quinta-feira, 7 de maio de 2015

Ivi Pizzot na Playboy. Em 40 anos, ela é apenas a nona negra a estampar a capa da revista masculina.




por Omelete
Bailarina do Faustão, a niteroiense Ivi Pizzott, 29, é a capa da Playboy, de maio. A edição brasileira da revista completará 40 anos em agosto. A bela Ivi é apenas a nona negra a estampar a capa, o que não enobrece a maioria dos editores da revista ao longo das quatro décadas, com exceção daqueles que quebraram o tabu ao mostrar monumentos como Isabel Fillardis, Rosiane Pinheiro, Juliana Alves e, agora, Ivi Pizzott, que foi fotografada por Marlos Bakker, no interior de São Paulo. Ivi é formada em Contabilidade. Mas não vale pedir à moça para fazer imposto de renda nem pedir dicas para driblar o leão. hoje, ela é modelo e estuda Artes Cênicas.



terça-feira, 5 de maio de 2015

Bateria caseira: vem aí o que pode ser a melhor arma contra as altas tarifas de energia elétrica...

A Tesla lança a Powerwall, sistema de baterias de litio-ion  para casas. Poderá ser usada para gerenciar o consumo de eletricidade. Por exemplo, acumular energia em horários em que a tarifa é mais baixa para usá-la nos momentos de pique, quando as companhias elevam os custos. Ou, ainda. em momentos de queda de energia. O equipamento já está sendo testado no Canadá e estará disponível para os consumidores em 2016. A Powerwall pode revolucionar o consumo de energia. São inicialmente dois modelos: um com potência de 7 kWh (preço estimado de 3 mil dólares) e outro de 10 kWh (por 3 mil e quinhentos dólares). Um soft acompanha a bateria e administra o fornecimento a geladeiras, computadores, sistemas de refrigeração ou aquecimento, bombeamento de água, de acordo com a programação do usuário, sustentando a energia por várias horas. A Powerwall será de grande utilidade para quem usa energia solar em casa já que pode manter o sistema funcionando à noite ou em períodos de ausência de luz solar. É possível, também, para quem tem previsão de consumo maior, instalar mais de uma bateria.
Até oito delas poderão ser montadas, lembrando que o modelo menor tem 130 cm de altura por 68 cm de largura. Quem está de olho na disseminação de baterias de lítio é o presidente da Bolívia Evo Morales. O índio, que faz na Bolívia uma administração que é reconhecida em instituições internacionais mas é detonado pela mídia conservadora brasileira (segundo a ONU o país cresceu no últimos seis anos a uma media de 4,8%, quando antes de Morales crescia a 2,6%, enquanto a renda per capita passou de US$956 a US$1.775 (dados de 2012), pretende investir 618 milhões de dólares em Uyuni para impulsionar a indústria de lítio no país. A Bolívia tem a maior reserva mundial do minério - mais de 50% das reservas totais do globo - material indispensável para carros elétricos, celulares e, agora, as baterias caseiras da Tesla. No momento, a Bolívia exporta matéria prima para China, Estados Unidos, Rússia, Alemanha e Inglaterra. Mas o que Morales quer é processar e industrializar o lítio, fazendo com que os bolivianos se beneficiem mais da riqueza gerada pelas imensas reservas. Segundo The Guardian, a Bolívia pode se transformar em uma potência de energia verde. E as super baterias da Tesla só vão ajudar a terra do uru-aimará Evo Morales Ayma.
Quanto à Powerwall, quando for popularizada, apenas uma restrição: vai ser duro aturar aquele vizinho que vai bater à porta e em vez de pedir açúcar quer descolar uma bateria emprestada. "Quebra o galho aí, a minha descarregou"...

Na Time, a explosão da violência racial nos Estados Unidos. Na capa, a foto feita por um amador que registrou a cena, em Baltimore, e publicou no Instagram.



O cenário da vez é Baltimore. Nos últimos meses, jovens negros têm sido mortos por policiais. Dessa vez, foi Freddie Gray, de 25 anos, que estava sob custódia da polícia e morreu em consequência de graves ferimentos até agora não explicados. A revolta tomou conta das ruas. O recrudescimento dos conflitos raciais é o assunto da Time dessa semana. Curiosamente, a foto de capa foi feita por Devin Allen, 26, um rapaz que já quis ser fotógrafo profissional. A carreira não decolou mas o instinto o levou às ruas durantes os conflitos em Baltimore. Devin postou suas fotos em preto&branco - ele tem preferência por esse formato -  no Instagram. Os editores da Time viram o material e não tiveram dúvidas na escolha da imagem. Era a cena perfeita para a abordagem da revista, que faz uma comparação ("América 2015/1968 - O que mudou, o que não" [mudou]) com as manifestações e a violenta repressão de 1968, quando também houve casos de jovens mortos pelas balas da polícia. Para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, os protestos em Baltimore denunciam um pesadelo recorrente e levanta a questão de como acabar com os incidentes fatais entre policiais e afro-americanos e o aumento da violência relacionada a casos de racismo.


