deu acerto a aposta para ganhar mercado na maior cidade do país. Foi o Diário de São Paulo, ex-diário Popular, que fracassou e foi vendido. Terá nova chance com o Valor mas que é de circulação mais restrita. Investimento em mídia impressa é coisa rara atualmente aqui e no mundo

Corrêa disse...

Jornais de economia no Brasil são boletins do neoliberalismo e do capitalismo cada vez mais concentrador e injusto. Jornais de economia são guias de especulação financeira. Isso aí não muda nada.

J.A.Barros disse...

Desconfio seriamente é que essa negociata vai acabar em mais demissões. As bancas de jornais se queixam de que não estão vendendo nada. O Globo está economizando até na força de impressão do texto. As letras estão ficando cada vez mais cinzas e claras dificultando até a leitura das matérias. Com isso economiza na tinta de impressão. O papel para imprensa é negociado em dólares e cada dia o preço do dólar é diferente sendo que para imprensa o valor do dólar não é o mesmo do dólar ao par, é mais caro.

Prof. Honor disse...

Os principais diretores, editores e colunistas da mídia não-social no Brasil, a chamada grande imprensa, passa por curso de adestramento na Universidade de Columbia, nos EstadosUnidos. Isso significa que são treinados para seguir os dogmas capitalistas e do mercado financeiro, do neoliberalismo, da direita efim. Isso explica muita coisa sobre a mídia brasileira não mais como instrumento de informação mas como ferramenta ideológica. Não merece mais qualquer respeito por falta de honestidade intelectual e jornalística.