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Visto de perto ou via satélite, o Brasil sempre surpreende. Às vezes, pelos motivos errados.
A web me trouxe o recente caso da nudez no Palácio do Planalto. Soube que virou um pequeno escândalo e a funcionária que autorizou uma sessão performática de fotos e vídeo de uma modelo pelada sobre uma obra de arte (azulejos de Athos Bulcão) foi demitida.
A intervenção artística (reprodução acima) foi obra de Ana Siqueira, diretora do projeto Habitathos, que registra pinturas corporais em painéis originais de Athos Bulcão. O fotógrafo era o brasiliense Kazuo Okubo.
Parece-me um exagero transformar a performance em "questão de Estado".
E por dois motivos: circulam no ambiente pessoas cuja nudez seria muito mais comprometedora sob todos os pontos de vista; e centros de poder muito mais formais registraram episódios de nudez e a vida seguiu em frente.
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| Reprodução Facebook |
A Casa Branca também tem histórias semelhantes, com um detalhe: não são exatamente artísticas, como foi esse caso do Palácio do Planalto.
Dizem que John Kennedy aproveitava viagens de Jackie Kennedy para promover festas na piscina presidencial nas quais as maiores peças de tecido eram os guardanapos de linho que acompanhavam os comes e bebes. Principalmente, os comes.
Mas não há registro de ter feito sua nudez transitar por aqueles corredores.
Os rumores são de que, nas madrugadas insones, ele preferia usar confortáveis vestidos afanados do guarda-roupa da mamãe Hoover. Ele era detestado nos bastidores do poder, mas não pelo gosto em matéria de figurino que vestia habitual e republicanamente.
Clinton não fez o sucessor mas deixou a presidência com alto índice de aprovação. Participou da campanha e ajudou a eleger Barack Obama. O episódio tanto foi superado que Hillary Clinton lidera a atual corrida presidencial e o caso Monica Lewinsky, embora lembrado pelo adversário, não tem lhe causado dano. Pelo menos, até aqui.
Berlusconi recebia garotas ao fim do expediente. Depois de um dia de tediosas conversas políticas, ele jantava com empresários em salões animados por dançarinas nada monótonas.
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| Reprodução/Divulgação |
O mais próximo de um escândalo que a bela Bruni, à esquerda,viveu foi quando às vésperas de ser recebida pela rainha Elizabeth sua nudez foi estampadas nos jornais.
A Christie's anunciava naquele dia um leilão das suas fotos au naturel feitas ao longo da carreira.
No caso, os jornais já anteciparam as curvas nada secretas de Melania Trump, ex-modelo, que posou nua para a revista francesa Max.
Donald Trump pode até ter ideias semelhantes às de J.Edgar Hoover, mas se chegar à Casa Branca levará para a suite presidencial algo visualmente melhor do que as curvas do ex-chefão do FBI.
Esse ponto positivo do seu programa de governo, talvez o único item aceitável, ninguém pode negar.
4 comentários:
No Planalto, o rei já está nu
Com a possível doença da candidata Hillary Clinton, que poderá inclusive incapacita-la para – se eleita – exercer o mandato de presidente, abre assim maiores chances para a eleição do bilionário e imprevisível Donald Trump, que poderá ou não levar levar o mundo a uma terceira guerra mundial. Suas solução para governar até este momento tem sido trágicas e violentas.
Não entendo esse problema de nudez feminina ou masculina ainda nesse século XXI. Se Deus criou a mulher, criou-a primeiramente nua, assim como o homem, foi criado nu e porque ouve-se um OH! geral – de espanto – quando aparece uma mulher pintada nua em uma parede ou mesmo um homem descendo nu numa corda de colchas? O mundo é paranóico. A visão da mulher nua numa rua é um horror e a visão da mulher nua num quarto em cima de uma cama? É um horror também?
Li que a funcionária que foi demitida foi apenas mandada por uma autoridade superior para acompanhar o fotógrafo, a modelo e a artista plástica. Essa auoridade covardemente botou a culpa na funcionária. Quem terá sido essa autoridade que não assumiu sua responsabilidade?
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