Campanha da DuLoren para o Dia das Mães: Nadja Winits, 62 anos...


Nadja Winits, mãe da atriz Danielle Winits, é a estrela da campanha da DuLoren para o Dia das Mães. Dois motivos a credenciam para o anúncio: a boa forma aos 62 anos e o fato de ter sido mãe aos 48 anos, quando nasceu seu caçula, Vitor (Nadja teve Danielle aos 18 anos).

Jatinho é 'bão'. É um 'trem' difícil de mineiro desapegar...


por Omelete
Voar é preciso? Nem sempre. Mas isso não impede que políticos se apeguem aos jatinhos e helicópteros oficiais. É tão "bão" voar de jatinho... O político em questão não vai bem no departamento aéreo. Já no ano passado foi atropelado pela revelação do aeroporto construído em terras que foram desapropriadas da família. E ainda sofreu um turbulência a mais: as chaves do terminal estariam e poder de membro do clã. Não sei porque, o caso me lembra a canção "Sonho Impossível", magistralmente gravada por Maria Bethânia, cuja letra diz, em alguns trechos, "sofrer a tortura implacável/romper a incabível prisão/ Voar num limite improvável/tocar o inacessível chão. É minha lei, é minha questão/virar esse mundo, cravar esse chão" (...).
Ô toadinha boa pra ouvir a bordo, sô...
Segundo a Folha, Aécio Neves (PSDB), embora já não fosse governador, decolou seis vezes às custas dos cofres públicos. Leia no site da Folha, clique AQUI

Ministério da Defesa determina que um pelotão de fuzileiros desfile no Aterro, na próxima sexta-feira, dia 8, com a bandeira da Rússia e dos demais países que venceram a Segunda Guerra Mundial

Reproduzido da coluna de Ancelmo Gois, do Globo. 

Em justa homenagem, o Ministério da Defesa contorna o impasse e garante a presença da bandeira da Rússia durante as comemorações dos 70 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. Um gesto louvável. A bandeira da Rússia, contudo, não estará em um mastro ao lado dos pavilhões da França, Inglaterra e Estados Unidos. As autoridade alegam que o Monumento aos Mortos, no Aterro, é tombado e não permite a instalação de mais um mastro. A solução encontrada pelo ministro foi determinar que um pelotão de fuzileiros desfile com as bandeiras dos demais aliados. A informação foi publicada hoje na coluna de Ancelmo Gois, no Globo.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Vamos aguardar, mas parece que uma grande pizza está a caminho do forno. Alguém duvida que crimes de "colarinho branco", no Brasil, só são realmente apurados e punidos quando há motivação política, ideológica ou eleitoral?

LEIA A MATÉRIA NO UOL. CLIQUE AQUI

Petição Pública pede que a bandeira da Rússia também seja hasteada no Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Rio. Signatários lembram que país era um aliado e perdeu 25 milhões de vidas.

Reprodução/O Globo
A nota acima foi publicada hoje, no Globo. Um petição pública na internet apela às autoridades responsáveis pelo Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial para que incluam a Rússia, ao lado dos demais países aliados, nas comemorações do Dia da Vitória (8 de maio). Apesar de a presidente Dilma Rousseff estar indo a Moscou participar no dia 9 da solenidade em que a antiga União Soviética vai celebrar a vitória contra o nazismo, os responsáveis pelo cerimonial do Monumento não pretendem incluir a Rússia entre os países homenageados. O título da nota é sugestivo: "Herança da Guerra Fria". Se assim for, a omissão mostrará que o Brasil olha pelo retrovisor ideológico, desrespeita um importante aliado que teve participação decisiva na guerra e quer reescrever a História.
ATUALIZAÇÃO em 5/5/2015: O Ministro da Defesa, Jaques Wagner, determinou que um pelotão de fuzileiros desfile com 45 bandeiras que representam todos os países que venceram a Segunda Guerra Mundial.

ASSINE A PETIÇÃO PUBLICA "UM LUGAR PARA A BANDEIRA DA RÚSSIA", CLIQUE AQUI



Londrinas fazem biquinaço contra campanha publicitária...

