por deBarros
Está em pauta, no momento, a discussão sobre se os bancos devem pagar, e o quanto, aos poupadores que perderam dinheiro nos planos Sarney, Collor, Collor II, Bresser e Verão. Essa discussão já está no STF, com o impedimento dos ministros Luiz Fux, Carmen Lúcia e Luiz Roberto Cardoso.
Mas não foram só os poupadores que perderam dinheiro nos planos mirabolantes de economistas enlouquecidos, como no caso do Plano Collor, quando a ministra de plantão e seus assessores decidiram, na sorte, de quanto iriam deixar nas carteiras dos correntistas nos bancos –se seria 50 ou 30 moedas da época – confiscando o resto do dinheiro. Os empregados perderam muito dinheiro porque cada plano vinha acompanhado de uma “tablita “que reduzia o salário dos empregados em tantos por cento. Ocorria então, na ocasião dos reajustes salariais pleiteados pelos sindicatos de cada categoria, que vinha o aumento corrigido pelas tais “tablitas “reduzindo salários.
Esse problema não é nem mencionado, muito menos lembrado pelos governantes que administram o país. Nesses anos todos em que a inflação corroeu e roubou o bolso dos trabalhadores esses planos e suas "tablitas"causaram danos irremediáveis à economia dos empregados porque essa perda nos salários veio ocasionar, por consequência, perdas nos cálculos de suas aposentadorias, que por sua vez foram vítimas, posteriormente, de um fator redutor dos benefícios. Assim o empregado está perdendo duas, ou mais vezes – dependendo de quantos planos econômicos o atingiram , e desse fator redutor da Previdência.
No fim, como sempre, os grandes ganhadores serão os bancos que vêm lucrando em cada trimestre – de acordo com a própria informação trimestral das casas financeiras – em torno de 12 bilhões de reais.
Será que essas perdas continuarão a passar desapercebidas pelos econo–mistas e administradores governamentais? Por que os sindicatos das categorias lesadas pelos planos econômicos não entram com significativos e estrondantes protestos contra esses esquecimentos propositados?