Segundo a BBC, feministas inglesas estão iradas com cartazes veiculados no metrô de Londres onde uma empresa de suplementos alimentares e de produtos para emagrecimento pergunta às mulheres se já estão com o corpo preparado para a ir à praia no verão europeu. Segundo a ala que detona a campanha, o anúncio de um corpo "inatingível" engana e humilha a maioria das mulheres. A empresa (Protein World) diz que os críticos não querem celebrar quem aspira ser mais saudável. E acrescentam que o corpo da modelo da foto tem índice de massa corporal saudável. Há que rebata que não é nada saudável substituir alimentos por remédios. A polêmica acabou em um bem-humorado protesto no Hyde Park, onde muitas mulheres com todos os tipos de corpo absolutamente "prontos para a praia" participaram de um biquinaço.
Inglasas protestam no Hyde Park. Reprodução Wenn.com

Biquinaço em Londres. Reprodução Wenn.com



domingo, 3 de maio de 2015

Bombando na rede...


Vasco, Campeão Carioca de 2015. Como cantou a torcida, o respeito voltou...

Os donos do título e a taça: missão cumprida. 

A emoção do treinador Doriva

A Cruz de Malta no lugar que lhe pertence. Reproduções imagens TV Globo

A taça do Campeão Carioca de 2015 entra na sala de troféus do Vasco como um dos mais simbólicos na história do clube. Nas arquibancadas do Maracanã, o torcedor, sempre sábio, resumiu em uma frase o conteúdo do título: "o respeito voltou". Nos últimos anos, o Vasco sofreu as consequências de uma administração desastrada que se refletiu em campo. O treinador Doriva - aliás, campeão paulista com o Ituano, no ano passado e agora campeão carioca com o Vasco - organizou o time dentro das limitações que teve e foi premiado por uma trabalho sério. Além do respeito, o Vasco mostrou que a vontade de jogar também está de volta. A apatia dentro e fora do campo e que tanto irritava o torcedor ficou no passado. O Vasco entra no Brasileirão de cabeça erguida e pronto para superar as dificuldades, incluindo a impossibilidade de contratações para reforçar alguns setores. Mas com a camisa suada e honrada.

Deu no Dia: empresários pretendem implantar linha de balsas na Lagoa da Tijuca e Canal de Marapendi. Eles dizem o projeto esbarra na falta de compromisso do governo do Estado em dragar e despoluir a rota. Formou. Mas faltou dizer que são condomínios de muito luxo ou pouco luxo e nenhuma educação que jogam merda nas águas. Literalmente.


LEI NO SITE DO JORNAL O DIA, CLIQUE AQUI

Rio de maio, em cores e sabores... dias de "Comida di Buteco"

O visual a partir da mureta do Bar da Urca

A Fortaleza de São João 


Outro ângulo do Bar da Urca, com o Centro da cidade ao fundo.

Vista do Porto, com um dos prédios da nova configuração da área. A foto foi feita do Bar do Omar, no Santo Cristo. 

Também do Bar do Omar, no histórico morro do Centro do Rio, imagem da reconstrução da região. 
No Chapéu Mangueira. 

Vista do Bar do David, no Chapéu Mangueira, no Leme. 
Fim de tarde também na comunidade Chapéu Mangueira. 
Fotos de Jussara Razzé. 

Em tempo de Comida di Buteco e dos belos dias de maio, um tour pelo Rio é sinônimo de sabor e cor. De Botafogo ao Santo Cristo, do Chapéu Mangueira à Urca, sem falar na Tijuca, Olaria, Praça da Bandeira e outros points, os cariocas celebram o prazer, cláusula pétrea de direito constitucional já que a vida não anda fácil. Para o devido registro: nos três bares citados acima, entre os 45 que participam do Comida di Buteco, o Bar da Urca concorre com o "Camoranga na Mureta"; o Bar do David com "Estrela de David" (costelinha de porco e abacaxi); e o Bar do Omar com "Sol d'Omar" (carne de sol com aipim regado na manteiga de garrafa acompanhado de farofa de cebolinha e banana. 

Em homenagem à mãe, Monique Evans, a modelo Bárbara Evans recria capa da Manchete

Bárbara Evans está na capa da revista "Glamour", de maio.  No ensaio, a modelo faz uma homenagem à mãe, Monique Evans, e reproduz pose que a ex-modelo fez em foto de capa para a revista Manchete. A referência é um presente da filha para o Dia das Mães. Bárbara Evans começa uma carreira de atriz e estará no seriado "Dois Irmãos", da Globo. Na sua trajetória, Monique Evans fez dezenas de capas da Manchete. Abaixo, duas delas: com a filha Bárbara, recém-nascida; e de topless, em 1992, em uma das capas de maior repercussão na revista. 


sábado, 2 de maio de 2015

Política educacional do PSDB? Porrada em professor e pitbull didático?

Manifestantes diante do Palácio Iguaçu de Beto Richa (PSDB). Foto Orlando Kissner/Fotos Públicas
Professores estão em greve em dois grandes estados coincidentemente governados por tucanos. Administrações de todos os partidos costumam tratar mal os mestres. Mas São Paulo e Paraná extrapolam atualmente no desrespeito. Os tucanos parecem tão entusiasticamente apegados a tudo que é privado que não sabem transitar nos serviços públicos nem conversar com quem não tem contas bancárias recheadas ou DNA de coxinha. Sistema público de ensino, então, é anomalia na gestão. Acidente de percurso, algo que atrapalha e enche o saco. Gostariam, talvez, de terceirizar e se livrar do abacaxi? Em São Paulo, a greve dos professores da rede estadual - que a mídia comercial praticamente não noticia, mesmo com 60 mil professores nas ruas na última quinta-feira -, já vai completar dois meses. Em Curitiba, tropas de choque e cães foram lançados contra os professores. Cerca de 200 saíram feridos, um cinegrafista foi atacado por um pitbull da tropa de Beto Richa e, segundo os médicos, escapou por três centímetros de ser atingido na veia femural, o que poderia ser fatal. Ontem, Dia do Trabalho, manifestantes foram às ruas da capital paranaense protestar contra o governador Richa. A bandeira do Paraná manchada de tinta vermelha foi o símbolo da luta contra contra um governo que sabe reprimir mas não sabe negociar.
As duas fotos acima são reproduções do site Diário do Centro do Mundo, onde saíram sem os créditos. A do alto, Vanja Orico diante dos veículos militares, é de Gervásio Baptista, foi feita para a Manchete, em 1968.  A imagem expressiva da professora ajoelhada diante da tropa de choque do governo tucano é de Daniel Castellano, da Gazeta do Povo. Veja no Diário do Centro do Mundo, clique AQUI


Na capa da Esquire búlgara, Maria Sharapova posou apenas para agradar ao namorado que vive divulgando selfies das curvas da tenista...


Esquire/Reprodução

Esquire/Reprodução

Nem por dinheiro, nem por vaidade. Segundo o Toronto Sun, Maria Sharapova fez ensaio sensual para Esquire, edição da Bulgária, apenas para agradar ao seu atual namorado, o russo Grigor Dimitrov, que vive tirando selfies da tenista e divulgando suas curvas na rede. Na entrevista, Sharapova fala sobre sua rival Serena Williams. "Ela está no auge. Eu agora sou número dois do mundo ", disse ela. "Mas sinto que estamos ainda fome disputar o posto de melhor tenista. Acho que ninguém acreditaria que, dez anos depois, ainda estaríamos rivalizando. Isso é incrível".
Em tempo: Dimitrov tem razão: o que adianta namorar a Sharapova e não poder divulgar selfies do troféu?



sexta-feira, 1 de maio de 2015

Apresentadora "desnuda" a notícia... Enfim um programa jornalístico transparente

Em um estilo de "ancorar" notícias que surgiu no Canadá, no fim da década de 1990 e emplacou na Rússia, a apresentadora Yuvi Palhares faz strip-tease enquanto narra as notícias do dia. A cena acima, que bombou na rede, foi ao ar no programa "Desnudando la Notícia" em um canal venezuelano de TV online. Há outras apresentadoras que apresentam os fatos do dia e o noticiário político e de economia. Com a queda de audiência da TV aberta, o Brasil tem programas apelativos mas ainda não investiu no estilo "naked news". No caso, Yuvi noticia uma fofoca envolvendo o jogador Cristiano Ronaldo e uma coelhinha da Playboy. Aparentemente, pelo menos, ela é bem mais transparente do que muitos jornalísticos da Tv brasileira.
VEJA A APRESENTADORA YUVI PALHARES EM AÇÃO, CLIQUE AQUI

Fotografia: Reveja o Dia D, ontem e hoje, em um clique


NO PRÓXIMO DIA 8, O MUNDO COMEMORA 70 ANOS DO FIM DA SEGUNDA GUERRA. NO SITE BRITÂNICO REDDIT (INTERACTIVE GUIM) VOCÊ PODE REVER CENAS DO "DIA D", EM JUNHO DE 1944, E HOJE, NOS MESMOS LOCAIS. PARA ISSO, ACESSE O LINK ABAIXO E CLIQUE SOBRE CADA FOTO PARA FAZER UMA CURIOSA VIAGEM NO TEMPO. 
CLIQUE AQUI

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Memórias da Redação - 40 anos, hoje: o dia em que o Vietnã provocou um "passaralho bélico" na Fatos&Fotos/Gente

por Gonça
O Vietnã do Sul e do Norte foram o front da primeira guerra pop da história. E isso não implica em qualquer desrespeito às vítimas. Ao contrário. O pequeno país - que já dera provas de heroísmo ao derrotar o colonialismo francês - tinha a torcida da grande maioria dos intelectuais e jovens do Ocidente e isso se refletiu na cultura em um tempo de protestos e manifestações pacifistas.
B-72: toneladas de bombas
sobre o Vietnã. Reprodução
 Entre Ho Chi Minh (morto em 1969) e Giap (que morreu em 2013, aos 102 anos de idade) e Lyndon Johnson, Wesmoreland, Nixon e Gerald Ford, que também já passaram dessa para a outra, a escolha era bem clara. O conflito gerou canções como "Unknow Soldier", de Jim Morrison, do Doors ("...bullet strikes the helmet's head"), "Scarborough Fair", de Simon & Garfunkel ("...generals order their soldiers to kill") e a célebre "Blowin' in the Wind", de Bob Dylan ("...how many times a cannoball fly before they're forever banned").
Muitos livros. No Brasil, o livro de Antonio Callado, "Vietnã do Norte, o outro lado da guerra", era um 'bíblia" para os jovens jornalistas. A obra resultou de uma série de reportagens que Callado fez para o Jornal do Brasil, como um dos primeiros jornalistas ocidentais a entrar no Vietnã do Norte e mostrar a guerra sob um ângulo que a mídia pró-EUA não revelava. E filmes como o documentário "Corações e Mentes", de 1974 e, descontadas as produções ufanistas, "Apocalypse Now", "Platoon", "Nascido para Matar", estes lançados já no pós-guerra.
Deu barata voa: americanos e funcionários ligados do regime
do Vietnã do Sul escapam como podem. No dia seguinte,
guerrilheiros e soldados do Vietnã do Norte tomariam
Saigon. Reprodução
Por aqui, em plena ditadura, a guerrilha era tema de conversas não propriamente de botequim, onde era perigoso externar opiniões e, mais ainda, comemorar os últimos feitos do estrategista Giap ou vitórias espetaculares como a chamada Ofensiva do Tet, que surpreendeu e abalou as tropas norte-americanas. Isso tudo, as conversas "bélicas", entre papos regados a cerveja e, às vezes, em torno de um mapa do Sudeste Asiático. A imprensa em cobertura diária popularizava nomes e expressões como Delta do Mekong, Da Nang, Hué, Trilha de Ho Chi Minh, armas como os caças Mig 17 e 21 e Phantom F-4, os bombardeiros B-72, os helicópteros Huey, os fuzis AK-47 e M-16, Napalm, Agente Laranja e a rede de túneis dos guerrilheiros. A TV trazia imagens dos combates e mostrava cenas impressionantes dos B-72 despejando milhares de bombas sobre o Vietnã, cada uma delas capaz de abrir uma cratera de 15 metros e cerca de 18 metros de diâmetro. Pois o Vietnã superou tudo isso.
Um dia, a casa caiu. E a TV exibiu as cenas dramáticas e ao mesmo tempo patéticas da fuga apressada e caótica de funcionários norte-americanos e sul-vietnamitas amontoados no telhado da embaixada, em Saigon, brigando por lugar em helicópteros de resgate.
Dia 30 de abril de 1975; tanque do Vietnã Norte
entra sem pedir licença e e sem tocar a campainha do
 Palácio Presidencial
em Saigon. Reprodução
No dia seguinte, 30 de abril de 1975, colunas de tanques do Vietnã do Norte e milhares de guerrilheiros que atuavam no Vietnã do Sul entraram em Saigon. Logo as agências enviaram fotos de tanques embandeirados rodando nas ruas da capital. Em cada um deles, soldados e guerrilheiros eufóricos e orgulhosos. Uma cena histórica.
A guerra acabou lá mas um pequeno conflito jornalístico foi deflagrado aqui. Mas precisamente em uma redação na Rua do Russell. Dois meses antes, em fevereiro, a Bloch havia adquirido os direitos da revista People. A semanal do grupo Time, dedicada a celebridades, era fenômeno de vendas e já alcançava mais de um milhão de exemplares nos Estados Unidos. A decisão mais acertada, talvez, fosse lançar uma nova revista, aproveitando os direitos de uso de matérias internacionais e reproduzindo o modelo bem-sucedido em perfis e entrevistas com personagens brasileiros de destaque da TV, cinema, literatura, música, esporte etc, A fórmula da People era rígida: a revista não cobria os fatos. Sua praia era revelar o protagonista por trás da notícia, desvendá-lo, humanizá-lo. Mostrar personalidades públicas na vida privada, em casa, com a família ou no lazer. Mas a Bloch, em vez de um novo título, optou por reformar a Fatos & Fotos e transformá-la na People brasileira.

O logotipo ganhou um "Gente", em destaque. Foram reuniões e reuniões dos editores para direcionar repórteres, levantar pautas e levar aos fotógrafos a "linguagem" das fotos da People. A revista Gente tinha data para ser lançada: a primeira sexta-feira de maio, se não me engano. O fechamento era às quartas-feiras. Opções de capa previstas para o primeiro número? Acho que Sônia Braga ou Elizabeth Savalla, ambas na novela "Gabriela, que havia estreado em meados de abril. No miolo, matérias editadas no estilo People, títulos longos, espirituosos, textos que tentavam revelar a "intimidade" dos famosos de então. O dia 30 de abril de 1975 era uma quarta-feira, e estava tudo pronto para o fechamento da primeira Gente na fórmula People. Só esqueceram de avisar às tropas de Giap, que escolheu exatamente aquele dia para a entrada triunfal em Saigon. Em tese, a nova Gente não deveria se preocupar com aquele fato, a não ser se tivesse um perfil de Giap ou uma entrevista com Ho Chi Mih fotografados na lancha privada, na casa de campo, jogando tênis ou pescando no Mekong, algo do gênero. Essa era, em resumo, a fórmula People. Ocorre que a redação naturalmente se empolgou com as imagens factuais da conquista de Saigon. Afinal, aquele era o gol que a torcida esperava há anos. E foi assim que a Gente mandou pro espaço logo na estréia a reforma editorial na qual investira. A capa foi uma foto sensacional de um dos tanques chegando a Saigon, soldados vibrando e a bandeira vermelha com estrela amarela tremulando na antena do veículo. Capa de puro fato, atualidade na veia, nada de "Gente" e zero a ver com a fórmula da People que a revista deveria supostamente replicar. Não se pode dizer que não tinha "gente", só não eram hollywoodianos ou globais que presumivelmente deveriam estar lá, inaugurando a tal reforma editorial. Nunca soube se a matéria quase comemorativa da vitória de Hanói desagradou a alguém do governo militar, se alguma "mensagem" foi passada à editora, como aconteceu em outras ocasiões. Mas a reação da direção foi tão arrasadora quanto a Ofensiva do Tet. O diretor da Gente perdeu o cargo. A revista Gente N°2 já foi assinada por outro editor e, nos dias que se seguiram à crise, alguns redatores saíram ou foram transferidos para outras revistas da casa.
Foi a última "batalha" da Guerra do Vietnã. Felizmente, sem mortos ou feridos. Não deixou marcas. O antigo prédio da rua do Russell nem abriga mais redações de revistas. Mas a mítica Trilha Ho Chi Minh, a rota que rasgou a selva para abastecimento e movimentação das tropas, ainda exibe a memória enferrujada guerra. Para os vietnamitas, que hoje comemoram a vitória sobre a maior potência militar de todos os tempos, equipamentos destruídos permanecem como foram deixados. São monumentos de uma era.


Sinais da guerra na margem na Trilha Ho Chi Mihn, hoje: um tanque russo, um...

veículo de transporte de tropas americano e...

...a torre de um blindado. Fotos Reproduções Internet

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Google monta programa Digital News Initiative para promover o jornalismo on line

(do DN)
Dando tréguas a uma relação conturbada, gigante da web criou a Digital News Initiative, parceria com oito orgãos de media europeus para promover e inovar o mundo do jornalismo online
Uma espécie de início de paz entre o Google e os media, no valor de 150 milhões de euros. É este o fundo de investimento que o gigante da web irá "injetar" no futuro do jornalismo digital europeu, com a criação do Digital News Initiative, a parceria apresentada ontem que vai colocar o motor de busca a trabalhar em conjunto com, para já, oito orgãos de comunicação social na Europa: o jornal Les Echos de França, os britânicos Financial Times e The Guardian, os alemães FAZ e Die Zeit, o italiano La Stampa, o espanhol El Pais e o grupo holandês NRC Group. O objetivo, esse, é "oferecer apoio a um ecossistema de notícias sustentável e promover a inovação no jornalismo online através da colaboração contínua e do diálogo entre a tecnologia e a produção de notícias", lê-se no comunicado do Google. LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO DN TV & MÍDIA, DE PORTUGAL. CLIQUE AQUI

Ticiana Villas Boas vai para o SBT. E a polêmica bufada de Rachel Sheherazade

A jornalista Ticiana Villas Boas deixa a Band e assina contrato com o SBT. Mas a bela baiana não vai ser âncora de telejornal. Seu destino é a linha de shows onde vai apresentar o reality show “The Great Bake Off”, formato que o SBT comprou da BBC, e que vai reunir competidores que disputarão o título de melhor confeiteiro do Brasil. O programa vai ao ar no segundo semestre. Ticiana estava em licença-maternidade e a Band, onde ela apresentava o Jornal da Band, ao lado de Ricardo Boechat, teria sido surpreendida com o pedido de demissão de Ticiana. Nos bastidores, circula a versão de que a apresentadora poderia, ao voltar, ter seu contrato rescindido em função de cortes de custos, política que a Band tem adotado e que causou o afastamento de Rafinha Bastos, do "Agora é Tarde" e de dezenas de jornalistas e técnicos em São Paulo e no Rio. Na bancada do Jornal da Band, ao lado de Boechat, deve permanecer Paloma Tocci, que substitui Ticiana há alguns meses. Ricardo Boechat deve achar que a permanência de Paloma é bem melhor do que a ameaça que pairou no ar, no ano passado, segundo a qual Rachel Sheherazade poderia dividir com ele a bancada do Jornal da Band. Boechat já criticou a Sheherazade quando esta achou "compreensível" a atitude de um grupo de rapazes que espancou e acorrentou a um poste menor que supostamente havia praticado um roubo,  no Rio de Janeiro. Na ocasião, a apresentadora e o SBT foram alvos de representação por "apologia e incitamento ao crime". Coincidentemente, a Sheherazade também esteve no foco dos comentários de uma crise no jornalismo do SBT, na semana passada, quando ficou irada depois de ganhar uma bronca por ter feito uma careta durante o "SBT Brasil". A direção de jornalismo da TV do Sílvio Santos reclamou da reação caricatural de Sheherazade após uma reportagem sobre bailes funk. Segundo Flávio Ricci, colunista do UOL, ela teria ameaçado levar o caso a instância superior: "Então vocês vão censurar a minha expressão facial também? Já sei com quem tenho que falar!", Provavelmente, referia-se a Silvio Santos responsável por sua importação para São Paulo depois que a descobriu em uma TV paraibana.
O site Notícias da TV tem outras informações sobre o caso Sheherazade e mostra o momento da bufada da âncora após a matéria sobre o funk. Clique AQUI

Projeto Inter-Meios divulga números do mercado publicitário brasileiro em 2014

Alguns tópicos da conjuntura, como se dizia antigamente. Há setores com crescimento expressivo mas, no todo, o quadro é de estagnação.
* A TV por assinatura recebeu R$2,13 bilhões em 2014. Cresceu 28% em relação a 2013.
* A TV aberta cresceu 8,1 % com faturamento de R$23, 39 bilhões.
* Rádio faturou mais 1,8% do que no ano retrasado
* O meio jornal faturou R$4,7 bilhões, menos 11,6% do que em 2013
* O meio revista caiu 17%
* Os números da Internet não foram apresentados porque, segundo o Inter-Meios, os maiores portais praticam a política de não revelar seus faturamentos e investimentos.  A título de informação, acrescente-se, contudo, que a Internet já é a segunda mídia que mais fatura no Brasil e deve crescer em 2015 cerca de 15%.
* O faturamento total dos meios foi de R$46,36 bilhões em 2014, apenas mais 1,5% em relação a 2013.
* Apesar disso, no ranking internacional de investimento no setor o Brasil fica em sexto depois de Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e Reino Unido.

Revista VIP faz reforma gráfica e de conteúdo. Editores prometem que não será apenas um botóx editorial

Os editores anunciam uma revista mais sofisticada, moderna e antenada. Não apenas um botóx editorial mas a afirmação de conceitos mais antenados com a segunda década do século 21. Design e conteúdo acompanham a nova VIP, que pretende ajustar o foco no que avalia como atuais interesses do público masculino. Gastronomia, por exemplo, ganhará mais espaço. Estilo, também. Relacionamento e aventura, temas que já faziam parte do menu editorial, passarão por sintonia fina para refletir o espectro de interesses em voga. A campanha publicitária que anunciará a revista vai reforçar a intenção dos editores. O slogan é “Acrescente conteúdo no seu estilo. Leia Vip”. As mudanças já estarão na edição de maio que vem com a atriz Leticia Spiller na capa. Nas chamadas, ênfase em estilo: moda jeans, sapatos, camisa de dicas de personalidades. E mais matérias sobre bikes e aventura na Austrália. Pode parecer mais do mesmo, mas é melhor aguardar a edição para conferir se a Vip vai mesmo mostrar armas eficientes para disputar espaço em um mercado cada vez mais difícil.


Caso Anderson Silva: vai pra Olimpíada ou não vai? É um direito do atleta ou um "neryo tchagui" (*) na ética?

por Omelete
A possível participação do lutador Anderson Silva, do UFC, no time olímpico de taekwondo continua gerando reações. Os jornais destacaram ontem a posição da Wada, a agência mundial antidoping, de que não proibirá a participação do atleta, que foi flagrado duas vezes nos exames antidoping por uso de substância anabolizantes. Anderson será julgado em maio e pode pegar até dois anos de suspensão. A mídia interpretou como uma aprovação, o que não é. A Wada simplesmente afirmou que não tem relações com o o UFC nem com  a Comissão de Nevada, que flagrou as substâncias ilegais ao examinar o brasileiro e não tem nada a dizer sobre procedimentos que não são realizados sob seus códigos. Ou seja: não tem jurisdição sobre o assunto. Seria a mesma coisa se dissesse que não proibiria o Papa Francisco de ser eleito. O Vaticano não é sua área, UFC também não. Por interesses de marketing já confessados, a Federação Brasileira de Taekwondo gostou da adesão de Anderson Silva, admite que isso pode atrair patrocínio (embora essa expectativa possa não se realizar caso as marcas não queriam se associar a uma polêmica, como normalmente não querem) e vai permitir que ele participe das seletivas e pode até inscrevê-lo como "atleta convidado", coisa que o regulamento permite. Os demais atletas, que treinam há anos e não foram flagrados bombados, não devem estar felizes. Já a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), órgão nacional no combate a substâncias proibidas, criticou a possibilidade de uma atleta pego no doping representar o Brasil. Marco Aurelio Klein, secretário nacional da agência, vê falta de ética. "Um atleta que está suspenso em seu esporte por ter feito uso por duas vezes de esteroides tem uma vantagem clara em relação aos outros", disse. Como a Wada, a ABCD acrescenta que não proibirá a participação de Anderson pois o atleta vem de uma organização que não segue regras mundiais no caso. A polêmica vai prosseguir até depois do julgamento de Anderson, já que as seletivas começarão em janeiro de 2016. Há agora uma acusação de uma suposta alteração no estatuto da  Confederação Brasileira de Taekwondo para tornar possível a participação de Anderson Silva, segundo divulgou a ESPN. E não será impossível uma intervenção, aí sim, na reta final, por parte do Comitê Olímpico Internacional em nome da credibilidade dos Jogos. Ocorre que já houve casos de doping na Olimpíada, atletas que tiveram medalhas cassadas após a constatação de que usaram substâncias químicas, mas seria inédita a participação de um atleta que já entra na quadra com a marca de dopado, caso seja definitivamente condenado em maio. A questão é essencialmente ética. Do ponto de vista do torcedor, terá pouco impacto se ele vai participar ou não. Claro que Anderson atrairá atenção por ser midiático, mas o público do Anderson, do UFC e MMA em geral, gosta de ver o octógono banhado em sangue e costuma ficar em um estado de alta alteração. Em competições sobre regras olímpicas que impedem a devastação e, para muitos, até a humilhação de um atleta, o clima não é de gladiadores no Coliseu romano. Para os admiradores dele pode até nem ter tanto: vão achar monótono. Mas caso se confirme a inscrição do atleta da UFC, só saberemos se o público aprova ou não quando a delegação brasileira entrar no Maracanã para a festa de abertura com Anderson na pista.
* Em tempo: "neryo tchagui" do título é o nome tradicional que se dá a um famoso e muito usado golpe da modalidade: o chute de baixo para cima.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Terremoto no Nepal: a notícia é o pânico

O pânico de Carol Barcellos, da Globo. Reprodução
A CNN tem uma experiente repórter, Cristiane Amanpour, que impressiona pela frieza com que encara situações difíceis, sejam conflitos, matérias em zonas de terrorismo, catástrofes naturais. Amanpour não balança o microfone nem quando peças de artilharia entram em ação inesperadamente atrás dela, no campo da imagem. Não se pode exigir que repórteres sem esse tipo de experiência não se abalem em momentos críticos. E não é todo dia que nasce uma Amanpour ou uma Orianna Falacci. A repórter Carol Barcellos tem sido trolada na rede por ter entrado em pânico, no Nepal, quando um segundo terremoto atingiu o país fez tremer o portão e o terreno de uma casa onde ela fazia uma matéria. Quando do atentado do Charlie Hebdo, em Paris, a repórter Cecília Malan, também da Globo, passou pelo mesmo perrengue e assustou-se com os tiros durante uma invasão policial a um mercado onde um terrorista mantinha reféns. Malan também foi alvejada pela rede e criticada pelo susto e por ter sido flagrada com um tablet ao supostamente usar a internet como fonte de apuração embora estive no local dos acontecimentos. Menos, pessoal. Não dá para exigir frieza absoluto de profissionais jovens, acostumadas a matérias mais leves, sem a experiência de tarimbados correspondentes internacionais. Carol Barcellos é repórter de um programa chamado Planeta Extremo. Mas a situação, convenhamos, foi extrema demais para ela.
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